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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cenas de cinismo explícito

Por Clovis Rossi, 11.09.2014

É de ilimitada desfaçatez a campanha de Dilma Rousseff contra a proposta de autonomia do Banco Central, lançada por sua principal adversária, Marina Silva. Desfaçatez porque o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do qual Dilma foi gerente e ao qual deve sua eleição, fez até mais do que Marina está propondo, conforme já mencionaram tanto Fernando Rodrigues como Vinicius Torres Freire.

Primeiro, Lula fez o que Dilma diz que Marina fará: entregou o BC aos banqueiros, ao indicar um deles, Henrique de Campos Meirelles, para comandar a instituição, posto que exerceu durante todos os oito anos do governo anterior.

Segundo, Lula deu à presidência do BC o status de ministério, ou seja, tirou-o da subordinação ao Ministério da Fazenda. O ministro não podia mais, portanto, dar ordens a Meirelles, cujos instintos são indiscutivelmente pró-mercado (basta ler seus artigos dominicais nesta mesma Folha).

Terceiro, Lula aceitou que Meirelles comandasse na prática a política econômica, ao ser ele quem fixava pelo menos dois dos preços essenciais de qualquer economia, o do dinheiro (juros) e o do câmbio.

Se é verdade que aumentar juros é fazer o jogo dos banqueiros, como insinua a propaganda de Dilma, então Meirelles jogou o jogo, no governo de que ela era gerente. Quando assumiu, Meirelles elevou os juros já obscenamente altos (25%) para 26,5%. Cruzei com ele em Davos e perguntei como convencera Lula a aceitar. Meirelles contou que dissera ao presidente que, no Brasil, sempre que a inflação chega a dois dígitos dispara. Não chega a ser ciência, mas bastava para dobrar o presidente. Quem não se lembra da inglória cruzada do então vice-presidente José Alencar contra os juros altos? Perdeu sempre.

Lembro-me também de uma vez em que os juros subiram e eu pedi a opinião de Luiz Fernando Furlan, industrial então vestido de ministro (da Indústria, Comércio e Desenvolvimento). Respondeu Furlan: Meirelles fez o que o mercado queria.

O pior, para a tese de Dilma, é que o desempenho da economia na gestão Meirelles, egresso do setor financeiro, foi imensamente melhor do que no período de um BC comandado por um funcionário de carreira, como Alexandre Tombini: o crescimento foi muito maior, a inflação raramente namorou o teto da meta, houve exuberante criação de emprego e a renda salarial cresceu.

Daria, portanto, para dizer que entregar o BC ao mercado financeiro dá mais resultados que reservá-lo para funcionários do governo. Não vou, no entanto, repetir Dilma e cair nesse simplismo. Dar autonomia ao BC é entregar a funcionários não eleitos e, portanto, que não respondem ao público por seus atos o que é de responsabilidade dos eleitos.

Mas Dilma é a última pessoa a ter autoridade política para atacar a autonomia, até porque ela, como seus dois antecessores, dedica à bolsa-juros a maior fatia relativa do orçamento, o que só os nanicos Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) têm a coragem de dizer nos debates.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Dilma: pontapé na concordância verbal e uma rasteira na coerência.

“O que é (sic) R$ 10 mil?”, desdenha Dilma.

Por Augusto Nunes

Há quase dois anos, ao festejar na TV o fim da pobreza extrema em território brasileiro, Dilma Rousseff explicou que só pode ser enquadrada nessa categoria gente cuja renda mensal é inferior a 70 reais. Qualquer quantia acima disso, portanto, é suficiente para que se atravesse 30 dias sem maiores aflições. Na sabatina da Folha, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, uma curtíssima resposta-pergunta da presidente bastou para reduzir a farrapos a fantasia de Princesa Isabel dos Miseráveis.

