sábado, 9 de fevereiro de 2013

O que sobrou do comunismo cubano

São apenas algumas fotos que retratam a realidade cubana e a experiência comunista que não deu certo em lugar algum do mundo. A "revolução" trouxe desalento, ditadura e tornou-se modelo de sistema a não ser seguido. A Coréia do Norte, também comunista, é outro exemplo de caos com miséria e mortes por fome.

Propaganda enganosa: muita promessa e nenhum resultado.
O socialismo do ditador levou Cuba ao caos
O turismo decadente distante dos dias de glória
Prédios construídos antes do comunismo, sem manutenção
Prédios públicos, sinal de decadência
Cotidiano em Cuba
Um dia uma avenida bonita, agora, abandonada
Tentando sobreviver com negócio próprio

95% da frota de veículos de Cuba são modelos americanos de 50/60
Estudantes da Universidade Cubana esperam pelo discurso de Fidel Castro: 6 horas falando
  
Fachadas recuperadas para turismo
Prédios da época anterior ao comunismo: abandono

Zé Dirceu: relincho antes da cadeia

O condenado José Dirceu: relincho antes da cadeia

“Não podemos permitir que nossa palavra seja cerceada por aqueles que têm o monopólio da comunicação”, bradou Zé Dirceu de punho cerrado, diante de 500 militantes, num salão de Brasília. E como soubemos disso? Pelo Estadão, O GLOBO, a “Folha de São Paulo” e vários jornais, sites, rádios e televisões que têm o monopólio da comunicação no Brasil

Êpa ! Que monopólio de araque é esse com tantas empresas competindo num dos maiores mercados publicitários do mundo?

Hoje no Brasil a coisa mais fácil é criar um jornal, um site ou uma revista que apoie o governo incondicionalmente e o PT preferencialmente. Mais fácil ainda é conseguir patrocinadores entre estatais e órgãos públicos. Difícil é fazer um veículo de comunicação que tenha qualidade e credibilidade para ser consumido não só pela militância partidária, mas capaz de formar a opinião dos leitores pela força dos seus dados e argumentos.

Não podemos permitir que o Zé Dirceu tente cercear a palavra da imprensa independente, que não depende de favores do governo e vive de anunciantes privados que pagam para divulgar e promover seus produtos e serviços nos veículos que atingem o maior público com mais credibilidade. Culpando o mensageiro pela mensagem, Dirceu insiste em “democratizar” a mídia.

Um dos relinchos mais estridentes nos blogs políticos é exigir que Dilma corte toda a publicidade estatal da TV Globo, por criticar o governo. Devem achar que a Caixa, o Banco do Brasil e a Petrobras anunciam na Globo, que tem mais audiência do que todas as outras juntas, não por necessidade de competir no mercado, mas para comprar apoio. Para eles tudo na vida é mensalão.

Depois que a direção nacional do PT e Dilma rejeitaram a proposta de manifestações de massa em sua defesa, por inviáveis e inúteis, Dirceu agora diz que está defendendo o legado do governo Lula e suas grandes conquistas econômicas e sociais — como se uma boa administração legitimasse a compra de partidos e parlamentares para servir ao seu plano de poder.

Como dizia a velha marchinha carnavalesca:

“É ou não é
piada de salão
se acha que não é
então não conte não.”

Nelson Motta é jornalista

O comunismo não funcionou também em Cuba

"Aqui o sistema é corrupto. Somos uma pequena máfia", diz cubano

Leda Balbino, enviada a Havana, Cuba | 19/10/2010 08:04

Caixas de charutos roubadas são expostas em
prédio de Havana Vieja para venda aos turistas
O cubano Lázaro, de 36 anos, caminha pelo centro turístico da capital de Cuba, Havana, em busca de turistas para quem possa oferecer supostos charutos legítimos por valores bem abaixo dos cobrados nas lojas oficiais do Estado. Enquanto o preço nos estabelecimentos estatais é de mais de US$ 400 pela caixa com 25 charutos Esplendido, famosos por serem os preferidos do líder Fidel Castro (que parou de fumar depois de ficar doente, em 2006), em uma sala dentro de um prédio carcomido da capital cubana a suposta mesma caixa pode custar US$ 60. E, se o turista hesitar, os donos do negócio não titubeiam em baixar a cifra, dizendo “para você, faço um preço especial”.

