Laboratório de Wuhan: dirigentes chineses negam o vazamento. Foram eles que afirmaram que os contaminados na China foram pouco mais de cinco mil. |
O FBI já tinha investigado há dois anos e sugerido que o covid-19, o vírus que provocou a pandemia, tinha vazado do laboratório de Wuhan, na China, mas só agora um relatório do Departamento de Energia dos Estados Unidos admitiu o fato segundo nota do The Wal Street Jounal. Já havia suspeita desse fato desde que os chineses impediram a presença de cientistas americanos no laboratório chinês ainda em 2020. Quando a denúncia do vazamento do SARS-CoV-2 (sigla do inglês que significa coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave) surgiu ainda no início do alastramento "grupos de averiguadores de notícias" condenaram a acusação, com veemência, afirmando que isso era preconceito.
Quando o então presidente Donald Trump proibiu os voos entre China e Estados Unidos a própria Organização Mundial de Saúde disse que a medida era desnecessária e agressiva. Pouco tempo depois a OMS sugeriu o cancelamento de voos.
Os vírus surgem naturalmente e hospedam-se em animais que contaminam os humanos, como as gripes suína e aviária. As suspeitas sobre o surgimento do vírus SARS-CoV-2 vazado do laboratório chinês começaram quando os cientistas não encontraram o animal hospedeiro do Covid-19. O laboratório de Wuhan estuda exatamente o corona vírus. Depois de análises, o morcego ferradura foi eliminado entre os suspeitos. Em 2003/2004 alguns morcegos foram responsáveis pelo surto de SARS, na China e os camelos em 2012 no Oriente Médio.
Este blog noticiou em 15 de abril um resumo da publicação do Sputnik que relatou, dia a dia, a evolução da doença a partir de 19 de dezembro de 2019, em Wuhan, distrito de Hubei, na região central da China. Começou, então, uma sequência de fatos e de mentiras protagonizados pelo governo chinês que levou o mundo à sua mais dramática batalha contra um inimigo chamado Covid-19. Todos os fatos foram corroborados pela Organização Mundial da Saúde que, ao contrário que se pensa, não é uma entidade científica. Até março de 2020 a OMS negou que o vírus pudesse ser transmitido entre humanos, baseando-se nas informações do Ministério da Saúde da China. Com essa mesma base negou em abril de 2021 que o vírus tenha saído de lá. O governo chinês também mentiu sobre o número de contaminados no país: pouco mais de cinco mil.
Governo da China mentiu sobre o corona. OMS, também
Em dezembro de 2019, em Wuhan, começa o surgimento do vírus que o governo chinês negou repetidamente. A existência do vírus foi omitida, durante semanas, por todas as autoridades do governo chinês e sustentada por diversos comunicados da OMC, Organização Mundial da Saúde.
Há registros de prisões arbitrárias, censura, perseguições, mentiras, mortes e desaparecimentos de médicos e jornalistas com um único objetivo: esconder o nascimento do vírus que se espalha pelo mundo provocando milhares de mortos.
Os números de vítimas anunciado pelo governo chinês são inconsistentes e não confiáveis como qualquer informação procedente de ditaduras. Parte dos relatos são do do excelente documentário produzido pelo site Sputinik com redação de Rodrigo da Silva.
Leia os relatos produzidos pelo Sputinik, com base em milhares de documentos conseguidos, inclusive, junto ao meio científico da China.
Governo da China mentiu sobre corona. A OMS, também.
Xi Jinping, o maior responsável pela propagação do Covid-19 ao omitir a existência do surto: OMS corroborou informações falsas enviadas pelo Ministério da Saúde chinês. |
A existência do vírus foi omitida, durante semanas, por todas as autoridades do governo chinês e sustentada por diversos comunicados da OMC, Organização Mundial da Saúde.
Há registros de prisões arbitrárias, censura, perseguições, mentiras, mortes e desaparecimentos de médicos e jornalistas com um único objetivo: esconder o nascimento do vírus que se espalha pelo mundo provocando milhares de mortos.
Os números de vítimas anunciado pelo governo chinês são inconsistentes e não confiáveis como qualquer informação procedente de ditaduras. Parte dos relatos são do do excelente documentário produzido pelo site Sputinik com redação de Rodrigo da Silva.