“O que é (sic) R$ 10 mil?”
(Dilma chutando a concordância)

Quase no fim da sabatina, um dos entrevistadores perguntou-lhe por que guarda em casa 152 mil reais em espécie. Dilma enrolou-se em explicações tão consistente quanto os prognósticos econômicos de Guido Mantega. Outro jornalista ponderou que, se depositasse a bolada numa caderneta de poupança, lucraria perto de 10 mil reais em um ano. “O que é 10 mil?”, deixou escapar a presidente, desferindo simultaneamente um pontapé na concordância verbal e uma rasteira na coerência. (Vídeo O que é (sic) dez mil reais?)

Com a quantia que desdenhou, Dilma poderia, por exemplo, comprar 3.333 bilhetes do metrô paulista. Ou manter 12 brasileiros acima da linha da miséria durante um ano. Ou, ainda, bancar pelo mesmo período 11 beneficiários do Bolsa Família. Com R$ 10 mil, a presidente também poderia pagar 37 jantares no restaurante Eleven, onde costuma baixar durante “escalas técnicas” em Lisboa. Ou 10 noites na suíte menos cara do hotel Four Seasons Ritz, também em Lisboa. Se preferisse a suíte presidencial, como em janeiro, teria de reduzir em alguns maços a pilha de cédulas escondida no Palácio da Alvorada para completar a diária de R$ 26,2 mil.

Os R$ 152 mil que mantém ao alcance da mão (e que lhe permitiriam comprar à vista um Mercedes CLA 200 zero quilômetro) incorporam a dona da bolada a um reduzidíssimo grupo de brasileiros. Só guardam em casa tanto dinheiro vivo os agiotas ultraconservadores, os sonegadores do Fisco, os bicheiros da velha guarda, os sovinas patológicos e, sabe-se agora, uma presidente da República. É a única em toda a comunidade formada em economia, o que faz de Dilma Rousseff também a única economista do mundo que acha um bom negócio investir debaixo do colchão.

terça-feira, 29 de julho de 2014

O Estado e o capitalismo

Dilma Rousseff: terrorismo explícito contra o mercado financeiro

Merval Pereira, O Globo / Da coluna do Noblat

Concordo com a presidente Dilma, que classificou ontem o que está acontecendo no mercado financeiro de “inadmissível” e “lamentável”, mas tenho a visão oposta à dela: o que é inaceitável é um governo, qualquer governo, interferir em uma empresa privada impedindo que ela expresse sua opinião sobre a situação econômica do país. Sobretudo uma instituição financeira, que tem a obrigação de orientar clientes para que invistam seu dinheiro da maneira mais rentável ou segura possível.

Numa democracia capitalista como a nossa, que ainda não é um “capitalismo de Estado” como o chinês — embora muitos dos que estão no governo sonhem com esse dia —, acusar um banco ou uma financeira de “terrorismo eleitoral”, por fazerem uma ligação óbvia entre a reeleição da presidente Dilma e dificuldades na economia, é, isso sim, exercer uma pressão indevida sobre instituições privadas.

Daqui a pouco vão impedir o Banco Central de divulgar a pesquisa Focus, que reúne os grandes bancos na previsão de crescimento da economia, pois a cada dia a média das análises indica sua redução, agora abaixo de 1% este ano.

Outro dia, escrevi uma coluna sobre a influência da economia nos resultados eleitorais, e o incômodo que a alta cúpula petista sentia ao ver análises sobre a correspondência entre os resultados das pesquisas eleitorais e os movimentos da Bolsa de Valores: quando Dilma cai, a Bolsa sobe.

Essa constatação, fácil de fazer e presente em todo o noticiário político do país nos últimos dias, ganhou ares de conspiração contra a candidatura governista e gerou intervenções de maneiras variadas do setor público no privado.

O Banco Santander foi forçado a pedir desculpas pela análise enviada a investidores sugerindo que prestassem atenção às pesquisas eleitorais, pois, se a presidente Dilma estancasse a queda de sua popularidade ou a recuperasse, os efeitos imediatos seriam a queda da Bolsa e a desvalorização cambial. E vice-versa.

O presidente do PT, Rui Falcão, já havia demonstrado que o partido governista não se contenta com um pedido de desculpas formal, como classificou a presidente Dilma: “A informação que deram é que estão demitindo todo o setor que foi responsável pela produção do texto. Inclusive gente de cima. E estão procurando uma maneira de resgatar o que fizeram”.

