quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Discurso de Dilma em Campo Maurão: a mulher tem problemas mentais sérios

Em discurso da presidente em Campo Mourão (PR), Dilma diz ter apreço pela fome de sua audiência e que criança gosta de dar problema de madrugada.

Dilma: "criança gosta de ter asma de madrugada, não em horário comercial"

Por Flávio Morgenstern

No site oficial do Planalto estão disponíveis os discursos da emérita presidente Dilma Rousseff. No final da tarde de sexta, a presidente esteve em Campo Mourão, no interior do Paraná, para entrega de máquinas para a  BR-158 e a BR-487.
Como não conseguimos entrevistar a presidente no empurra-empurra na saída, deixamos nossa tentativa de diálogo comentando o discurso abaixo.
Boa tarde. Eu gosto muito de aplausos, mas acho que vocês estão com a barriga vazia. Então, também eu tenho consideração e apreço pela fome de vocês todos.
Isso aí, Dilma. Admitir ter apreço pela fome dos outros é só para quem tem culhões de titânio. Coragem!
Queria dizer para vocês e iniciar cumprimentando aqui… Eu tenho muito prazer de estar aqui em Campo Mourão, portanto, eu queria cumprimentar, primeiro, todos os moradores e as moradoras aqui, de Campo Mourão.
A presidente sabe que está aqui, em Campo Mourão, e por isso vai cumprimentar quem está aqui, em Campo Mourão. Irrefutável.
E aí, eu tenho que iniciar cumprimentando aqui os nossos prefeitos, os prefeitos aqui e as prefeitas, porque eu vi muitas prefeitas, o que muito me orgulha ver que o Brasil crescentemente dá representação às mulheres. Porque é muito importante no nosso país que isso ocorra. Nós somos 50% da população, um pouquinho mais, não é, gente? E aí não tem… Eu vi aqui que teve, num primeiro momento, algum problema de dizer só as prefeitas? Não, as prefeitas, agora, os prefeitos não podem achar ruim, não, porque todo prefeito tem uma mãe, todo prefeito tem uma mãe e está todo mundo em casa.
Está todo mundo em casa. Cadê todo mundo?
Então queria primeiro dizer da importância que é o fato principalmente dos prefeitos e das prefeitas dos municípios de até 50 mil habitantes no Brasil, 50 mil habitantes. E nós sabemos que 90%, mais de 90% dos municípios têm até 50 mil habitantes no nosso país. Então, primeiro, eu cumprimento eles.
Fora existirem, qual é, afinal, a importância de haver prefeituras para cidades com menos de 50 mil habitantes? Não seria mais legal trocar, por, sei lá, um pesque-e-pague?
Depois eu queria cumprimentar, também, essa região, pela força aqui da agricultura.
Muito educado, senhora presidente! Nunca podemos ver um mapa-múndi sem cumprimentar cada país, então no nosso mapa devemos cumprimentar cada região sempre que ela aparece na nossa frente.
E fico muito feliz de estar aqui, também, discutindo tanto a infraestrutura, no que se refere a rodovias, quanto… porque armazenagem também é logística, armazenagem é uma questão estratégica para o nosso país.
Bravo, presidente! Será o anúncio extra-oficial da criação do Ministério dos Silos? Qualquer jogador de Command & Conquer sabe da importância deles.
Então eu queria aproveitar, cumprimentar vocês, iniciar cumprimentando o nosso governador do Paraná, o governador Beto Richa.
Mas quanta educação, sra. presidente! Não precisa de tanto, de verdade. Não precisa. Sério.
Cumprimentar o deputado, também do Paraná, o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas,
É sério, presidente, pode começar, já.
Queria cumprimentar os ministros: a ministra Gleisi Hoffmann, que é, de fato, falaram aqui que ela é minha mão direita. Ela é minha mão direita, minha mão esquerda, não é, Gleisi? É várias mãos.
