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domingo, 29 de março de 2015

Por que o método fônico alfabetiza e o global/construtivista, não?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O fato marcante na educação brasileira é que o método adotado para a alfabetização não alfabetiza. A afirmação é feita pelos maiores especialistas na área, fundamentada em estudos científicos. E as estatísticas comprovam: das 100 melhores escolas brasileiras, segundo notas do IDEB, mais de 70 são do Ceará e usam método fônico.

Entre as capitais, Teresina, no Piauí (com IDH baixo, menor média em renda per capita) é líder na educação fundamental anos iniciais entre todas do país. Suas escolas municipais adotaram o método fônico.

O neurocientista Stanislas Dehaene há 20 anos estuda o impacto dos números e das letras no cérebro humano. Ele afirma que o método mais eficaz de alfabetização é o que chamamos fônico. Ele parte do ensino das letras e da correspondência fonética de cada uma delas, como se fazia antigamente. Estudos mostraram que a criança alfabetizada por esse método aprende a ler de forma mais rápida e eficiente com excelente compreensão de texto. Em pouco mais de 80 a 90 dias um aluno do primeiro ano do fundamental alfabetizado pelo fônico lerá e escreverá com autonomia e perfeita compreensão.

Os métodos de ensino que seguem o conceito de educação global/construtivista, por outro lado, mostraram-se ineficazes. Neste método primeiro se deve aprender o significado da palavra e, numa próxima etapa, as letras que a compõem. O resultado é catastrófico: a criança que deveria ser alfabetizada em menos de um ano pelo fônico vai precisar de mais 4 para aprender escrever e ler de forma rudimentar e sem boa compreensão do texto. Elas estão terminando seu ciclo sem se alfabetizar e entrarão no ensino médio, na rede pública, sem ter compreensão do que leem. Alguém contesta essa realidade nas escolas públicas do país?

E por que o método global/construtivista é ineficaz?

Dehaene explica que se verificou em pesquisas com pessoas de diferentes idiomas que o aprendizado da linguagem se dá a partir da identificação da letra e do som correspondente. Esse processo ocorre no lado esquerdo do cérebro. No método construtivista a criança primeiro aprende o sentido da palavra, sem necessariamente conhecer as letras. Neste caso o lado direito do cérebro é ativado. Mas a decodificação dos símbolos terá que chegar ao lado esquerdo para que a leitura seja concluída. Para Dehaene é um processo mais demorado, que segue na via contrária ao funcionamento do cérebro.

- Num certo sentido, podemos dizer que esse método ensina o lado errado, primeiro. porém, as crianças que aprendem a ler processando primeiro o lado esquerdo do cérebro estabelecem relações imediatas entre letras e seus sons, leem com mais facilidade e entendem mais rapidamente o significado do que estão lendo - diz o neurocientista.

Os defensores das teorias de Jean Piaget não conseguem responder uma pergunta simples: porque o método fônico alfabetiza uma criança em menos de seis meses (com autonomia na leitura, escrita e compreensão ) e o global não faz isso nem em 5 anos? Ou porque os resultados obtidos pelos estudantes brasileiros no Pisa - Programa de Internacional de Avaliação de Estudantes - são péssimos em todas as áreas? Pra quem não sabe, a classificação do Brasil, entre 63 países avaliados em línguas e matemática, é 58ª colocado. Nossos melhores alunos se comparam aos piores dos países chamados primeiro mundo.

Enquanto nossos melhores alunos não passam da nota 3 em matemática, os chineses, coreanos estão em sete. Porque esse disparate? Uma criança mal alfabetizada não terá habilidades de leitura e, consequentemente, gosto por ela. Quem não lê não conquista conhecimento e sua vida no ensino médio será o caos, como todos já sabemos.

Os defensores do fônico tem base científica contra as teorias de dois séculos passados de Piaget. A questão é mais simples: os resultados obtidos deveriam dar a resposta, mas os defensores de pedagogias lastreadas em crenças insistem em manter o método.

Neurociência: fônico alfabetiza.

Doutor em desenvolvimento da cognição e psicolinguística, o português José Morais defende o envolvimento da neurociência na alfabetização para reformar os pensamentos pedagógicos. Ele diz que a psicologia cognitiva mostra que a leitura de textos não é uma elaboração contínua de hipóteses sobre as palavras do texto, mas sim, um processo automático, não intencional e muito complexo de processamento das letras e das unidades da estrutura fono-ortográfica de cada palavra, que conduz ao seu reconhecimento ou à sua identificação.

