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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Fifa lamenta a escolha do Brasil. O povo, também.

Maracanã, 1950: estádio inacabado na derrota para o Uruguai, na final da Copa pós guerra.
O péssimo hábito de deixar tudo para a última hora continua o mesmo. 
Brasil pode ter sido a escolha errada para a Copa, diz Blatter

Preocupado com as manifestações contra o governo durante a Copa das Confederações que levou milhões de brasileiros as ruas, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse que "o Brasil pode não ter sido a melhor escolha para o mundial de 2014." Durante os protestos, inclusive nos dias de jogos, os brasileiros pediam melhores serviços, fim da corrupção e prioridade nos investimentos criticando os 28 bilhões de dólares jogados no circo do futebol em prejuízo da educação, saúde e segurança. Ônibus da Fifa foram apedrejados.

"A Fifa não pode ser responsabilizada pelas discrepâncias sociais que existem no Brasil. Não somos nós que temos de aprender com os protestos, mas sim os políticos brasileiros" - sentenciou Blatter, e com razão.

O Brasil acabou escolhido para sediar a copa em 2014 sem votação direta já que a Colômbia havia retirada sua candidatura. Tal e qual em 1950 quando o Brasil foi escolhido por ser o único país a pleitear a sede já que a Europa estava destruída pelo evento da II Guerra Mundial. O Maracanã recebeu os jogos com as obras inacabadas.

De lá pra cá a falta de planejamento e a irresponsabilidade dos compromissos dos governantes não mudou mas, o povo, não mais entorpecido pelo ópio do pão e circo, criou juízo. A Fifa lamenta a escolha. O povo, sem segurança, saúde e educação, também.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

O que o povo quer do governo?

Por que é tão difícil entender?
Luciano Trigo

A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus tem três componentes articulados:

1 — A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio dos impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador.

2 — A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados.

Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso.

3 — A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle.

A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal.

Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não a demandas que ninguém fez). Não é isso que vem acontecendo: todas as ações da classe política parecem movidas pela tentativa de tirar proveito da situação e desenhadas para que tudo continue como está.

É bom que se diga que não são somente os políticos que espantam pela surdez diante dos gritos coletivos de irritação e impaciência, dos protestos que não têm dono nem liderança.

A julgar pelo que se viu em algumas mesas da Flip, muitos intelectuais também se entregam com facilidade à tentação leviana e arrogante de transformar a crise não em oportunidade para um debate consequente, mas em pretexto para oportunistas e demagógicas tentativas de embutir suas próprias agendas secretas e pautas obscuras nas bandeiras das manifestações populares: a tal “crise de representação”, por exemplo, se transformou em escudo para as propostas mais escalafobéticas, envolvendo extinção dos partidos e uma suposta “democracia direta”.

Essa crise não será resolvida por palavras mágicas como “plebiscito” ou “reforma”, nem por manobras da velha política que fazem pouco caso da inteligência das pessoas, nem pela demonização da mídia, nem por espertezas toscas de bastidores, nem por tentativas de cooptação e de controle do movimento social, nem por frases de efeito.

As verdadeiras bandeiras da população que foi às ruas não têm nada a ver com guinadas à esquerda ou à direita, nem com palavras de ordem radicais ou fascistas, nem com a paranoia do golpismo.

As verdadeiras bandeiras do grosso da população que foi às ruas têm a ver, isto sim, com um anseio urgente e definitivo por eficiência e ética na atuação de todos os políticos, de todos os partidos, de todos os poderes, de todas as esferas do poder. Aliás, todos são pagos para isso, com o nosso dinheiro.

Por que isso é tão difícil de entender?

Luciano Trigo é jornalista e escritor.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Pesquisa mostra as bandeiras do povo

Quando o governo admitiu estar perdido em meio as reivindicações gritadas e cantadas pelos manifestantes em todas as ruas do país, ficou claro a distância entre as necessidades do povo e a vontade política da elite governante. Repetidas vezes os ministros da Dilma e seus governadores confessaram ignorar o pleito das ruas.

A imprensa, "cientistas e marqueteiros políticos" lançaram-se em confusas ilações e análises filosóficas de botequim invocando os grandes pensadores da história quando, na verdade e de forma bem simples a demanda das ruas parecia clara e objetiva e saída das redes sociais, contrariando os "especialistas" que sabiamente anunciavam que as redes sociais tinham pouco impacto sobre a opinião pública.

Cada post, na verdade, anunciava a profunda indignação popular e cada curtir ou compartilhar estavam confirmando que a sociedade estava farta da corrupção, da falta de saúde, da péssima educação, da insegurança, da falta de prioridades nos investimentos e nojo da elite política, sem ética e cafajeste. Só os imbecis não entenderam o recado, entre estes, a presidente Dilma Roussef, patrocinadora oficial do fisiologismo político dos partidos de mentirinha.

Dilma engrossou a voz para se opor aos gritos dos manifestantes que recusaram e expulsaram os patéticos petistas e suas bandeirinhas das manifestações de que a democracia não pode sobreviver sem os partidos. Dos partidos corruptos, fisiologistas formados por quadrilheiros, pode sim. O povo precisa de partidos sérios, dona Dilma.

A revista Veja foi ouvir os navegantes das redes e descobriu o que todos na rede já sabiam: 53% contra a corrupção, 49% contra a PEC 37, 45% melhor educação,28% a prisão dos corruptos e 23% contra os gastos para a copa de futebol.

