sábado, 1 de março de 2014

A economia da hiena

ROLF KUNTZ - O Estado de S.Paulo
 
De que se ri o animalzinho? - pergunta o cidadão, na velha piada, ao saber da parcimônia sexual e das preferências gastronômicas da hiena. A mesma perplexidade é inevitável diante da aparente alegria de tantos analistas ao conhecer os números da economia nacional em 2013. O miserável aumento de 2,3% do produto interno bruto (PIB) foi descrito como surpreendente. O crescimento de 0,7% no trimestre final quase foi celebrado como o início de uma era de expansão chinesa. Dois argumentos foram usados para justificar a comemoração. Projetado para um ano, aquele resultado trimestral equivale a 2,8%, lembrou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O outro argumento, um pouco mais complicado, aponta o esperado efeito de carry over, ou carregamento. Se a expansão econômica for nula nos primeiros três meses deste ano, será pelo menos mantido o patamar alcançado no trimestre anterior. Daí a necessidade, segundo os mais entusiasmados, de uma revisão das projeções para 2014. Na semana passada, a mediana das projeções coletadas para o boletim Focus, do Banco Central (BC), havia ficado em 1,87%.

Essa alegria é mais preocupante que os números ainda muito ruins das contas nacionais. Com um pouco de juízo e medidas certas pode-se fazer a produção crescer muito mais que nos últimos três anos, quando a média ficou em vergonhosos 2%. Mas o problema se complica sensivelmente quando as pessoas começam a encarar como normal um desempenho pífio, muito abaixo das possibilidades do País, e a festejar pequenas melhoras.

Quem aceita esse padrão de normalidade passa a raciocinar dentro dos limites da política econômica em vigor nos últimos anos. Passa a falar a linguagem do ministro da Fazenda e a aceitar como razoáveis seus critérios de avaliação. Uma coisa é destacar, por seu efeito estatístico, a expansão de 6,3% do investimento em capital fixo. Outra, muito diferente, é apontar esse número como algo extraordinário. Só se entusiasma quem esquece dois fatos bem conhecidos e, de toda forma, indicados com clareza nas contas publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nem um estrangeiro se enganaria ao ver esses números.

Em primeiro lugar, o investimento 6,3% maior que o de 2012 ocorreu depois de uma queda de 4%, detalhe aparentemente esquecido ou negligenciado por muita gente. Em termos de volume, ficou pouco acima, portanto, do registrado em 2011. Em outras palavras, a formação bruta de capital fixo ficou praticamente estagnada ao longo de dois anos.

Em segundo lugar, a taxa de investimento passou de 18,2% do PIB em 2012 para 18,4% em 2013, muito inferior aos padrões dos emergentes e ainda abaixo do pico de 19,5%, registrado em 2010. O nível de 24%, já alcançado por alguns sul-americanos, será atingido até 2020, prometeu o animado ministro da Fazenda.

A estagnação da indústria está refletida tanto no crescimento do setor, 1,3%, quanto nas contas externas. As exportações de bens e serviços aumentaram 2,5%, em termos reais, enquanto as importações cresceram 8,4%. A piora das contas externas já era conhecida. O déficit em conta corrente passou de US$ 54,25 bilhões em 2012 (2,41% do PIB) para US$ 81,37 bilhões em 2013 (3,66% do PIB). A deterioração do balanço de pagamentos é explicável principalmente pela erosão da conta de mercadorias. Essa conta continua em mau estado.

Entre o começo do ano e a terceira semana de fevereiro o País acumulou um déficit comercial de US$ 6,75 bilhões. As vendas ao exterior, US$ 26,91 bilhões, foram 3,7% menores que as de um ano antes, pela média diária, e as importações, US$ 33,65 bilhões, 0,6% maiores, pelo mesmo critério.

Mais uma vez, em 2014 o saldo comercial dependerá do amplo superávit obtido com as commodities, principalmente do agronegócio. A julgar pelos dados até agora conhecidos, dificilmente a indústria será muito mais competitiva, nos próximos meses, do que tem sido nos últimos cinco ou seis anos. As importações começaram a crescer mais velozmente que as exportações antes da crise de 2008. O problema, na época, já era o enfraquecimento da indústria diante dos concorrentes estrangeiros. Afinal, o famigerado custo Brasil já estava na pauta desde muitos anos e nada se havia feito para torná-lo mais suportável. Enquanto a discussão se prolongava sem resultado, o problema se tornava mais grave e a economia nacional ficava menos eficiente e menos capaz de produzir de forma competitiva.

O mau uso do dinheiro público, o desajuste fiscal e a inflação elevada são componentes desse quadro de baixa produtividade, mas há pouco estímulo para o governo cuidar seriamente de qualquer desses problemas. Há oposição à alta dos juros, apesar da inflação resistente e ainda muito elevada. Até a meta fiscal anunciada há poucos dias foi criticada, como se o governo estivesse empenhado, com sua modesta exibição de austeridade, em matar o crescimento.

Há alguns anos o economista Mohamed El-Erian, então um dos chefões do Pimco, um dos maiores fundos de investimento, criou, juntamente com seu colega Bill Gross, a expressão "novo normal", para descrever o padrão observado desde o começo da crise: crescimento baixo, desemprego alto e juros próximos de zero no mundo rico. No Brasil, a reação de muitos analistas aos números pífios de 2013 parece indicar a consolidação de uma nova normalidade econômica. Mas, neste caso, o crescimento baixo é combinado com inflação alta e resistente e contas públicas precárias.

Junta-se a isso uma baixíssima disposição para cuidar de problemas bem conhecidos, mas nunca atacados para valer. Nesse quadro, incentivos parciais e de pouco efeito para o crescimento acabam valendo mais que mudanças de grande alcance. Reformas para tornar a economia mais eficiente são complicadas e tomam tempo. Para que esperar? Nesse novo normal, menos e menos pessoas, a cada dia, acharão estranha a satisfação da hiena.

Maçons convocam luta contra tirania

A manifestação assinada por Alaor Francisco Tissot, é anterior a setembro de 2013, mas passou a frequentar as páginas das redes sociais com mais intensidade, recentemente. 

O documento incita a uma reflexão sobre o status quo da vida nacional e invoca o desencadeamento de um movimento de mudança em defesa das liberdades considerando a tirania do atual governo.

O documento abre afirmando que "o povo está sendo mantido na ignorância e sustentado por um esquema que alimenta com migalhas a miséria gerada por essa mesma ignorância." Os maçons denunciam o sagues aos cofres públicos para a construção de obras faraônicas, comparando os estádios de futebol aos coliseus romanos, ao pão e circo tão comuns entre os tiranos. Cita a dependência aos bolsas de todos os tipos, a falta de saúde, segurança e educação.

Por si o documento é uma amostra das tendências do pensamento da maçonaria que "precisa reagir, precisa revitalizar seu grito, seu brado para a libertação do povo" como invoca Alaor Francisco Tissot.