E como é essa relação entre a atividade cerebral e a leitura? Em matéria de O Globo, em 2014, José Morais (nada a ver com um homônimo do MEC, por favor, não confundam) diz:

- A leitura visual não se faz nos olhos, mas no cérebro — a retina, embriologicamente, faz parte do cérebro. Não há leitura sem uma atividade cerebral que mobiliza vastas regiões do cérebro e, em primeiro lugar, a chamada Área da Forma Visual das Palavras. Ela se situa no hemisfério esquerdo do cérebro e não é ativada por palavras escritas nos indivíduos analfabetos. Nos alfabetizados ela é ativada fortemente, e o seu grau de ativação aumenta à medida que a criança aprende a ler. No leitor competente, a leitura de um texto baseia-se no reconhecimento ou na identificação das palavras escritas sucessivamente.

À medida que elas são processadas, essa informação é enviada para outras áreas cerebrais que se ocupam do processamento da língua, independentemente da modalidade perceptiva (em particular, o processamento semântico e sintáxico), assim como da codificação da informação na memória de trabalho verbal e do acesso à memória a longo prazo. Tudo isso permite a compreensão do texto e a sua interpretação e avaliação.
Diante do caos na educação, o governo federal lançou o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa que, absurdamente, estabelece 8 anos quando, em todo mundo e mesmo nas escolas particulares brasileiras que não usam construtivismo, a alfabetização, pelo método fônico, é alcançada em menos de um ano. Diante de tantas provas, resultados e evidências, porque o MEC mantém teorias que contrariam a ciência?

- Porque crianças da rede pública tem que ser alfabetizadas aos 8 anos quando as do ensino privado aprendem aos 5 ou seis anos? - pergunta José Morais. Na verdade, o método global não consegue alfabetizar em todo turno do fundamental.

- É uma obrigação social e moral que o Estado fixe a idade de início da alfabetização. Se as crianças da elite aprendem aos 5 ou 6 anos na família ou em colégios particulares, não está certo que as do povo só sejam alfabetizadas (capazes de ler com compreensão e de escrever) aos 8 anos. Está se desviando a atenção daquilo que realmente é importante: a política certa, política de reprodução de privilégios ou política pública realmente democrática.

Países como França, Inglaterra, não financiam programas de alfabetização que descartem o método fônico e, vão além: restringem as teorias de Jean Piaget e nem a possibilidade de convivência dos dois métodos. Motivo: a teoria piagetiana contraria a ciência, simplesmente assim. O método de Piaget é aplicado nos países com os piores resultados em educação, como o México e Brasil.

O que é preciso mais para convencer nossos governantes que o erro maior está no método? Xinga-los? Mais do que já são?

Esperar que os pseudo intelectuais do MEC - a maioria colocada lá na época do PSDB - mudem, será demorado. Mas o governador do estado mais rico e avançado do país insistir em manter uma teoria mofada como método de alfabetização nas escolas paulistas, é desesperador. Só para lembrar: o atual secretário da educação do estado, Herman Voorwald, é um unespiano domesticado pelo construtivismo.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O monstro de Alckmin

Geraldo Alckmin acaba de criar um monstro dentro do funcionalismo público 
Policial ganhará bônus para reduzir crime em SP

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O governador anunciou que pagará um bônus para os policiais de todo estado que conseguirem reduzir os índices de criminalidade cujos resultados serão medidos a partir do próximo ano. O valor pode chegar até R$ 10.000,00.

Segundo as regras, o policial que conseguir atingir as metas receberá, independente do seu salário, um bônus de R$ 4.000 e o valor chegará ao seu limite prêmio para 10% dos policiais melhor avaliados no período. Os prêmios valem para a Polícia Militar, Polícia Civil e Científica. Cada região terá metas diferentes e os indicadores são homicídios dolosos, latrocínio, roubo inclusive de veículos e furtos.

Imaginem o absurdo: o governo premiará o policial para que ele cumpra sua obrigação. Outros setores públicos certamente exigirão prêmios para produzirem os resultados para os quais já são pagos. Melhor, então, seria melhorar o salário de todos e exigir o cumprimento da obrigação de cada um. E premiar todos.

Já se afirma que esse tipo de premiação, setorizada, criará competição negativa - falta de cooperação e omissão de informações - e manipulação de estatística. Exemplo? Na educação os diretores e professores são premiados com bônus por resultados obtidos. Em muitas escolas públicas os Conselhos de Classe "melhoram as notas e retiram faltas", maquiando os números. E o governo acredita que a educação está evoluindo. O único prejudicado é o aluno. Como se prova o contrário? Uma simples provinha de redação e matemática, na frente da imprensa e descobriremos que ninguém está aprendendo nada. Não por culpa dos professores, mas pelo desregramento, sistemas e metodologias de alfabetização criados por alguns sonhadores mas que não alfabetizam.

