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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Ações da Petrobras despencaram 35% em dois meses


Manipulação dos preços de combustíveis com objetivos eleitoreiros: Petrobras sofre
com a interferência do governo e ações despencam

Em dois meses as ações da Petrobras despencaram 35%. Ontem a queda foi de 6%. Em novembro o papel valia R$ 21,44 e agora R$ 13,85. 

Motivos? A Petrobras sofre muita interferência do governo e, em consequência, os resultados são péssimos. A empresa, com o tempo, por má gestão, produz menos e importa mais combustíveis. Com o dólar em alta o buraco é gigantesco. Basta lembrar que a dívida da Petrobras ´há seis meses era de U$ 7,8 bilhões, de dólares. Impagável! 

Muito pior é que os preços da gasolina são controlados artificialmente pelo governo, isto é, o preço que se paga na bomba é 30% menor do que deveria ser. Idem na energia elétrica. O governo manipula os preços com interesses eleitoreiros, nada além disso. E por conta disso a Petrobras está na condição de falência.

Com inflação alta, crescimento baixo e dólar em explodindo, o descrédito é maior que os danos sofridos até agora pela empresa. Quem investirá num país comandado por uma destrambelhada que aplaude ditaduras, cria 39 ministérios para satisfazer a ganância dos prostitutos partidos da base de apoio e aplaude condenados por corrupção e formação de quadrilha?

Quem se fia na palavra de Dilma que manipula dados, maquia resultados, esconde números? Recentemente ela afirmou que a inflação estava dentro da meta do governo. A meta era 4,5% e a inflação bateu no teto de 6,5%.

Quem se fia numa economia comandada por um fraco como Guido Mantega um dos economistas mais ridicularizados em todo mundo por conta das suas previsões absurdas.
No começo do novo ano o Brasil teve o maior déficit comercial de toda a sua história em janeiro: US$ 4,05 bilhões negativo. 

Numa terra de governantes malandros invocar otimismo é para trouxas.

domingo, 26 de janeiro de 2014

O naufrágio de um país

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Conduzida pela destemperada presidente Cristina Kirchner, a Argentina está naufragando. Em apenas um único dia o peso desabou 11%, frente ao dólar, a maior derrocada dos últimos dez anos. O país vive com forte inflação e não tem grandes reservas internacionais. Pior, quem investiria num país conduzido por uma esquerda destrambelhada que já deu um calote de U$ 100 bilhões em 2001? 

Sem investimentos e crédito para rolar suas dividas, a argentina entrou no fosso. Politicamente o resultado já veio nas eleições legislativas de 2012 com a derrota do partido da presidente.

Tudo lá é regulado, até as compras pela internet e aquisição de dólar turismo. Para importar as empresas são obrigados a exportar o mesmo valor. Nada disso funciona e a economia sem competitividade, despenca com a alta da inflação que chegou aos 28% em 2012 (embora o governo afirme que a inflação tenha sido de 10,9%). Lá, como no Brasil, os dados são maquiados. Muitos produtos alimentícios foram tabelados e congelados. Os apagões de energia são constantes.

A popularidade de Cristina caiu muito e o povo saiu as ruas promovendo panelaços. O mais grave é que ninguém crê no que ela fala, seja que área for. Até o diagnóstico de câncer, há alguns anos, foi considerado um engano mas a doença, mantida escondida, já chegou ao cérebro.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Feliz Ano Novo?

O superávit comercial brasileiro em 2013 foi o pior em 13 anos. O país exportou U$ 242,178 bilhões e importou U$ 239,617 bilhões, um "lucro maquiado" de apenas U$ 2,561 bilhões porque o governo incluiu como "exportação" plataformas petrolíferas produzidas no Brasil e alugadas para a própria Petrobras. Em novembro o superávit comercial da China foi de U$ 34 bilhões.