CARTA DA LOJA MAÇÔNICA ACÁCIA DAS NEVES Nº 22 ORIENTE DE SÃO JOAQUIM-SC – FILIADA AO G.O.S.C -

Vivemos um dos momentos mais difíceis de nossa história. O povo está sendo mantido na ignorância e sustentado por um esquema que alimenta com migalhas a miséria gerada por essa mesma ignorância.

A tirania mudou sua face. Já não encontramos os tiranos do passado que com sua brutalidade aniquilavam as cabeças pensantes, cortando o pescoço. Os tiranos de hoje saqueiam a Pátria e degolam as cabeças de outra forma. A tirania se mostra pela corrupção que impera em todos os níveis.

Encontramos mais viva do que nunca as palavras do Imperador Romano Vespasiano que na construção do Grande Coliseu disse: “DAI PÃO E CIRCO PARA O POVO”. Esse grande circo acontece todos os dias diante de nossos olhos, especialmente sob a influência da televisão, que dá ao povo essa fartura de “pão” e de “circo”. Quando pensamos que a fartura acaba, surgem mais opções.

Agora vemos a Pátria sendo saqueada para a construção de monumentais estádios de futebol, atualmente chamados de arenas, nos moldes do que era o Coliseu, uma arena. Enquanto isso os hospitais estão falidos, arruinados, caindo aos pedaços.

Brasileiros morrem nas filas e nos corredores desses hospitais; já outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos que se sentem impunes diante de um Estado inoperante, ineficiente e absolutamente corrompido. Saúde não existe, educação não há, segurança, muito menos.

Porém, a construção dos “circos” continua ! Mas o pão e o circo também vêm dos “Big Brothers” das “Fazendas”, das novelas que de tudo mostram, menos verdadeiros valores e virtudes pessoais. Quanto mais circo, mais pão ao povo. E o mais triste é que o povo, mantido na ignorância, é disso que mais gosta.

Nas tardes, manhãs e noites, não faltam essas opções de “lazer”. O Coliseu está entre nós. O circo está entre nós.

Já o pão, esse vem do bolsa isto, do bolsa aquilo, mantendo o povo dependente do esquema subtraindo-lhe a dignidade e a capacidade de conquistar melhores condições de vida com base em suas qualidades, em seus méritos, em suas virtudes. Agora, o circo se arma em torno do absurdo que se coloca à população de que o problema de saúde é culpa dos médicos. Iludem e enganam o povo, pois fazem cair no esquecimento o fato de que o problema de saúde no Brasil é estrutural, pois o cidadão peregrina sem encontrar um lugar digno,nem mesmo para morrer.

Então, absurdamente, em desrespeito aos filhos da Pátria, são capazes de abrir as portas para profissionais estrangeiros, alguns poucos não cubanos. Os tiranos têm a audácia de repassar R$ 40.000.000,00 mensais que são sangrados dos cofres públicos para sustentar um outro governo falido e também tirano, o cubano; um dinheiro sem controle e sem fiscalização. Os pobres profissionais que de lá vêm, não têm culpa. É um povo sem liberdade, sem direito de expressão, escravo da tirania. Esses médicos recebem migalhas daquele governo. Mal conseguem sustentar a si e a seus familiares.

Os R$ 40.000.000,00 que serão mensalmente enviados para Cuba solucionariam o problema de inúmeros pequenos hospitais pelo interior deste País. Mas não é a isto que ele servirá. Nós estamos a financiar um trabalho explorado, escravizado, de profissionais que não têm asseguradas as mínimas condições de dignidade de pessoa humana, porque simplesmente não são homens livres.

E nós, brasileiros, devemos nos envergonhar de tudo isto, porque estamos sendo responsáveis e coniventes por sustentar todo esse esquema, todos esses vícios, comportando-nos de maneira absolutamente inerte. Esses governantes, que tanto criticam o trabalho escravo, também não esclarecem à população o fato de um médico brasileiro receber o mísero valor de R$ 2,00 por uma consulta pelo SUS.

Do valor global anual que recebem, ainda é descontado o Imposto de Renda, através de uma escorchante tributação sobre o serviço prestado, que pode chegar ao percentual de 27,5%.

Em atitude oposta, remuneram aqueles que não são filhos da Pátria, os estrangeiros, com o valor de R$ 10.000,00 mensais por profissional, cabos eleitorais desses governantes.

Profissionais da saúde no Brasil, servidores públicos de carreira, à beira da aposentadoria, com dedicação de uma vida inteira, receberão quando da aposentadoria metade do valor pago ao estrangeiro.

Não podemos aceitar a armação desse circo, em cujo picadeiro o povo brasileiro é o palhaço!

A Maçonaria foi a grande responsável por movimentos históricos e por gritos de liberdade em defesa da dignidade do homem. Foi por Maçons que se deu o grito de Independência do Brasil, da Proclamação da República, da Abolição da Escravatura. Foi por Maçons que se deu o brado da Revolução Farroupilha.

E o que está fazendo a Maçonaria de hoje ao ver o circo armado, com a distribuição de um pão arruinado pelo vício que sustenta essa miséria intelectual ? Não podemos ficar calados e inertes !

A Maçonaria, guardiã da liberdade, da igualdade e da fraternidade, valores que devem imperar entre todos os povos, precisa reagir, precisa revitalizar seu grito, seu brado para a libertação do povo. Esse é o nosso dever, pois do contrário não passaremos de semente estéril, jogada na terra apenas para apodrecer e não para germinar.

A Loja Maçônica Acácia das Neves incita a todos os Irmãos: para que desencadeemos um movimento de mudança, de inconformismo, fazendo ecoar de forma organizada, a todas as Lojas e os Maçons desta Pátria, o nosso dever de cumprir e fazer cumprir a nossa missão de levantar Templos à virtude e de cavar masmorras aos vícios !

Fraternalmente,

Alaor Francisco Tissot

O carnaval não é tão popular assim

Pesquisa entre internautas mostra que 67% querem descansar no Carnaval

O carnaval não parece ser uma festa tão popular assim. Pelo menos segundo a pesquisa do Ibope realizada online pela web entre mais de 1500 participantes. Cerca de 67% querem apenas descansar no período da festa. Eles adoram, na verdade, o feriado de carnaval. A festa, nem tanto. Entre estes, próximo de 72% ficarão na sua cidade mesmo e 28% viajarão para descansar em outro local.

Os que confessam gostar e participar da festa são 25%. Rio, Recife e Salvador são os locais preferidos entre os dispostos a viajar para brincar o carnaval.

A festa de momo é mais concentrada e aplaudida em alguns eixos, como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, São Paulo e Olinda. Cerca de 52% afirmam "gostar" do carnaval e 20% disseram "adorar", 30% não gostam e 12% detestam.