Dezembro, 2019 | Ambiente sem higiene
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01 Dezembro 2019 | Primeiro caso de corona vírus
Segundo um estudo publicado no The Lancet, este é o dia em que é possível identificar o primeiro paciente de um surto de pneumonia viral
Mercado de Huanan: marco zero do novo corona vírus. |
12 Dezembro 2019 | Sintomas
Segundo o Comitê Municipal de Saúde de Wuhan, esta é a data oficial em que o primeiro paciente de um surto de pneumonia viral na cidade apresenta sintomas.
16 Dezembro 2019 | Contaminação local
Um paciente internado no Hospital Central de Wuhan com infecção nos dois pulmões, resiste a medicamentos anti-gripe. Ele trabalha no mesmo mercado de Wei Guixian e, assim como dezenas de pessoas nesse momento, também está com pneumonia viral.
20 Dezembro 2019 | Evidências de transmissão entre humanos
Segundo um relatório do governo chinês, noticiado pelo South China Morning Post, o número de casos confirmados até este dia chegou em 60. Há evidências de transmissão de humanos para humanos.
24 Dezembro 2019 | Corona identificado
25 dezembro / médicos contaminados
Nesta mesma data o médico Zhang Jixian do hospital da província de Hubei alerta que a doença respiratória é provocada por um novo corona vírus.
29 dezembro / Comprovação
Laboratórios confirmam que sequenciamento feito de amostras de um paciente apresenta características que trata-se de um novo corona vírus.
30 dezembro / Médica repreendida
Alguns dias antes ela tinha identificado uma paciente com sintomas da gripe resistente a medicamentos convencionais. Ela comunicou com outros colegas e incluiu a palavra Corona Sars e o assunto dominou o meio médico. Fen conta a história e admite a censura em entrevista a uma revista chinesa cuja matéria foi retirada do site por ordem do governo chinês, no mesmo dia. A médica está desaparecida.
Li Wenliang, oftalmologista tomou conhecimento do assunto e reportou com colegas sobre o novo vírus.
31 dezembro / Taiwan alerta / 109 casos e 15 mortos
Taiwan alerta a Organização Mundial da Saúde sobre o surto de uma "pneumonia de causa desconhecida" e transmissível de humano para humano. Taiwan acusa a OMS se ignorar seus avisos sobre o vírus.
A secretaria municipal de saúde de Wuhan alerta sobre um surto de pneumonia viral na cidade mas diz que não há transmissão de humano para humano. A nota ainda diz que a doença é evitável e controlável.
A OMS divulga nota simples, cinco dias depois, que a China comunicou sobre uma pneumonia de causa desconhecida em Wuhan. Um dia após pede mais informações.
Estudos de um centro de epidemiologia da China registra 109 casos do novo corona vírus com 15 mortos. O mais usado chat chinês, YY, começa a ser censurado pelo governo chinês.
01 janeiro 2020 / Provas eliminadas
O mercado de Wuhan, início da contaminação do novo corona vírus, foi descontaminado pelas autoridades de saneamento do governo, sem chance coletas de amostras para pesquisas pelos cientistas.
Governo exige que laboratórios destruam amostras do vírus. Neste dia a polícia chinesa prendeu oito pessoas acusadas de "espalhar notícias falsas sobre um surto de pneumonia viral", entre eles o oftalmologista Li Wenliang. O governo comunista alerta internautas para "não espalharem boatos" sobre o vírus.
Neste dia observou-se que 175 mil pessoas, em um intervalo de apenas 24 horas, deixaram Wuhan para as comemorações do Festival da Primavera, comemorado no mês inteiro de janeiro, espalhando o vírus.
02 de janeiro 2020 / Hong Kong alerta
Imprensa de Hong Kong alerta que autoridades chinesas estejam escondendo sobre a existência de um vírus desconhecido. Uma entrevistada diz que "acha que as autoridades estão escondendo um vírus que causa pneumonia de causa desconhecida".
03 janeiro 2020 / Li Wenliang censurado
O oftalmologista Li Wenliang é obrigado assinar um documento afirmando que suas informações estavam incorretas.
Governo chinês obriga que hospitais nada divulguem sobre o vírus, que a imprensa nada divulgue a respeito e que os laboratórios destruam amostras existentes.