O grande vilão das importações foi a gasolina que a falida Petrobras não consegue produzir nem pro gasto do país. Faltam investimentos. Basta citar que a Petrobras tem uma dívida impagável de mais de U$ 7,5 bilhões. De dólares.

O dólar disparou em 2013 com alta de mais de 15% levando a taxa de juros com ele. Dilma e Mantega teimaram e perderam: a bandeira de juros baixos, levantada para campanha política, levaram a alta da inflação e, de volta, as maiores taxas de juros do mundo.

O comércio teve um dos piores desempenhos no período de Natal nos últimos 10 anos com um acanhado aumento de 1,5% a 2,5% segundo alguns levantamentos. Os shoppings registraram aumento real de 2,5%, descontada a inflação que hoje beira 5,80%.

A previsão de crescimento da economia no Brasil em 2013 recuou para 2,40% segundo o Banco Central e para este ano a previsão que era de 3,10% já caiu para 3%.

Economia em frangalhos, corrupção galopante, saúde, educação, segurança e justiça falidas. E os governantes investindo em copa do mundo.

Feliz Ano Novo, pra quem?

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O risco da volta a 2003

Editorial O Globo

Os quase 16 anos deste ciclo do PT no Palácio do Planalto começaram de uma forma, na condução da política econômica, e entram no último ano de mandato de Dilma Rousseff de outra maneira. Uma das diferenças marcantes — pelo menos até agora — ocorre na condução da política fiscal.

Em 2003, quando o partido e aliados subiram a rampa do Palácio do Planalto com Lula de faixa presidencial, a política de gastos públicos seguiu os manuais clássicos. Foi uma administração atenta, contra abusos, restritiva, coerente com a necessidade daquele momento.

A inflação, atiçada pela subida do dólar em função do “risco-PT”, chegou aos píncaros dos dois dígitos e precisou ser debelada por uma política de contenção de despesas governamentais conjugada com a elevação dos juros básicos (política monetária).

Deu certo, como previsto, e o IPCA se aproximou da meta dos 4,5%, estabelecida com dois pontos de margem para cima ou para baixo. A partir do final do segundo governo Lula, o respeito à política do tripé — cumprimento das metas de inflação, do superávit primário e câmbio flutuante —, mantida, com êxito da Era tucana, foi, digamos, flexibilizado.

Sob inspiração da ideologia “desenvolvimentista”, lastreada no intervencionismo estatal, lançou-se a política do “novo marco macroeconômico”, consubstanciada em câmbio desvalorizado, juros baixos e nenhuma maior preocupação com os gastos — para ativar a demanda — e inflação.

Neste aspecto, dentro da ideia equivocada, e tantas vezes comprovada como míope, de que vale a pena “um pouco de inflação, para se obter um crescimento maior”. Ora, a inflação corrói o crescimento. Como mais uma vez o país testemunha.

O abandono do “tripé” ficou bastante visível na “perna” fiscal. O recurso constante a subterfúgios para se abater a meta de superávit primário foi, aos poucos e implacavelmente, abalando a credibilidade da política fiscal, ponto-chave para investidores no país e credores do Tesouro. Pois se trata de saber sobre a capacidade que o Estado brasileiro possui de pagar as suas dívidas.

Não há qualquer risco de desastre na esquina. Mas a tendência de aumento constante das despesas em custeio, acima da arrecadação, faz o mercado precificar o futuro.

Ele passa, por exemplo, a exigir rendimentos mais elevados em títulos do Tesouro com taxas prefixadas. Aumenta o custo do Estado para a sociedade. E isto já acontece.

Com o advento da “contabilidade criativa”, capaz de gerar receita primária, por exemplo, por meio de dividendos de bancos públicos pagos na verdade com dinheiro de dívida do Tesouro, o quadro piorou para o país.