Ô loco, sra. presidente.
Cumprimentar o nosso ministro dos Transportes, César Borges; cumprimentar o ministro também paranaense, o nosso querido Paulo Bernardo, das Comunicações; cumprimentar o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Tá bom, presidente. Agora, sra. presidente, não pode fundir tanto ministro pra inaugurar trecho de obra de rodovia num ministério só? Sei lá, o ministério do Mão Na Massa. Dá até pra falar a sigla de boca fechada: MMNM. O que o seu, o meu, o “nosso querido” Paulo Bernardo tá fazendo aí em Campo Mourão, presidente, sendo ministro das Comunicações? Ainda mais sem comunicar nada, quietinho ali no fundo? Só por ser paranaense e marido da Gleisi?
Ô gente, pessoal dos Correios, outro dia eu fui pedir para não vaiarem uma governadora, e aí o jornal deu o seguinte: “Presidente Dilma é vaiada quando tenta não deixar vaiar uma governadora”. Então, estou pedindo aqui para vocês, vou tentar impedir que vocês não vaiem o Paulo Bernardo. Então, vocês não me vaiem não, heim? Sabem por que eu estou pedindo, gente? Eu sei que a vaia é uma manifestação, mas estou pedindo porque nós estamos aqui num momento de… Não, nós estamos num momento de confraternização. Eu entendo e acho legítimo o pleito de vocês. Nós vivemos numa democracia, todo mundo tem direito, no nosso país, de pleitear, reivindicar, debater, discutir, não estou tirando a razão de ninguém. Mas, um abraço para todos vocês.
Pô, presidente, pedindo com tanto carinho assim, não tem como resistir e não vaiar. Toma um abraço aí pra todos vocês do governo também, presidente.
Queria também cumprimentar a secretária de Comunicação Social, a ministra que é chefe da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas,
Presidente, é sério, já rolamos duas páginas pra baixo, pode parar de cumprimentar gente.
Dar um abraço à prefeita de Campo Mourão, Regina do Vale. E cumprimentar também seu marido, Laércio do Vale. Vale, não é?
Hahaha! Muito engraçado, sra. presidente. Vale, não é? Hahaha! Vale! Pegou? Haha.
Queria também cumprimentar a (…) Queria cumprimentar o (…) Cumprimentar o (…) Cumprimentar a todos os (…) Cumprimentar o (…) Cumprimentar os senhores e as senhoras (…)
Eu queria também dizer para a Regina que eu gostaria muito – viu, Regina? – de voltar aqui em algum momento e comer um carneiro no buraco. Nesse momento do dia, eu acho que todos nós sonhamos com um carneiro no buraco.
Então, Regina, eu não sei bem do que presidente está falando, mas acredite, a presidente achou errado quando falou do sonho de todos nós. Em uma rápida pesquisa de opinião entre meus cupinchas, descobri que há mais sonhos envolvendo a Olivia Wilde do que carneiros no buraco.
Eu queria iniciar dizendo para vocês o seguinte:
Presidente, poderia ter iniciado lá em cima, chuchu. Sério.
Um dos prefeitos, ou alguns dos prefeitos me disseram uma coisa que a mim toca muito, que é o fato que muitas vezes as pequenas prefeituras não têm a atenção que merecem ter.
Presidente, até entendo sua preocupação, mas você vai mesmo atender cada município com prefeitura? Tomar um cafézinho com cada um? Não é mais fácil mandar um cartão com felicitações gerais, assim, “oi, todos os prefeitos”, igual aquele clássico “oi, internautas”?
Por isso nós… eu quero começar explicando por que nós fizemos esse programa do kit. O kit motoniveladora, retroescavadeira e caminhão-caçamba.
Presidente, é sério, pode começar, a gente tá esperando desde o começo.
