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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O tamanho da podridão


Editorial O Estado de São Paulo

23 Setembro 2016 | 03h07


A prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, ainda que apenas por algumas horas, significa que o escândalo da Petrobrás alcançará mais gente e gente muito mais graúda do que os notórios operadores do PT que hoje amargam a prisão. Já se sabia que o propinoduto que ligou a máquina do Estado aos cofres do PT era o pilar de um método de governo, sendo o ex-presidente Lula o “chefe supremo” do esquema de corrupção, como autoridades já denunciaram. Mas as suspeitas que recaem sobre Mantega, se comprovadas, mostrariam a extensão do contágio por grande parte do primeiro escalão da administração, passando o próprio governo a ser visto como uma organização criminosa.

Mais longevo ministro da Fazenda da história brasileira, Mantega tornou-se, ao lado da presidente cassada Dilma Rousseff, o grande símbolo do jeito petista de governar. Enquanto Dilma, em seu dialeto peculiar, agredia a realidade de sua desastrosa administração com frases desconexas, Mantega, sempre com ar professoral, tratava de insultar a inteligência alheia com dados sem sustentação e retórica vazia para comprovar o acerto da famigerada “nova matriz econômica” – aquela que quase quebrou o Brasil. O ministro da Fazenda era a face mais conhecida da impostura do PT na condução da economia, um obediente executor das fantasias nacional-desenvolvimentistas de Dilma. Nada, porém, indicava que ele tivesse feito uso de seu cargo e de seu poder para fazer algo além de destruir as finanças do País.

Tudo isso mudou ontem. O juiz Sergio Moro aceitou pedido do Ministério Público Federal para que Mantega fosse preso, sob acusação de que o petista, em novembro de 2012, quando era ministro, solicitou ao empresário Eike Batista recursos para o pagamento de dívidas de campanha do PT. A informação foi prestada pelo próprio Eike em depoimento ao Ministério Público em maio passado.

Em 2012, o Grupo OSX, de Eike, integrava um consórcio que havia obtido um contrato de US$ 922 milhões com a Petrobrás para a construção de plataformas. Suspeita-se de que Mantega tenha pedido a propina como compensação por esse contrato. Sem experiência na área, o consórcio contemplado não conseguiu entregar as plataformas.

Em seu depoimento, Eike disse que Mantega solicitou R$ 5 milhões para o PT. O dinheiro, depositado no exterior, foi entregue por meio de falsa prestação de serviços pela empresa de João Santana, o marqueteiro do PT. Para Eike, não estava claro que se tratava de uma contrapartida por seu contrato com a Petrobrás, mas não é preciso grande perspicácia para desconfiar dos reais motivos de Mantega – afinal, como disse Eike, “o ministro da Fazenda me pediu, o que é que você faz?”. Além de ministro da Fazenda, Mantega era presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

Eike e Mantega, segundo o depoimento do empresário, trataram a propina como “doação eleitoral”. Em seu despacho, Moro lembra que não cabe a um ministro de Estado “solicitar doações eleitorais ao partido do governo, ainda mais doações sub-reptícias”, feitas “através de contas secretas mantidas no exterior e com simulação de contratos de prestação de serviço, meio bem mais sofisticado do que o usual mesmo para uma doação eleitoral não contabilizada”.

Para Moro, está clara a “similaridade com o modus operandi verificado no esquema criminoso da Petrobrás”. Eis o que realmente importa a essa altura. São muitas as evidências de que o grande sistema de corrupção implantado pelos petistas pode ter tido entre seus operadores o mais importante ministro de Estado tanto de Lula como de Dilma. Terá sobrado um canto que seja de seus governos que não tenha sido conspurcado?

É claro que os petistas, sem ter como defender o ex-ministro, apelam à já tradicional vitimização, pois Mantega foi detido quando estava num hospital acompanhando a mulher, que se tratava. Ao decidir revogar a prisão – pedida porque, segundo os procuradores, havia risco de destruição de provas –, Moro disse que ele, os policiais e o Ministério Público desconheciam a situação familiar do ex-ministro. Mas Lula, sempre ele, já andou dizendo que a prisão de Mantega prova que “qualquer tese de humanitarismo foi jogada no lixo”. Sobre a grave acusação que pesa sobre o ex-ministro, nem um pio.

