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segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Paulo de Tarso acredita nas ameaças de morte de Okamoto contra Valério

Paulo de Tarso Venceslau, ex-petista e ex-secretário de Finanças da prefeitura de São José dos Campos, é economista e diretor de redação do Jornal Contato

Por Paulo de Tarso Venceslau

O nome de Paulo Okamotto nas manchetes de jornais não é novidade. A imprensa insiste em mantê-lo nos cadernos políticos quando deveria confiná-lo nas páginas policiais. É a minha opinião por tudo o que conheci, e pelo meu convívio com essa misteriosa figura. Entre outras coisas, Okamotto é responsável pela administração das contas pessoais do ex-presidente desde o tempo em que Lula presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. A leitura doEstadão de 11 de dezembro provocou-me a sensação de estar vivendo de novo uma experiência já vivida. O chamado déjà vu.

Em 1979, durante a greve dos metalúrgicos do ABC, Okamotto fazia parte de um esquema paralelo. Seu nome constava de uma lista de dirigentes sindicais que deveriam assumir clandestinamente o controle do sindicato caso a diretoria eleita fosse presa pela polícia política. Nessa mesma ocasião, eu era um dos coordenadores da parte financeira do Fundo de Solidariedade que funcionava na Assembleia Legislativa de São Paulo. Chegava muita grana do exterior. O euro ainda não existia. Mas os dólares, francos e marcos eram muito bem recebidos. O administrador do sindicato, Sadao Higuchi, era quem encaminhava os recursos vindos do exterior a Okamotto.

Em 13 de junho de 1998, em plena campanha eleitoral, Sadao morreu “afogado” numa represa localizada nas proximidades de Bragança Paulista. Lula fez questão de suspender todas as atividades para participar das buscas. Quem conhece a represa, como eu conheço, não consegue entender o que aconteceu. Sadao morreu afogado, mas tinha uma contusão na cabeça. Ele teria caído n’água e o barco teria se chocado com ele. Pequeno enorme detalhe: tratava-se de um bote inflável. 

Em 1992, o PT elegeu vários prefeitos no estado. Indicado por José Dirceu e Aloisio Mercadante, assumi a secretaria de Finanças de São José dos Campos. A empresa CPEM, representada pelo advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, era a maior credora da prefeitura então comandada pela futura bailarina Ângela Guadagnin. A auditoria externa que contratei comprovou uma série de irregularidades. Informado pessoalmente por mim, Lula convocou Okamotto e ordenou-lhe que me acompanhasse numa conversa com seu compadre. Ou seja, enviou-me para conversar pessoalmente com o acusado.

Okamotto costumava circular pela prefeitura de São José em busca de lista de empresários credores. Ele não ocupava qualquer cargo no paço. Era evidente que buscava recursos paralelos, com anuência da então prefeita Ângela Guadagnin. No mesmo dia em que a auditoria externa encerrou seus trabalhos e me enviou o relatório, fui exonerado sumariamente a pedido de Paulo Okamotto e Paulo Frateschi, segundo me relatou a própria prefeita. 

Algumas semanas antes da exoneração, sofri um atentado na então Rodovia dos Trabalhadores, hoje Ayrton Senna. O carro ocupado por três homens enormes tinha chapa fria, conforme informou a Polícia Civil onde registrei o boletim de ocorrência. Detalhe: o carro em que me encontrava era dirigido por um funcionário de carreira da prefeitura que, literalmente, urinou nas calças.

Quando Lula foi eleito em 2002, pensei seriamente em pedir asilo político em algum país europeu. Cheguei a ter pesadelos. Sonhava que Okamotto era chefe da Polícia Federal. Fui dissuadido por Lupércio Marques de Assis, meu sogro e advogado brilhante, que morreu logo após a posse do governo petista. Em 2006, durante a CPI dos Bingos, defrontei-me com Paulo Okamotto em uma acareação realizada no Congresso Nacional. Na ocasião, entreguei formalmente aos congressistas uma vasta documentação. Duvido que alguém tenha lido. O que mais me chamou a atenção foi o olhar de ódio com que Okamotto me encarava. 