Lázaro justifica a atuação no mercado negro dizendo não ser possível a um cubano viver com o salário que o Estado paga. Ele ganha 600 pesos cubanos (25 pesos conversíveis, ou US$ 25), que não chegam ao fim do mês. “Não faz sentido trabalhar. Se me pagam um peso para enrolar um charuto e o vendem por 10, estão me explorando. Aqui em Cuba as pessoas vivem buscando formas de comer”, afirmou.

Questionado se não se preocupa com a polícia, a resposta é rápida: “São dois turnos, e damos um dinheiro para cada um dos policiais para que não nos incomodem. Em Cuba, o sistema é corrupto. Somos uma pequena máfia”, disse.

Com a venda dos charutos, ele ganha em média US$ 20 por cada caixa vendida, pois divide o dinheiro com quem rouba as caixas dos armazéns e com aqueles que o ajudam a tocar o negócio ilícito abertamente nas ruas, recitando para os turistas as marcas que estão à venda: “Montecristo”, "Romeu e Julieta", "Cohiba". Enquanto anunciam os produtos de tabaco, alguns deles também se oferecem às turistas, dizendo, entre beijos, que elas não podem sair de Cuba sem viver a “experiência cubana”.

Além de atuar no mercado negro para aumentar sua renda, Lázaro tirou uma licença para ter um negócio próprio e ganhar mais do que o salário pago na fábrica de tabaco, onde enrola os charutos.

Para poder ser um "reparador de óculos", ele paga US$ 4 dólares mensais de imposto e mais US$ 10 anuais pelo uso do espaço em que trabalha. Ele diz que teve a ideia de tirar a licença porque há meses havia sinais em Cuba de que o governo poderia demitir parte dos funcionários.

Sonho de partir

Não é só o desejo de aumentar sua renda que faz Lázaro abordar estrangeiros nas ruas de Havana, cuja deterioração parece refletir o cansaço da população com o sistema. Ele caminha com a esperança de encontrar turistas dispostos a lhe pagar nem que seja um mojito ou um prato de comida por sua amabilidade e simpatia ou uma mulher estrangeira que o leve de Cuba.

Seu tio, conta, encontrou uma espanhola, “enamorou-se”, casou-se e agora vive com ela na Espanha. “Quem consegue sair também pode ajudar sua família que ficou”, disse.

No entanto, também há outro motivo para que ele tente sair da ilha casado, e não numa balsa ou pelo convite de algum amigo no exterior. O cubano que se casa mantém o direito de ser cubano. Não há represálias. Ele pode sair e não correr o risco, por exemplo, de perder sua casa, sendo possível voltar e visitar a Ilha mais facilmente.

Condutor de bicitáxi passa pela rua O'Reilly: deterioração de capital cubana parece refletir cansaço da população com o regime - Foto: Leda Balbino

O mesmo não ocorre com aqueles que partem com a chamada “carta de invitación”. O prazo limite para ficar no estrangeiro são 11 meses e, enquanto se está fora, é preciso pagar ao Estado uma permissão de saída. Quem não volta é visto como traidor e pode ter confiscados todos os bens.

Além das dificuldades econômicas e da impossibilidade de deixar facilmente o país, Lázaro se ressente com as pressões dentro de Cuba, onde há um delito chamado “assédio ao turista”.

A designação surgiu para tentar coibir a abordagem dos estrangeiros pelos cubanos que, com dificuldades econômicas, os procuram para pedir desde fraldas para seus netos, leite em pó ou maços de cigarro. Muitos também se dispõem a mostrar a cidade com a esperança de ganhar um refresco como pagamento.

O “assédio ao turista” rende alguns dias de detenção, algumas cartas de advertência e até pode acabar em um tempo na prisão. “Tenho 15 cartas de advertência. Mas em que país do mundo é proibido falar com o outro, é proibido abordar um estrangeiro? Como eles podem determinar o que eu quero?”, indagou.

Lázaro se descreve como opositor ao regime dos irmãos Castro. Ao mesmo tempo, porém, não acredita que a população se rebelará para mudar a situação social causada pelo fracasso da política do Estado. “Eles fecharam esse sistema muito bem. As pessoas têm medo.”