Tem município que tem mil quilômetros de estrada vicinal linear, tem município que tem 500 quilômetros. Isso significa que por ali, por essas estradas, elas são verdadeiras veias de alimentação do organismo econômico.
Mas que metáfora, presidente.
Por isso que o governo federal resolveu fazer isso através de doação. Nós estamos doando, passando, como se diz, com papel assinado, esses equipamentos, porque achamos que muitos, também me disseram aqui e em outros lugares do país, que os equipamentos estavam sucateados.
Mas que belo, Dilma! Então a senhora está DOANDO. Aposto que tirou tudo do seu próprio bolso e está aí, DOANDO seu rico dinheirinho para a população, não é? Certeza de que não aumentou imposto, não pegou nada de ninguém para dar para outrém. Adoro ver doação, presidente. Toca meu coração, muito melhor que esse modelo falido de cobrar imposto dos outros e dizer que está fazendo algo pelo social.
Na verdade, nós estamos fazendo um esforço para fornecer, para o Brasil inteiro – são 5.061 municípios, 5.061 municípios no Brasil inteiro, mais ou menos 90% de todos os municípios.
Imagine, presidente, a conta da senhora está muito humilde. 5.061 municípios de 5.061 municípios dá mesmo é 100% de todos os municípios (prova dos nove tirada).
E por que é que tinham que ser fábricas que produzem aqui no Brasil? Porque um programa desses, que é feito com recursos que nós cobramos dos contribuintes, nós temos que sempre olhar como é que devolvemos para o contribuinte a melhor e o melhor efeito e condição.
Mas, presidente, e aquele papo brother de “doação”? Era tudo “doação imposta”, assim? :(
A demanda é de vocês, agora, ganha também a cidade porque vai ganhar em melhoria do emprego e aumento da produção.
Presidente, não era mais fácil pra aumentar a produção não tungar tudo o que produzem em imposto? Assim, vocês param de tomar dinheiro do “contribuiente”, ele fica mais rico e a produção fica com ele. Não é uma idéia bem “social”?
Quero também lembrar a vocês uma outra questão relativa a todos os municípios, que é a questão do Mais Médicos. O Mais Médicos, eu sempre escuto os prefeitos. Por que é que eu escuto os prefeitos? Porque é lá que está a população do país, ninguém mora na União, ninguém mora… “Onde você mora?” “Ah, eu moro no Federal.” Não tem isso, você mora no município, porque mora na cidade. Então escuto os prefeitos porque lá está a fala da população.
Mas que ouvinte a senhora é, presidente! E olha que agora há pouco a senhora estava tão educada que até chegou a “cumprimentar a região”, agora está sabendo que as pessoas “moram no município, porque mora na cidade”. E olha que você está elogiando justamente a população rural, que mora no município sem morar na cidade!
E eu queria dizer que uma das maiores reclamações, reivindicações, análises que eu escutei dos prefeitos, era falta de médico, a falta de médico. De outro lado, os governadores também falam a mesma coisa, os senhores governadores também, de outro lado, o Ministério da Saúde também fala a mesma coisa. De outro lado, se você olhar as pesquisas, o que é que as pesquisas dizem? Ah, as pesquisas dizem o seguinte: o que é que a população quer? melhor saúde. E o que é que ela diz que é um problema para ela? “Eu quero que haja um atendimento médico para mim”, é isso que a pessoa responde. (…) Eu estou falando de pesquisas específicas de Saúde, não estou falando de pesquisa política. Específica de Saúde, contratadas por todos os órgãos que fazem análises sobre isso.
As pesquisas de saúde garantem que as pessoas querem melhor saúde. Irrefutável, presidente! Não sei por que perdemos tanto tempo discutindo positivismo, fenomenologia, pragmatismo ou estruturalismo com uma fonte de sabedoria tão pujante na nossa cara!
