terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Telefonica assume Vivo e baixa qualidade


Telefônica lidera lista de queixas
Empresa fecha o ano de 2013 no topo entre as que mais motivaram reclamações no Procon
 
30 de dezembro de 2013 | 2h 06
JERUSA RODRIGUES - O Estado de S.Paulo

A Telefônica/Vivo é a primeira da lista das mais reclamadas no Procon-SP, com 27.770 registros no ranking do acumulado do ano de 2013, de um total de 784.812 atendimentos. Das queixas recebidas pelo jornal, tanto de órgãos públicos quanto de estabelecimentos privados, a empresa também foi a que rendeu a maior demanda, com 446 casos de cerca de 5 mil queixas.

O número de telefone da Vivo do cirurgião Tiago Szego foi portado para a Oi sem a solicitação dele. "Há cinco anos tenho a linha e sempre estou de sobreaviso, por causa da minha profissão", diz. "Na loja da Vivo, não explicaram como isso ocorrera e ainda prometeram solução em três dias, o que não foi feito."

Procurada, a Telefônica/Vivo informa que o problema foi solucionado.

O leitor confirma, mas explica que só conseguiu seu número de volta passado mais de um mês da queixa.

De acordo com o professor de Direito do Consumidor da Faculdade Mackenzie Bruno Boris, as hipóteses de portabilidade apenas devem ocorrer mediante autorização do próprio consumidor. "Caso tenha havido um erro por parte da operadora, esta poderá ser responsabilizada pelos prejuízos causados", ressaltou.

Sem sinal."Desde novembro estou com o sinal de internet intermitente, diz a professora Angela M. Damaso, de 61 anos. "Ao ligar na Vivo, sou transferida a setores diversos e cada atendente diz algo diferente." A Telefônica/Vivo responde que o serviço foi normalizado. Já a leitora relata que ficou mais de dez dias sem internet e a velocidade do Speedy continua ruim. "Nem a velocidade mínima é cumprida", afirma.

Segundo o advogado Josué Rios, no período em que a consumidora não recebeu o serviço na sua totalidade o valor da mensalidade não pode ser cobrado. "Caso tenha havido cobrança, o valor deve ser devolvido em dobro. "

Se o serviço funcionou parcialmente, deve haver desconto proporcional no valor cobrado, explica. "Os prejuízos econômicos sofridos pela consumidora, durante os dias em que não pôde usar o serviço, devem ser devidamente reparados, assim como a contratante também tem o direito de ser indenizada por dano moral, conforme o grau de transtorno sofrido, em razão de se ver privada do uso de um serviço essencial." O dano moral, afirma Rios, tem a relevante função de reprimenda pedagógica contra o fornecedor.

Quanto à redução da velocidade contratada, em certas situações operacionais, se a informação sobre tal redução não constar de forma destacada no contrato e não for informada no ato da venda do serviço, o consumidor tem o direito de exigir a devolução proporcional do valor cobrado, diz.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Santa Catarina tem a melhor educação do Brasil. São Paulo fica em 5º lugar.

Por Estados, só 4 redes públicas conseguem superar média; Brasil ficou em 57º lugar entre 65 países na avaliação internacional. São Paulo tem educação abaixo da média do País segundo dados do Pisa

30 de dezembro de 2013
Paulo Saldaña - O Estado de S.Paulo
 
Apenas quatro redes de ensino estaduais brasileiras têm resultados superiores à média geral do Brasil, de acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) de 2012. A rede de São Paulo, o Estado mais rico do País, fica abaixo do Brasil na média das áreas avaliadas.

Os dados desagregados pelas redes de cada Estado são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que trabalha com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na realização do Pisa. A OCDE realiza a avaliação nos 34 países considerados de primeiro mundo e em outros convidados, como o Brasil.

Nesta última edição, o País ocupou 57.º lugar entre os 65 países participantes. O Brasil está entre os que mais cresceram em pontuação desde 2000, quando a prova foi criada, mas ainda não conseguiu sair das últimas posições. O índice geral leva em consideração as redes particular e pública. Quando separadas apenas as redes estaduais (que concentram 85% das matrículas do ensino médio, fase em que está a maioria dos alunos avaliados no Pisa), o cenário é mais preocupante.

Até a rede estadual mais bem colocada no Pisa, a de Santa Catarina, com 422 pontos, ainda fica a 75 pontos de distância da média dos países ricos. A pontuação equivale a quase dois anos de aprendizado.

São Paulo. A rede estadual de São Paulo é a quinta melhor rede estadual do País, mas está um ponto abaixo da média geral do País. Apenas na área de Matemática o resultado paulista é superior à média do Brasil.

Se São Paulo fosse um país, estaria na 58.ª posição, abaixo de Brasil, Uruguai e Chile e acima somente de oito países, incluindo Jordânia, Argentina, Colômbia e Peru.