Faço esse breve relato para registrar que não tenho nenhum motivo para por em dúvida o depoimento de Marcos Valério, um dos responsáveis pelo mensalão que o levou a ser condenado a mais de 40 anos de prisão. Parece que foi para mim que Okamotto disse: “Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você. (…) Ou você se comporta, ou você morre.” 

Quem é Paulo Okamoto. Quem matou Sadao Higuchi?

Quem é Paulo Okamoto?
Por Augusto Nunes

Paulo de Tarso Venceslau, um dos fundadores do PT, foi expulso do partido depois de ter revelado para Luis Inácio o esquema de arrecadação de dinheiro na região de São José, de cuja prefeitura também foi demitido. A nota está no blog do Augusto Nunes, na Veja.

E Paulo Okamoto, que o Marcos Valério afirmou que o ameaçou de morte, está envolvido. Paulo de Tarso diz que foi exonerado sumariamente a pedido de Paulo Frateschi e Okamoto, segundo relatou a prefeita Ângela Guadanin. Paulo de Tarso conhece bem Okamoto que não era funcionário da prefeitura, mas sempre rondava os empresários credores para arrecadação paralela. Paulo de Tarso não duvida das ameaças relatadas por Valério no MP.

Ele conta um caso, no mínimo, escabroso. A de Sadao Higuchi, por exemplo, responsável pelo encaminhamento de "recursos vindos do exterior" a Okamoto. Sadao morreu "afogado" numa represa, próxima de Bragança, em 13 de junho de 1998, durante a campanha eleitoral. Detalhe: o morto tinha uma contusão na cabeça provocado "pelo choque do barco onde estava quando caiu na água". Detalhe: era bote inflável.

O economista Paulo de Tarso Venceslau nasceu em Santa Bárbara d’Oeste e tem 69 anos. Foi ativista da Ação Libertadora Nacional e participou, em 69, do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick. Preso, passou cinco anos na prisão onde se aproximou do PT. Mais tarde, ao denunciar as arrecadações, foi desfiliado do PT.

Em setembro, em novo depoimento à Procuradoria Geral da República, Marcos Valério disse que foi procurado por Paulo Okamoto, a pedido de Lula, dizendo que "tinha gente no PT que queria sua morte". E finalizou dizendo: "comporte-se ou você morre". Paulo é diretor do Instituto Lula. Valério também relatou que lhe foi solicitado pelo PT o envio de dinheiro para um empresário que estava ameaçando contar sobre a morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, caso estranho e sem definição, ainda.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Valério vai bater forte

STF pode conceder proteção para Valério
Marcos Valério pretende apresentar mais acusações envolvendo Lula e particularmente, Zé Dirceu. A confidência foi feita aos amigos próximos. O objetivo é tornar-se colaborador do MP, como fez Roberto Jefferson. O STF já deixou claro que as novas denúncias que podem gerar novos processos, não reduzirão a pena já fixada. A publicação da condenação dos mensaleiros deve sair 60 dias após o final do julgamento. Celso de Mello já saiu do hospital onde esteve internado mas não se sabe se participará da sessão na próxima segunda feira.

STF pode conceder proteção a Marcos Valério. Em setembro ele foi ao MP e contou fatos que comprometem Lula e o PT. Disse que o partido pagou R$ 4 milhões pela sua defesa no processo do mensalão. O advogado dele confirmou que o valor referiu-se a despesas do processo e não honorários.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, criticou as tentativas de desqualificar as novas denúncias de Marcos Valério. "De fato, temos nesse processo alguém que fez declarações que foram largamente comprovadas, que foi o Roberto Jefferson, e ninguém ficou perguntando os motivos, se foram nobres ou ignóbeis. Então, a questão é de verificação para um juízo mais seguro", disse ele. Mendes também disse que, se comprovadas as novas denúncias contra Lula, nada vai alterar nesse atual processo, mas podem influenciar o julgamento de outros processos relacionados ao mensalão.

"Sabemos que o que está aqui no STF é um percentual muito pouco significativo do que se fez", comentou Mendes. O Supremo pode conceder proteção ao empresário. Valério teria sido ameaçado de morte por Paulo Okamoto, amigo de Lula, que o procurou dizendo que ”tem gente no PT que acha que a gente devia matar você. Ou você se comporta, ou você morre."

