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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

As lambanças do Lewandowski

Gilmar Mendes: Este tipo de matéria não poderia passar num jardim de infância do Direito Constitucional.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Do ponto de vista jurídico esta foi uma decisão absurda, bizarra - disse o Ministro Gilmar Mendes sobre o fatiamento impeachment de Dilma Rousseff sessão presidida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

- O texto constitucional me parece bem claro e as opção que adotaram de penas autônomas, briga com os próprios fatos - finaliza ele. E sugere:

- Se é verdade que se pode aplicar então a perda de cargo separadamente da inabilitação então o senado poderia ter aplicado a inabilitação e a deixado no cargo. Este tipo de matéria não poderia passar num jardim de infância do Direito Constitucional. É algo constrangedor para o Supremo - conclui ele. O texto constitucional não deixa dúvidas que se aplica a perda do cargo com inabilitação. Ouça a entrevista publicada pelo Estadão.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A culpa é mais de Lula que de Dilma

Por Edson Joel

Consequência da má administração aliada a ideologias mofadas, falta de ética e corrupção endêmica, o PT conseguiu o feito histórico de destruir um país inteiro, que vinha governando até recentemente, em pouco mais de 10 anos. O patético Hugo Chavez, idem com a Venezuela tal e qual Castro com Cuba. 

Fora do comando, Lula tem medo da prisão e alastra
pelo mundo que é vítima de golpe. 
E Lula é muito mais responsável por isso, que Dilma. Foi na sua administração que se propagou, em níveis nunca antes visto, a corrupção em todas as instâncias da administração pública com o objetivo de sustentar um projeto criminoso de poder. Prova é que, em pouco tempo de ação, a operação Lava Jato levou um amontoado de petistas, ministros, deputados e presidente do partido e seus amigos empresários para a cadeia e continua investigando a profundidade dos mal feitos, dentro e fora do governo.

Sem contar o mensalão, uma pontinha das canalhices petistas e assassinatos que rondam e desesperam Lula e sua camarilha.   

Os primeiros sintomas da estupidez administrativa do Sr. Luís Inácio começou a respingar no primeiro ano da sucessora e terminou na sua demissão. Dilma cometeu fraude fiscal (a imprensa inocente preferiu "pedaladas"), na área, um crime hediondo. Sua campanha, como a de Lula, foi financiada com dinheiro da corrupção. Todos eles sabiam bem de tudo isso.

Inflação sem controle, milhões de desempregados (quase 12%, segundo o IBGE), queda vertiginosa na produção industrial, comércio fechando portas, poder de compra das famílias em queda, como a confiança. O país foi levado à recessão por conta da estupidez de Dilma Rousseff, o poste de Lula. Imbecil a ponto, sequer, de construir uma frase com algum sentido - nem lendo consegue - Dilma adotou  a estratégia de Lula: mentir, repetir a mentira até torna-la uma verdade, como ensinou Fidel Castro.

O Partido dos Trabalhadores afundou-se no lamaçal da corrupção mas seus dirigentes, mesmo encarcerados, tentam preservar o chefe da quadrilha. O tríplex, o sítio, os filhos milionários e os ganhos do palestrante que nunca deu palestras, nada significam perto dos bilhões surrupiados do povo para sustentar-se no poder.

O país, finalmente, respirou aliviado com a expulsão da maior estelionatária política da história. O impeachment atendeu todos os requisitos constitucionais e ocorreu durante o governo petista com a maioria dos ministros do Supremo Tribunal indicados por Lula e Dilma. Os milhões de brasileiros que marcharam nas ruas, venceram: o PT foi defenestrado.

Dilma não merece o mínimo respeito, muito menos seu tutor populista cujos calcanhares estão na mira da justiça. Ele sabe disso e tenta alastrar pelo mundo que é vítima. Ele, há muito, também sabia da derrocada de Dilma mas preferiu encenar a falsa tese do golpe para tentar ganhar notoriedade com a versão da história. A cada dia a justiça desenterra as sujeiras que levarão Lula para a cadeia. 

Fim do kirchinerismo, fim do castrismo, fim do chavismo e fim do petismo.
Ufa, ainda temos esperança: a esquerda desnorteada chegou com data de validade vencida. 