A Secretaria de Educação do Estado tem como objetivo (em seu programa Educação - Compromisso de São Paulo, lançado pela atual gestão) que a educação paulista figure entre as mais avançadas do mundo até 2030, com base nos dados do Pisa. O plano é que São Paulo chegue à 25.ª posição. Se levar em consideração também a rede particular, São Paulo subiria para 54.º, com média de 415 pontos.

Para a professora Maria Izabel Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), os resultados mostram uma falta de continuidade na política educacional nos últimos 20 anos. "São Paulo tem tomado medidas muito pontuais na educação, responde a questões emergenciais. Falta um plano estadual de educação, um projeto articulado", diz Maria Izabel.

A consultora em educação Ilona Becskeházy concorda que o sistema educacional ainda é deficiente em São Paulo, mas ressalta que a amostra do Pisa para a rede estadual pode, na comparação, esconder alguns aspectos positivos. "São Paulo é a rede que tem mais gente dentro da escola e mais gente no ensino médio. Fica difícil penalizar."

Análise. A Secretaria afirmou, em nota, que a análise do Pisa 2012 é feita pela Coordenadoria de Informação e Monitoramento e Avaliação (Cima). "As escolas estaduais de São Paulo são caracterizadas pelo atendimento universal, inclusivo, e que respeita a diversidade da maior rede de ensino do País, com 4,3 milhões de alunos."

A pasta refutou a comparação da rede estadual com a média geral do País, afirmando que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), do governo federal, aponta evolução no desempenho dos alunos de São Paulo. No Ideb de 2011, o ensino médio de São Paulo teve melhora, mas os dois ciclos do ensino fundamental ficaram estagnados, com o mesmo resultado no índice de 2009.

Baixista dos Incríveis morre

Morre, aos 65 anos, Nenê Benvenuti, baixista dos "Incríveis"

Do UOL, em São Paulo  30/01/201313h06
  • Gil Passarelli/Folhapress
    Nenê Benvenuti (de camisa xadrez) com os integrantes da banda Os Incríveis, em foto de 1967
    Nenê Benvenuti (de camisa xadrez) com os integrantes da banda Os Incríveis, em foto de 1967
Morreu na manhã desta quarta-feira (30), aos 65 anos, o músico Lívio Benvenuti Júnior, mais conhecido como Nenê. Benvenuti foi baixista da banda de rock Os Incríveis entre 1966 até 1972, quando a banda se separou. Nenê foi diagnosticado com câncer de pulmão em outubro de 2012. As informações são da rádio CBN.

O velório se realiza no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, informação confirmada pela assessoria de imprensa da instituição. A família ainda não divulgou o local do enterro.

O músico começou a carreira aos 12 anos de idade como baterista da banda "The Rebels". Na década de 1960 chegou a montar um grupo cover dos Beatles até entrar na banda Os Incríveis, que fez parte da Jovem Guarda.

Chegou a atuar como ator na TV Tupi e tocou ao lado de Raul Seixas em uma apresentação em um garimpo do Pará, em 1985. Também tocou com Elis Regina e Roberto Carlos. Entre alguns projetos, nos últimos anos, atuava como produtor musical.

Em outubro de 2011, morreu o saxofonista da banda Os Incríveis, Antônio Rosas Seixas, o Manito, que tratava desde 2006 de um câncer na laringe.

GM paralisa linha em São José dos Campos

GM demite centenas de operários
Na véspera do novo ano a GM anunciou a demissões de centenas de operários da linha de São José dos Campos onde é montado o modelo Classic. O comunicado foi feito por e-mail. Cerca de 750 funcionários perderam o emprego no momento em que o IPI - Imposto sobre Produto Industrializado - deve voltar a ser cobrado na venda de carros, 3% em janeiro e 7% em julho. Antes do Natal a empresa comunicara que eles entrariam em férias coletivas entre 2 e 20 de janeiro. 

A nota emitida pela GM diz que o sindicato da categoria tinha sido informado em 28 de janeiro deste ano sobre o encerramento das atividades daquela linha de montagem conhecida como MVA.

Os metalúrgicos lembram que isso ocorre quatro dias antes do aumento do IPI e que as indústrias tem pacto com o governo para evitar demissões.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Natal ruim para os shoppings

Vendas de natal em shoppings foram ruins em todo país

Em comparação com o ano passado, as vendas de natal em shoppings, em todo país, foram consideradas ruins - as piores nos últimos 5 anos - segundo a Associação Brasileira de Logistas de Shopping. As vendas cresceram pouco e, em alguns setores, como vestuário, caíram em relação ao ano anterior.