A meta de 3,1% do PIB de superávit primário foi reduzida para 2,1%, mas deverá ser abaixo disso. Há sinais de que o Planalto percebeu o erro do sepultamento do “tripé”. Tem 2014, ano eleitoral, para tentar consertar os estragos. Se não, 2015 pode repetir 2003.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Pib cresce 1,5% no segundo trimestre e anima o mercado

No segundo trimestre a economia brasileira cresceu 1,5% em relação aos três meses anteriores, mas muito abaixo em comparação com o mesmo período de 2012 quando cresceu 3,3%. Os dados são do IBGE.

Apesar do mercado ter recebido a notícia com alegria, permanece um quadro de indefinições e incertezas com o dólar em alta pressionando a inflação e a confiança dos investidores em baixa. Todos apostam numa economia menos aquecida para os meses que virão. A teimosia de Dilma em pretender manter uma taxa baixa de juros como bandeira política - ela vivia se gabando que em seu governo os juros eram menores - ascendeu a inflação, com a aposta no consumo. As famílias estão penduradas em dívidas e os investimentos para a produção não aparecem por desconfiança no governo que não passa credibilidade nem dentro ou fora do país.

Quem deposita confiança num governo que apoia ditaduras e governos estatizantes ou com um congresso que mantém deputado um condenado pela justiça, por peculato e formação de quadrilha? Ou numa presidente que maquia as contas públicas e congela preços - combustível e energia elétrica tem preços manipulados artificialmente - como campanha política?

A inflação inicialmente prevista em torno de 4% terminará o ano, pelas atuais tendências, com mais de 7,5% (a gasolina vai subir) e a economia não crescerá acima de 2%. Aliado as incertezas internas existe a possibilidade da economia da China pisar no breque. Se isso ocorrer, o Brasil descarrilha. Em 2014 o Brasil perderá, para a Rússia o título de 6ª maior economia do mundo.

domingo, 16 de junho de 2013

Vaias para Dilma e protestos contra inflação e corrupção do PT

Vexame internacional: Dilma longamente vaiada quando foi anunciada no estádio Mané Garrincha. Dentro e fora do estátio, povo protestou contra a violência e inflação.

Antes do jogo Brasil x Japão, centenas de manifestantes cercaram o estádio Mané Garricha para protestar contra Dilma Rousseff, inflação e corrupção. Os gritos eram "Copa , eu não quero, não, quero dinheiro para saúde e educação", os protestantes condenavam os altos investimentos na realização da Copa da Confederações e Copa do Mundo, enquanto saúde e educação estão falidas no país. Também solidarizaram-se com os movimentos que eclodiram em vários estados contra o aumento dos preços de tarifas de transporte público.

A imprensa do mundo acabou mostrando a convulsão social que atinge o Brasil: inflação alta, reajustes de preços constantes, descrédito internacional, corrupção praticada dentro do governo sob as vistas da presidente, além das vaias que Dilma levou quando seu nome foi anunciado.







sexta-feira, 14 de junho de 2013

Erros velhos na economia

Alvaro Gribel e Valéria Maniero

Os últimos 30 meses foram marcados por erros antigos sendo novamente cometidos na economia brasileira. Juros caíram com inflação acima da meta; empresas escolhidas receberam crédito subsidiado; reajustes de preços foram adiados a pedido da Fazenda.

Estatísticas de gastos públicos receberam maquiagem; o real foi desvalorizado para proteger a indústria e os efeitos sobre a inflação foram minimizados.

A lista é longa e não termina aqui. O incentivo ao consumo foi colocado em primeiro plano, como se fosse suficiente para estimular investimentos. Bancos públicos sofreram pressão para conceder crédito, se expondo a riscos com aportes bilionários do Tesouro.

A crise internacional foi subestimada, marcos regulatórios foram alterados a toque de caixa, medidas econômicas passaram a ser anunciadas em cadeia nacional de televisão, como uma benesse do governo à população.

Muitos economistas emitiram alertas sobre esses equívocos. O PIB baixo, a inflação novamente elevada, a ameaça de rebaixamento da nota do país e, principalmente, a queda da popularidade da presidente aumentaram a sensibilidade do governo às críticas.