Para 40% carnaval é desperdício de dinheiro, 80% nunca desfilaram e 76% não gostariam de desfilar na festa de carnaval. Mas 72% acham que a chamada quarta feira de cinzas deveria ser feriado o dia todo.

E você, o que acha desta festa?

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Porque Dilma é tão desorientada? Doença? Drogas? Medicamentos?

A desorientação de Dilma é causada por doença, medicamento, drogas?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Durante a VII Cúpula Brasil-Europa, realizado em Bruxelas, Dilma Rousseff discursou e, mais uma vez, provou que tem sérios problemas de desorientação. Além de constrangedor para ela, a imagem do país acaba esculhambada lá fora.

O encontro deveria motivar o estreitamento comercial do Brasil com o bloco europeu e fomentar o livre-comércio que poderia render um aumento expressivo nas exportações brasileiras. A platéia formada por empresários europeus de todas as áreas esperava propostas mas o que ouviu de Dilma foi um amontado de bobagens.

Enquanto o Mercosul patina na busca de parceiros comerciais, a Aliança do Pacífico - Chile, Colômbia, Peru e México - em apenas dois anos, fechou acordos que renderam mais vendas que os 23 anos do Mercosul formado por Brasil, Uruguai. Argentina, Venezuela e Paraguai. E quando existem oportunidades, acontece isso.

Dilma disse, entre outras coisas, as frases abaixo colecionadas pela revista Veja sob o título de "Cinco frases sem sentido do discurso de Dilma".

"A Zona Franca de Manaus, ela está numa região. Ela é o centro dela porque ela é a capital da Amazônia."

"Ela (Zona Franca) evita o desmatamento, que é altamente lucrativo — derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo."

"Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e mulheres são, e por isso é que as instituições têm que ser virtuosas."

"Queria destacar a importância da ligação entre o Brasil e a Europa por cabos de fibra óptica submarinos. A ligação com a Europa significa uma diversificação das conexões que o Brasil tem com o resto do mundo."

"Nós consideramos como estratégica essa relação, até por isso fizemos essa parceria estratégica."

As constantes falas sem sentido da presidente Dilma Rousseff, podem denunciar um quadro grave de desorientação (a pessoa perde o sentido do tempo, espaço e controle sobre o corpo) que provoca distúrbios de memória, equilíbrio, linguagem e desorganização das ideias.

Calmantes, pílulas para dormir e analgésicos são causas freqüentes de desorientação, principalmente morfina e codeína. Outra causa mais comum é a reação ao álcool e as drogas, particularmente cocaína. A hipoglicemia, Mal de Alzheimer, problemas cardíacos, enfisema e cirrose, tumores e hematomas no cérebro também causam esses distúrbios.

Ou ,simplesmente, demência mental.

Brasil aceita aplicação de legislação trabalhista cubana dentro do país


Contrato com médicos cubanos é ilegal

Como se sabia, o Ministério Púbico do Trabalho está investigando as irregularidades no contrato com os médicos cubanos trazidos para o Brasil em sistema próximo da escravidão. Pelo contrato os médicos só podem receber no Brasil cerca de US$ 400 (pouco mais de R$ 900), isto é, cerca de 25% de um total de R$ 10.000 mensais a que teriam direito de receber mensalmente tal e qual outros médicos estrangeiros contratados no programa Mais Médicos. O dinheiro restante fica com o governo de Cuba. E ninguém justifica porque.

O governo brasileiro já pagou mais de R$ 511 milhões para este programa mas as contas são mantidas em sigilo ou anunciadas sem detalhes. O novo ministro disse que o Brasil segue o modelo de contratação igual de outros países, o que é uma inverdade. Nenhum país consultado mantém esse tipo de contratação como a feita no Brasil. Portugal que mantinha um projeto próximo do brasileiro - mas com contratos de pagamento diferentes - informou que dos 40 médicos contratados restam apenas 12. A maioria fugiu, como Ramona Rodrigues que deixou o programa brasileiro e denunciou a ilegalidade.

Curioso é que o contrato de escravidão ocorreu entre o Brasil, Organização Pan-Americana da Saúde e Cuba. O Brasil repassa o valor dos salários para a Opas e esta ao governo de Cuba que "paga" os médicos cubanos no Brasil. O Opas recusa-se a divulgar detalhes da operação. O representante dessa organização no Brasil é, coincidentemente, um cubano, de nome Joaquim Molina. 

O procurador do Ministério do Trabalho, Sebastião Caixeta, afirmou que o Brasil jamais poderia permitir que se aplicasse a legislação trabalhista de Cuba, no Brasil. Isso é apenas o óbvio que governantes de má fé deveriam saber. Duas ações que invocam a ilegalidade do programa Mais Médicos estão sob análise do STF. A considerar que 6 membros da corte inocentaram José Dirceu é possível que aquela casa aprove o contrato e legalize a escravidão no país. 

O governo federal já se desmentiu afirmando que, ao contrário do afirmado, França, Chile e Itália não tem contratos com Cuba nessa área. Imaginem que um ministro afirme tais fatos desconhecendo serem verdadeiros ou não. Esse é o nível dos nossos brasileiros. 

Os médicos são constantemente vigiados por cubanos ligados à embaixada no Brasil.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Um coronel muito bravo

Cel. Antônio Erasmo Dias - militar, historiador e político - nasceu
em Paraguaçu Pta em 1924 e morreu em 2010.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Erasmo Dias tinha deixado a Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo e se aventurado como deputado federal. O coronel se notabilizara por protagonizar a invasão da PUC, em 1977 e ter sido responsável pelas operações de combate à guerrilha de Carlos Lamarca.

Numa das campanhas para reeleição, Erasmo apareceu em Tupã, pedindo votos. O advogado Hilton Buller Almeida era o anfitrião na recepção ao coronel, em sua casa, no Parque das Nações, em Tupã, três casas acima da minha. Fui avisado da visita e, quase ao lado, segui a pé mesmo com meu gravador. Chamei-o para uma entrevista o que ele prontamente e cortesmente me atendeu.

- Três, dois, um... Coronel Erasmo Dias, ex-secretário da Segurança Pública e atual deputado é recebido em Tupã na residência do Dr. Hilton Buller. Coronel, o que o senhor fez por Tupã ou pela nossa região que o credencie a vir pedir votos por aqui? - perguntei e me afastei, propositalmente, alguns centímetros dele.

- Você é um repórter insolente! - começou a responder o coronel. Você veio aqui para me provocar não para saber das minhas atividades parlamentares. O senhor veio aqui para conturbar... blá, blá, blá... continuou Erasmo, esbravejando como de costume. E cuspindo.

Ele bufou quando o comparei aos políticos paraquedistas que só apareceram nas vésperas de uma eleição. Imagine um coronel bravo? Era ele.

Como já conhecia a peça e aquela reação já era previsível, mantive-me com o braço esticado, segurando o gravador e ouvindo um monte de impropérios. Mantive um sorriso discreto e calmo contrapondo-se com o rosto irado do homem.