05 janeiro 2020 / China nega transmissão entre humanos
A China anuncia que os casos de pneumonia de Wuhan não são Sars ou Mers (duas síndromes respiratórios aguda grave) e que não haviam evidências de que a transmissão entre humanos ocorresse.
A OMS divulga uma nota repetindo a mesma informação, inclusive que não havia contaminação entre equipes médicas.
Cientistas conseguem sequenciar as amostras mas o governo reluta em divulgar ao mundo. Este centro de pesquisas alerta ao governo para dotar medidas de prevenção e controle e que o vírus seria o mesmo encontrado em morcegos.
06 janeiro 2020 / Nova mentira do governo chinês
A secretaria municipal de saúde de Wuhan distribui nota afirmando que a suspeita de um surto de pneumonia de um vírus sars foi excluída e controlada.
07 janeiro 2020 / Xi Jinping reconhece
Xi Jinping, durante reunião do Partido Comunista, toma conhecimento do novo corona vírus.
08 janeiro 2020 / Li Wenliang contaminado
O oftalmologista é libertado e volta ao trabalho depois de assinar uma confissão de erro e acaba contaminado por corona por uma cliente com glaucoma. É internado no dia 12. Ele afirmava que o vírus era transmissível de entre humanos.
09 janeiro 2020 / Primeira vítima?
O governo comunista diz em nota que morreu a primeira vítima do corona vírus do mundo, um homem de 61 anos, de Wuhan, cliente do mercado de frutos do mar.
O Partido Comunista publica, pela primeira vez, que trata-se de um novo corona vírus.
É véspera das festas principais do ano novo chinês e milhões de pessoas voam para todo mundo. A OMS diz que é desnecessário qualquer restrição as viagens. A OMS não recomenda medidas específicas para viajantes. A OMS desaconselha qualquer restrição de viagens ou comércio coma China.
10 janeiro / OMS diz que não há transmissão
A OMS diz que não há evidências de que "não há transmissão significativa entre humanos".
Nesse dia há registro de 750 casos de contaminados, inclusive 19 profissionais de saúde. Os números verdadeiros são escondidos.
11 janeiro 2020 / Vazamento do genoma
Pesquisadores chineses publicam numa plataforma a sequência do genoma do novo corona, depois de se convencerem de que as autoridades não tomaram as devidas medidas para alertar o público.
12 janeiro 2020 / Governo fecha laboratório
O centro de pesquisas que vazou as informações é fechado pela ditadura chinesa.
A OMS mente novamente afirmando que não há informação de contaminação entre profissionais de saúde e que não há evidência clara de transmissão entre humanos.
13 janeiro 2020 / Tailândia e nova mentira da OMS
A Tailândia acusa o primeiro caso fora da china, uma mulher de 61 anos que não esteve no mercado de Wuhanan. Mesmo questionada diante desse caso a OMS diz que "não há evidências sobre transmissão entre humanos e que não há relatos de contaminação entre equipe médica."
14 janeiro 2020 / OMS mente de novo
Dia após o relato do caso de Tailândia, a OMS diz que pode haver uma transmissão limitada entre humanos, entre famílias mas agora está muito claro que não há transmissão sustentada entre humanos.
16 janeiro 2020 / Japão
O governo japonês informa registro do primeiro caso em seu território: um homem de 30 anos que não teve contato com o mercado de Wuhanan.
17 janeiro 2020 / triagem americana
Aeroportos dos Estados Unidos adotam triagem para viajantes de Wuhan.
18 janeiro 2020 | Britânicos suspeitam de mentiras
Autoridades de saúde da Inglaterra suspeitam dos números de vítimas do corona vírus. Pesquisas apontam que deveriam haver 1.700 contaminados na China e não apenas 60 como dizem os comunistas.
Mesmo sabendo a potente transmissão entre humanos, o governo chinês permite que 40 mil famílias de Wuhan se reúnam para comemorar o ano novo lunar. Muitas famílias adoeceram após o evento. Mais tarde o prefeito renunciou alegando que considerou informações do governo de que a transmissão era baixa.
19 janeiro 2020 | China admite transmissão e Fio Cruz também
Finalmente o governo comunista admite a transmissão entre humanos. E diz, entretanto, que a situação é controlável.