Os motivos são vários: inflação alta, endividamento das famílias e crédito mais restrito. O aumento nas vendas de 8% é observado apenas quando se considera a abertura de novas lojas. No setor de perfumarias e cosméticos houve aumento de 10% nas vendas.

A associação esperava um amento em torno de 10% a 12%. Considerando a inflação, o crescimento nas vendas não passou de 2,5%. A previsão para o próximo ano é de 3% mais por conta da inauguração de novos shoppings ou centros de compras. O dólar alto em 2014 pode complicar o setor de confecções que tem peso alto nas vendas em shoppings.

O risco da volta a 2003

Editorial O Globo

Os quase 16 anos deste ciclo do PT no Palácio do Planalto começaram de uma forma, na condução da política econômica, e entram no último ano de mandato de Dilma Rousseff de outra maneira. Uma das diferenças marcantes — pelo menos até agora — ocorre na condução da política fiscal.

Em 2003, quando o partido e aliados subiram a rampa do Palácio do Planalto com Lula de faixa presidencial, a política de gastos públicos seguiu os manuais clássicos. Foi uma administração atenta, contra abusos, restritiva, coerente com a necessidade daquele momento.

A inflação, atiçada pela subida do dólar em função do “risco-PT”, chegou aos píncaros dos dois dígitos e precisou ser debelada por uma política de contenção de despesas governamentais conjugada com a elevação dos juros básicos (política monetária).

Deu certo, como previsto, e o IPCA se aproximou da meta dos 4,5%, estabelecida com dois pontos de margem para cima ou para baixo. A partir do final do segundo governo Lula, o respeito à política do tripé — cumprimento das metas de inflação, do superávit primário e câmbio flutuante —, mantida, com êxito da Era tucana, foi, digamos, flexibilizado.

Sob inspiração da ideologia “desenvolvimentista”, lastreada no intervencionismo estatal, lançou-se a política do “novo marco macroeconômico”, consubstanciada em câmbio desvalorizado, juros baixos e nenhuma maior preocupação com os gastos — para ativar a demanda — e inflação.

Neste aspecto, dentro da ideia equivocada, e tantas vezes comprovada como míope, de que vale a pena “um pouco de inflação, para se obter um crescimento maior”. Ora, a inflação corrói o crescimento. Como mais uma vez o país testemunha.

O abandono do “tripé” ficou bastante visível na “perna” fiscal. O recurso constante a subterfúgios para se abater a meta de superávit primário foi, aos poucos e implacavelmente, abalando a credibilidade da política fiscal, ponto-chave para investidores no país e credores do Tesouro. Pois se trata de saber sobre a capacidade que o Estado brasileiro possui de pagar as suas dívidas.

Não há qualquer risco de desastre na esquina. Mas a tendência de aumento constante das despesas em custeio, acima da arrecadação, faz o mercado precificar o futuro.

Ele passa, por exemplo, a exigir rendimentos mais elevados em títulos do Tesouro com taxas prefixadas. Aumenta o custo do Estado para a sociedade. E isto já acontece.

Com o advento da “contabilidade criativa”, capaz de gerar receita primária, por exemplo, por meio de dividendos de bancos públicos pagos na verdade com dinheiro de dívida do Tesouro, o quadro piorou para o país.

A meta de 3,1% do PIB de superávit primário foi reduzida para 2,1%, mas deverá ser abaixo disso. Há sinais de que o Planalto percebeu o erro do sepultamento do “tripé”. Tem 2014, ano eleitoral, para tentar consertar os estragos. Se não, 2015 pode repetir 2003.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A estrela do PT brilha na Papuda


As autoridades reforçaram a segurança na penitenciária da Papuda - onde estão presos os corruptos do PT, envolvidos com o escândalo do mensalão - depois da descoberta de um plano de rebelião.

Os presos aparentam descontentamento desde que os mensaleiros chegaram ao local cercados de regalias, inclusive com horários de visitas especiais na sexta feira, enquanto na quarta e quinta centenas de familiares de presos comuns se espremem ao relento esperando para visita-los. O dia de visita especial, criado pelo diretor do presídio para favorecer os corruptos, causou indignação entre os demais prisioneiros e a justiça determinou que fosse proibido. 

José Dirceu e Delúbio, como os demais detentos, ficarão sem visitas de Natal. Mas eles terão uma comida especial para a data. A quentinha que será servida no jantar, entre 16 e 17 horas, terá fatias de peru com farofa, arroz e feijão. A comida é servida num prato de plástico, parte de um kit que os presidiários recebem quando entram para cumprir pena. Dirceu, quando chegou na penitenciária recusou-se a receber o kit mas foi informado que não tinha opção. Entre outras normas está a de vestir o uniforme do presídio. Normalmente a marmita contém arroz, feijão e carne de frango ou moída. Dirceu come três refeições por dia: o café da manhã com pão e leite, almoço e o jantar. Quem tem dinheiro pode comprar algum produto na cantina da Papuda. Os mensaleiros não terão direito ao "saidão". 