Ontem, na sabatina do UOL, a presidente Dilma disse, em tom ameaçador, que terá “uma conversa” com o CEO do Banco Santander.

Mas não foi apenas o Banco Santander que sofreu esse assédio moral por parte do governo. Também a consultoria de investimentos Empiricus Research foi acusada pelo PT de campanha eleitoral em favor do candidato oposicionista Aécio Neves, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatado o pedido para que fossem retirados do Google Ads anúncios bem-humorados do tipo “Como se proteger de Dilma” e “E se Aécio ganhar”.

Justamente é este o ponto. A cada demonstração de autoritarismo e intervencionismo governamental, mais o mercado financeiro rejeita uma reeleição da presidente Dilma, prepara-se para enfrentá-la ou comemora a possibilidade de que não se realize.

Isso acontece simplesmente porque o mercado é essencialmente um instrumento da democracia, como transmissor de informações e expressão da opinião pública.

Atitudes como as que vêm se sucedendo, na tentativa de controlar o pensamento e a ação de investidores, só reforçam a ideia de que este é um governo que não tem a cultura da iniciativa privada, e não lida bem com pensamentos divergentes, vendo em qualquer crítica ou mesmo análise uma conspiração de inimigos que devem ser derrotados.

Um dos sócios da consultoria Empiricus Research, Felipe Miranda, afirmou em entrevistas que não se intimidará, e fez uma constatação óbvia. “O que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento”.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Previsão do Banco Central é péssima para o Brasil em 2014

Inflação acima do teto em 2014

O próprio Banco Central admite que a inflação vai passar do teto previsto (6,5%) em 2014 e que o PIB, de novo, será pequeno. Considerando que o governo vem maquiando números, faz tempo, supõe-se que a inflação seja maior do que o anunciado, de 6,4%. 

Somente o aumento da energia elétrica - cujos preços são manipulados - deve ser de 11,5%, segundo previsão do próprio BC. Significa dizer que Dilma Rousseff terminará 2014 com uma inflação muito maior que a do ano passado, de 5,91%. Lembre-se que a meta da inflação era de 4,5%.

A previsão do PIB para este ano traz pessimismo em todos os setores da economia. Haverá retração no campo e previsão de crescimento ínfimo em outras áreas, como de serviços. Na indústria o crescimento de 1,5% já não é mais esperado e a previsão é que a área chegue a 0,4%. O PIB da agricultura cairá de 7% para menos de 2,8%.

A taxa de juros Selic é uma das mais altas nos últimos anos.
As previsões são péssimas e foram anunciadas pelo próprio Banco Central, useiro e vezeiro na maquiagem dos números. Imagine como deve ser os números verdadeiros. Para saber, vá ao supermercado mais próximo e confira os preços.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dilma privatizou Libra, sim

Por Carlos Tautz

Nada mais falso no Brasil dos últimos dias do que a afirmação de Dilma de que ela não teria privatizado o campo de Libra, no pré-sal brasileiro. Não adianta enrolar, presidenta.  A senhora vendeu, sim, e por um preço vil, aquele que pode ser o primeiro de vários campos bilionários de petróleo. Pode incluir esse crime de lesa-prátria no seu currículo e preparar-se para ser cobrada por ele nas eleições de 2014. O seu PT tem como tática eleitoral o discurso da defesa do patrimônio público e sempre acusou (aliás, com razão) os tucanos de serem privatistas, sabendo que a desestatização, em sua maioria, gerou produtos e serviços caros e de péssima qualidade.

Além disso, presidenta, a senhora sabia que o modelo de partilha, aplicado à Libra, desde pelo menos 2007 já não garantia a remuneração justa para o Brasil do petróleo a ser explorado na camada pré-sal, devido à quantidade e à facilidade de encontrar óleo nesta faixa.

“Quando o pré-sal foi confirmado (uma teoria de décadas, que só pôde ser comprovada com o avanço da geofísica e dos novos modelos computacionais, nos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007 na Petrobras), o modelo de partilha foi superado, já ali”, explicou ao jornal Correio da Cidadania, o professor titular da USP e ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer.