He, he, he, nunca vi um coronel tão bravo na minha vida.
Limpei o rosto e fui embora. Rindo muito, confesso.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

De volta às velas

Conta de luz no Brasil é a 11ª mais cara do mundo
Mesmo tendo reduzido seu preço ao consumidor - os preços atuais são artificiais - a conta de luz no Brasil é simplesmente a 11ª mais cara do planeta. Antes do pacote da Dilma estávamos em 4º lugar. E mais não pode cair por conta dos altos impostos embutidos nos preços pagos pelo consumidor. As taxas enfiadas nas contas de luz representam 36,6% do valor real consumido de energia. Pior, o consumidor não tem outra opção.

O preço da energia é manipulado pelo governo com objetivos políticos e seu aumento causará explosão na inflação que já é altíssima e está fora de controle. Faltam investimentos na área e os apagões tem sido frequentes.

A conta do CDE - Conta de Desenvolvimento Energético - é um descalabro. Ela arrecadou em 2012 exatos R$ 1,9 bilhões e as despesas atingiram R$ 16,8 bilhões.

A política de Dilma na Petrobras e Eletrobras é mais que um equívoco. Especialistas consideram a atuação irresponsável, como diz Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Em 2009 a dívida da Petrobras era de R$ 94 bilhões e em 2013 bateu em R$ 200 bilhões. Na Eletrobras a situação é pior e falta investimento  no setor.

Quer dizer, os apagões vão continuar.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Ex-assaltante de bancos quer calar quebradores de vidraça


Lá vem a Dilma Rousseff, ex-assaltante de banco, pretendendo amedrontar os manifestantes - que prometem uma arruaça durante a Copa do Mundo - com leis que transformam o livre direito de expressão em ato de terrorismo. E com penas que podem colocar um black bloc quebrador de vidraças na cadeia por 30 anos. Imagina se pegar em armas para assaltar bancos, como fazia a presidente no seu tempo de terrorista.

Isso é puro autoritarismo.
E o começo para, definitivamente, se consolidar uma nova ditadura no país.

O partido da ética virou quadrilha de arrombadores do cofre público. O partido que vomitava em cima das privatizações, agora privatiza tudo, de aeroportos e petróleo. O partido que "lutava" contra a ditadura militar aplaude ditaduras como Venezuela e Cuba. Portanto, ameaçar manifestantes é a ordem da casa federal.

Mas, na verdade, é medo que dona presidente tem. Medo das manifestações de um povo que não aceita morrer em filas de hospitais falidos enquanto seu governo joga fora bilhões de dólares no circo do futebol. Medo de ver a massa contra seu governo que investe em obras superfaturadas na construção de estádios enquanto o povo morre queimado por assaltantes protegidos por leis aprovadas por um congresso de frouxos, como ela.

Bilhões de dólares enterrados em festas enquanto milhões de crianças perdem seus futuros em escolas sem qualidade. Jovens se iludem em universidades sem estrutura e professores mal pagos. Um motorista de político do congresso ganha mais que um professor universitário.

Não é preciso lei para manifestações numa democracia sadia. Mas juízo dos governantes. Se tivessem competência, responsabilidade e ética, não haveriam manifestações. E dai nem leis contra manifestações.

Mas o que esperar de uma deficiente intelectual que aplaude ditaduras lá fora e prega "democracia" aqui dentro? O que esperar de alguém que pretende calar o direito de manifestação do povo contra seu governo e recebe no gabinete presidencial terroristas que invadem propriedades, queimam laboratórios destroem plantações em nome de um movimento social?

O que esperar de alguém que apostou na violência das armas e assaltou bancos e hoje se sente no direito de condenar quebradores de vidraças?

Se passar lei que proíba mascaras passarão leis que proibirão tudo.Mas, certamente não será essa indigente mental que amordaçará o povo brasileiro.
 















domingo, 16 de fevereiro de 2014

Tolerância zero

Dora Kramer, jornalista
DORA KRAMER - O Estado de S. Paulo

A intolerância está em toda parte. Na internet chegou a níveis insuportáveis. Nas ruas manifestações abrigam pistoleiros de aluguel. A presidente da República reage a críticas com termos de vulgaridade incompatível com o cargo, desatenta ao fato de que reeleição rima com reputação. Na Praça dos Três Poderes os sem-terra tentam invadir o Supremo Tribunal Federal em conflito cujo saldo foi de 30 feridos, oito deles em estado grave. A oposição acorda da letargia e vai ao ataque, enquanto na base governista a revolta se avoluma e no tradicionalmente submisso setor empresarial a grita é diária e cada vez mais contundente.

À atmosfera ruim acrescenta-se o imprevisível: o rumo da economia, o risco de a Copa do Mundo se transformar num presente de grego e uma campanha eleitoral que será tão mais acirrada e conturbada quanto maior for a redução do favoritismo da presidente Dilma Rousseff. Com isso, o aumento da probabilidade de o PT se ver em via de voltar à planície.
 
A tensão aproxima-se do clímax, mas não surgiu de repente nem nasceu por geração espontânea. É filha legítima da dinâmica beligerante que o PT imprimiu ao seu modo de governar, tendo Luiz Inácio da Silva como o comandante em chefe.
 
O ato de confraternização em que Lula vestiu o boné do MST logo no início de seu primeiro governo soou como um aval do então presidente às ações do movimento. Raras as que não tinham caráter violento. Quando não de agressão física, de ofensa ao direito de propriedade consagrado pela Constituição. A sucessora agora repete o ato de fiança aos renitentes infratores da lei quando os recebe em Palácio no dia seguinte à promoção de um conflito ali mesmo às portas do Planalto. A motivação? Reatar o diálogo com o MST, como se fosse conversa o objetivo de quem invade, depreda e destrói laboratórios de pesquisa.
 
Dilma retoma, assim, a mecânica conflituosa que Lula resumiu na expressão "nós contra eles" ao dividir o País entre apoiadores patriotas e críticos conspiradores. Não há, pela lógica do governo, opositores. Há inimigos a serem dizimados. O exemplo "de cima" espalhou-se pirâmide social abaixo, contaminou os oposicionistas igualmente enraivecidos e fez da tolerância artigo em extinção.
 
A ausência de civilidade se generalizou. Não se trocam ideias, altercam-se insultos.
Sabem o senhor e a senhora do que anda precisando nosso País? Uma mudança de hábitos. Por exemplo, competência e honestidade são valores a serem bem pesados e medidos na hora da escolha de governantes.
Mas se a esses atributos acrescentarmos a familiaridade com bons modos e respeito ao melhor da língua portuguesa, podemos contar com a expectativa do retorno a um País senão ilusoriamente cordial, ao menos minimamente civilizado.
 