sábado, 1 de março de 2014

Pib de 2,3% mostra que a economia do país vai mal

O olhar de águia de Mantega: otimismo com números tão pífios do Pib 2013

O PIB da anemia
O Estado de S.Paulo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, revelou-se um economista com olhar de águia, ao encontrar motivos de otimismo nos minúsculos e pífios números do desempenho econômico em 2013. O crescimento de 2,3% foi muito menor que o da maioria dos países em desenvolvimento e confirmou, para as pessoas de visão comum, o mau estado da economia brasileira. Mas, segundo o ministro, foi uma expansão "de qualidade", por ter sido puxada pelo investimento. Ele também ressaltou - e nisso foi acompanhado por vários analistas de visão igualmente aguda - a "boa surpresa" do último trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) foi 0,7% maior que nos três meses anteriores. Esse ritmo, lembrou Mantega, equivale a 2,8% em termos anualizados. Uma pessoa de olhar menos sensível perguntará: e daí? É esse um ritmo satisfatório, quando se consideram o tamanho e as possibilidades do País?

Também no mercado financeiro houve comentários sobre o trimestre final de 2013 e sobre como o desempenho nesse período poderá afetar a economia em 2014. Notável perda de tempo. Em primeiro lugar, o crescimento de 2,3% havia sido projetado pelo Banco Central (BC) e também por economistas do mercado no fim do ano. Esse número aparece no boletim Focus de 27 de dezembro. É meio estranho, portanto, o falatório sobre "surpresa". Mas o mais importante para a avaliação do quadro e das perspectivas é verificar o estado de saúde do sistema produtivo. Para começar, o investimento mencionado pelo ministro da Fazenda continua ridículo, pelos padrões mais comuns de visão e de julgamento. O investimento em capital fixo - máquinas, equipamentos, instalações empresariais e infraestrutura - foi 6,3% maior que o do ano anterior. De fato, isso puxou o resultado geral. Mas esse investimento havia diminuído 4% em 2012 e, portanto, houve pouco mais que a compensação de uma queda. Além disso, o valor investido passou de 18,1% do PIB para pífios 18,4%.

A proporção mais alta dos últimos 14 anos (19,5%) foi alcançada em 2010 e nunca se repetiu. O Brasil investe menos que vários de seus vizinhos e muito menos que os países emergentes da Ásia. Segundo o ministro da Fazenda, a taxa de 24% será alcançada até 2020. Outros sul-americanos já alcançaram e até ultrapassaram esse nível.

A mísera expansão do investimento só foi possível com a captação de recursos externos, porque a poupança interna, já muito baixa, diminuiu de 14,6% para 13,9% do PIB. Isso é um reflexo da expansão do consumo tanto privado quanto do governo. O setor público, apesar de todo o palavrório sobre o Programa de Aceleração do Crescimento, o fracassado PAC, continua investindo pouco e desperdiçando muito dinheiro com um custeio muito mal administrado.

É igualmente estranho falar sobre crescimento "de qualidade" quando se examina o tenebroso desempenho da indústria. O produto industrial, incluídos todos os segmentos, cresceu apenas 1,3%, pouco mais que o suficiente para repor a perda de 0,8% no ano anterior. Há, no entanto, detalhes mais feios que o panorama geral.

A indústria de transformação produziu 1,9% mais que no ano anterior. Mas a produção em 2012 havia sido 2,4% menor que em 2011. A expansão em 2013 foi insuficiente, portanto, para o mero retorno ao nível de dois anos antes. Só a percepção de detalhes muito especiais e invisíveis para a maioria das pessoas deve permitir ao ministro, portanto, a fala otimista sobre a qualidade da expansão em 2013.

Para o julgamento comum, os números do ano passado confirmam o fracasso econômico da política baseada no estímulo ao consumo e nas desonerações fiscais concedidas a setores selecionados. O consumo das famílias aumentou 2,3% no ano passado. Foi o décimo crescimento anual consecutivo. Mas a oferta industrial continuou emperrada e insuficiente.

Muitos economistas têm projetado para 2014 um crescimento inferior ao de 2013. Poderão até elevar suas projeções, mas a mudança será irrelevante. Apesar de algumas concessões em infraestrutura, há poucos sinais - exceto, talvez, para olhos de águia - de melhora no potencial da economia.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Crescimento do PIB será menor que o prevista, diz o próprio governo federal

O governo de Dilma Rousseff acaba de comunicar que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil para 2013 foi reduzido de 3,1% para 2,7% por conta da queda da atividade industrial, do comércio e serviços. Somente o agro-negócio teve previsão alterada para cima, de 6% para 8,4%.