A realidade da saúde na ilha de Fidel

Assistência à saúde, que antes da revolução já foi modelo para o mundo, sofre colapso

Leda Balbino, enviada a Havana, Cuba | 19/10/2010 08:03

Ao entrar na ala de atendimento do Hospital Calixto García, em Havana, o visitante não consegue ignorar o cheiro de urina. Inicialmente é difícil identificar a origem do odor. Mas após percorrer o corredor, observando no caminho um ventilador gigante que tenta em vão renovar o ar interno e algumas pessoas que se protegem com máscaras, encontra-se no fim um banheiro que parece não ver água há bastante tempo.

Segundo muitos, as condições na ala de atendimento do Calixto García são apenas uma mostra dos problemas do sistema de saúde pública de Cuba, priorizado por Fidel Castro desde a Revolução Cubana (1959) e considerado modelo para o mundo até a década de 90.

Banheiro com péssimas condições de higiene do Hospital Calixto García, em Havana, Cuba / Foto: Leda Balbino
Prédio do Hospital Calixto García (Havana) com as janelas avariadas. Foto: Leda Balbino

Ao ser internados, muitos cubanos levam de casa lençóis e toalhas para se garantir. Como em alguns hospitais não há água corrente, também relatam levar recipientes com água para que possam tomar banho e escovar os dentes. Quando seu pai teve de ser internado no Hospital Fajardo, uma cubana conta ter comprado um esfregão e produtos de limpeza para higienizar o quarto em que ele ficaria. Mas o banheiro do cômodo não tinha esperança. De tão encardido, o próprio médico a advertiu para que não o banhasse ali. “Se o fizesse, correria o risco de o meu pai pegar uma infecção”, afirmou sob condição de anonimato.

FALTAM MEDICAMENTOS  E HIGIENE

Além da falta de higiene, boa parte das instalações e equipamentos está deteriorada e faltam medicamentos. Dos cerca de 25 hospitais gerais e especializados de Havana, apenas quatro são apontados como tendo boas condições. Seriam a Clínica Central Cira García, que atende estrangeiros, diplomatas e familiares de cubanos casados com estrangeiros; o Cimeq, que recebe dirigentes e militares; a Clínica 43, que também atende dirigentes; e o Hermanos Ameijeras, onde em 2006 funcionou a Operação Milagre, em que bolivianos e venezuelanos foram tratados em Cuba de doenças oculares sob patrocínio da Venezuela de Hugo Chávez.

Os únicos que escapam incólumes das críticas são os médicos, cujos salários médios equivalem a US$ 25. “Tive de fazer uma operação na vesícula e, apesar das condições do Calixto García, confiei no meu médico. O atendimento é sempre muito bom”, afirmou outra cubana, que fez a ressalva de que o hospital é antigo e recentemente começou a ser reformado.

A mão de obra qualificada vem sendo usada pelo governo no programa “médicos por petróleo”, em que Cuba manda para a Venezuela mais de 30 mil médicos e dentistas para atender à população carente e fornece treinamento a 40 mil funcionários de saúde venezuelanos. Como pagamento, Caracas envia a Cuba 100 mil barris de petróleo por dia.

Ironicamente, o programa vem auxiliando na fuga de cérebros de Cuba. Por causa das dificuldades de trabalho e os problemas econômicos do país, alguns dos médicos enviados à Venezuela usam o país caribenho como rota para fugir para os EUA. Segundo a comunidade de cubanos exilados em Miami, cerca de 2 mil médicos e outros profissionais do setor fugiram do regime desde 2006 e pediram vistos americanos. Destes, 500 vieram da Venezuela só no ano passado.

CRISES ECONÔMICAS

O sistema de saúde totalmente gratuita, que compõe com a educação pública os dois pilares da Revolução, começou a sofrer com a falta de investimento no “período das necessidades especiais”, quando a Ilha parou de receber subsídios após o colapso da aliada União Soviética, em 1991. Na década de 90, outro fator que prejudicou o sistema foi o embargo americano contra Cuba, que dificultou a exportação de remédios e equipamentos para a Ilha.