O Banco Central deu meia-volta na política monetária e voltou a subir os juros, de forma unânime, endurecendo o discurso. Começou a reverter a situação, mas o custo foi alto: as expectativas para o IPCA fugiram do centro da meta de 4,5% para um período de 24 meses à frente.

Na política fiscal, tudo é ainda ambíguo. No mesmo dia em que volta a falar de austeridade, o governo anuncia uma nova emissão de dívida para injetar dinheiro na Caixa e estimular o consumo.

A despesa do governo com juros caiu de 5,69% do PIB, em agosto de 2011, para 4,81%, em abril deste ano, por causa da redução da Selic. Mas, ainda assim, o déficit nominal subiu, de 2% para 2,92%, no mesmo período.

As declarações do ministro Guido Mantega são um flanco aberto na credibilidade da política econômica. Disse na quarta-feira que a inflação está caindo de forma consistente, mas, na verdade, está em alta no acumulado de 12 meses e, em junho, deve estourar o teto da meta pela décima vez no governo Dilma. Ainda é possível mudar o rumo, mas é inevitável a constatação de que muito tempo foi perdido.

Inflação alta derruba venda de varejo em abril: pior resultado em 10 anos

Abril de 2013 teve o pior resultado de vendas em 10 anos
Fonte: IBGE

Os dados econômicos no Brasil são preocupantes. A inflação alta e persistente derrubaram as vendas no comércio varejista. Apesar das vendas de abril terem leve melhora em relação ao mês anterior, os prognósticos apontam um crescimento pífio do PIB.

Nos últimos 10 anos as vendas no mês de abril de 2013 foram as piores: 1,59% apenas. No mesmo período de 2012 as vendas atingiram 6,01%. A nota ruim é que as vendas de supermercados caíram 0,5%.

Todos apontam para o mesmo culpado: a inflação alta. As projeções de vendas para este ano eram entre 4,5% a 5% mas, com os novos dados, a previsão é de apenas 3% contra 8,5% no ano passado. As vendas de veículos tiveram expansão de 22,4% em relação a abril de 2012 por conta dos incentivos de redução de IPI. No vácuo dos incentivos o setor de eletrodomésticos melhorou 9,2%.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Quebra quebra no Rio: povo protesta contra aumento de passagens de ônibus


Batalhão de Choque usou bombas de efeito moral e spray de pimenta para dispersar manifestantes na Rua Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro. O protesto se concentrou nas escadarias da Câmara Municipal, na Cinelândia, no Centro, onde fizeram um ato para reclamar do aumento da passagem de ônibus e se estendeu pelas Avenidas Rio Branco, Antonio Carlos e Presidente Vargas, que ficaram fechadas entre às 18h e 19h, em meio a um grande tumulto. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

terça-feira, 21 de maio de 2013

Vagas de emprego caíram 9,25% em abril


Em comparação com abril de 2012 a criação de novos empregos no Brasil caiu 9,25%. Este é o pior resultado desde 2009. No mesmo mês ano passado quase 217 mil vagas foram criadas contra 197 mil neste mesmo período em 2013. No ano foram criados 550 mil novos postos de trabalho pela iniciativa privada. Os números mostram um recuo na oferta de empregos apesar da presidente Dilma Rousseff ter comemorado 4,139 milhões novos empregos com carteira durante o seu governo.

O recuo decorre da redução de investimentos nas indústrias e serviços diante a inflação que não consegue ser detida pela política econômica da presidente, administrada pelo fraco Guido Mantega.


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Dilma Tomate: teimou mas recuou


Dilma, não pise no tomate, pede a oposição
no congresso
Hasteada como plataforma de campanha a bandeira da manutenção dos juros em níveis baixos elevou o consumo e a inflação.