A solução é mais simples: melhores salários para todos e melhor gerenciamento no setor. Bons salários e vergonha na cara dão ótimos resultados. Pelo menos na iniciativa privada. O Estado e a capital de São Paulo registraram aumento do número de homicídios durante oito meses seguidos. Faltou mesmo coragem para Alckmin no enfrentamento com os bandidos e transbordou medo em colocar a polícia para agir de acordo.

Se for por essa regra, que tal um super bônus para o Joaquim e todos os que participaram da condenação dos corruptos do mensalão?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Negociaram com o PCC?

A violência está sob controle, dos bandidos
A violência sob controle. Dos bandidos.



O governador Geraldo Alckmin, do PSDB, afirmou que a violência na capital está sob controle e que os paulistas tem a melhor polícia do país, equipada com alta tecnologia.

Que a polícia paulista tem melhores recursos e preparo que outras sim, mas de que vale isso se o governo não dispõe de uma política de segurança séria? A violência não diminuiu e o governo não controla nem sua própria polícia. Isso tudo está ocorrendo porque Alckmin tolerou demais. Faltou pulso firme no combate ao crime. O sistema carcerário virou feira-livre e a polícia passou a ser caçada pelos criminosos que mandam mais que Geraldo.

É ridículo o governo anunciar "a criação de uma agência de inteligência integrada para pesquisar o DNA da droga que sustenta o crime organizado" se eles não conseguem nem impedir a entrada de celulares nos presídios, de onde os já condenados, comandam a violência aqui fora.

Então, de onde vem a afirmação do governador que a violência está sob controle? Negociaram com o PCC?

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Violência em São Paulo


Política de segurança frouxa leva capital ao caos
Ônibus incendiado na Zona Sul da capital nesta madrugada
Onze mortos em São Paulo entre quinta e sexta feira além de um ônibus incendiado por dez homens armados que, primeiro, pediram para os passageiros descerem. Seu cobrador saiu ferido com queimaduras graves. Os paulistas, assustados, não saíram as ruas. Até agora, ninguém foi detido. Dos onze mortos, 8 estavam próximos de Santo André. Na região sul da capital, 5 homens foram baleados e 4 mortos. Suspeitos em motos atiraram contra um grupo de pessoas. Uma tentou fugir e foi executada. 

Por melhor trabalho que Geraldo Alckmin possa estar desenvolvendo agora, o cenário de violência na capital, inclusive com a caça e assassinato de policiais, é uma clara e óbvia prova da frouxidão da sua política de segurança em todos esses anos, tolerância que deu espaço para o avanço das ações acintosas dos bandidos. Alckmin está assistindo seu próprio fim.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Violência: Alckmin tolerou demais


Quase 90 mortos em um ano
A violência continua atacando São Paulo. Mais 5 vítimas, na vila Brasilândia, e dois ônibus incendiados. O terror atingiu a família de um ex-policial da Rota, cujo filho foi assassinado. Um agente penitenciário morreu ontem. São quase 90 policiais mortos em um ano. E eles continuam sendo cassados pelos bandidos organizados e comandados por celular de dentro das penitenciárias. Pensa-se em remover os líderes para prisões do nordeste por total incapacidade do estado de mante-los isolados nas prisões paulistas.

Alkckmin aceitou a ajuda do governo federal que trará subsídios - relatórios do modus operandi da bandidagem. O comandante da PM paulista tem razão ao afirmar que não é necessário o envio de forças federais, pois tem homens suficientes para conter a violência. E tem mesmo: o que não tem é uma política tolerância zero. O governador insiste em afirmar que essa onda de violência é resultado da operação inteligente que a secretaria de segurança promove contra a bandidagem. Oras, os bandidos reagem porque tem espaço pra isso, conquistado durante anos de tolerância do sistema. Ridículo é ver "comissões de negociações" uniformizadas fazendo acordo com bandidos em rebelião que exigem desde a troca do uniforme - porque não gostaram da cor - até a demissão do diretor do presídio. E, muito pior, é ouvir um secretário do sistema penitenciário lamentar, em entrevista, "que mudar o uniforme, tudo bem, desde que o estado não gaste um tostão, mas trocar o diretor, aí estão querendo demais". 

Cada vez que o estado negocia com bandidos rebelados está alimentando o próximo quebra-pau. Geraldo Alckmin tolerou demais e o sistema faliu!

PS: Não se viu nenhuma manifestação dos direitos humanos em favor dos policiais.