PS: Não nos esqueçamos que Michel Temer segurou a escada para a quadrilha petista. 

segunda-feira, 14 de março de 2016

Corrupção como razão de ser


Editorial Estadão 14 Março 2016 | 03h 00

Na sentença em que condenou o empreiteiro Marcelo Odebrecht a 19 anos de prisão, o juiz federal Sérgio Moro chamou a atenção para o fato de que os crimes pelos quais ele e outros réus estão sendo punidos, no escândalo do petrolão, fazem parte de uma “prática habitual, sistemática e profissional”. As evidências reunidas nesse caso não deixam margem a nenhuma dúvida de que o assalto à Petrobrás não foi algo episódico, restrito a uma ocasião que faz o ladrão, conforme o dito popular. Trata-se de um método de dilapidação do Estado.

Moro escreveu que o pagamento de propinas da Odebrecht aos agentes da Petrobrás, com destinação de parte dos valores a financiamento político, “não foi um ato isolado, mas fazia parte da política corporativa” da empresa. O mesmo pode se dizer do condomínio de partidos, liderado pelo PT, que transformaram as estatais em sua principal fonte de recursos. De onde se conclui que a corrupção foi incorporada como um elemento estrutural tanto das empreiteiras, em sua relação privilegiada com o Estado, como dos partidos “aliados”, que pretendiam perpetuar-se no poder à custa do roubo metódico de dinheiro público.

O petrolão é apenas a parte visível de um sistema muito mais abrangente, construído com esmero para aniquilar a livre concorrência, ao favorecer um punhado de empresas amigas do governo em licitações viciadas, e para sabotar a democracia, tornando-a mero simulacro sob o qual operam políticos e partidos que se organizam como quadrilhas.

No caso das empreiteiras, hoje já se pode concluir que quase todas as mais importantes obras públicas planejadas e executadas nos governos petistas foram objeto de negociações escusas entre agentes públicos, políticos governistas e empresários inescrupulosos. Enquanto todas as partes ganhavam seu dinheirinho, o País habituava-se às desculpas esfarrapadas do governo para os atrasos na entrega dos prometidos empreendimentos – quase sempre apresentados aos eleitores como prova do grande empenho petista em transformar o Brasil num paraíso de riqueza e modernidade.

Muitas dessas obras nem saíram do papel e provavelmente não sairão jamais, em razão da ruína econômica patrocinada pela presidente Dilma Rousseff. Ademais, atrasar a entrega de obras é uma conhecida artimanha para arrancar mais alguns bagarotes do erário, na forma de aditivos contratuais. A lista de obras importantes contaminadas pela corrupção do “clube” de empreiteiras e de seus associados no governo é extensa: refinarias da Petrobrás, Usina Nuclear de Angra 3, Ferrovia Norte-Sul, Usina Hidrelétrica de Belo Monte e estádios erguidos para a Copa do Mundo, entre outras.

Nada disso seria possível se não fosse a originalíssima engenharia criminosa instalada no governo pelo PT desde 2003. O mensalão, o petrolão e o que mais aparecer não são casos isolados, e sim apenas nomes diferentes para o mesmo padrão autoritário de política, em que os fins justificam os meios.

Incapaz de dividir o poder com quem quer que seja, pois se considera portador da verdade histórica, o PT do chefão Luiz Inácio Lula da Silva resolveu desde cedo arregimentar apoio a seu governo à base de propina. É claro que clientes não faltaram – afinal, como disse o próprio Lula, no longínquo ano de 1993, quando ainda era o paladino da ética na política, o Congresso é constituído de “300 picaretas que defendem apenas seus próprios interesses”. Bastava, portanto, atendê-los. Dessa forma, a roubalheira facilmente se institucionalizou, por meio de um sofisticado esquema envolvendo a gorda máquina pública e as principais empreiteiras do Brasil, tratadas como “campeãs nacionais” por Lula e Dilma.

Tudo isso vem à luz a cada sentença proferida no âmbito da Operação Lava Jato. Certamente não se trata de leitura agradável, mas os autos desses didáticos processos servem como crônica da história da corrupção desde a chegada do PT ao poder e, principalmente, como uma minuciosa descrição de como essa corrupção se tornou a própria razão de ser do lulopetismo.