Além de Delúbio - que disse que o mensalão iria virar piada de salão - e Dirceu, também cumprem pena na Papuda os ex-deputados Pedro Henry e Pedro Corrêa, Marcos Valério e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz.

Neste Natal a estrela do PT vai brilhar na Papuda.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Hábito de leitura entre os brasileiros é uma vergonha

Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Agora a pouco notei que o prédio da Secretaria da Cultura de Marília, na avenida Sampaio Vidal, onde se localiza também uma biblioteca municipal, está pichada. Trata-se de uma reivindicação: biblioteca na periferia, diz a inscrição.

Aparentemente o pedido parece lógico. Afinal, o conhecimento se conquista assim, com leituras.

Mas, sabendo-se que a maioria das escolas da cidade dispõe de salas de leitura (inclusive com orientadoras, vasto número de títulos e atualíssimos) abertas aos alunos e à comunidade e que a frequência é mínima - principalmente a externa - a conclusão é que a reivindicação não tem tanta procedência.

BRASIL EM 27ª LUGAR EM LEITURA

Conheci uma, dentro de uma escola do fundamental e médio, em Marília e soube que apesar da oferta de tantos títulos, a sala é pouco visitada pela comunidade. O índice de leitura no Brasil é vergonhoso. Uma vergonha conhecida lá fora que espanta tanto quanto o índice de criminalidade e a corrupção no país. Imaginem que apenas um adulto alfabetizado em cada três, lê livros. Uma das últimas pesquisas aponta o Brasil em 27ª colocação, dentre 30 países pesquisados sobre hábito de leitura.

Pesquisas mostram que entre 2007 e 2011 o hábito de leitura no país caiu 5% entre aqueles entrevistados que leram um livro, pelo menos, nos últimos três meses, antes da consulta. E entre os hábitos mais apreciados, antes dos livros, vem assistir TV (85%), ouvir música ou rádio (52%), descansar (51%), estar com a família e amigos (44%), assistir filmes em DVD (38%) e sair com amigos (34%).

Apesar de projetos de leitura espalhadas em todo país a frequência nas salas de leitura é mínima. A maioria dos "alfabetizados nas escolas públicas brasileiras" não sabe ler. E a era digital não mudou muito esse péssimo hábito, apesar das ofertas grátis da web.

ALUNOS BRASILEIROS MAL NO PISA  

Como melhorar tudo isso sabendo-se que o Brasil continua ocupando as últimas posições (58º lugar entre 63 países pesquisados em 2012) em qualquer avaliação em educação, como o PISA - Programme for International Student Assessment - levantamento realizado a cada três anos?

Entre 2009 e 2012, os estudantes brasileiros mantiveram a mesma pontuação em ciências (405 pontos), caíram em leitura (412 pontos para 410) e "evoluíram" pífios 5 pontos em matemática (de 386 para 391). Nenhum brasileiro conseguiu o nível 6 e a média ficou entre os piores. Basta dizer que em ciências 53,7% atingiram apenas o nível 1. Em leitura cerca de 75,3% atingiram os níveis 2 e 3 apenas. Em matemática 67,1% conseguiram o nível 1 também.

ENTRE OS PIORES DO MUNDO

Mesmo diante de resultados tão catastróficos, o nosso ministro da Educação, Aloísio Mercadante, anunciou com estardalhaço que o Brasil foi o país que mais evoluiu em matemática entre 2003 e 2013: 35 pontos (saiu de 356 para 391) em 10 anos. Basta dizer que essa "evolução" foi apenas suficiente para ficar entre os piores.

Se o Brasil evoluiu 5 pontos em matemática entre 2009 e 2013, Xangai avançou 13 pontos chegando aos 613, em primeiro lugar. Com um detalhe importante: para quem já está no topo é muito mais difícil evoluir.

Xangai (China) ficou em primeiro com 613 pontos em matemática, 119 pontos acima da média de conhecimento que fixa o Pisa, de 494 pontos. Em seguida vem Cingapura (573 pontos), Hong Kong (China, 561), Taiwan (China, 560), Coreia do Sul (554), Macau (China, 538) e Japão (536), Liechtenstein (535), Suíça (531) e Holanda (523).

Os jovens estudantes brasileiros não sabem escrever, ler ou compreender o mínimo que conseguem ler.  Portanto, para aumentar o hábito de leitura entre os brasileiros é preciso alfabetiza-los, primeiro.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Fila que envergonha


Luiz Garcia, O Globo

Como o nome indica, a Defensoria Pública da União existe para defender direitos e necessidades do respeitável público sempre que ele estiver ameaçado — frequentemente por departamentos e outros setores da acima citada União.