O publicitário separou-se da mulher e vive solitário num apartamento de quarto e cozinha.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Marcos Valério disse que mensalão pagou contas pessoais de Lula e Portugal Telecom depositou 7 milhões para o PT

Marcos Valério conta tudo
O jornal O Estado de São Paulo publicou que despesas pessoais de Lula foram pagos com dinheiro do esquema fraudulento e que essas informações foram dadas por Marcos Valério à Procuradoria Geral da República em setembro deste ano. Valério contou que fez depósitos para a empresa do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy. Tal como Genoíno, Lula teria avalizado empréstimos do PT, também, no mesmo esquema do Banco Rural. Freud era conhecido como "faz tudo" de Lula e fazia parte dos "aloprados".

Valério também contou que foi Lula quem deu o "ok" para o PT tomar empréstimos do BMG e Rural para a compra de votos no congresso. Esse aval ocorreu em reunião no Palácio do Planalto com a presença de José Dirceu e Delúbio Soares, ambos condenados como corruptos e quadrilheiros. Delúbio, contou Dirceu, negociava em seu nome e no nome de Lula. Outra denúncia gravíssima do publicitário: Lula e o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, negociaram com a Portugal Telecom, dentro do Palácio do Planalto, o valor de R$ 7 milhões para o PT. O dinheiro repassado pela Portugal Telecon foi recebido pela sua empresa e tem como provar.

Neste mesmo depoimento à Procuradoria Geral da República, Valério, pela primeira vez, contou sobre detalhes sobre outro caso escabroso envolvendo Lula e o PT: o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. Foi nessa época que Paulo Okamoto,a mando de Lula, o procurou ameaçando de morte se não se comportasse.

Paulo Okamoto está assustado com denúncia

Paulo Okamoto, moleque de recados de Lula
Paulo Okamoto está em Paris, com Lula numa viagem da presidente Dilma. Perguntado sobre o depoimento de Marcos Valério de que ele o tinha ameaçado, Okamoto ficou confuso e reperguntou aos repórteres pra quem ele tinha dito isso. “Mas por que eu o ameaçaria de morte? Duvido que ele tenha falado isso.”

A ameaça ocorreu pouco depois da divulgação do escândalo do mensalão. Segundo Valério, Okamoto o procurou, por ordem de Lula e teria dito: ”Tem gente no PT que acha que a gente devia matar você. Ou você se comporta, ou você morre. Valério contou isso a Procuradoria Geral da República no seu depoimento de setembro deste ano.

Valério abre a boca: PT paga seus advogados

Marcos Valério, operador do mensalão comandado por José Dirceu e José Genoino, do PT (Paulo Filgueiras/D.A.Press)

Segundo Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos pelos crimes de corrupção comandados por José Dirceu e Genoino, o PT pagou 4 milhões de reais pela sua defesa no STF. O depoimento foi prestado a Procuradoria Geral da República logo depois de anunciada a sua sentença. Mas as investigações mostram que, além dos 4 milhões dos advogados, Valério participou do desvio de mais de um milhão de reais na Câmara dos Deputados, 3 milhões em um contrato com o Banco do Brasil, além do rombo de mais de 73 milhões no Fundo Visanet, com a ajuda do então diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, este condenado a mais de 12 anos de prisão em regime fechado. O PT, evidentemente nega e o advogado Marcelo Leonardo se cala.

. Marcos Valéria responde outros processos como seu envolvimento com o mensalão mineiro - inclusive Eduardo Azeredo do PSDB. Usando o linguajar mineiro, por onde passa um boi passa uma boiada. Os tucanos, evidentemente, sabem que Valério vai abrir a boca. Será a hora e a vez da tucanagem entrar na gaiola.

Valério também afirmou que foi ameaçado por Paulo Okamoto; "você se comporta ou morre".

Valério diz que foi ameaçado

Paulo Okamoto faz o jogo sujo e ameaça
"Ou você se comporta ou morre".

Paulo Okamotto - tesoureiro da família Lula e Diretor do Instituto Lula, para Marcos Valério, segundo depoimento de Valério à Procuradoria Geral da República. Para ele a ameaça foi muito clara: ou você se comporta ou morre. Okamoto negou.