Ao insistir nessa polícia Dilma retratou-se despreparada e teimosa e passou a ser protagonistas das melhores piadas e críticas vindas do mercado, principalmente externo. A medida foi adotada após a inflação ficar sem controle e bater em 6,59% em 12 meses, muito acima da meta governamental de 4,5%.

A previsão é queda nas vendas.Dilma Rousseff arriou a bandeira política de campanha e o Banco Central elevou a taxa de juros de 7,25% para 7,50%. A decisão chega com o reconhecimento pelo governo que as críticas contra sua política econômica eram verdadeiras e que as medidas adotadas contra a inflação resistente eram apenas paliativos.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Dilma Tomate

Sem saber pra onde correr a presidente Dilma Rousseff começa a perder o respeito dos seus críticos tamanha falta de bom senso e lógica na prática e no discurso de combate a inflação.

A cada dia a presidente confirma que foi conduzida à presidência por mero acidente de percurso. Dilma levanta bandeiras de campanha política usando a economia como mote - a única coisa até então estável no país - e pratica um discurso pobre na tentativa de criar estilo, como seu antecessor, um indigente mental populista que se traveste de esquerda patética mas se envolve nas mais condenáveis e espúrias praticas antidemocráticas e lidera um partido cuja ética apenas constou no programa partidário e ficou no papel.

Ela queria ficar pra história como a presidente que baixou a taxa de juros, como se isso fosse possível por decretos. Provado está que não é e a inflação avança sem controle. No comando da equipe econômica está outra figura patética, tanto quanto ela: Guido Mantega, desacreditado e alvo de piadas no mundo dos negócios.
Os preços explodem nos supermercados e a irresponsável presidente discursa que a inflação é fruto do pensamento dos pessimistas e que a condução da política anti-inflacionária está sob controle. Dilma está com a razão? Fácil responder: vá ao primeiro supermercado da esquina e confira os preços. Nada mais.

O desconto da energia que a Dilma concedeu se perdeu um mês e meio depois corroída pela inflação que ela mesma plantou. A meta de 4,5% de inflação já ficou distante e o crescimento econômico foi pífio.

Dilma, essa figura desprezível que quer fazer política com a economia, não pisou no tomate. Ela é o tomate. Agora vai engolir as bobagens que fala e faz e elevará a taxa de juros, mecanismo até então utilizado com mais eficiência para o controle da inflação. Afinal, qualquer conquista social será facilmente destruída pela inflação.

Nesta área filosofia barata e populismo político não resolvem nada.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Porque o comércio registra vendas baixas?

Taxas de juros vão subir para combater a inflação. Vendas no varejo caem

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza


O fraco ministro da Fazenda Guido Mantega voltou a afirmar que expectativa da economia brasileira para 2013 é boa. Ele prevê um crescimento de 3,5% para este ano e 4,1% para 2014. As suas previsões anteriores nunca se confirmaram e por isso é alvo de constantes piadas no mundo dos negócios.

Ele disse que o governo não hesitará em tomar medidas impopulares para combater a inflação, por exemplo, aumentando a taxa de juros. Esse mecanismo já vinha sendo usado com sucesso, mas Dilma, que quer ficar pra história como a presidente que derrubou os juros, insistia em fomentar o consumo como arma contra a elevação de preços. Os juros menores provocaram aumento de preço, na verdade. As sucessivas medidas paliativas - como desonerações da folha de pagamento e queda do IPI - não surtiram efeitos e a inflação disparou. E a bandeira que Dilma queria erguer nessas eleições foi arriada.

Somente agora, com os preços dos alimentos explodindo nos supermercados é que a teimosia parece ter sido vencida. As vendas de varejo caíram 4% considerando 12 meses. Até dezembro as vendas acumulavam alta de 5,3%.

A produção de cervejas que teve alta em janeiro caiu em fevereiro e março em todo país. Uma grande rede de móveis e de elétrico eletrônicos, Lojas Cem, afirma que as vendas no primeiro trimestre caíram 50% em relação ao final do ano passado. Celulares e tablets continuam vendendo bem. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo confirma que o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 4,3% em relação a fevereiro.

