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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Fila que envergonha


Luiz Garcia, O Globo

Como o nome indica, a Defensoria Pública da União existe para defender direitos e necessidades do respeitável público sempre que ele estiver ameaçado — frequentemente por departamentos e outros setores da acima citada União.

É uma missão de alta importância. Temos exemplo recente: um levantamento dos nossos defensores mostrou que, em seis hospitais federais do Rio, há mais de 12 mil pacientes, pacientemente esperando por atendimento. E haja paciência: alguns estão na fila há sete anos. E a incompetência hospitalar inclui todo tipo de procedimentos. Por exemplo, cirurgias vasculares, cardíacas, neurológicas, ortopédicas, urológicas etc.

Os defensores não se limitaram a constatar a situação — pode-se dizer, a crise — e pretendem processar, na Justiça Civil, o Ministério da Saúde. Vão exigir que o Ministério da Saúde apresente, dentro de dois meses, um cronograma completo das operações em atraso, cobrindo os próximos dois anos. O projeto deverá, como é óbvio, dar prioridade a crianças, adolescentes e idosos — assim como levar em conta a gravidade de cada caso.

Não será fácil. Só no Hospital de Bonsucesso, há exatamente 1.642 cidadãos esperando para serem operados, o que explica outra exigência: o ministério deverá realizar concurso para acabar com o déficit de profissionais nos hospitais públicos.

No Hospital do Andaraí, segundo denúncia do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, doentes em macas são atendidos nos corredores, e cirurgias eletivas — ou seja, não urgentes — são simplesmente adiadas sem prazo marcado.

O Ministério da Saúde anuncia algumas providências. Por exemplo, a convocação de todos os pacientes pacientemente esperando a sua vez de serem atendidos, para uma avaliação dos casos que exijam cirurgia. Num sistema mais bem organizado, isso seria feito no primeiro dia em que o cidadão batesse à porta do hospital.

O que mais assusta e preocupa o respeitável público é o fato de que os responsáveis pela saúde dos cidadãos não anunciaram medidas óbvias e importantes por sua própria iniciativa, e sim apenas quando a crise — não há outra palavra — foi denunciada pela Defensoria Pública. Os médicos não são culpados: a responsabilidade é, toda ela, do Estado.

E é bom não esquecer: essa crise — não há outra palavra para definir uma fila de mais de 12 mil doentes esperando cirurgia — acontece no Rio de Janeiro. Alguém se arrisca a imaginar a qualidade do atendimento médico nas regiões mais pobres do Brasil?

Luiz Garcia é jornalista.





segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Saúde pública no Brasil é a cara dos governantes

Idosos recebem atendimento e até banho nos corredores do Hospital São Paulo
 
Por Wanderley Preite Sobrinho - iG São Paulo | 23/09/2013 11:00

A perna esquerda do aposentado A.D.S, de 70 anos, foi amputada do joelho para baixo há cerca de um ano. A direita passaria pelo mesmo processo na última quinta-feira. “Tenho um problema vascular há muito tempo”, explicou ele ao iGenquanto aguardava atendimento médico em um dos corredores do pronto-socorro do Hospital São Paulo, zona sul da cidade. “Estou no corredor faz dois dias. Há 15, precisei ser internado e esperei aqui fora por duas semanas.”

A.D.S prefere preservar sua identidade por receio de não receber atendimento. Este é o mesmo temor da professora Cristiane Pereira da Silva, de 28 anos, que prefere não revelar o nome da tia (31 anos), que dormia em outra maca minutos depois de receber medicamento no corredor.

“Chegamos ontem (quarta) às 16h, mas só recebemos alguma informação sobre o estado de saúde da minha tia à 1h da madrugada. Me avisaram que ela precisará ficar internada mesmo sem vaga em um quarto.”

Vinte e quatro macas se espalham por cinco corredores do P.S do Hospital.
Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG São Paulo

Esses são dois exemplos do drama vivido por dezenas de pacientes que na última semana (19) recebiam atendimento na parte externa do pronto-socorro. Ao todo, 24 macas estão espalhadas por cinco corredores do P.S., que ficam ainda mais espremidos pelos acompanhantes que, sem cadeira, ficam de pé ao redor da maca auxiliando no tratamento recomendado por médicos e enfermeiras.