Com perda de rendimentos na exportação do níquel, por causa da queda nos preços internacionais, e também no turismo, Cuba indicou que o setor de saúde sofrerá ainda mais por causa da atual crise econômica do país. Em 6 de outubro, o jornal estatal Granma anunciou que o governo começou a reduzir “os gastos irracionais” no sistema para alcançar mais eficiência econômica.

Segundo o jornal, a área de saúde passará por um processo de reorganização, compactação e regionalização, indicando que instalações médicas serão fechadas e funcionários do setor estarão entre os mais de 500 mil que serão demitidos até o fim de março de 2011.

Cotas raciais: governo cria guetos para esconder a educação sem qualidade

Esse editorial apresentado por Raquel Sheherezade, do SBT, tem algum quase um ano. Retrata uma verdade única que os enganados não querem ver: para esconder o ensino público de péssima qualidade, os governantes populistas criam cotas para colocar na s universidades, pelas portas do fundos, os mal educados. Os cotistas deveriam ser os primeiros a exigir que lhes concedam escolas públicas decentes que permita lhes dar conhecimento para concorrer com as particulares. Não esmolas.





A verdade sobre a saúde em Cuba

A "fé" na saúde cubana

Ana Carolina Boccardo Alves - 5.8.2011

Pensei muito antes de escrever essa carta, mas por fim decidi fazê-lo. Sei que ela será polêmica, pois toca num dos pilares da revolução, a saúde. 

O que vou contar agora foi o resultado de meses de relatos de pessoas próximas. Não tenho dúvidas de que as histórias são verdadeiras. Algumas inclusive eu testemunhei. Quero deixar claro que não estou negando as conquistas de Cuba nesse setor. Acho louvável os esforços de médicos cubanos ao redor do mundo, bem como os índices do país em termos de mortalidade infantil e expectativa de vida.

Inúmeras doenças raras e graves são tratadas aqui como em qualquer país desenvolvido. No entanto, no dia a dia dos hospitais, as pessoas sofrem com a falta de infraestrutura e equipamentos.

Médicos, desmotivados por baixos salários e alta carga horária, atendem mal e induzem a família do paciente a trazer "presentinhos". Uma senhora, cuja filha tem uma doença reumática, foi aconselhada pelo especialista que não voltasse pois ele "não podia mais fazer nada". Ela juntou todas as suas economias e levou alguns CUCs (divisas que valem o mesmo que o dólar) ao médico. Desde então, ele deu sequência ao tratamento.

Quando se é internado é necessário levar um kit: lençóis, travesseiro, ventilador (acredite, para o calor insuportável daqui é necessário, já que não há ar condicionado), comida, água para beber e também para a higiene do paciente, pois falta água no hospital.

A falta de reagentes para exames é outro problema grave. Uma jovem precisava fazer exame de sangue para quatro diferentes testes. Foi pedido a ela que voltasse em três dias distintos para furar o braço, já que esses eram os únicos dias em que cada reagente estaria disponível. Quanto ao quarto reagente, não havia.

Tomografias e raios x são outros itens complicados. Uma senhora caiu das escadas e bateu o rosto, de frente, no chão. A tomografia dela demorou tantos dias (??!!) para ser aprovada que ela faleceu antes, de hemorragia interna. Faltam máscaras de esterilização, bisturis, luvas, seringas descartáveis.

Medicamentos então, um capítulo à parte. Todo e qualquer medicamento aqui se consegue na farmácia, mediante receita. Até mesmo uma aspirina precisa de receita. E para quem pensava, não são gratuitos, não. O problema é que alguns tipos de remédio simplesmente não existem aqui. Quem precisa deles, tem que conseguir no exterior.

A piada corrente é que "cubano que fica doente tem que ter "FÉ" (Família no Exterior). E posso garantir que, por aqui, a FÉ é a única que não costuma falhar.
Ana Carolina é jornalista, couchsurfer e autora do blog "Eu moro onde você tira férias" / Enviado por Ana Carolina Boccardo Alves - 5.8.2011 | 14h02m Post in blogdonoblat.oglobo.com


Situação precária da saúde pública em Cuba: muita propaganda e pouco resultado

Cena de um dos melhores hospitais cubanos

Necrotério cubano
Cada um leva seu lençol, toalhas e higiene

Falta de infra-estrutura na saúde cubana
Na falta de ambulância, socorro com carriola