A inflação também teve a previsão aumentada para 6%.

Mantega anunciou que as alíquotas do IPI de móveis e linha branca subirão em julho. Móveis e laminados vão para 3% e lustres/luminárias para 10%. Na linha branca o IPI do fogão vai para 3%, máquina de lavar 10%, tanquinho 4,5% e geladeira, 8,5%.

As manifestações continuam em todo país exigindo combate a corrupção e inflação e melhoria dos serviços públicos. Para desviar o fogo dos protestos, Dilma Rousseff tenta instalar um plebiscito. Os protestantes já anunciaram manifestações contra essa decisão.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Erros velhos na economia

Alvaro Gribel e Valéria Maniero

Os últimos 30 meses foram marcados por erros antigos sendo novamente cometidos na economia brasileira. Juros caíram com inflação acima da meta; empresas escolhidas receberam crédito subsidiado; reajustes de preços foram adiados a pedido da Fazenda.

Estatísticas de gastos públicos receberam maquiagem; o real foi desvalorizado para proteger a indústria e os efeitos sobre a inflação foram minimizados.

A lista é longa e não termina aqui. O incentivo ao consumo foi colocado em primeiro plano, como se fosse suficiente para estimular investimentos. Bancos públicos sofreram pressão para conceder crédito, se expondo a riscos com aportes bilionários do Tesouro.

A crise internacional foi subestimada, marcos regulatórios foram alterados a toque de caixa, medidas econômicas passaram a ser anunciadas em cadeia nacional de televisão, como uma benesse do governo à população.

Muitos economistas emitiram alertas sobre esses equívocos. O PIB baixo, a inflação novamente elevada, a ameaça de rebaixamento da nota do país e, principalmente, a queda da popularidade da presidente aumentaram a sensibilidade do governo às críticas.

O Banco Central deu meia-volta na política monetária e voltou a subir os juros, de forma unânime, endurecendo o discurso. Começou a reverter a situação, mas o custo foi alto: as expectativas para o IPCA fugiram do centro da meta de 4,5% para um período de 24 meses à frente.

Na política fiscal, tudo é ainda ambíguo. No mesmo dia em que volta a falar de austeridade, o governo anuncia uma nova emissão de dívida para injetar dinheiro na Caixa e estimular o consumo.

A despesa do governo com juros caiu de 5,69% do PIB, em agosto de 2011, para 4,81%, em abril deste ano, por causa da redução da Selic. Mas, ainda assim, o déficit nominal subiu, de 2% para 2,92%, no mesmo período.

As declarações do ministro Guido Mantega são um flanco aberto na credibilidade da política econômica. Disse na quarta-feira que a inflação está caindo de forma consistente, mas, na verdade, está em alta no acumulado de 12 meses e, em junho, deve estourar o teto da meta pela décima vez no governo Dilma. Ainda é possível mudar o rumo, mas é inevitável a constatação de que muito tempo foi perdido.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Gasolina sobe 6,6% na quinta

A Petrobras anunciou o aumento de 6,6% ao preço da gasolina e 5,4% para o diesel, nível de refinaria. Na verdade o pedido era de 9,8% enquanto o ministério da Fazenda falava em 7% e o Banco Central em 5%.

Mantega preocupa-se porque os preços sem dúvida influenciarão no aumento da inflação que na linha alimentícia passou dos 10%.

No primeiro trimestre a inflação permanecera na casa dos 6%, dizem os especialistas, decorrente do fraco crescimento brasileiro em 2012. Dilma esteve na televisão e com grande estardalhaço anunciou a queda do preço da energia. Breve sobem as tarifas de ônibus. Os preços na bomba podem acompanhar.




segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Crescimento brasileiro ficará em 0,98% em 2012. Previsão do PIB para 2013 também é ruim.


O mercado prevê que o PIB brasileiro, em 2012, sequer chegará a 1%. O crescimento deverá atingir apenas 0,98%. Ao mesmo tempo que a projeção do PIB cai, o da inflação sobe para fechar o ano em 5,71%. Comparando-se com as "previsões de Guido Mantega" (crescimento seria de 4% e a inflação de 4,5%) os números obtidos são motivos de piada, o que realmente virou pela falta de base para as projeções do Ministro da Economia.