De acordo com os usuários, faltam cobertores, lençóis e travesseiros. “A comida só chegou 24 horas depois da internação. A primeira refeição nós tivemos de comprar”, lamenta Cristiane. Segundo uma enfermeira ouvida pelo iG , até o banho nos pacientes, 90% idosos, acontece no corredor. Apenas um “biombo” protege a intimidade dos doentes.

A superlotação no pronto-socorro do Hospital São Paulo só deve mudar quando o governo do Estado entregar à Unifesp os R$ 20 milhões prometidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em fevereiro deste ano. Ao todo, o governo do Estado vai destinar R$ 77 milhões
 para o complexo até 2015.

A professora Cristiane Pereira da Silva (esquerda) acompanha, de pé, o atendimento da tia, no corredor havia um dia e meio (Wanderley Preite Sobrinho/iG São Paulo)
 
Este ano, a Secretaria de Saúde liberou R$ 6 milhões, que foram investidos “no centro obstétrico, UTI Pediátrica, Unidade de Internação, UTI da Cardiologia e Unidade de Internação de Ortopedia, que foi inaugurada no dia 12 de setembro de 2013”, segundo a assessoria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que administra o hospital.

Segundo a enfermeira, que prefere ficar sob sigilo, o complexo recebeu recentemente uma doação de 30 camas e espalhou as antigas pelos corredores. Ela diz que médicos e enfermeiros, em falta, passam apuros para atender a demanda, que só cresce.

Na Emergência Clínica há apenas seis monitores para medir oxigenação sanguínea e alterações cardíacas, apesar de o setor receber cerca de dez doentes diariamente. Na Emergência de Traumas (para atendimento de acidentados), há quatro aparelhos para o dobro de pacientes.

Ao iG , a assessoria da Unifesp admite que “a demanda é superior à sua capacidade instalada”. Esses pacientes viriam “de todas as regiões da cidade, que procuram o hospital espontaneamente ou são encaminhados por outras unidades de saúde do Estado e município.”

R.M.S, de 23 anos, gritava por comida no corredor. Com problemas mentais e sem companhia, ele aguardava atendimento com os pulsos amarrados à cama. Dramas como esse só devem acabar em 2015. O início da reforma do P.S está previsto para começar apenas no segundo semestre de 2014.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Gestão mais eficiente

EDITORIAL O GLOBO

A crise do sistema de saúde brasileiro, crônica, alcança também a rede de hospitais universitários, com 46 unidades em todo o país. Nessa malha há exceções, bons exemplos de eficiência, mas de maneira geral a prestação de serviços, que poderia ser uma alternativa às já tradicionais deficiências de atendimento na rede pública, afunda no colapso geral em que está mergulhado o setor.

Mesmo alguns centros de excelência, ilhas de eficiência e de medicina de ponta, nos quais são realizadas intervenções mais complexas, como transplantes e tratamentos especializados, se ressentem, de alguma forma, de problemas que vão desde o excesso de demandas — decorrência direta da ineficiência de todo o sistema — a questões relacionadas à gestão.

Há algo errado num sistema que sofre permanente carência de resultados. A alegada falta de verbas é um fator com algum peso, mas episódios de malversação de dinheiro público despejado numa rede mal administrada mostram que a questão não passa só por aí. Simplesmente virar a chave do cofre é uma panaceia. Não resolve — antes, mascara o problema. É preciso que se discutam soluções de forma mais profunda.

Aí é que reside o nó. Por si, mudanças, ainda que imprescindíveis, na engrenagem burocrática não costumam animar o poder público. E, se chegam ao ponto de serem irreversíveis, em razão do agravamento de crises que não se resolvem com ações tópicas, acabam esbarrando em conhecidas resistências corporativas. Não é diferente na questão dos hospitais universitários.

