domingo, 15 de março de 2015

Um general contra os desmandos do PT

General de Brigada Paulo Chagas
12 de março de 2015

Nos regimes democráticos, manifestações populares são formas de exteriorização de desagrado que têm por objetivo provocar mudanças em favor do interesse dos manifestantes.

O atual governo brasileiro, em início de mandato, o quarto do que chamo de “era pós-moral” – como consequência de si próprio e dos que o antecederam –, todos sob a égide do Partido dos Trabalhadores, amarga uma onda crescente de manifestações. Até agora, a mais importante delas foi a dos caminhoneiros que, pela abrangência e importância estratégica, pôs em xeque a utilização do sistema viário nacional, o abastecimento e o próprio desempenho de certas atividades e regiões econômicas.

No mesmo embalo, não com as mesmas consequências mas com abrangência e significado político muito maior, organiza-se pelas redes sociais outro movimento popular de protesto e de contraposição ao governo, a realizar-se em 15 de março próximo.

O projeto de poder petista, nos moldes bolivarianos estipulados pelo Foro de São Paulo, colhe os frutos do seu desprezo a regras mínimas de respeito à inteligência e à paciência da sociedade. Ambição, desonestidade, corrupção, incompetência, demagogia, malversação, mentira, propina, desvio, estelionato, apropriação, dilapidação, impunidade, destruição e outros, sem restrições à imaginação e à criatividade delituosa, são os substantivos que definem a forma escolhida para gerenciar a coisa pública e que, aparentemente, atingiu o ponto limite da tolerância popular!

Os fins populistas, falsamente conquistados, não justificam os conchavos e as negociatas que levaram o Brasil, como um todo, às portas da bancarrota e sua mais importante empresa à quase insolvência no mercado mundial.

O tempo do Partido dos Trabalhadores esgotou-se junto com a transigência da sociedade brasileira, sua grande vítima. O entusiasmo com que os brasileiros finalmente esclarecidos se preparam para o Movimento Cívico de 15 de Março atesta esta afirmação.

Se as manifestações populares, por definição, visam e reivindicam mudanças, estas, para legitimar-se, devem escudar-se na viabilidade e na processualística estabelecidas na Lei Maior.

A importância do movimento de 15 de março será medida pelos efetivos que conseguir mobilizar, pelo comportamento ordeiro dos participantes e pela veemência da demonstração de repúdio ao engodo de que têm sido vítimas.

Deve servir de base e motivo para que os representantes do povo – eleitos para fazer valer a sua vontade, no exercício de seus mandatos e dentro dos limites da legalidade – assumam o bastão da demanda e deem efetividade às mudanças exigidas pelas ruas!

O processo judicial em curso da Operação Lava Jato, pela exemplar seriedade com que está sendo conduzido, pela abrangência e pela gravidade dos crimes financeiros que está a elucidar, certamente trará à luz verdades e evidências que abraçarão o sentimento nacional e que darão respaldo às decisões e às atitudes legislativas que, finalmente, responderão à vontade popular.

Que assim seja!