Um estudo do Banco Credit Suisse diz que o crescimento das vendas a varejo este ano, por conta da inflação que o governo não consegue controlar, pode reduzir em 1,5%. Recorda-se que no ano passado o comércio cresceu 8%. O estudo indica que se o governo conseguir manter a inflação dentro da meta de 4,5%, as vendas no varejo podem subir
7,5%.

O jogo é simples de ser entendido: quanto maior a inflação dos alimentos menor será o consumo de outros itens porque sobra menos dinheiro. Pior, o impacto maior é para as famílias de menor renda. De fevereiro do ano passado até fevereiro deste ano, a inflação para famílias com renda média mensal de R$ 800,00 chegou ao absurdo de 8,1%. Isto porque essas famílias comprometem mais de 30% do orçamento para a compra de comida. No mesmo período a inflação para uma família com renda superior a R$ 10.400,00 foi de 6,6%.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Inflação ultrapassa previsão e complica economia


Inflação descontrolada pode elevar taxa de juros

O que poderia ter sido feito há muito tempo deverá ocorrer na próxima reunião do Copom: a elevação da taxa de juros em 0.25 pontos - chegando a 7.50 ao ano - como uma tentativa de controlar a inflação que estourou e meta prevista para 2013. A inflação anual anunciada pelo IBGE atingiu 6,59%. A meta, estabelecida no início do ano, é de 4,5% .

Metade da inflação foi causada pelos alimentos cujos preços continuam subindo. Recorda-se que o governo desonerou os itens da cesta básica sem resultados perceptíveis. O governo aposta em queda com uma safra recorde em 2013 de arroz e soja. Apesar da desoneração do açúcar, carnes e óleo de soja, cujos preços caíram em fevereiro, os preços voltaram a se elevar. Entre os produtos de higiene beneficiados com a desoneração, só a pasta de dente teve preço reduzido.

A conta de luz voltou a subir por conta da inflação que já comeu mais de 15% dos 18% de desconto que a Dilma tinha anunciado com estardalhaço pela televisão.

A cada dia que passa Dilma mostra que sua eleição para a presidência do país foi um mero acidente. Ontem assessores diretos de Dilma admitiram aumentar a taxa de juros para evitar o distanciamento da meta original de 4,5%.

VEJA A EVOLUÇÃO NO PREÇO DOS ALIMENTOS, EM %



PRODUTO Março Ano 12 meses
Cebola 21,43 54,88 76,46
Açaí (emulsão) 18,31 55,66 40,58
Cenoura 14,96 53,3 50,67
Feijão-carioca 9,08 22,85 26,47
Batata inglesa 6,14 38,11 97,29
Tomate 6,14 60,9 122,13
Alho 5,77 2,5 53,13
Ovo 5,68 12,13 29,75
Farinha de mandioca 5,11 35,18 151,39
Farinha de trigo 4,6 12,02 22,13
Pão de forma 4,54 9,21 19,22
Frutas 4,51 7,86 11,66
Pão doce 2,63 4,29 11,61
Hortaliças 2,46 20,71 25,45
Macarrão 1,94 6,12 10,25
Feijão-preto 1,83 4,72 24,79
Biscoito 1,8 4,46 8,8
Pescados 1,78 4,9 8,51
Leite longa vida 1,76 2,49 8,81
Leite em pó 1,63 2,78 12,71
Creme de leite 1,54 -1,89 8,17
Refrigerante fora 1,4 3,9 11,63
Queijo 0,92 3,01 8,53
Refeição 0,89 2,68 8,88
Carnes industrializadas 0,75 2,59 15,47
Pão francês 0,69 3,87 15,3
Tabela da Folha de São Paulo

domingo, 7 de abril de 2013

Inflação dispara nos alimentos e prejudica classe mais baixa

Em 12 meses, preços dos alimentos mais consumidos por quem ganha até 2,5 salários mínimos subiram mais que os da média da população.