Então, nós criamos o Mais Médicos para: Como? Fazer o quê? Por quê? São as perguntas. Quando?
Só faltou “onde” e “quem”.
Mas, também, não olhamos com nenhum preconceito médico formado fora do Brasil. Ah, por que é que não olhamos? É porque nós, nós inventamos isso? Não.
Que susto, Dilma. Por um momento, quase acreditei que o Brasil tinha inventado o estrangeiro. Ainda bem que eu estava errado. Ainda mais depois de descobrir que tudo foi inventado em 2002.
Hoje eu quero aqui explicar que nós vamos distribuí-los de acordo com o seguinte: população. Por que população? Porque nós queremos que a maior quantidade de pessoas seja atendida, daí o critério população. Quanto mais população, mais carência de médico, é ou não é?
Éééééé, presidente!
Segundo critério: pobreza. Nós somos um país que tem que focar na questão da pobreza, sim. Por isso, o outro critério é pobreza, porque a pobreza, ela não está em um lugar só do Brasil. O Brasil é um país que não tem a pobreza… que você fala, “olha, ela se localiza ali”, “ela se localiza lá”. Não, ela é bastante espalhada, e é… ela é territorialmente localizada, se a gente considerar o percentual, mas todo estado da Federação tem seus núcleos mais pobres.
Nada mal para quem cumprimenta região e depois diz que não se mora na União, mas na cidade, presidente.
Nós sabemos o que é uma mãe, e criança geralmente gosta de ter asma de madrugada, ou bronquite ou qualquer coisa, não é no horário comercial, criança tem… dá problema é de madrugada.
Mas criança é mesmo uma peste, né, presidente?
Mas voltando à questão das pequenas prefeituras, dos municípios. Eu acredito que esse programa das retroescavadeiras é um programa de independência desses municípios.
Mas que mudança de tom, presidente! De uma criança pentelhando só porque tem esse prazer diabólico em ter asma, bronquite ou qualquer coisa fora do horário da novela pra uma retroescavadeira, que garantirá independência aos municípios!
Queria também falar que junto com essa estrutura, como o ministro Pepe disse, por onde passa um caminhão com a safra, passa, eu gostaria de falar do ônibus escolar, passa o ônibus escolar. Por que é que eu falo primeiro do ônibus escolar? Porque eu acho que esteja… seja, seja urbano ou rural, seja agricultura, indústria ou serviços, nosso país só será um grande país se nós formos capazes de mudar a qualidade da educação no nosso país.
Sabe o que mais passa onde passa caminhão, presidente? Isso mesmo: frango. Aliás, sabe por que a galinha atravessou a rodovia?
Agora nós temos dinheiro e é por isso que é passaporte para o futuro. (…) Por isso que é importantíssimo para os prefeitos, para nós, do governo federal, e para o governador, esse programa de royalties e Fundo Social do Petróleo. O petróleo um dia acaba. Se nós mudarmos a qualidade da educação do Brasil, os brasileiros e as brasileiras, os brasileirinhos e as brasileirinhas, pelas creches que nós estamos fazendo, e pelo fato de nós termos que dar muita importância para a professora que alfabetiza as crianças. Isso é o nosso futuro, e nós temos quee agarrar isso com as duas mãos.
Pede ajuda pra Gleisi, presidente!
Ninguém vai poder ficar fazendo aquela… porque tem hora que tem isso. O cara faz demagogia, o cara ou a cara. Faz demagogia, diz “ah, eu tenho que melhorar o salário”, agora, não diz de onde a gente tira o dinheiro. Desse jeito, não, nós sabemos de onde está saindo esse dinheiro. Esse dinheiro é carimbado. Esse dinheiro é para a nossa… nós gastarmos com isso, com educação. As crianças deste país, aos oito anos, elas têm que saber português, interpretar um texto simplinho, saber escrever um texto simples, ler um texto simples, têm que saber as quatro operações aritméticas elementares.