É uma missão de alta importância. Temos exemplo recente: um levantamento dos nossos defensores mostrou que, em seis hospitais federais do Rio, há mais de 12 mil pacientes, pacientemente esperando por atendimento. E haja paciência: alguns estão na fila há sete anos. E a incompetência hospitalar inclui todo tipo de procedimentos. Por exemplo, cirurgias vasculares, cardíacas, neurológicas, ortopédicas, urológicas etc.

Os defensores não se limitaram a constatar a situação — pode-se dizer, a crise — e pretendem processar, na Justiça Civil, o Ministério da Saúde. Vão exigir que o Ministério da Saúde apresente, dentro de dois meses, um cronograma completo das operações em atraso, cobrindo os próximos dois anos. O projeto deverá, como é óbvio, dar prioridade a crianças, adolescentes e idosos — assim como levar em conta a gravidade de cada caso.

Não será fácil. Só no Hospital de Bonsucesso, há exatamente 1.642 cidadãos esperando para serem operados, o que explica outra exigência: o ministério deverá realizar concurso para acabar com o déficit de profissionais nos hospitais públicos.

No Hospital do Andaraí, segundo denúncia do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, doentes em macas são atendidos nos corredores, e cirurgias eletivas — ou seja, não urgentes — são simplesmente adiadas sem prazo marcado.

O Ministério da Saúde anuncia algumas providências. Por exemplo, a convocação de todos os pacientes pacientemente esperando a sua vez de serem atendidos, para uma avaliação dos casos que exijam cirurgia. Num sistema mais bem organizado, isso seria feito no primeiro dia em que o cidadão batesse à porta do hospital.

O que mais assusta e preocupa o respeitável público é o fato de que os responsáveis pela saúde dos cidadãos não anunciaram medidas óbvias e importantes por sua própria iniciativa, e sim apenas quando a crise — não há outra palavra — foi denunciada pela Defensoria Pública. Os médicos não são culpados: a responsabilidade é, toda ela, do Estado.

E é bom não esquecer: essa crise — não há outra palavra para definir uma fila de mais de 12 mil doentes esperando cirurgia — acontece no Rio de Janeiro. Alguém se arrisca a imaginar a qualidade do atendimento médico nas regiões mais pobres do Brasil?

Luiz Garcia é jornalista.





Palavras, gestos e atos

Dilma Rousseff e os ex presidentes do Brasil viajam juntos para velório de Mandela.

Por Sandro Vaia

A palavra “estadista” nunca foi tão usada e abusada quanto nesta semana em que o mundo parou para lembrar, dançar, chorar e enterrar Nelson Mandela.

E a civilização do espetáculo, em que a cultura foi substituída pelo culto ao entretenimento, para simplificar a tese do Nobel Vargas Llosa, teve alguns momentos de culminância: o show Obama-Michelle-Cameron na sessão “selfie” com a loira dinamarquesa; o aperto de mão de Obama e o ditador cubano Raul Castro; o engodo universal do falso intérprete de sinais para deficientes auditivos, com seu irônico espetáculo cheio de gestos e vazio de conteúdo.

A presidente Dilma também reservou para si um cantinho do palco. Escalada para ser um dos oradores oficiais das exéquias, contribuiu para o espetáculo não só com seu modorrento discurso, mas também com seu voo ecumênico, onde inclui como passageiros todos os ex-presidentes vivos do País -- entre os quais um que foi obrigado a renunciar para não sofrer impeachment por corrupção.

Se Obama levou os Bush pai e filho, Clinton e Carter, por que Dilma não podia dar a sua lição de tolerância carregando seus antecessores, mesmo aqueles que, segundo declarações que deu num seminário antes da viagem, contribuíram para “aumentar as desigualdades do país”, que ela pretende extinguir?
Um gesto espontâneo de grandeza. Tão espontâneo que foi cantado em prosa e verso pela máquina de propaganda do Planalto e alardeada pela própria presidente em seu twitter oficial, como lição de convivência democrática. Uma convivência mercadologicamente conveniente.

Enquanto o tamanho de Mandela ficava em discussão, com a grande maioria convergindo para a tese do estadista, alguns intolerantes preferiam classificá-lo como “terrorista”, como se a luta contra a infâmia do apartheid pudesse ser comparada à delicadeza e arte de uma competição de florete.

O colunista Thomas L. Friedan, do The New York Times, escreveu sobre a “reserva moral” que Mandela acumulou ao longo de sua vida. E cita como exemplo singelo uma cena do filme “Invictus”, de Clint Eastwood, onde o presidente sul-africano (interpretado por Morgan Freeman) se manifesta contra a mudança das cores da seleção nacional de rúgbi, que durante anos foram símbolo da suposta supremacia branca. “Isto não serve à nação. Temos de surpreendê-los (referindo-se aos brancos) com moderação e grandiosidade”.