“São 15 bilhões (de barris) em Libra; 9 bilhões em Lula (antigo Tupi); 4 bilhões em Iara; 10 bilhões no campo de Carioca; 9 bilhões no campo de Franco; 2 bilhões em Guará; cerca de 5 bilhões nas áreas das chamadas baleias”, listou Sauer, que também aconselhou: melhor seria o governo contratar a Petrobrás, como prevê a lei 12.351/2010, a Lei da Partilha, para avaliar a totalidade das reservas, antes de começar a vendê-las.

“Há, no entanto, muitos geólogos e especialistas acreditando que o Brasil tem no mínimo 100 bilhões de barris, podendo chegar a 300 bilhões, o que seria a maior reserva do mundo”, lembra Sauer.

Presidenta, há anos, desde quando ocupava o Ministério de Minas e Energia (MME), a senhora sabe até onde podem chegar as reservas brasileiras, que carecem de muito mais pesquisa e planejamento estratégico antes de serem alienadas.

Mesmo assim, resolveu montar a operação de guerra que a senhora montou para garantir o leilão. Isso para não falar que há poucas semanas a imprensa noticiou a espionagem estadunidense justamente sobre o MME e a Petrobrás...

Prepare-se, Dilma: em 2014, a senhora não poderá mais levantar, como fez na campanha de 2010, a bandeira da defesa do patrimônio público, porque a jogou fora na segunda-feira.

Carlos Tautz, jornalista, é coordenador do Instituto Mais Democracia – Transparência e controle cidadão de governos e empresas.

Gasolina vai subir de novo

Após privatização do petróleo Dilma aumentará preço da gasolina


Vem ai mais um aumento no preço da gasolina. Os combustíveis deverão subir de 5% a 7% nas refinarias e o aumento é sugerido pela própria equipe econômica. Ao privatizar o campo de Libra o Brasil deverá depositar R$ 6 bilhões para deter 40% do consórcio, dinheiro que a Petrobras, quase falida, não tem. Os preços dos combustíveis no Brasil, controlados artificialmente, estão defasados em 30%. A inflação de 5,86% no acumulado do ano, portanto, não é real, considerando que além do preço manipulado dos combustíveis, energia e transporte público são subsidiados pelo governo por conta dos protestos recentes.

Guido Mantega, o ministro que virou piada internacional, diz que pensa em fazer um empréstimo para levantar esse dinheiro que ele aposta que a Petrobras tem, mas não deve usar para não atrapalhar as outras contas a pagar.

A Petrobras tem uma dívida impagável de US$ 7,5 bilhões. De dólares. O afundamento da Petrobras decorre do uso político pelos governos do PT, na vã tentativa de conter a inflação manipulando os preços dos combustíveis.

Greves em todo país por reajuste de salários, inflação alta, índice de crescimento baixo, dólar alto e corrupção desenfreada é o quadro dramático que o Brasil vive nos dias de hoje.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

As pérolas de Dilma Rousseff


REVISTA VEJA

O que diz no vídeo de 28 segundos garantiria a Dilma Rousseff um rotundo zero (com louvor) em provas de português e matemática para crianças de 12 anos. Segue-se a transcrição literal da fala já com vaga assegurada no Museu da Era da Mediocridade.

“Em Portugal, daonde eu… aonde eu cab… ac … di onde eu acabei de vir, o desemprego béra 20 por cento. Ou seja: um em cada quatro portugueses estão desempregados. E eles vêm dizê qui o Brasil é um país em situação difícil”.

A presidente deveria ser obrigada a escrever 500 vezes no quadro negro o seguinte: “Em Portugal, de onde acabei de vir, o desemprego beira 20 por cento. Ou seja, um em cada cinco integrantes da população economicamente ativa está desempregado”.

Mesmo que estivesse voando em céu de brigadeiro, qualquer país governado por quem diz coisas assim tem o dever de considerar-se em situação de altíssimo risco.



domingo, 21 de julho de 2013

Manifestação fascista?