20 janeiro 2020 | China nega transmissão entre humanos
Em nota a Comissão Municipal de Saúde de Wuhan nega a contaminação de humanos para humanos justificando que "entre os infectados "não foram encontrados casos relacionados entre os contatos próximos".
O Wuhan Evening News, o maior jornal de Wuhan, fala pela primeira vez sobre o surto desde o dia 5 de janeiro. O jornal passou os últimos 14 dias sem comunicar a população sobre o novo coronavírus.
Pela primeira vez, Xi Jinping, presidente da China, que assumiu há 13 dias conhecimento da situação em Wuhan, fala publicamente ao país sobre um surto de coronavírus. E
A TV estatal chinesa confirma a transmissão de humano para humano do novo corona vírus.
Dados do governo chinês mostram 6.174 casos confirmados de pessoas contaminadas com o novo corona vírus até o dia 20 de janeiro, data em que a população chinesa pode finalmente descobrir que o surto em Wuhan tinha sustentada transmissão humana.
A Coreia do Sul confirma o seu primeiro paciente com o novo coronavírus: uma chinesa de 35 anos, residente de Wuhan.
21 janeiro 2020 | Partido Comunista reconhece surto
O Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista Chinês e maior publicação do país, finalmente reconhece o surto de corona vírus na primeira página do jornal, depois de jamais citar a situação em Wuhan em sua versão impressa. Durante esses 20 primeiros dias de 2020, as19 principais manchetes do maior jornal da China citaram ações políticas de Xi Jinping, ignorando o surto de corona vírus. Juntas, essas vinte edições reuniram 66 reportagens com Xi Jinping em destaque.
22 janeiro 2020 | OMS elogia China
A OMS reconhece pela primeira vez a transmissão de humano para humano do novo corona vírus.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus (não é médico), sai em defesa da China. “Fiquei muito impressionado com os detalhes e a profundidade da apresentação da China. Agradeço também a cooperação do Ministro da Saúde da China, com quem conversei diretamente nos últimos dias e semanas. Sua liderança e a intervenção do presidente Xi e do premier Li foram inestimáveis e todas as medidas que foram tomadas para responder ao surto."
23 janeiro 2020 | Governo põe bloqueio quase dois meses do primeiro caso
Sem qualquer restrição para viagens, no momento em que o lockdown é finalmente estabelecido, segundo as autoridades da província de Hubei, mais de 5 milhões de pessoas já haviam deixado Wuhan motivadas pelas comemorações do Ano Novo Chinês.
23 janeiro 2020 | Contaminações não documentadas
Segundo o artigo, usando um modelo matemático que simula a dinâmica espaço-temporal das infecções, cientistas da Columbia University projetam um número de 16.829 infectados na China apenas entre os dias 10 e 23 de janeiro.
De acordo com outro modelo, construído por pesquisadores de Hong Kong, há 18.556 infectados pelo novo corona vírus neste dia. Desse grupo, 7.669 já haviam se deslocado para fora de Wuhan antes do lockdown, levando o novo coronavírus ao mundo.
23 janeiro 2020 | OMS reúne-se pela primeira vez e não declara Emergência
A OMS se reúne pela primeira vez para tratar do surto de corona vírus e decide não declarar a epidemia como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional.
23 janeiro 2020 | Erros enormes
Zhao Shilin, professor aposentado da Universidade de Minzu e ex-membro do Comitê Central e vice-diretor da Comissão de Cultura e Artes, envia duas cartas públicas a Xi Jinping sobre a resposta do governo ao surto. "Devido a erro humano, perdemos a mais importante janela de ouro do tempo para combater a epidemia - a época do Ano Novo (chinês), especialmente o início e o meio de janeiro. Isso resultou na propagação da epidemia com grande ferocidade. Os custos desse erro são enormes."
24 janeiro 2020 | Censura e pressão
Um jornalista do Hubei Daily, jornal local de Wuhan, é forçado a admitir que fez algo errado ao sugerir que as autoridades da cidade renunciem por lidarem mal com o surto de corona vírus
O Canadá e a Austrália confirmam seus primeiros casos. O novo corona vírus está oficialmente em quatro continentes, apenas cinco dias depois do primeiro pronunciamento de Xi Jinping a respeito.
