Como assim? Eles nos espionam? |
A estupefação da presidente Dilma Rousseff diante das notícias de que os americanos espionam o Brasil é digno de risos.
Primeiro porque ela ficou sabendo pelos jornais, aliás, pelo o Globo que publicou, em detalhes, o que o mundo já sabia. Isto é, nossa inteligência de contra espionagem descobre as safadezas do inimigo pelos jornais. Segundo, a reação pífia da diplomacia comandada pelo Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, demonstra pura inocência diante da prática comum entre países que detém alta tecnologia: todo mundo esta de olho em todo mundo.
Aliás, os russos, em matéria de espionagem, são melhores que os americanos. E fazem isso no Brasil, como a China, esta sim, campeã em vasculhar conversas, e-mails e projetos e estudos científicos - como na nanomedicina - e industriais, em todo mundo. Ninguém entende como os chineses produzem um produto tão rápido quanto o lançamento original. Fácil: todo projeto é bifado do computador, prontinho.
Franceses, japoneses, ingleses, coreanos invadem nossos computadores a todo instante. Aliás, todos os dias o seu computador é invadido e você nem sabe. Quer uma informação assustadora?
Nos seis primeiros meses deste ano o filtro AppRiver analisou 15 bilhões de mensagens. Cerca de 13 bilhões eram spam e 171 milhões, vírus, inclusive exploits - um dispositivo que usa um sistema remoto que pode tomar conta do seu computador, enxergar tudo, até o que você está vendo pela câmera, roubar dados, inclusive senhas.
Recentemente o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, acusou a China de estar envolvida em práticas de ciberespionagem. "O governo e militares chineses são responsáveis por várias invasões detectadas nos sistemas de informações norte-americanos", denunciou Hagel. E os americanos fazem o mesmo, o tempo todo, muito antes do U-2 ser derrubado pelos soviéticos.
O Brasil é alvo dessas ações por razões simples. Hoje o país concentra o maior número de terroristas por m2 no mundo, de todas as crenças, ideologias e tipos possíveis e imagináveis. E os alvos do terror, claro, estão de olho.
Aliás, sobra uma pergunta: ter um diplomata no comando das Forças Armadas de um país e com a capacidade de Celso Amorim, quem precisa de inimigo? Mas, fiquem tranquilos porque temos a Abin, Agência Brasileira de Inteligência, também conhecida como Os Trapalhões. Estamos seguros! Eles assinam todos os jornais brasileiros.