Anistia Internacional critica repressão policial mas a OAB-RJ diz que manifestação é fascista

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

A Anistia Internacional criticou a repressão policial indiscriminada contra os manifestantes do Rio de Janeiro que cercaram a casa do do governador Sérgio Cabral - já eleito como ícone do político brasileiro irresponsável e canalha - mas a OAB, instituição corporativista e cada vez mais desacreditada, vê os protestos como um movimento fascista.

As manifestações pacíficas contra o governo do peemedebista Sérgio Cabral na última quinta acabaram em vandalismo e violência. Cabral, nesta noite, sumiu de novo. O presidente da OAB/RJ, diz que as "manifestações são legítimas, mas sem violência", um discurso comum.

O que se estranha é a "dificuldade" das autoridades policiais de controlar um grupo minoritário que pratica vandalismo. Percebe-se que, primeiro, se permite a depredação para depois entrar em confronto dando a entender que a passividade inicial seja proposital para tentar passar para a opinião pública que os protestos são ilegítimos e violentos. O que não é verdade. A população apoia os movimentos embora condene a violência praticada por infiltrados com interesses escusos. Não poderia ser do interesse dos governantes, como o odiado Cabral, infiltrar alguns contratados para promover quebra quebra e buscar assim desqualificar um movimento legítimo?

Não seria de interesse do PT - que odeia a imprensa - organizar grupos violentos contra a sede de emissoras de televisão tentando mudar o foco do movimento? Hoje se critica ações mais veementes de alguns vândalos esquecendo-se que a guerrilheira Dilma Rousseff pegou em armas para assaltar bancos e praticar sequestros em nome de uma ideologia. Perto disso o quebra quebra do Rio é obra de trombadinhas.

O recado das ruas é claro: o modelo político brasileiro faliu.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Reprovação a Dilma subiu de 9% para 29,5%

Aprovação do governo Dilma cai de 54,2% para 31,3%, indica CNT Pesquisa divulgada nesta terça confirma tendência de queda após onda de protestos; reprovação subiu de 9% para 29,5%, na comparação com junho.

Atualizada às 11h06 - Laís Alegretti e Daiene Cardoso - Agência Estado

A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu de 54,2% para 31,3%, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 16. O levantamento foi feito entre os dias 7 e 10 de julho, após a onda de protestos ocorrida no País.

A avaliação negativa do governo subiu de 9% em junho para 29,5%. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20 Estados, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A última pesquisa CNT/MDA, divulgada em 11 de junho, registrou oscilação negativa na avaliação do governo e ficou em 54,2%, ante 56,6% do levantamento anterior.

Segundo o levantamento atual, a aprovação do desempenho pessoal de Dilma também caiu de 73,7% e para 49,3%. Já o índice de desaprovação saltou de 20,40% em junho para 47,3%. Datafolha. No fim de junho, pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgada no dia 29 de junho - após a intensificação dos protestos pelo País -, também indicou queda na aprovação da presidente. O índice caiu de 57% para 30% em três semanas. Foi a maior queda de aprovação de um presidente aferida pelo Datafolha desde Fernando Collor em 1990.


Na ocasião, o levantamento identificou ainda o aumento da reprovação ao governo. O percentual de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 9% para 25%. A deterioração das expectativas em relação à economia, segundo o jornal, também explica a queda da aprovação da presidente. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Dilma já é péssima gestora. Imaginem mal assessorada.

Assessores? Tratar no Planalto.
Por Sandro Vaia

Dilma foi mal assessorada na questão da Constituinte exclusiva para a reforma política e por isso ela voltou atrás e resolveu trocar tudo por um plebiscito.

Mas Dilma foi mal assessorada na questão do plebiscito porque, entre outros problemas, não haveria tempo útil de formular uma série de perguntas tão claras, definitivas e incisivas a ponto de responder as questões controversas que formariam o perfil de uma reforma política que pudesse atender aos interesses da Nação, se é que a Nação está tão interessada mesmo numa reforma política.