26 janeiro 2020 | punição para enfermeira
Um hospital em Taizhou, província de Jiangsu, penaliza uma enfermeira por falar sobre o novo coronavírus com seus colegas em um grupo do WeChat. O hospital alerta outros funcionários para não falarem com jornalistas ou nas mídias sociais
27 janeiro 2020 | Prefeito de Wuhan renuncia
O prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, admite ter demorado para responder ao surto de coronavírus e renuncia. Ele culpa as burocracias do estado Chinês pela demora e diz que não tomou qualquer ação de controle porque esperava respostas do governo central.
28 janeiro 2020 | Cias Aéreas suspendem voos da China
A United Airlines suspende todos os voos para a China a partir dos Estados Unidos. Inúmeras companhias aéreas fazem o mesmo no dia seguinte.
30 janeiro 2020 | OMS decide declarar surto, não pandemia
A OMS declara o surto de corona vírus como Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional. O surto já está em19 países. Para a organização, no entanto, até aqui esta não é uma pandemia.
30 janeiro 2020 | OMS elogia China
31 janeiro 2020 | OMS elogia China e países restringem viagens da China
Um estudo da epidemiologista Lauren Gardner, co-diretora do Centro de Ciência e Engenharia de Sistemas da Universidade JohnsHopkins, nos Estados Unidos, afirma que até esse dia há cerca de 58 mil pessoas infectadas pelo novo corona vírus na China.
Países como Singapura, Austrália, Paquistão, Rússia, Japão e Irã restringem a entrada de visitantes internacionais vindos da China.
O Ministério das Relações Exteriores da China critica a decisão dos Estados Unidos de banir a entrada de visitantes vindos da China. A decisão americana é tratada como "hostil à China" pelo governo chinês.
31 janeiro 2020 | OMS critica banimento de viagens da China
A OMS critica os países que decidem banir visitantes chineses, e insiste na recomendação da inexistência de restrição de voos internacionais.
31 janeiro 2020 | Li Weliang alerta
O médico Li Wenliang publica nas redes sociais sua experiência na delegacia, com a carta de advertência que recebeu das autoridades por anunciar o surto de coronavírus a amigos médicos. Sua publicação viraliza. A Itália confirma o seu primeiro paciente infectado com o novo corona vírus.
01 fevereiro 2020 | Censura e opressão contra médicos
As Filipinas registram a primeira morte oficial do novo corona vírus fora da China.
O médico chinês Wang Guangbao admite que a especulação sobre um vírus semelhante à SARS era forte nos círculos médicos no início de janeiro, mas que as detenções dissuadiram muitos, inclusive ele próprio, de falar abertamente a respeito.
03 fevereiro 2020 | Partido Comunista impõe censura severa nas redes sociais
04 fevereiro 2020 | Jornalista desaparecida e OMS defende China
Nos dias anteriores, Chen percorreu os hospitais da cidade cobrindo o caos. Em pouco tempo, seus vídeos foram vistos por centenas de milhares de pessoas, apesar de serem rapidamente censurados no Weibo e no WeChat. Chen expressou seu medo em relação ao futuro em um vídeo publicado no dia 30 de janeiro. " Estou com medo. Na minha frente há o vírus. E atrás de mim, o poder jurídico e administrativo do estado chinês."
Censurado, preso e internado, o oftalmologista transformou-se em herói: Li Wenliang levantou a bandeira por liberdade e uma grande rebelião começará a partir da sua luta. |
06 fevereiro 2020 | Violência na busca de contaminados
Uma série de vídeos contendo violência policial contra os habitantes de Wuhan começam a aparecer nas redes sociais.
06 fevereiro 2020 | Li Wenliang, o herói chinês, morre
O batimento cardíaco do médico Li Wenliang para oficialmente às 21:30. Nas redes sociais, a mídia estatal chinesa relata a sua morte, mas as postagens são excluídas na sequência.
Em uma entrevista antes de morrer, o médico Li Wenliang diz que "não deveria haver apenas uma voz em uma sociedade saudável". Após a notícia da sua morte, uma foto com essa citação viraliza na internet chinesa.
Logo após a morte do doutor Li, a hashtag "Nós Queremos Liberdade De Expressão", em tradução livre, começa a aparecer na plataforma do Weibo e é rapidamente censurada.