Meia-trava. O voto aberto para cassações de mandatos de parlamentares é providência merecedora de todas as homenagens recebidas. Convém, contudo, confiar desconfiando. Levar em conta o outro lado da moeda e aguardar para conferir se não vai diminuir consideravelmente o número de casos de pedidos de punição por quebra de decoro parlamentar levados ao Conselho de Ética, que chegarão ao plenário. Ou, por outra: como o voto no conselho também é aberto, o travamento pode se dar nas Mesas Diretoras da Câmara ou do Senado.
 
As bancadas dos partidos também se esforçarão para impedir que seus deputados e senadores sejam alvos de processos de cassação. É uma forma de o Congresso se proteger sem abrir mão do corporativismo.
Militância. A se aceitar a versão do governo de que os críticos à condução do País se dividem entre pessimistas e oposicionistas, fica a dúvida sobre a posição do banco central americano.
 
Se enquadrado na categoria dos pessimistas, não fica claro qual o interesse do negativismo. Classificados no grupo dos eleitoralmente engajados, ficam abertas as apostas sobre o número de eleitores dispostos a votar sob orientação de Mrs. Janet Yellen, presidente do Federal Reserve.

"O corrupto fica na rua e os ladrões de mercadinho estão na cadeia”

“Deixam de existir intocáveis,” diz promotor sobre prisão de mensaleiros

Pedro Abi-Eçab, que combate crime organizado, afirma que sistema eleitoral favorece ‘prostituição do mandato’

por Fausto Macedo / Estadão

O promotor de Justiça Pedro Abi-Eçab defende a criação de um banco de dados no combate à corrupção. Para ele, falta colaboração dentro do próprio poder público. “Um órgão não confia no outro. Não há bancos de dados unificados que possibilitem pesquisas instantâneas. As investigações são feitas com muito papel, duram anos, custam caro, e são pouco eficientes”, avalia.

Promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de Rondônia, Pedro Abi-Eçab adverte que no Brasil “o corrupto fica na rua e os ladrões de mercadinho estão na cadeia”. Segundo ele, a lei reflete essa cultura. “O furto com arrombamento tem praticamente a mesma pena que o peculato, segundo nosso Código Penal.”
Promotor Pedro Abi-Ecab, prêmio
Innovare: “O furto com arrombamento
tem praticamente a mesma pena que o
peculato, segundo nosso Código Penal.

Pedro Abi-Eçab foi o vencedor da 10.ª edição do Prêmio Innovare na categoria Ministério Público, com a prática “Estratégia Estadual de Combate à Corrupção”. Criado em 2004, o Innovare é uma das premiações mais respeitadas da justiça brasileira.

O objetivo principal é identificar, premiar e disseminar iniciativas inovadoras realizadas por juízes, promotores e procuradores do Ministério Público estadual e federal, defensores públicos e advogados públicos e privados de todo o País – além de profissionais graduados em qualquer área do conhecimento, que estejam aumentando a qualidade da prestação jurisdicional e contribuindo com a modernização da Justiça Brasileira. À reportagem de O Estado, o promotor Pedro Abi-Eçab falou sobre o avanço da corrupção na administração pública e as dificuldades para combater malfeitos.

ESTADO: POR QUE A CORRUPÇÃO TORNOU-SE ENDÊMICA NO BRASIL? ONDE O ESTADO ERROU?

PROMOTOR DE JUSTIÇA PEDRO ABI-EÇAB: Há fatos históricos muito antigos para o enraizamento da corrupção no país. Sérgio Buarque de Hollanda em “Raízes do Brasil”, para citar um exemplo, pormenoriza as origens do problema, notadamente na formação de nossa sociedade, a partir de um modelo de colonialismo predatório e escravocrata, sem qualquer preocupação em edificar um modo de vida sólido. Nunca houve preocupação, por parte dos Estados português e brasileiro, com a educação, ciência e meritocracia. Muito pelo contrário. Livros e ensino eram proibidos, a “moral das senzalas” privilegiava os subservientes e punia os que reclamavam seus direitos. Os laços de sangue valiam mais do que a eficiência. O Estado brasileiro, infelizmente, ainda reproduz este modelo.

ESTADO: QUAL O CAMINHO PARA EVITAR A AÇÃO DO CRIME ORGANIZADO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA?

PEDRO ABI-EÇAB: Em primeiro lugar, nosso sistema eleitoral favorece a prostituição do mandato, através de uma máquina caríssima e distante do povo, embora próxima dos grandes financiadores de campanha. Depois disso, subsiste a cultura de ineficiência no Poder Público: os órgãos incumbidos de fiscalizar e combater a corrupção pouco se falam, desconfiam um do outro, não estão interligados. Investigar se torna uma atividade artesanal e burocrática. Esta mentalidade em que o ritual vale mais que o conteúdo está impregnada em toda a administração pública.

ESTADO: EXPLIQUE SUA ESTRATÉGIA ESTADUAL DE COMBATE À CORRUPÇÃO. O QUE O INSPIROU?

PEDRO ABI-EÇAB: É fundamental atacar o problema pela raiz e pensar de forma inovadora e simplificadora. A corrupção deve ser combatida simultaneamente de modo repressivo e preventivo. Um sem o outro não dá certo. Preventivamente é preciso agir de modo uniforme, padronizado, a fim de obter melhores resultados e zelar pela segurança jurídica. A Estratégia selecionou 4 eixos de atuação. O projeto deve ter começo, meio e fim. Implantar portais de transparência na internet, obrigar os entes públicos a cumprir a lei que exige apresentação anual de declaração de bens de funcionários públicos e agentes políticos, combater cessão irregular de funcionários entre órgãos públicos e implantar sistemas de controle de gastos de combustível. São ações fáceis e baratas de realizar e com resultados práticos.

ESTADO: QUAIS OS RESULTADOS PRÁTICOS DE SUA PROPOSTA?

PEDRO ABI-EÇAB: Os portais de transparência possibilitam que a população tenha acesso a informações e fiscalize os órgãos públicos. Além disso, não é caro manter uma página na internet. O controle de combustível, além de evitar desvios, diminui um problema recorrente em municípios pequenos: o comércio de vale-gasolina em eleições, como moeda de compra de votos. Acompanhando o patrimônio dos agentes públicos é possível detectar casos de enriquecimento ilegal.

ESTADO: PRISÃO INIBE CORRUPTO E CORRUPTOR?

PEDRO ABI-EÇAB: Com certeza, a sociedade e o ser humano ainda não atingiram um grau ético em que o aprendizado ocorre sem sanção. Pelo menos no Brasil. A prisão, juntamente com confisco de bens, perda de cargo público, é absolutamente necessária.

ESTADO: O PAÍS RECLAMA QUE ‘COLARINHO BRANCO’ NÃO VAI PARA A PRISÃO. PORQUE NÃO VAI?