O setor industrial teve, em 2012, um desempenho negativo: - 2,31%. A projeção para 2013 prevista para a área que era de 3,82% já caiu para 3,5%.

O Banco Central, que previa para 2013 uma inflação alta de 4,5%, começa a reanalisar os números. A inflação aponta para algo acima de 6,0%. O governo parece perdido em meio a inúmeros programas de incentivos que não funcionam. E, de novo, Dilma diz que Mantega está garantido no governo. Ninguém acredita nas previsões governamentais.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O Brasil "optou" por um crescimento menor, justificam os incompetentes

Marcelo Neri, presidente do Ipea:
justificando a incompetência
Entre outras considerações, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, Marcelo Neri, disse que programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, tem ajudado melhor o país garantir um crescimento econômico com mais qualidade do que os programas de proteção social.

Mais adiante Neri emendou que "podemos invejar as taxas de crescimento de outros países do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mas o Brasil optou por um crescimento com mais qualidade. Não se trata de um crescimento espetacular, mas é inclusivo, sustentável e percebido pelas pessoas”, disse o economista.

Entre os países do Brics, o Brasil é o pior e nas Américas Central e Latina, penúltimo em crescimento. Para o fraco Mantega, a culpa é da crise mundial. Ele só não explica porque a crise não atingiu o crescimento de todos os países com melhores resultados que o Brasil.

Somos o 84º IDH do planeta, o 4º pior em desigualdade na AL, 39ª pior educação entre 40 países avaliados, últimas colocações no PISA e últimos no crescimento econômico. Porém, entre os países mais corruptos, o Brasil está bem representado. 

O Brasil não "optou" por um crescimento pífio. Foi erro mesmo. Mantega virou chacota internacional quando o Financial Times apontou que ele "errou feio" ao alardear que a atividade econômica estava em franca recuperação e que o PIB do terceiro trimestre - julho a setembro - seria de 4%. Deu 0,6%. "Os números apresentados hoje fazem com que as afirmações do ministro Mantega tenham um caráter desconcertante",disse o Financial Times. Entre as considerações Marcelo Neri e as do Financial Times, melhor crer no jornal que no petista. 

Pior que o crescimento baixo são as ridículas tentativas de justificar a incompetência da equipe econômica da Dilma.



sábado, 1 de dezembro de 2012

Brasil cresceu só 0,6%

Na América Latina e Central, Brasil é o penúltimo em crescimento



O PIB do Brasil - a soma de todas as riquezas do país - cresceu apenas 0,6% no período julho a setembro deste ano. O mercado esperava pelo menos 1,2%. Com esse resultado o Brasil perde a 6ª colocação entre as economias mais importantes do mundo. A Inglaterra retomou a posição. A medição do PIB deste o início do ano não incentiva o mercado. Nos dois primeiros trimestres o crescimento foi de 0,1% e 0,2% respectivamente.

O crescimento pífio é resultado da soma de alguns números como o pequeno crescimento de 1,1% na produção industrial, 2,5% na produção agrícola e 0% em serviços, o setor de grande peso no índice de crescimento (serviços de informação (0,5%), comércio (0,4%), atividades imobiliárias e aluguel (0,4%) e outros serviços (0,3%), administração, saúde e educação pública (0,1%) e transporte, armazenagem e correio (-0,1%). O consumo das famílias aumentou pouco, 0,9%.

O país teve o pior resultado entre os países do Brics: a China cresceu 7,4%, Índia de 5,3%, Rússia de 2,9%, e África do Sul de 2,3%.

A previsão para 2012, na América Central e Latina, coloca o Brasil em posição de desvantagem: penúltimo em crescimento, ganhando apenas do Paraguai que tem uma boa desculpa pra isso. Com a deposição de Fernando Lugo, o país foi retirado do Mercosul, com prejuízos comerciais violentos.

O fraco ministro brasileiro, Guido Mantega, de novo, repetiu os discursos anteriores de que "recebeu com surpresa os números deste trimestre" e procurou rapidamente uma desculpa para o vergonhoso crescimento: a crise econômica mundial. Ele só não consegue explicar porque a mesma crise não afetou os 10 países acima do Brasil. Mantega deve ser demitido.

PS: A previsão de 1,6 não deve ser cumprida. Em 2012 o Brasil deve registrar um crescimento de 1%.