Por sua especificidade, eles são incorporados ao organograma do Ministério da Educação, diferentemente dos hospitais comuns, administrados pelo Ministério da Saúde. Para geri-los, a Pasta instituiu a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserth), um modelo que tira o gesso da gestão, graças à adoção de ações inspiradas na iniciativa privada.

Abre-se, assim, a possibilidade de se contratar profissionais pela CLT, estabelecer metas, fazer investimentos e, por decorrência, pagar salários mais atraentes do que os do serviço público. Em suma, torna a administração mais eficiente, em benefício da população (e, por certo, dos próprios profissionais).

Há interesses corporativos contrariados nesse modelo, e essa é uma das razões da crise nos hospitais-escola. Mas o que se deve ter por meta são os resultados. Desde a criação da Ebserth, a economia no volume de compras de equipamentos e insumos foi de mais de 30%, dinheiro a ser aproveitado em outros serviços.

Sindicatos e outras entidades representativas — no Rio, principalmente, onde têm o apoio do MP — alegam que a Ebserth só liberaria recursos para unidades que aderem ao novo modelo. A se investigar.

Mas o que não se pode é, por princípio, bombardear mudanças no modelo de gestão, contumaz reação de setores com força no PT e partidos da base aliada. É o mesmo princípio que os leva a combater o sistema de organizações sociais na gerência de hospitais públicos.

Em nome da ideologia, deixa-se de lado a questão central — melhorar o atendimento. Uma opção pelo anacronismo que prejudica a população.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Muito além da falta de médicos

Importação de médicos e os cursos de Medicina
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Por Roberto Lobo

O problema da saúde pública no Brasil vai muito além da deficiência no número de médicos e sua distribuição regional. No entanto, este tem sido o foco principal das discussões, embora um médico sem salário e carreira dignos, sem infraestrutura em recursos humanos e materiais, sem programas eficientes de saúde pública governamentais, pode até melhorar o atendimento, mas não resolve os problemas de saúde do Brasil.

Enquanto os Conselhos de Medicina, em sua argumentação, reclamam do excesso de cursos, alguns realmente de qualidade duvidosa, sempre dão a entender que já temos médicos em excesso, por isso são contra a criação de novas escolas. Só que este argumento não é verdadeiro. O Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde, tem 1,7 médicos por habitante, abaixo da maioria dos países semelhantes a nós em desenvolvimento e PIB, conforme mostra a Tabela abaixo.

Médicos por mil habitantes – Dados da Organização Mundial da Saúde

Cuba 6,72
Rússia 4,31
Austrália 3,85
Uruguai 3,74
Coréia do Norte 3,29
México 2,89
Reino Unido 2,77
EUA 2,67
Coréia do Sul 2,02
Brasil 1,76
China 1,46
Chile 1,04
África do Sul 0,77
Índia 0,65

Portanto, cabe perfeitamente estabelecer uma política de crescimento ordenado do número de médicos, desde que haja um adequado controle de qualidade destes profissionais. Um exame dos Conselhos poderia ser um avanço.

Por outro lado, nossa carência não é tanta que implique na exigência de um programa de importação de médicos em larga escala e sem critérios claros de seleção. Muito mais importante seria apoiar os médicos formados no Brasil para que se decidam ir para o interior desde que possam contar com uma boa infraestrutura, bom salário e comunicação rápida e eficaz com os centros médicos mais avançados no Brasil.

Nada contra que se estimule a imigração de médicos competentes aprovados em exames de suficiência bem elaborados e justos. O que se estranha é o açodamento para trazer médicos em quantidade sem a necessária verificação de suas competências profissionais. Quais os critérios para importar os médicos? Avaliações de suas faculdades originais ou definição dos países considerados como produtores de médicos de excelência ou via convênios pontuais e específicos?

A tabela sugere, talvez, a origem da pressão governamental pela importação ampla de médicos estrangeiros, uma vez que há países com óbvio excesso de médicos, que gozam da simpatia ideológica do atual governo e que o governo federal tem se desdobrado para agradar.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Não precisamos importar médicos, mas de investimentos na saúde brasileira


São "comissários políticos" e não médicos cubanos

Dilma Rousseff quer trazer seis mil médicos cubanos para o Brasil, segundo ela, para resolver o problema da saúde pública no país, como se médico com caneta e bloco de receita pudesse representar alguma solução no caos que o setor se transformou.

