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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O gato de José Maria Marin

Blog do Juca Kfouri

Um respeitado cidadão brasileiro que prefere não ser citado, mas que certamente testemunhará na Justiça se for o caso, mora no mesmo prédio de José Maria Marin. Um dia passou a estranhar o alto valor de sua conta de luz, em milhares de reais.

Solicitou então verificação da empresa fornecedora de eletricidade e descobriu que pagava, além seu consumo, o do vizinho futeboleiro. Que, constrangido diante do gato flagrado, se prontificou a desfazer o cambalacho.
As relações de boa vizinhança foram preservadas e a vítima preferiu calar delicadamente, embora em pelo menos uma ocasião tenha contado o episódio para mais de uma pessoa — e confirmado depois para este que vos fala.

Reflita você sobre em que mãos estão a CBF e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil. Pondere a presidenta da República se não há nada a fazer em relação a personagem tão bizarro.

Porque, se não houver, o planeta o verá abrindo a Copa do Mundo?

Comentário para o Jornal da CBN desta segunda-feira, 18 de fevereiro, de 2013.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Fuleco, perua e la Puta


Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Ninguém gostou de Amijube como nome do tatu-bola. Muito menos de Zuleco. Na campanha para a escolha do nome para denominar o mascote da Fifa, para a Copa do Mundo no Brasil, Amijube obteve 21%, Zuleco 31% e Fuleco 48% dos mais de um milhão e setecentos mil votos.

Pois bem, Fuleco, pra quem não sabe, não tem bom significado. Pelo menos no nordeste.
Lá mandar "tomar no fuleco" é o mesmo que solicitar para alguém penetrar seu próprio orifício anal localizado entre as nádegas. Entenderam? Posso dizer que "quem tem fuleco, tem medo ou fuleco de bêbado não tem dono".

Fuleco, na verdade, é o mesmo que ânus, na sua forma mais chula, toba, rabo, fiofó, furico, roela, olhota, roscofe, ladrão, corrupto, segundo o dicionário informal. Pode-se dizer que tem um monte de fulecos do PT presos na Papuda. Ou que o Lula é o chefe dos fulecos. Mesmo que os organizadores expliquem que Fuleco lembra futebol e ecologia, esse nome não pega. Não tem fonética, não é simpático e lembra mais fuleiro, descarado, furreca, ridículo, ordinário, coisa ruim. Se me disserem "que jogo mais fuleco" entenderei que foi uma partida de futebol ruim ou "cuidado que esse cara é fuleco" estará claro que se trata de malandro. No Aurélio nem consta Fuleco. Foleco é o nome de um pássaro.
A justificativa jurídica da Fifa convence: nomes comuns, como tatu-bola, encontram dificuldades de registros da marca, inda mais mundial. A questão é complexa. A Xuxa viveu um drama particular com seu apelido quando foi lançada como marca em países latino americanos. É que Xuxa faz referência tosca a vagina.

A perua Rural Willians foi um lançamento de sucesso em todo país, menos no sul onde, a época, perua significava "mulher de programa". Ninguém viajaria levando sua família à bordo de uma prostituta. E, mais recentemente, a indústria japonesa aplaudiu um novo carro cujo nome é Mazda LaPuta. Imagine uma campanha na televisão brasileira anunciando "a performance, baixo nível de ruído, airbags e o prazer de uma LaPuta? Pimenta no fuleco dos outros é refresco, né?