Fernanda Nunes , de O Estado de S.Paulo
31 de março de 2013 | 22h 00
  
SÃO PAULO - O aumento dos preços dos alimentos ao longo dos últimos meses vem tirando o fôlego e comprometendo a capacidade de compra de um grupo em especial: o consumidor de baixa renda. Para esse segmento, base da festejada "nova classe média", a inflação pesa mais.
O indicador que mede a variação de preços em 12 meses para as famílias com ganho mensal de até 2,5 salários mínimos, em fevereiro, foi de 6,94%, nível superior ao da média dos brasileiros, que registrou 6,04%.

A diferença da inflação por classe de renda ocorre, na verdade, desde julho do ano passado. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), que calcula o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1, a chamada inflação da baixa renda) e o Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna (IPC-DI), vem registrando o deslocamento.

Isso acontece porque os preços dos alimentos adquiridos pelos consumidores de rendimento mais baixo dispararam. Para a população mais pobre, 30% do salário são destinados às compras de supermercado, enquanto para a média dos brasileiros os alimentos representam 20% das despesas. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, último indicador divulgado, a inflação dos alimentos variou 13,94% no IPC-C1 e 12,29% no IPC-DI.

A inflação para a baixa renda passou a ser mais sentida neste início de ano, com o fim de alguns programas de incentivo ao consumo, como a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados para bens duráveis. Mas o maior peso vem dos alimentos e a tendência, segundo o economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre)da FGV, é que a alta de preços desses produtos perca o fôlego daqui para frente. Com isso, diz Braz, a baixa renda pode ter um alívio nos próximos meses.

Enquanto isso, a expectativa é que o governo mire suas ações exatamente no alívio do orçamento desse grupo de consumidores, que vem puxando o aumento do consumo das famílias na economia. O professor da Faculdade de Economia e coordenador da Fipe Rafael Costa Lima acredita que as medidas devem ter como foco a inflação como um todo, porém, com atenção especial a setores que atendam à "nova classe média".

Ainda assim, a avaliação do economista é que, com a renda do trabalho se mantendo em alta, o consumo pela população de baixa renda continuará forte. "Não imagino que a inflação vai corroer tanto o poder de compra dessa população", afirmou.

Para o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Bruno Fernandes, no entanto, a variação de preços para esse grupo de consumidores é preocupante.

Idosos. Além dos pobres, a população idosa é outro grupo que também é mais punido com a inflação dos alimentos. O último dado disponível do IPC-3i, que mede a inflação das famílias com indivíduos com mais de 60 anos, mostra que, em 2012, o indicador teve alta de 5,82%, enquanto o IPC-DI foi de 5,74%. A FGV apura a inflação dos mais idosos trimestralmente, portanto, os resultados deste ano ainda não são conhecidos.

Braz, da FGV, diz que, na atual conjuntura os idosos sentem mais os efeitos da inflação por consumirem mais alimentos in natura, que têm sido os vilões dos preços. O economista pondera, no entanto, que essa alta pode ser contrabalançada pelo fato de os mais idosos sentirem menos os efeitos do reajuste de transporte público, porque boa parte deles tem passe livre no ônibus. / COLABOROU M.C.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Dilma autoriza aumento de preços de remédios em 6,31%

Dilma Roussef: governo sem rumo na economia

Dilma Rousseff acabou de autorizar o aumento de preços de 6,31% para medicamentos do nível 1 (os que tem a participação de genéricos de 20% ou mais). Os demais são aumentos menores, escalonados dentro dos níveis 2 (4,51% de aumento) e 1 (aumento de 2,70%). O aumento média gira em torno de 4,59% e foram autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.