Como Dilma foi mal assessorada, o PMDB, que é quem dá as cartas no Congresso, não jogou o plebiscito na lata do lixo por uma certa delicadeza, mas deixou o tema para o ano que vem, o que, em outras palavras, pode significar que deixou o tema para aquilo que antigamente se chamava de “calendas gregas”.

A mal assessorada presidente também não foi muito bem instruída na questão da importação de médicos para preencher as necessidades das comunidades mais carentes, e depois de criar atritos incontornáveis com as associações de classe, resolveu repensar a questão da importação de médicos cubanos.

Acontece o seguinte: a presidente foi mal assessorada e não sabia que o modelo de exportação de médicos cubanos, tal como adotada na Venezuela, por exemplo, era uma espécie de modalidade de exploração de mão de obra escrava, pois o governo exportador - Cuba - se apropriava da maior parte da renda originária do aluguel dos profissionais e destinava a eles uma pequena parcela desses ganhos. Péssima ideia para um país que tenta implantar um modelo de “inclusão social”.

Ia pegar mal. A presidente, mal assessorada, parece ter desistido da desastrada ideia.

A presidente, precisando desesperadamente de uma agenda positiva para apagar a má impressão da vaia do Mané Garrincha, resolveu juntar alguns milhares de prefeitos e vice-prefeitos para anunciar seu pacote de bondades e distribuir 3 bilhões de reais para aliviar as finanças mal paradas dos municípios.

Mal assessorada, a presidente anunciou 3 bilhões (que divididos por mais de 5 mil municípios não chegam a somar a média de 600 mil reais para cada um) para todos, e foi vaiada. Os prefeitos esperavam o anúncio de um aumento substancial e permanente do repasse do Fundo de Participação dos Municípios e não um mero ajutório. Por isso vaiaram.

“Ninguém sabe hoje quem apoiará Dilma em 2014”, disse o presidente do PT, Ruy Falcão, com a sabedoria dos alquimistas. Alguém será capaz de captar o verdadeiro sentido da mensagem cifrada emitida por uma eminência tão parda num momento mais pardo ainda para a popularidade e o prestígio da presidente?

Nunca antes na história deste país uma gerente tão eficiente conseguiu ser tão mal assessorada em tantos assuntos e em tão pouco tempo.

Sandro Vaia é jornalista.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Plebiscito cai na câmara dos deputados

Dilma derrotada: Câmara derruba plebiscito
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e os líderes partidários reunidos durante duas horas decidiram que o plebiscito sugerido por Dilma Rousseff para valer em 2014 é inviável. A ideia morreu.

O PT, partido derrotado, no entanto, não desistiu da ideia da sua realização, mas as manifestações dos petistas, percebe-se, é mais para "não deixar a Dilma sozinha" como se estivesse abandonada.

O próprio partido já sabia da inviabilidade da convocação de uma constituinte - um absurdo inenarrável saído da cabeça de alguém mentalmente avariada -  e do plebiscito, uma tentativa de desviar o foco das imensas manifestações de protestos em todo país contra a falta de gestão da presidente.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Plebiscito: "Além dos tumultos de rua, o Brasil agora tem uma solene inutilidade para discutir"

Por Sandro Vaia

Conheço todos: Maria foi à manifestação por causa do preço dos ônibus; Pedro foi porque é petista; João foi porque não gosta do PT; Antonio foi porque é contra a corrupção; Alfredo foi porque é contra a “cura gay”, embora não saiba o que vem a ser isso; Lúcio foi porque é contra a PEC 36, que não sabe distinguir da 37, ou da 99, ou de qualquer outra; Ricardo foi porque quer uma passarela mais próxima para cruzar a estrada; Lúcio foi porque adora futebol mas é contra o dinheiro público enterrado nos estádios da Copa.

Enfim, tem para todos os gostos. E cada um deles canta a sua vitória. A esquerda diz que escorraçou os agentes provocadores da direita golpista e os conservadores dizem que colocaram os agitadores esquerdistas em seu verdadeiro lugar.
A voz rouca no poder
Entre uma “manifestação linda e pacífica” (como diziam os locutores de TV) e outra, houve alguns vândalos e depredadores, mas isso é da vida. Não existe primavera grátis, como já nos ensinaram as praças árabes.