Com a morte de Li Wenliang, uma manifestação de luto e raiva do público leva o governo chinês a emitir instruções de censura para todos os meios de comunicação.
Uma carta aberta assinada por 9 acadêmicos da China pede para que o dia 6 de fevereiro seja declarado "Dia Nacional da Liberdade de Expressão", em homenagem ao doutor Li.
06 fevereiro 2020 | Li Weliang, o anjo branco
Percebendo a revolta popular, no dia 8, numa tv estatal, a imagem de Li é tratada como um “anjo branco de sacrifício” que oferece a própria vida para os outros.
Uma carta aberta escrita por 10 professores de Wuhan viraliza exigindo proteção à liberdade de expressão, pedidos de desculpas e compensação aos primeiros denunciantes censurados, além do reconhecimento do médico Li Wenliang como mártir nacional.
09 fevereiro 2020 | Outro jornalista desaparecido
O jornalista independente Fang Bin, que também se deslocou a Wuhan para cobrir o surto e passou a questionar as autoridades, lança seu último vídeo. “Que todos os cidadãos resistam! Poder para as pessoas!" Ele está desaparecido, desde então.
Fang havia noticiado em um vídeo, postado no dia 2defevereiro,que a polícia havia confiscado seu laptop e o interrogado longamente. Dois dias depois, ele relatou em um novo vídeo, ao vivo de sua casa, que estava cercado por policiais à paisana.
21 dias depois da China declarar emergência, uma ampla equipe de chão da OMS tem liberação para atuar no país. A China não aceita a entrada de epidemiologistas dos Centros de Controle e Prevençãod de Doenças dos Estados Unidos.
O número de mortes pelo novo corona vírus supera a epidemia de SARS de 2003, apenas 20 dias depois da confirmação pelo governo chinês de que há transmissão de humano para humano do vírus.
10 fevereiro 2020 | China impede entrada de epidemiologistas americanos
21 dias depois da China declarar emergência, uma ampla equipe de chão da OMS tem liberação para atuar no país. A China não aceita a entrada de epidemiologistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.
O ICTV anuncia "síndrome respiratória aguda grave 2, SARS-CoV-2, como o nome oficial do novo vírus. Esse nome foi escolhido porque o vírus está geneticamente relacionado ao corona vírus responsável pelo surto de SARS em 2003.
A OMS anuncia “COVID-19” como o nome oficial desta nova doença mas a organização ainda não declara este surto como uma pandemia.
Dois altos funcionários da comissão de saúde da província de Hubei são demitidos de seus postos pelos erros em combater o surto de COVID-19.
O número oficial de mortos pelo COVID-19 no mundo ultrapassa 1.000.
13 fevereiro 2020 | Demissões na China
19 fevereiro 2020 | Ditadura chinesa expulsa jornalistas e mortos chegam a 2.000
Análise de um estudo da University of Southampton, do Reino Unido, afirma que se a China tivesse alertado o mundo três semanas antes da data que admitiu o surto local, o país poderia ter contido a doença em 95% e a pandemia poderia ter sido evitada.
18 março 2020 | Ditadura expulsa jornalistas americanos
China expulsa jornalistas do NewYorkTimes, Wall Street Journal e do Washington Post.
Começam queixas sobre testes comprados da China com preços exorbitantes. Na Espanha governo descarta testes e na Holanda Ministério da Saúde descarta 600 mil máscaras que não protegem usuários. Turquia disse que testes tinham margens altas de erros. Bélgica recusou máscaras produzidas com erros. Na República Tcheca dos 150 testes, 80% tinham defeitos. A Geórgia acusou o mesmo problema.
O Vice-Primeiro Ministro do Japão diz que “A OMS é a voz da OSC, a Organização de Saúde Chinesa”.
Estados Unidos tem o maior número de positivos para Covid-19 porque é o país que mais aplicou testes. Na correlação tamanho da população de cada país/casos positivos, os primeiros são Suíça, Espanha, Itália, Áustria e Bélgica, países que adotaram quarentena. Positivo para Covid não significa letalidade.
Imprensa da Austrália, Hong Kong, Taiwan e China afirmam que o número de mortos em Wuhan podem ser até dez vezes mais mortes do que os números anunciados.