Na verdade faltam hospitais e os existentes estão em situação precária. Prova disso se tem todos os dias: anos de espera para uma cirurgia e meses para uma consulta com especialista. Faltam agulhas de sutura, seringas e medicamentos. Faltam equipamentos mais simples para exames. Imagine os de avançada tecnologia. Superlotação e caos se vê todos os dias nos hospitais brasileiros.

A excelente qualidade da medicina cubana é lenda, dizem especialistas na área. Idem a qualidade profissional dos médicos cubanos que é contestada em todo mundo. Hoje o curso de medicina em Havana tem duração de 5 anos, 3 dos quais destinados a doutrinação política (marxismo-leninismo, movimento operário cubano e a “revolução de Fidel”). Somente os filiados do Partido Comunista de Cuba podem cursar a faculdade. Curioso é que o currículo técnico e a bibliografia é da Escola Norte-Americana de Medicina que substituiu a russa.

Um médico cubano que trabalhou em Pernambuco contou que o governo brasileiro - na época, Fernando Henrique Cardoso - pagava ao governo de Cuba R$ 3.000 por mês, mas que ele só recebia R$ 700. Parte desse valor financiava os espiões que controlavam os médicos no país de trabalho.

Na verdade a Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba forma "comissários políticos" travestidos de "médicos da família". Estudantes brasileiros doutrinados lá depois são trazidos de volta ao Brasil para "plantar a semente revolucionária que aprenderam lá".

Quando deixam Cuba para trabalhar em outro país deixam também alguém da família como "refém". Isso evitaria deserções, como ocorre na Venezuela, onde os passaportes são retidos na embaixada.

A negativa do governo de autorizar que os "médicos cubanos" sejam submetidos a avaliações no Brasil é o medo de que eles realmente não sejam aprovados.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Brasil não é o país cor-de-rosa que o governo pinta, diz Financial Times

(Ilustração da capa do Financial Times)

Um editorial do jornal Britânico Financial Times foi dedicado ao Brasil depois que as manifestações se espalharam por todo país. Para o FT o aumento dos preços das tarifas foi apenas o estopim para a explosão de queixas contra a inflação, corrupção, gasto do dinheiro público em obras de copa e olimpíadas enquanto as pessoas morrem nas filas dos hospitais.

O jornal sempre foi crítico as previsões econômicas do governo brasileiro, nunca realizadas e aposta que "o modelo brasileiro chegou ao limite."

O jornal cita que os brasileiros pagam impostos de países desenvolvidos para sustentar serviços deficientes. "Ônibus superlotados e um alto tráfego fazem da rotina diária um fardo caro e demorado. A corrupção do governo é frequente. O descompasso é especialmente amplo quando se trata de instituições que não passaram por reformas, como a polícia. Sua truculência contra os manifestantes indignaram a população", escreve o FT.

Enquanto a presidente diz que "está tudo bem e sob controle" a inflação avança e o crescimento do PIB cai, diz o jornal. O Brasil não é esse país cor-de-rosa que o governo pinta, conclui o Financial Times. Os desmandos políticos e o dinheiro fácil da última década, quando a maré subiu para o mundo inteiro, dão sinais que estão se esgotando, conclui o Financial Times.

Aqui, analistas brasileiros mostram que o "boom" dos preços das matérias primas permitiu uma década de crescimento ao Brasil mas os avanços sociais ficaram restritas a doações de dinheiro na forma de Bolsa Família.

Participantes dos protestos deixam claro que a prioridade do governo são investimentos em estádios bilionários para a copa em detrimento da saúde. Os hospitais falidos, sem medicamentos e materiais, fila de espera de meses para consultas e de anos para cirurgias; escolas com estruturas deterioradas, sem qualidade de ensino e métodos de alfabetização colocados em dúvida "formam" alunos do fundamental analfabetos e os do ensino médio lendo, escrevendo e falando parcamente. Bandidos roubam e matam, impunemente. A sociedade, assustada, recolheu-se em "bunkers", subiu os muros e eletrificou como em campos de concentração.