As principais bandeiras entre mais de 9 mil pesquisados pela Revista Veja



Segundo a Veja, quem mais perdeu foram os partidos políticos (59%) e entre eles, o PT com mais de 33% de condenações. Cerca de 70% também condenaram o congresso nacional, 58% o governo, 49% os governos municipais, 47% os governos estaduais, 26% a igreja e 24% a polícia.

domingo, 23 de junho de 2013

Governo faz de conta que não sabe


O Ministro das Comunicações, o subserviente Paulo Bernardes (porém menos imbecilizado e menos prostituto que os demais ministros e membros do PT), concluiu o óbvio sobre as manifestações:

"Os manifestantes estão protestando contra tudo. A mensagem que isso passa é que as pessoas querem participar mais e ser mais ouvias".

É surpreendente que ele e seus companheiros de poleiro ainda estejam com suficiente capacidade mental para, finalmente, compreenderem o que a minha neta, de 8 anos, já sabe, faz tempo.

- Eu fico feliz e irritada ao mesmo tempo - disse Isabela, sobre as manifestações. Feliz por ver que o Brasil acordou e irritada por ver o governo fazer de conta que não estava sabendo.

Enoja ver uma presidente e seus ministros, com caras de imbecis, alegarem que desconhecem as reivindicações do povo. Prostitutos do poder!

domingo, 16 de junho de 2013

Vaias para Dilma e protestos contra inflação e corrupção do PT

Vexame internacional: Dilma longamente vaiada quando foi anunciada no estádio Mané Garrincha. Dentro e fora do estátio, povo protestou contra a violência e inflação.

Antes do jogo Brasil x Japão, centenas de manifestantes cercaram o estádio Mané Garricha para protestar contra Dilma Rousseff, inflação e corrupção. Os gritos eram "Copa , eu não quero, não, quero dinheiro para saúde e educação", os protestantes condenavam os altos investimentos na realização da Copa da Confederações e Copa do Mundo, enquanto saúde e educação estão falidas no país. Também solidarizaram-se com os movimentos que eclodiram em vários estados contra o aumento dos preços de tarifas de transporte público.

A imprensa do mundo acabou mostrando a convulsão social que atinge o Brasil: inflação alta, reajustes de preços constantes, descrédito internacional, corrupção praticada dentro do governo sob as vistas da presidente, além das vaias que Dilma levou quando seu nome foi anunciado.







terça-feira, 11 de junho de 2013

Quebra quebra no Rio: povo protesta contra aumento de passagens de ônibus


Batalhão de Choque usou bombas de efeito moral e spray de pimenta para dispersar manifestantes na Rua Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro. O protesto se concentrou nas escadarias da Câmara Municipal, na Cinelândia, no Centro, onde fizeram um ato para reclamar do aumento da passagem de ônibus e se estendeu pelas Avenidas Rio Branco, Antonio Carlos e Presidente Vargas, que ficaram fechadas entre às 18h e 19h, em meio a um grande tumulto. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Governo indiano é cúmplice dos crimes de estupros pela ausência de ações

CONTRA ESTUPROS, POLÍTICOS DISTRIBUEM FACAS E PIMENTA AS MULHERES

O partido Shiv Sena, da Índia, alinhado com os grupos de oposição, distribuiu grande quantidade de pimenta e milhares de facas com lâminas pequenas, em Mumbai e arredores, como proteção as mulheres contra estupros, ato muito comum e pouco punido na Índia. Logo após a violenta morte da jovem estuprada dentro do ônibus, deputados do país sugeriram a proibição de cortinas nos coletivos. Por ai se percebe a ausência de cérebro também nos "representantes do povo" naquele país.
Tal lá, como cá, ao invés de uma política de segurança e punição rigorosa contra os crimes desta natureza, trabalha-se com paliativos. Os dirigentes indianos que, ao longo dos séculos, vem assistindo passivamente a violência contra as mulheres, podem ser chamados de cúmplices.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Argentina: panelas contra a desordem


Argentina começa a reagir contra desmandos de Cristina


Edson Joel

Jamais a população argentina esteve tão unida ao promover o monstruoso panelaço, ontem, contra Cristina Kirchner. O país inteiro saiu as ruas em manifestação de descontentamento que teve como epicentro a própria capital que reuniu mais 700 mil pessoas nos arredores da Praça de Maio, Praça do Obelisco e da Casa Rosada. Cretina, como é xingada Cristina, tentou ignorar, mas está assustada, afirmam membros da oposição. Cerca de 30 mil populares cercaram a casa da presidente, na Quinta de Olivos.

Os gritos e protestos foram contra a corrupção - envolvendo seu filho e outros parentes da presidente - a economia destroçada com altos índices de inflação e a censura a imprensa.
Cerca de 500 intelectuais argentinos assinaram um manifesto contra "as pressões sistemáticas da presidente sobre juízes” e a tentativa de controlar os meios de comunicação.

Milhões contra Cristina

Milhões de argentinos protestam contra a bruxa
Milhões de argentinos munidos de panelas sairam as ruas, em todo país, contra o governo da presidente Cristina Kirchner. Cartazes pediam liberdade, imprensa livre, respeito e não a corrupção. Os que não sairam em passeatas permaneceram em frente suas casas batendo panelas, protesto comum entre os argentinos.

Milhões de argentinos protestam contra a política de Cristina Kirchner
na principal avenida de Buenos Aires

Como sempre se faz em governos ditatoriais, Cretina, como é chamado com menosprezo pela população, disse que não passava de uma manifestação paga pela ultra direita. Mas pediu reforços para montar um forte esquema de segurança ao redor da casa presidencial. 

Inflação altíssima, insegurança econômica, escândalos de corrupção e restrições a viagens foram temas das reivindicações. O ápice das queixas ocorreu com um grande apagão que atingiu 3 milhões de pessoas. As idéias chavistas de Cristina, de calar a imprensa, não funcionarão lá. E nem cá, onde o PT quer contolar os meios de comunicação.