“Há muitas grandes lições nessa cena curta” -- escreveu Friedan. “A primeira é que, uma maneira de os líderes criarem autoridade moral é estarem dispostos a desafiar as suas próprias bases, às vezes -- e não somente o outro lado. É fácil liderar dizendo à sua própria base o que ela quer ouvir. É fácil liderar quando se está dando coisas. É fácil liderar quando as coisas vão bem. No entanto, é realmente complicado conseguir que sua sociedade faça algo grande e difícil”.

Tão complicado quanto juntar palavras, gestos e atos num mesmo significado.

Sandro Vaia é jornalista

sábado, 7 de dezembro de 2013

Justiça proclama a República na Papuda!

Penitenciária da Papuda em dia de visita: justiça acabou com privilégios
dos corruptos do PT
Por Reinaldo Azevedo

Afirmei isto no debate da VEJA.com, na quinta-feira, e reitero: os companheiros mensaleiros do PT — na verdade, parece que só eles importam (ver texto abaixo) — estão fazendo um esforço brutal para provocar uma rebelião na Papuda. Se acontecer, serão eles os únicos culpados. A Justiça decidiu (leiam post) que, a partir de agora, todos são iguais: não haverá mais distinção entre quem roubou dinheiro público e quem cometeu outros crimes.

Todos terão os mesmos dias de visita, e os familiares deverão ser previamente cadastrados. Salve! Proclamaram a República na Papuda! Os aristocratas do petismo não mais gozarão de direitos especiais. Desde 1980, quando foi criado, o PT tem um inimigo ideológico a ser combatido sem trégua: a “Dona Zelite”. O discurso já havia se provado falacioso em várias instâncias.

A farsa só não havia se revelado na cadeia. Chega a ser espantoso que a Justiça tenha de agir para que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, sob o comando do petista Agnelo Queiroz, cumpra… a lei.

Fernanda Lima foi elogiada em todo mundo

Fernanda Lima é a apresentadora do sorteio dos grupos da Copa de 2014 Sergio Moraes/Reuters

Fernanda Lima dá show na festa e vira 'deusa'
Brasileira é elogiada por estrangeiros e ganha destaque internacional

Da Revista Veja

Quando foi anunciado que os atores Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert seriam os apresentadores da cerimônia do sorteio dos grupos da Copa de 2014, nesta sexta-feira, a Fifa foi acusada de racismo – os indicados teriam sido inicialmente Lázaro Ramos e Camila Pitanga. Simpática e muito elegante, Fernanda Lima apareceu de Louboutin e tubinho dourado de lurex com um decote para lá de generoso. Foi muito bem na função e ganhou elogios na imprensa internacional – sem falar nos jornalistas e dirigentes estrangeiros que estavam na Costa do Sauípe e passaram a maior parte da cerimônia sem tirar os olhos da brasileira. "Quem é Fernanda Lima, a deusa que apresentou o sorteio do Mundial", diz a manchete do site do diário argentino Clarín. A reportagem conta que a modelo é atriz da TV Globo e, para infelicidade dos leitores, casada com Hilbert. No site do italiano La Gazzetta dello Sport, tem destaque uma foto de Fernanda com o título: "Fernanda, magia no sorteio. Ela já é a musa do Mundial."

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Dirceu desiste do emprego

O presidente do Hotel Saint Peter, de Brasília, é um auxiliar de escritório que mora
num bairro pobre da capital do Panamá.

Advogados de Dirceu deliram e acusam imprensa

"Tendo em vista o linchamento midiático instalado contra José Dirceu e contra a empresa que lhe ofereceu trabalho, anunciamos que o ex-ministro decidiu abrir mão da oferta de emprego" diz uma nota assinada pelos advogados de José Dirceu, José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall''Acqua.

Na falta de argumentos jurídicos, os advogados preferiram - para justificar os gordos honorários - atuar como grupo partidário, invocando que o condenado a 10 anos e 10 meses por corrupção e formação de quadrilha no processo do mensalão é um perseguido da imprensa. A nota, eminentemente de caráter político, soa tão frágil quanto as acusações de internautas financiados pelo governo federal que alegam pressão da mídia.


Dirceu recebera proposta para gerenciar um hotel em Brasilia - Hotel Saint Peter - com oferta de um salário de R$ 20.000, mas, diante das denúncias de que a empresa hoteleira possa estar metida em maracutaias fiscais e financeiras, o ex-ministro condenado desistiu alegando "sofrimento vivido pelos empresários". Basta dizer que o presidente do hotel é um auxiliar de escritório que trabalha numa banca de advogados no Panamá e mora num bairro pobre da capital. E, depois das denúncias, rapidamente o contrato social foi alterado.