PEDRO ABI-EÇAB: Um diagnóstico feito salvo engano pela ONU há algumas décadas alertava que a corrupção era difícil de ser combatida pois o fiscalizador pertence à mesma classe social do fiscalizado. Quando se tratava de ‘prender pobre’, não havia este obstáculo, pois, como dizia um famoso filme italiano, eles eram ‘feios, sujos e malvados’. O colarinho branco não apenas pertence à mesma classe social como chega a fascinar, a ser invejado por parte da sociedade como um modelo de sucesso. Há inúmeros exemplos recentes no País. Por esta razão o corrupto fica na rua e os ladrões de mercadinhos estão na cadeia. A lei reflete essa cultura: o furto com arrombamento tem praticamente a mesma pena que o peculato, segundo nosso Código Penal.

ESTADO: PENA DE MORTE PARA CORRUPTO QUE DESVIA DINHEIRO DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO?

PEDRO ABI-EÇAB: Nossa Constituição veda pena de morte e os países civilizados não a adotam. Mesmo se houvesse, penas altas não assustam, pois não são cumpridas. Se mal cumprimos as ridículas penas hoje existentes, o corrupto daria risada da pena de morte.

ESTADO: ONDE RESIDE A MAIOR DIFICULDADE NA INVESTIGAÇÃO SOBRE CORRUPÇÃO?

PEDRO ABI-EÇAB: Na falta de boas leis, de eficiência e cooperação entre os órgãos de fiscalização e investigação, e na mentalidade obtusa da maioria dos agentes públicos, fruto de uma formação deficiente.

ESTADO: FALTA COLABORAÇÃO DENTRO DO PRÓPRIO PODER PÚBLICO?

PEDRO ABI-EÇAB: Sem dúvida. Um órgão não confia no outro. Não há bancos de dados unificados que possibilitem pesquisas instantâneas. As investigações são feitas com muito papel, duram anos, custam caro, e são pouco eficientes.

ESTADO: A PRISÃO DOS MENSALEIROS TRAZ QUE TIPO DE CONSEQUÊNCIA? É CASO ISOLADO?

PEDRO ABI-EÇAB: É um fato histórico, que alguns estudiosos apontam como um sinal de refundação do Estado. Deixam de existir intocáveis, o patrimônio do povo passa a ser resguardado, os mecanismos de poder se alteram. Não existem fatos isolados na História, vivemos um momento de mudança geral de valores, mas muito ainda deve ser feito. Um dia teremos um verdadeiro regime republicano.

ESTADO: POR QUE O BRASIL NÃO CRIA UM PACOTE DE MEDIDAS ANTICORRUPÇÃO?

PEDRO ABI-EÇAB: Porque aqui isso nunca foi prioridade de Estado, embora a sociedade já tenha ido às ruas recentemente dizer ‘basta’. Há opções baratas, de implementação razoavelmente simples, e há pessoas nos órgãos fiscalizadores capazes de cumprir a missão. Porém, as escolhas políticas não escutam as vozes dos técnicos. Itália e Colômbia venceram organizações criminosas muito mais perigosas, porque houve escolhas políticas corajosas e mudou-se a mentalidade.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Dilma prepara lei que transforma manifestantes em terroristas

Black Bloc: eles não usam metralhadoras como Dilma Rousseff usava em assaltos a bancos.

A presidente brasileira, Dilma Rousseff, no passado, foi terrorista, pegou em armas e assaltou bancos em nome de uma ideologia.

O povo, hoje, descontente com seu governo, foi para as ruas protestar. Milhões e em todo país. Entre eles alguns vândalos - talvez até pagos pelo próprio governo - que quebraram alguns vidros, assustando a população.

A ex-terrorista se aproveitou disso para incentivar o congresso a alterar a legislação para "regulamentar" as manifestações populares, projeto já considerado antidemocrático, que prevê até 30 anos de prisão para seus participantes. É isso que o advogado do PT, Eduardo Cardozo, chama de "lei equilibrada e sem excessos"?

O conceito de manifestação, vandalismo e terrorismo, segundo os especialistas, se confunde o suficiente para condenar qualquer cidadão que use seu legítimo direito de se manifestar. Uma brecha perigosa e bem típica das ditaduras. Certamente o governo quer amedrontar aqueles que se preparam para sair as ruas durante a copa de futebol já que a maior preocupação da ex-terrorista é uma repercussão negativa internacional sobre a segurança pública brasileira.

Segundo o texto da lei proposta, terrorismo é “provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa ou tentativa de ofensa à vida, à integridade física ou à saúde ou à privação da liberdade de pessoa”, vago o suficiente para afrontar o princípio da legalidade.

Pergunta-se a ex-terrorista: os militantes do MST, que invadem e queimam propriedades alheias, serão enquadrados como terroristas, também? Ou a lei será aplicada apenas para alguns arruaceiros que quebram vidros de lojas e queimam latas de lixo?

Imaginem então se algum black blog for preso com uma metralhadora, como as que Dilma usava?
A resposta virá breve, dona Dilma.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Empréstimos de Dilma para Cuba são inconstitucionais

Na sucessão de Dilma, Barbosa é candidato?

Em sua coluna, Ricardo Noblat tece considerações sobre Barbosa, Lula, mentiras, mensalão e máfia.

Ao afirmar que concorda com a frase  "Na política nunca podemos dizer nunca", Noblat dá exemplos interessantes, embora conhecidíssimos.

- Sarney apoiou a ditadura militar de 1964 até à véspera de ela cair 21 anos depois. Então, rapidinho, passou para o lado dos que a combatiam. Entendeu?

- Em 1989, Lula e Collor brigaram pela presidência da República. Collor ganhou chamando Lula de comunista. Lula perdeu chamando Collor de desonesto. Hoje, um apoia o outro.

- Foi Lula quem fez Joaquim Barbosa ministro do Supremo Tribunal Federal. Os dois sempre estiveram do mesmo lado. No último sábado, sem citar o nome dele, Lula bateu duro em Joaquim. Acusou-o de ter condenado inocentes. Sugeriu que Joaquim será candidato a alguma coisa.

As conversas que rolam no STF é que Joaquim Barbosa pode ser candidato à sucessão de Dilma. Dai o desespero do Lula da Rosemary já que Dilma faz o suficiente na política econômica para perder as eleições. 

Com seus líderes na Papuda, o PT só tem um caminho: dizer que o julgamento foi uma farsa conduzida por aquele que já é símbolo de honestidade e herói, e que pode interromper os sonhos da amante Rosemary e o projeto do amante de se perpetuar no poder, como todos os ditadores, no melhor estilo comunista. 

Porém, fugindo para a Itália, Pizzolato reascendeu a fogueira durante o ano eleitoral, tudo que o PT não queria. Se a Itália, em vingança contra o PT que protegeu o assassino Cesari Battisti, liberar a extradição do petista fugitivo, pior será para o sonho da Dilma e sua reeleição. Dirceu se calou na Papuda a pedido de Lula. Pizzolato sabe o que houve com Celso Daniel? Realmente ele foi assassinado porque não aceitava o que teria sido o começo do mensalão? São perguntas, apenas perguntas.