É verdade, tem muita gente no país precisando saber escrever um texto simples, presidente.
E eu quero dizer também para os prefeitos e as prefeitas aqui presentes que é muito importante um programa do governo federal chamado Pronatec, Pronatec. A parte – e eu estou me referindo aqui a duas partes: à parte que é o chamado Pronatec Bolsa Família, ou melhor, Pronatec Brasil sem Miséria, e à parte chamada Pronatec capacitação profissional.
Agora o texto ficou muito complicado, presidente. Repete.
 Esse beneficiário do Minha Casa, Minha Vida pega esse cartão, que é de cinco mil reais e tem direito, durante um ano, de comprar, com juro subsidiado e prestações que duram cinco anos, tem direito de comprar o quê? Fogão, geladeira, televisão de plasma, e para nós, mulheres, uma máquina de lavar automática. Não é tanquinho, é máquina de lavar automática. Tira a mulher do tanque. E eu estou de olho no tanque, viu, meninas?
Presidente, a sra. já ouviu a opinião da Lola Aronovich e do movimento feminista sobre essa última passagem?
Estou falando isso porque muitos de vocês… tem gente do Minha Casa, Minha Vida, então tem que ajudar a gente a divulgar o programa, avisar para a pessoa “olha, você tem direito a isso”. Se você não tem colchão, você pode comprar colchão. Ele não precisa comprar tudo, pode comprar o que ele quiser e tem um ano, pode comprar devagar, tem um ano para escolher.
Ah, é verdade. Eu não preciso comprar um colchão agora, posso esperar mais um pouco, presidente.
Finalmente, eu quero, antes de encerrar porque todo mundo está com fome, eu quero falar sobre esse programa… sobre três coisas. Primeiro, eu tentarei voltar aqui, lá em Maringá, para o Contorno Norte de Maringá, em novembro. Eu acho importantíssimo a gente fazer a Boiadeira. Darei o meu maior empenho, ficarei sempre disponível para que nós superemos todos os entraves que eventualmente possam ocorrer. E, terceiro, eu acredito que o Programa de Armazenagem é um dos programas mais importantes do meu governo.
Olha, presidente, também parece importante frisar o negócio sobre precisar saber operação aritmética. Por exemplo, depois do “primeiro” vem o “segundo”.
 Eu incomodo todo santo dia o Osmar. Cadê o Osmar? Todo santo dia eu incomodo o Osmar, e todo santo dia ele me incomoda também. Então nós nos incomodamos por um objetivo muito bom, não é, Osmar? Nós queremos gastar, nós queremos… porque tem gente que não quer. O governo federal quer, nós queremos gastar, todos os anos, R$ 5 bilhões.
Na real, presidente, eu quero que você gaste o quanto quiser, desde que não seja do meudinheiro, né? Esse negócio de gastar dinheiro dos outros é fácil, difícil é controlar o cartão de crédito que não é nosso.
É um dinheiro baratíssimo.
R$ 5 bilhões, presidente? Sua conta tá assim, já? Agora explica como é isso de “dinheiro caro” e “dinheiro barato”, se todos custam… dinheiro.
Um país que, esse ano, tudo indica, será o maior produtor de soja do mundo, por quê? Porque nós fizemos por onde, e os outros tiveram um certo azar climático.
Que modéstia, presidente.
Nós somos capazes, este país é um país de gente gigante, gigante não na sua estatura física, gigante no seu esforço, na sua capacidade de trabalho e na estatura moral.
Um beijo e um abraço a todos vocês.
Um beijo gigante pra minha mãe, pro meu pai e pra você também, presidente.