Sem base jurídica para contrapor, os advogados falam que seu cliente tem sido "alvo de ódio e perseguição" e acusam a mídia de atuar de forma que impeça que seu cliente possa trabalhar.

José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall''Acqua deveriam, na ausência de melhores argumentos, se calarem. Mas perderam esta chance.

PS: a revista Veja publica hoje que "a Cooperativa Sonho de Liberdade, da qual integram oitenta presidiários, formalizou no Supremo Tribunal Federal (STF) oferta de emprego para o trio petista formado por José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. No caso do ex-ministro da Casa Civil, a proposta é para ser administrador da parte de fabricação de artefatos de concreto, com salário de 508,50 reais, vale-transporte e refeição no local de trabalho."

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Problemas da aeromoça com passageiros da Azul


Uma comissária enfrenta problemas com os passageiros no filme criado pela pela DPZ para as Linhas Aéreas Azul que passou a oferecer canais da Sky durante seus voos. Hilário, o comercial agrada pela interpretação da atriz que merece o seu Oscar. Publicaram a ficha completa, mas não o nome da atriz.

Ficha Técnica:
CLIENTE: Azul
PRODUTO: TV ao vivo
TÍTULO: Não saio
SECUNDAGEM: 3’10”
DIRETORES DE CRIAÇÃO: José Zaragoza, Rafael Urenha, Cássio Zanatta
CRIAÇÃO: Cássio Zanatta
PRODUTORA IMAGEM: TALK Filmes
DIREÇÃO IMAGEM: Caio Cobra
FOTOGRAFIA: Anderson Capuano
MONTAGEM: Caio Cobra
PRODUTORA DE ANIMAÇÃO E COMPUTAÇÃO: TALK Filmes
FINALIZAÇÃO: QuantaPost
PRODUTORA TRILHA: Cream
LOCUTOR: Marat
RTV-C: Paulo Moraes / Caroline Bonani
ATENDIMENTO: Elvio Tieppo, Thais Piassa
APROVAÇÃO CLIENTE: Gianfranco Beting, Dilson Gonçalves

Genoino foge da raia

Não há dúvidas de que a renúncia de José Genoino foi uma maneira de evitar o constrangimento de ser cassado pela Câmara dos Deputados, fato que ocorreria se permanecesse deputado. A cúpula do PT sabia que os membros da oposição e da base aliada ao governo votariam contra Genoino. Para Roberto Freire, do PPS, um dos principais críticos do PT, Genoino evitou novo vexame público.Genoino na verdade não conseguiu eleger-se deputado, ficando na suplência. 

Ele tenta se aposentar por invalidez alegando problemas de saúde, fato já descartado por duas juntas médicas invocadas pelo STF e pela própria Câmara dos Deputados. O ex-guerrilheiro que tentou se passar por herói se entregou aos mesmos descaminhos de políticos fisiologistas por ele mesmo condenados: fugir da raia para garantir uma gorda aposentadoria, usando atalhos obscuros.

José Genoino foi condenado a 6 anos w 11 meses de prisão no regime semi-aberto no processo do mensalão e fica para a história como um corrupto. Nada além disso.

Fugindo da raia: em sua carta renúncia fala em condenação política e show da mídia. Acusa mas não explica os milhões surrupiados dos cofres públicos que levaram mais de duas dezenas para a cadeia.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Educação: Avaliação internacional coloca o Brasil, de novo, nas últimas colocações

Brasil em 58ª em educação, entre 65 países avaliados
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
Entre 65 países avaliados pelo PISA - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - o Brasil ficou em 58ª colocação. E, pior, a evolução é lenta. Basta comparar que do exame anterior, realizado em 2009, para o do ano passado, nossos alunos evoluíram apenas um ponto. Todos os 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, os chamados de primeiro mundo, participam dessas avaliações que englobam matemática, ciência e leitura. O Brasil participa como convidado desde o ano 2000.

XANGAI, CINGAPURA, HONG KONG, TAIWAN, CORÉIA DO SUL, MACAU E JAPÃO NA FRENTE

Xangai (China) ficou em primeiro com 613 pontos em matemática, 119 pontos acima da média de conhecimento que fixa Pisa, de 494 pontos. Em seguida vem Cingapura (573 pontos), Hong Kong (China, 561), Taiwan (China, 560), Coreia do Sul (554), Macau (China, 538) e Japão (536), Liechtenstein (535), Suíça (531) e Holanda (523).

Vergonhosamente o Brasil está na rabeira da educação ao lado de Portugal, Turquia, México, Chile, Eslováquia, Cazaquistão, Hungria e Polônia. O Brasil melhorou, desde 2003 cerca de 35 pontos, mas permanece nas últimas colocações. Nossos alunos melhoraram apenas 1,2 pontos por ano em leitura desde 2000 e apenas 2,3 pontos em ciências, desde 2006.