Numa grande farra a corrupção avançou sobre os três poderes e leis são propostas para benefício de políticos já condenados por essas práticas, afrontando ética e moral de um povo indignado.

Para o mundo as manifestações ocorreram contra o crescimento econômico em desaceleração, inflação alta e ausência de ações para conter tais problemas e a corrupção, prática comum nos gabinetes políticos.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Importar médicos para trabalhar em hospitais falidos?

Uma reportagem da Folha, no Amapá, mostra que o problema não é falta de médico, mas de estrutura hospitalar. O que médicos cubanos, espanhóis e portugueses virão fazer aqui se os hospitais estão desabastecidos. Falta de tudo, até medicamentos mais simples, como diclofenaco. Os altos salários para médicos anunciados geralmente são falsos: os valores são ínfimos e tenta-se incluir plantões para melhorar os valores.

Ao contrário disso, Dilma Rousseff, demagogicamente, diz que vai trazer médicos de fora para amainar as críticas ao sistema de saúde que vive um caos. Morre-se nas filas e corredores de hospitais mas,na TV a propaganda diz que tudo está maravilhoso. O povo percebe e denuncia a mentira.

Um médico, uma caneta e um carimbo não resolvem nada, afirmam profissionais de saúde.
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sistema público de saúde está falido

Percentual de investimento brasileiro em saúde é menor que em países africanos

A saúde pública vai mal no Brasil. O atendimento é "universal e gratuito" mas quem paga mais da metade do custo é a própria população. Pesquisas da Organização Mundial da Saúde de 2011 e compiladas pela BBC Brasil, mostram que os gastos privados com a saúde chegaram a 54% e o governo financiou os outros 46%. Na Noruega o governo banca 86% do custo, Luxemburgo 84%, Grã-Bretanha 83%, Japão 80%. Turquia 75%, Colômbia 74% e Uruguai 68%.

Em relação ao orçamento, o investimento brasileiro em saúde também é pequeno: 8,7% apenas contra 21% da Suíça, 20,6% da Holanda, 20,4% da Argentina, Estados Unidos 19,8%, Colômbia e Alemanha 18,5%, Japão 18,2%. Noruega 17,7% e Chile 15,1%. O Brasil investe menos em saúde pública que a média dos países africanos (10,6%).

O gasto anual do governo com a saúde para cada brasileiro também é pequeno em relação a outros países: só US$ 477, algo em torno de R$ 950,00 enquanto Luxemburgo gasta, por habitante, US$ 5,8 mil (R$ 11,600,00), 12 vezes a mais que o Brasil. A média mundial é de US$ 716 (R$ 1.432,00). Países vizinhos investem mais na saúde da população, US$ 869 na Argentina e US$ 607 no Chile.

Hospitais da Inglaterra: governo banca 83% dos custos com saúde


Hospitais brasileiros: gastos por habitante menor que em países africanos






sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Egoismo

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Como o ensino público é péssimo e você tem dinheiro, seus filhos estudam em escola particular, certo? 

Como a saúde pública é uma vergonha e você tem dinheiro, você optou por um convênio hospitalar particular, certo? 

Como a violência aumentou no país e não existe segurança pública, você também aumentou a altura do muro da sua casa e equipou com alarmes, porque você tem dinheiro, certo?

Como os roubos explodiram nesse país e não existe justiça que coloque bandidos na cadeia, e como você tem dinheiro, o seguro que você paga é uma garantia se for roubado, certo?

Pois é, o Brasil está nesse caos exatamente porque, ao invés de você brigar por um ensino público bom, melhores hospitais, mais segurança e melhor policiamento, você preferiu, porque é egoísta, pagar por serviços que o estado deveria oferecer. E os que não tem recursos, que se danem?

Isso se chama egoismo. Bem que você poderia pagar por esses serviços ao mesmo tempo que lutasse a favor de escola, saúde, educação e segurança com qualidade. Você faz isso?