Enquanto as manifestações mais ecumênicas e contraditórias que já povoaram as nossas ruas e praças obrigavam os nossos cientistas políticos e psicólogos sociais a correr para seus livros para bordar explicações recheadas de alguma erudição, os fenômenos políticos se sucediam.

A chamada “voz rouca das ruas” obrigou a presidente a atropelar o país com uma lista de cinco panacéias elaboradas urgentemente em sua farmácia de manipulação, e os políticos a trabalharem com uma energia e um ritmo de uma esteira ergométrica desgovernada.

(Breve parênteses: para quem se interessa pelo estudo de casos patológicos provocados pela leitura labial errada do que diz a “voz rouca das ruas”, recomendo procurar no Youtube trechos do documentário sobre a queda do ditador romeno Nicolau Ceausescu em 1989. Basta digitar “Videogramas de uma revolução”. Ou então procurar em alguma locadora o filme “A Leste de Bucareste”, que além de tudo é pateticamente engraçado).

Das propostas apresentadas solenemente pela presidente (que o jornal “Financial Times” chamou com fleugma britânica de “propostas de baixa efetividade”), a maioria era requentada de outros carnavais, ainda que apresentadas com roupagem nova.

Mas a sensação foi a sugestão de um plebiscito destinado a criar uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Tão sensacional que as pessoas que estavam em volta dela foram surpreendidas pela novidade - inclusive seu vice, que é tido por notável constitucionalista e sequer foi avisado antecipadamente das intenções da titular. Não fez cara de espanto porque manteve a postura hierática de um mordomo e mordomos não se espantam.

A confusão conceitual, política e jurídica que a proposta causou foi tamanha que ela teve que voltar atrás e ficar só com o plebiscito, sem a Constituinte exclusiva.

Além dos tumultos de rua, o Brasil agora tem uma solene inutilidade para discutir.Sandro Vaia é jornalista

domingo, 28 de abril de 2013

Dilma está conseguindo: produção da Petrobras cai 5% e lucro 17%

Seguindo os passos de Hugo Chavez, Dilma Rousseff está conseguindo o impensável: quebrar a Petrobras. O lucro líquido da estatal caiu 17% no primeiro trimestre e a produção recuou significativos 5%. A produção de petróleo e gás caiu decorrente da falta de manutenção. O gás é utilizado nas usinas termo elétricas para evitar um apagão. O dinheiro dos investimentos foi desviado para bancar a campanha da gerentona (desconto no preço da energia elétrica, por exemplo, usado como mote de campanha política) que tem provado, a cada dia, que sua eleição foi mesmo um acidente.

O déficit entre importações e exportações chegou a 454 mil barris diários. Os preços dos combustíveis sobem e alimentam a inflação.

Hugo Chavez usou o dinheiro do petróleo indiscriminadamente para fins políticos e manutenção do poder e, apesar da sua grande produção, o país vive mergulhado em inflação alta, desabastecimento, corrupção e violência.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Dilma autoriza aumento de preços de remédios em 6,31%

Dilma Roussef: governo sem rumo na economia

Dilma Rousseff acabou de autorizar o aumento de preços de 6,31% para medicamentos do nível 1 (os que tem a participação de genéricos de 20% ou mais). Os demais são aumentos menores, escalonados dentro dos níveis 2 (4,51% de aumento) e 1 (aumento de 2,70%). O aumento média gira em torno de 4,59% e foram autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.

Na verdade o reajuste não compensa as perdas para a inflação. "Mais uma vez, o governo aplicou um discutível cálculo de produtividade que reduz o índice de reajuste e prejudica muitas empresas, ao impedi-las de repor o aumento de custos de produção do período", informou o Sindusfarma, sindicato da indústria farmacêutica em nota a imprensa. No ano passado o aumento de preços foi de 4,11% enquanto a inflação bateu em 5.84%.

De novo o Brasil começa a conviver com a queda de braços entre o governo que interfere na economia de forma desastrada causando inflação e guerra entre órgãos controladores de preços e a produção industrial.