BRASIL:  O baixo nível dos nossos alunos é assustador nas três áreas: nenhum brasileiro conseguiu o nível 7 - o mais alto - e a média ficou entre os piores níveis. Basta dizer que em ciências 53,7% atingiram apenas o nível 1. Em leitura cerca de 75,3% atingiram os níveis 2 e 3 apenas. Em matemática 67,1% conseguiram o nível 1 também.

Onde está o erro? Certamente não é falta de verbas e nem reside no despreparo dos professores, embora sua formação seja questionável. O problema está no primeiro ano do ensino básico: as crianças brasileiras são "alfabetizadas" por um método (globa/construtivista) que não alfabetiza.  As estatísticas mostrados por todas avaliações internacionais ou internas apontam isso.

O PROBLEMA BRASILEIRO É O MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO

Para alguns educadores internacionais, como é o caso do ministro de Portugal, Nuno Crato, o problema está no método de alfabetização. Crato, que é matemático e incentivador das ciências, assumiu o compromisso de recuperar o tempo perdido em seu país. Ele é autor de "O eduquês em discurso directo: uma crítica da pedagogia romântica e construtivista" e "Desastre no ensino da matemática: como recuperar o tempo perdido", onde pontua críticas, mostra falhas e aponta soluções.

"De que adianta formar cidadãos que mal sabem ler jornais e muito menos entender o que leem" - pergunta Nuno Crato, um severo crítico do construtivismo que levou Portugal e a maioria dos países que adotaram o método, a falência na educação.

"O construtivismo de hoje (vertente radical das teorias do psicólogo Piaget) é um completo erro. Ela se baseia no fato de que o professor deve ser um mero "facilitador" do aprendizado. Um professor, diz Nuno Crato, deve transmitir aos alunos todo conteúdo nos quais se graduou. "É ingênuo acreditar que o estudante vai descobrir tudo sozinho quando julgar interessante" - afirma o ministro português.

Nuno Crato defende mais autonomia paras as escolas e um ensino rigoroso baseado em conteúdos curriculares (Português, Matemática, História, Geografia, Ciências e Inglês), metas, avaliações e mérito. Para o novo ministro o construtivismo dá uma noção vaga de "competências" que secundariza o conhecimento.

Agora os alunos portugueses terão avaliações e objetivos cognitivos bem definidos ao contrário do construtivismo que não permite jamais que o professor corrija o erro de um aluno para que ele não se sinta "constrangido" ou seja que seja avaliado.

NEUROCIÊNCIA: MÉTODO FÕNICO ALFABETIZA

A tragédia só mostra um caminho: é preciso mudar. Porque não seguir os passos da neurociência?

O neurocientista Stanislas Dehaene há 25 anos estuda o impacto dos números e das letras no cérebro humano. Recentemente afirmou que "o método mais eficaz de alfabetização é o que chamamos fônico. Ele parte do ensino das letras e da correspondência fonética de cada uma delas, como se fazia antigamente. Estudos mostraram que a criança alfabetizada por esse método aprende a ler de forma mais rápida e eficiente.

Os métodos de ensino que seguem o conceito de educação global, por outro lado, mostraram-se ineficazes." No método global, usado no Brasil e boa parte do mundo, a criança deve, primeiro, aprender o significado da palavra e, numa próxima etapa, as letras que a compõem. O método construtivista não funciona tanto que as crianças do fundamental estão terminando seu ciclo sem se alfabetizar e os do ensino médio, na rede pública, não sabem ler e escrever. Alguém contesta essa realidade?

Por que os sistemas que seguem o método global são ineficazes?

Dehaene explica que se verificou em pesquisas com pessoas de diferentes idiomas que o aprendizado da linguagem se dá a partir da identificação da letra e do som correspondente. Esse processo ocorre no lado esquerdo do cérebro. No método construtivista a criança primeiro aprende o sentido da palavra, sem necessariamente conhecer as letras. Neste caso o lado direito do cérebro é ativado. Mas a decodificação dos símbolos terá que chegar ao lado esquerdo para que a leitura seja concluída.  Para Dehaene é um processo mais demorado, que segue na via contrária ao funcionamento do cérebro.

- Num certo sentido, podemos dizer que esse método ensina o lado errado primeiro. As crianças que aprendem a ler processando primeiro o lado esquerdo do cérebro estabelecem relações imediatas entre letras e seus sons, leem com mais facilidade e entendem mais rapidamente o significado do que estão lendo - diz o neurocientista.

O principal legado de Piaget é uma falácia, então. Quem diz isso é a ciência. E duvidar dela é temeroso.