"O silêncio é a mais preciosa lei da máfia. E ele tem preço. Tanto no caso do traidor como no de quem se sente traído. Ensinam os manuais sobre traições: morra sem confessar. Se for o caso, valerá o preço de ir para o inferno mentindo" - diz Ricardo Noblat, fechando seu comentário.

O melhor indicador de que Joaquim Barbosa, o algoz do PT, é candidato à presidência é o fato de Lula critica-lo tanto às vésperas eleitorais. Lula só não percebeu que esse discurso de julgamento desonesto não cola, afinal, dos 11 ministros do STF que condenaram os mensaleiros corruptos, oito foram indicados pelo PT.

Com 400 dólares por mês, cubanos reclamam

Médicos cubanos moram em república, vivem de cesta básica e pagam ônibus
Profissionais do Mais Médicos trazidos por meio de convênio com o governo de Cuba reclamam da falta de repasse das prefeituras para despesas básicas

08 de fevereiro de 2014 | 22h 38
Pablo Pereira e Fabiana Cambricoli - O Estado de S. Paulo


Cubanos do programa federal Mais Médicos, responsáveis pelo atendimento em unidades básicas de saúde nas periferias de grandes cidades e no interior do País, têm trabalhado sem receber o dinheiro da ajuda de custo prometido pelas prefeituras. Para driblar o atraso, eles improvisam repúblicas, vivem de cestas básicas, recebem "vale-coxinha" e pagam, do próprio bolso, a passagem de ônibus para fazer visitas do Programa Saúde da Família (PSF).
Embora o Ministério da Saúde pague as bolsas, cabe às prefeituras arcar com os custos de moradia, alimentação e transporte. A cláusula é uma exigência do governo federal para a participação no programa.

"Em Cuba, disseram que teríamos facilidades que não estamos encontrando aqui. Prometeram, por exemplo, que haveria um carro nas unidades para levar para as visitas domiciliares, mas isso não existe. Temos de pegar ônibus e pagamos a passagem", diz uma médica cubana que atende em uma UBS da capital paulista.

Os médicos têm despesa extra de pelo menos R$ 24 com as tarifas. "Parece pouco, mas faz diferença porque recebemos só US$ 400, e o custo de vida aqui é alto", afirma. A bolsa em torno de R$ 900, ante a de R$ 10 mil paga a profissionais de outras nacionalidades, foi um dos motivos apresentados por Ramona Matos Rodríguez, de 51 anos, para abandonar o programa, no Pará, na semana passada.

Os médicos reclamam também do vale-refeição. "São R$ 180 por mês, dá R$ 8 por dia de trabalho. Onde você almoça em São Paulo com esse dinheiro?", pergunta um médico trazido por meio do convênio entre a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o governo federal e o governo cubano, que fica com a maior parte da bolsa.

Nenhum cubano ouvido na capital quis ter seu nome divulgado com medo de represálias. Eles receberam um comunicado oficial da Secretaria Municipal da Saúde que os proíbe de conceder entrevista sem autorização.

Em Osasco, o maior problema é o atraso no pagamento dos auxílios para moradia e alimentação referentes ao mês de janeiro. "Eles não têm dinheiro para nada", conta um médico sobre a condição dos profissionais trazidos em dezembro. Os cubanos não comentam abertamente os contratos, mas, diante dos atrasos, admitem dificuldades.

Gestores da saúde da cidade da Grande São Paulo relatam que médicos que não recebem a ajuda de custo são transportados em carro do serviço público para as UBSs, de "casa" para o trabalho e do trabalho para "casa". Eles moram ainda em hotéis. "Essa é uma surpresa desagradável do trabalho", disse um médico do programa.

Cubatão também tem situação difícil. No município da Baixada Santista, quatro médicas cubanas foram alojadas em uma casa, em uma espécie de república, na qual vivem com cestas básicas da prefeitura em substituição ao dinheiro da alimentação, que ainda não veio. São Paulo, Osasco e Cubatão são governados pelo PT.

Os atrasos se repetem em Francisco Morato, município dirigido pelo PV. Com nove cubanos, um uruguaio e um brasileiro formado na Argentina, a cidade deveria gastar com cada médico R$ 500 de ajuda de custo e R$ 2,5 mil no aluguel, segundo o convênio com o Ministério da Saúde. Mas, até a semana passada, o pagamento era somente uma promessa.

Notificações. O descumprimento de regras não é exclusividade dos municípios paulistas. Em todo o País, 37 prefeituras já foram notificadas pelo governo federal após serem acusadas de irregularidades. A maioria das notificações foi causada pela falta de pagamento dos auxílios.

De acordo com a pasta, 27 dos casos já foram encerrados, a maioria deles com a regularização. No entanto, a prefeitura de Ceará-Mirim, no Rio Grande do Norte, foi descredenciada. A decisão foi tomada no dia 24 do mês passado, após o ministério tentar, por dois meses, fazer com que o município pagasse os auxílios a três estrangeiros.

Missão. Apesar de tantos problemas, há cubanos que encaram a atuação no Brasil como uma missão humanitária. Yaima Gonzalez, de 29 anos, é um exemplo. Ao lado de dez compatriotas, ela não reclama do atraso nos auxílios em Osasco nem do porcentual recebido de Havana. "O governo de Cuba fez um contrato e estamos aqui para ajudar", diz Yaima, que atuou na Venezuela.

Para matar a saudade da família, os contatos com as duas filhas são diários. "Conversamos por e-mail", conta, lembrando que o contrato vai durar três anos. Quando não está na UBS, a cubana descansa no hotel e passeia pela capital. "Já fui à Rua 25 de Março", diz a médica, com um sorriso no rosto.

Para o cubano Raidel Sanchez Rojas, de 43 anos, que trabalha na UBS Nova Osasco, o estilo de vida dos brasileiros é sua maior preocupação. "Encontramos aqui hipertensão, diabetes, gastrites, obesidade. São doenças que revelam um estilo de vida", diz o médico, em bom português. "Trabalhamos pela prevenção", afirma. Ele também é vítima do atraso dos repasses, mas está otimista. Na semana passada, acreditava que logo alugaria uma casa em Osasco. Enfim, teria um lar.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Como terminou a história do rato na Coca


Coca Cola vence ação contra consumidor que denunciou rato no refrigerante

Sob o título "A justiça conclui: impossível a contaminação por rato em fábrica da Coca-Cola", a empresa informa que a ação judicial foi encerrada e o denunciante condenado ao pagamento de indenização. Segundo a nota oficial, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo considerou “a possibilidade de que a tampa original tenha sido removida, com a adulteração do conteúdo, e a garrafa novamente fechada com uma tampa nova (…), sem que tenha ocorrido ruptura do lacre”. 