Na verdade o reajuste não compensa as perdas para a inflação. "Mais uma vez, o governo aplicou um discutível cálculo de produtividade que reduz o índice de reajuste e prejudica muitas empresas, ao impedi-las de repor o aumento de custos de produção do período", informou o Sindusfarma, sindicato da indústria farmacêutica em nota a imprensa. No ano passado o aumento de preços foi de 4,11% enquanto a inflação bateu em 5.84%.

De novo o Brasil começa a conviver com a queda de braços entre o governo que interfere na economia de forma desastrada causando inflação e guerra entre órgãos controladores de preços e a produção industrial.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Inflação sobe 0,49% em março e 6,43 no ano

A inflação subiu 0,49% em março e o índice acumulado de um ano beira 6,50%. O maior susto é na alimentação: entre nove grupos pesquisados a alta dos preços em alimentos foi a maior, 1,40%. O feijão carioca subiu 11,68%, ovos 7,66%, farinha de trigo 6,33%, farinha de mandioca 5,72%, frutas 2,54%, macarrão 2,42%, frango 1,80%, pão francês 1,77% e refeição fora de casa 1,23%.

Dilma, em campanha política, insiste em tomar como ponto de honra a queda da taxa de juros. Foi exatamente esse mecanismo que manteve a inflação controlada durante anos. Segundo especialistas é inevitável o aumento da taxa de juros e o governo está reconhecendo isso.

sábado, 16 de março de 2013

Efeito contrário: depois dos cortes de impostos, cesta básica sobe

O que já se esperava começa
a acontecer. 
Depois de um amontoado de ações na área econômica sem resultados, a presidente Dilma Rousseff torna a apelar para que os empresários tenham consciência e reduzam os preços dos produtos da cesta básica depois que o governo cortou os impostos dos seus componentes.

Dilma pediu, quando lançou o corte de impostos, que os empresários reduzissem pelo menos 9,25% do preço das carnes, do café, da manteiga, do óleo de cozinha, e em 12,5% a pasta de dentes, os sabonetes, entre outros produtos.

Uma semana depois do anúncio da medida a cesta básica subiu 0,55% em média, passando de R$ 384,58 para R$ 386,71, segundo pesquisa do Dieese por conta do aumento da inflação carregada pelos aumentos dos preços dos combustíveis, tarifas e outros produtos.

Demonstrando descontrole e perda do comando da política econômica, Dilma dispara medidas que não tem resultado na queda da inflação como desoneração de folha de pagamento em alguns setores e corte de impostos de produtos da cesta básica. Ela encontrou na queda da taxa de juros um mote para sua campanha política e é exatamente ai que está o mecanismo utilizado pelos economistas ortodoxos para conter a inflação desde 94, com o lançamento do plano real. Conduzida por Guido Mantega, um economista desacreditado aqui e no mundo, a política econômica de Dilma já está na ante sala da UTI. A gerentona não entende do ramo. A inflação já bateu na porta dos 6,31%.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Inflação mais alta em 2013 e 2014



Banco Central admite que inflação é resistente

Integrantes do Comitê de Política Monetária do Banco Central admitiram, publicamente, que a inflação está resistindo e que essa pressão pode não ser temporária. Os preços não recuam e podem se acomodar em níveis elevados. 

Significa dizer que todos os incentivos e práticas do governo na área econômica nenhum resultado surtiu. O próprio Banco Central elevou suas projeções para uma inflação bem maior da prevista (4,5%) para 2013 e 2014. 

O país que veio de um crescimento ridículo de 0,9% em 2012 e queda da produção industrial está encontrando dificuldades para o controle da inflação usando como mecanismo a queda da taxa de juros que despencou de 12% em 2011 para 7,5% em 2013. No período Lula a taxa de juros era usada como mecanismo eficaz para o controle do aumento de preços, processo abandonado por Dilma que utiliza a queda de juros como discurso político.

Dilma faz do controle artificial de preços de combustível e energia sua arma contra a inflação. Em vão. A vaca está se atolando no brejo.