Gasolina vai subir de novo

Após privatização do petróleo Dilma aumentará preço da gasolina


Vem ai mais um aumento no preço da gasolina. Os combustíveis deverão subir de 5% a 7% nas refinarias e o aumento é sugerido pela própria equipe econômica. Ao privatizar o campo de Libra o Brasil deverá depositar R$ 6 bilhões para deter 40% do consórcio, dinheiro que a Petrobras, quase falida, não tem. Os preços dos combustíveis no Brasil, controlados artificialmente, estão defasados em 30%. A inflação de 5,86% no acumulado do ano, portanto, não é real, considerando que além do preço manipulado dos combustíveis, energia e transporte público são subsidiados pelo governo por conta dos protestos recentes.

Guido Mantega, o ministro que virou piada internacional, diz que pensa em fazer um empréstimo para levantar esse dinheiro que ele aposta que a Petrobras tem, mas não deve usar para não atrapalhar as outras contas a pagar.

A Petrobras tem uma dívida impagável de US$ 7,5 bilhões. De dólares. O afundamento da Petrobras decorre do uso político pelos governos do PT, na vã tentativa de conter a inflação manipulando os preços dos combustíveis.

Greves em todo país por reajuste de salários, inflação alta, índice de crescimento baixo, dólar alto e corrupção desenfreada é o quadro dramático que o Brasil vive nos dias de hoje.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Novo vírus imita e-mail do Facebook

E-mail com mensagem de voz no Facebook é vírus

Se você recebeu um e-mail dizendo que tem uma mensagem de voz do Facebook, não abra. É vírus e, se aberta, invadira seu computador e, além de roubar seus dados, espalhará para a lista de seus contatos. O padrão gráfico é igual ao das mensagens do Facebook. Se você passar o mouse sobre o endereço alvo ficará em dúvida porque é o mesmo para acessar a rede.

Os arquivos infectados tem a extensão "clp" e se instalam no Windows System 32 podendo provocar danos no sistema operacional necessitando formatar o computador.

surgimento desse novo vírus ocorre no momento que o Facebook libera aos usuários dos sistemas iOS e Android um aplicativo que dá a possibilidade de gravar e enviar mensagens de voz, por celular, usando a rede social e não a operadora de telefonia, um recurso útil e aprovado por quem gosta de enviar mensagens multimídia instantâneas. O tempo é limitado em um minuto e, após gravada, é enviada imediatamente ao destinatário.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

"...vou cantar-te nos meus versos"

"Chico Buarque dando entrevista, poeta que não é"
Blog do Carlos Brickman

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E ambas não se misturam. Chico Buarque de Holanda falou mais de uma besteira na polêmica sobre biografias -inclusive negando ter dado uma entrevista que foi gravada e filmada. Mas não é por isso que deve ser desqualificado. É um dos maiores letristas brasileiros.

A música de suas canções não é tão boa quanto a letra, mas assim mesmo é de ótima qualidade. Como cantor, é aceitável. Como escritor, é chato. E, quando fala de política, é velho. Mas querer que o compositor de A Banda e de Atrás da Porta atinja nível igual quando fala de política, é pedir demais.

É o mesmo que achar que Pelé, só por ser Pelé, tem de ser um grande compositor. Pelé até acha "o Édson" um bom compositor, como Chico Buarque se acha um bom jogador de futebol (tanto que é titular no time de que é dono, o Polytheama). Pelé, calado, disse Romário, é um poeta; Chico, dando entrevista, poeta é que não é.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Festival de besteiras que assola a Dilma: de novo, um show de imbecilidades

Dilma deve ter confusão mental.
De novo um discurso de improviso de Dilma Rousseff torna-se alvo de piada nas redes sociais. Ela não consegue formar uma frase com algum sentido lógico. Quando lê mal consegue passar a mensagem tamanha a confusão que faz com as palavras. Se Lula é um analfabeto com as palavras Dilma demonstra que deve ter problemas mentais. 

Falando em Porto Alegre ela referiu-se ao Dia das Crianças, num improviso, e seu mérito confuso tornou-se alvo de gozações nas redes sociais. Leia as besteiras - transcritas, inclusive - ditas pela imbecilóide.

"Eu, primeiro, queria dirigir um cumprimento aqui aos nossos prefeitos e às nossas prefeitas, e dizer que muito me honra a presença deles aqui hoje. E, em especial, uma vez que eu estou aqui nesta cidade tão querida que é Porto Alegre, cumprimentar o nosso prefeito Fortunati e a querida, a primeira-dama Regina Becker.