A justiça conclui: impossível a contaminação por rato em fábrica da Coca-Cola

A Justiça de São Paulo julgou improcedente a ação movida pelo consumidor Wilson Batista de Resende contra a Spal, fabricante dos produtos Coca-Cola no Estado. Ele alegava ter sofrido sequelas de saúde pela ingestão de refrigerante supostamente contaminado pela presença de pedaços de rato. A sentença da juíza Laura de Mattos Almeida, da 29ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo, afirma que a qualidade e a segurança do processo de fabricação e envasamento tornam impossível a passagem para dentro da garrafa do corpo estranho apresentado pelo consumidor. Adicionalmente, declara que não existe relação entre as condições físicas e psicológicas de Resende e o consumo da bebida. A decisão foi tomada com base em laudos técnicos e médicos, e nos depoimentos do consumidor e de representantes da empresa.

A conclusão da Justiça é de que há “fortes indícios de fraude” nas embalagens. A análise do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) considerou “a possibilidade de que a tampa original tenha sido removida, com a adulteração do conteúdo, e a garrafa novamente fechada com uma tampa nova (…), sem que tenha ocorrido ruptura do lacre”.

A sentença confirma a seriedade e os elevados padrões de qualidade e segurança dos produtos Coca-Cola no Brasil e no mundo. Perícia do Instituto de Criminalística do Estado, realizada na fábrica da empresa, constatou, de acordo com o laudo, que “considerando as condições físicas e de higiene das instalações, além das boas práticas de manufatura adotadas, não é possível o aparecimento de um corpo estranho do tipo observado visualmente na garrafa lacrada”. Segundo os técnicos, a passagem desse corpo estranho “não é compatível com o sistema de segurança existente nas unidades da ré, representado por barreiras, filtragens de linha e bicos de enchimento ao longo da linha produtiva”.

Outra perícia, conduzida por médicos do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), entre eles, especialistas em neurologia e psiquiatria, não encontrou relação entre o estado de saúde do consumidor e a ingestão do refrigerante, e concluiu que “ele não apresenta alterações ou sequelas neurológicas relacionadas ao evento”. A perícia atestou ainda que Resende “é portador de transtornos de personalidade e do comportamento, devido a alguma doença, lesão ou disfunção cerebral”.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

João Paulo não é mais deputado

João Paulo baixou o braço e renunciou.

O último dos graúdos do PT acabou de renunciar ao mandato de deputado depois de ter sido preso, condenado que foi no julgamento do mensalão do PT. Os próprios membros do partido exigiram que ele renunciasse. O petista foi acusado de receber propina para beneficiar as empresas do Marcos Valério, este condenado diante de uma montanha de provas a mais de 40 anos de prisão. Além, João mandou a mulher retirar dinheiro da corrupção no Banco Rural de Brasilia. Primeiro disse que a mulher esteve lá para pagar contra de TV a Cabo e depois que o dinheiro era para pagar pesquisa eleitoral. Independente pra que seria o dinheiro, era dinheiro fruto de fraude. Os diretores do banco foram severamente punidos também.

Antes de ir para a Papuda, penitenciária sede do governo federal diante de tanto petista encarcerado, João Paulo foi almoçar no acampamento em frente ao STF, como uma provocação a instituição que o condenou. Durante discurso num evento do PT João Paulo, em duro ataque ao Ministro Joaquim Barbosa, disse que "ele estava lá porque era projeto do PT, porque Lula queria".

De punho erguido deu seu último show. Mas as luzes se apagaram na Papuda e João vai acordar do seu delírio e tomar café, de canequinha de plástico, geralmente azul, na manhã seguinte. Ao entrar na penitenciária recebeu o kit prisioneiro: uma caneca, um prato, talher, roupa de cama, toalha, material de higiene e uniforme de uso obrigatório.

Recorde-se que dos 11 juízes que condenaram os mensaleiros corruptos, oito foram indicados pelo atual governo. A pecha de preso político não cola. É político preso.

Médica cubana tem razão, diz MP

Governo mentiu sobre médicos cubanos

Ramona Matos Rodriguez e todos os médicos cubanos contratados para atuar no Programa Mais Médicos, no Brasil, devem receber o salário integral de R$ 10 mil. O que ocorre hoje é que o governo brasileiro paga R$ 10 mil de salários e eles recebem apenas R$ 800. O restante fica com o governo de Cuba.

Para Sebastião Caixeta, Procurador do Ministério do Trabalho, a relação de trabalho com o governo brasileiro está caracterizada pelo contrato que Ramona apresentou. De início o governo de Dilma Rousseff criou várias dificuldades na divulgação do contrato de trabalho com médicos estrangeiros e chegou a alegar cláusulas confidenciais para esconder a verdade. Houve alegação de que os médicos estavam participando de um curso de pós-graduação e especialização. Para Caixeta está claro que é vínculo laboral.

Muitas informações que o governo escondia vieram à tona com a divulgação do contrato mostrado por Ramona, segundo o procurador. O inquérito do MT concluirá nos próximos dias que a relação é de trabalho e que todos os médicos devem receber salário integral além dos benefícios advindos dessa relação.

Anteriormente o governo federal informara que os médicos cubanos receberiam 20% a 40% dos R$ 10 mil. Além de ser mentira, mesmo assim o contrato fere a Constituição, tratados internacionais e o Código de Práticas para Recrutamento Internacional de Profissionais da Saúde, da Organização Mundial da Saúde.

Dilma na verdade sabia das cláusulas absurdas e concordou com o trabalho escravo dos cubanos. Oficializou a exploração do trabalhador.



Chegou a vez do mensalão mineiro: Procurador pede 22 anos de prisão para Azeredo

Eduardo Azeredo: confio no julgamento do STF

Chegou a vez do PSDB responder pelas acusações do mensalão tucano. Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República pediu 22 anos de prisão para Eduardo Azeredo, atual deputado federal, acusado de envolvimento no esquema conhecido como mensalão - modelo seguido pelo PT. Além, o procurador pediu a aplicação de multa de R$ 404 mil. Azeredo nega e diz confiar no STF.

Janot acolheu a denúncia produzida pelo ex-Procurador Antonio Fernando por crimes continuados de peculato e lavagem de dinheiro. Azeredo alega que o dinheiro foi utilizado para financiar campanhas eleitorais e não para enriquecimento pessoal.

A denúncia explicita que Azeredo "usou a máquina administrativa em seu favor de forma criminosa e causando um desequilíbrio econômico financeiro entre os demais concorrentes ao cargo de Governador de Minas Gerais em 1998".

Luis Roberto Barroso é o relator do processo e apresentará seu voto em 30 dias.

Cerca de R$ 3,5 milhões foram desviados dos cofres do estado mineiro usando o mesmo esquema do Partido dos Trabalhadores: empresas do publicitário pegavam empréstimos no Banco Rural em operações fictícias e repassavam para a campanha de Azeredo. As dívidas foram pagas com dinheiro de estatais mineiras.