Principalmente porque, se hoje é o Dia das Crianças, ontem eu disse que criança... o dia da criança é dia da mãe, do pai e das professoras, mas também é o dia dos animais. Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante".

Percebe-se que ela tem todos os parafusos, mas estão todos frouxos, podem apostar.

sábado, 12 de outubro de 2013

Gravação mostra PCC pedindo voto para José Genoino

11/10/2013 às 15:06
 
PCC mantém ativa ordem para matar Alckmin; leia e ouça diálogo em que o PCC mandou votar no PT
Para ouvir a gravação, clique aqui. 

O PCC tem seus afetos e seus desafetos. Do governador Geraldo Alckmin, por exemplo, o partido do crime não gosta. E agora fica claro que a organização mantém ativa a ordem de matar o governador. E já mandou, em 2006, que seus aliados votassem no PT, mais especificamente em José Genoino. Leiam o que vai no Estadão Online. Volto depois.

Por Marcelo Godoy:

O Primeiro Comando da Capital (PCC) decretou a morte do governador Geraldo Alckmin. Interceptações telefônicas mostram que pelo menos desde 2011 a facção planeja matar o governador de São Paulo. O Estado teve acesso ao áudio de uma interceptação telefônica na qual um dos líderes do PCC, o preso Luis Henrique Fernandes, o LH, conversa com dois outros integrantes da facção. O primeiro seria Rodrigo Felício, o Tiquinho, e o segundo era o integrantes da cúpula do PCC, Fabiano Alves de Sousa, o Paca.

A conversa ocorreu no dia 11 de agosto de 2011, às 22h37. Paca questiona os comparsas sobre o que deveriam fazer. Em seguida, manda seus comparsas arrumarem “uns irmãos que não são pedidos (que não são procurados pela polícia) e treinar”. O treinamento para a ação seria para fazer um resgate de presos ou para atacar autoridades.

No meio da conversa, surge a revelação. LH diz que o tráfico de drogas mantido pela facção está passando por dificuldades. E diz: “Depois que esse governador (Alckmin) entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que aconteceu, cara, na época que ‘nois’ decretou ele (governador), então, hoje em dia, Secretário de Segurança Pública, Secretário de Administração, Comandante dos vermes (PM), estão todos contra ‘nois’.” Em escutas recentes, a ordem de matar o governador foi novamente mencionada por membros do PCC.

Reinaldo Azevedo
VOLTEI

Agora vamos ver o dia em que o PCC mandou votar no PT. José Genoino, então candidato ao governo de São Paulo, recorreu à Justiça para tentar tirar do ar o texto que vai abaixo, publicados por VEJA na edição de 16 de agosto de 2006 e reproduzidos na VEJA.com. Na campanha eleitoral de 2006, o PSDB não levou ao horário eleitoral gratuito as gravações. Bem, é dispensável dizer que eu as teria levado, sim! Afinal, Lula acusava o governo de São Paulo de não cuidar direito da segurança pública. E que se lembre: 2006 foi o ano em que o PCC praticou atentados terroristas em São Paulo.

Desde o primeiro ataque massivo do PCC em São Paulo, espalhou-se a notícia da existência de gravações telefônicas que revelariam uma suposta ligação da máfia dos presídios com políticos do PT. VEJA teve acesso a uma série de diálogos entre membros da organização criminosa, interceptados pela polícia, contendo referências ao PT e ao PSDB. Neles, fica evidente a simpatia do PCC pelo PT, bem como a aversão da organização pelo PSDB (foi na gestão tucana, em 2003, que o estado de São Paulo implantou em alguns presídios o temido RDD – Regime Disciplinar Diferenciado, que prevê isolamento rigoroso e é odiado pelos detentos). Nenhuma das conversas às quais VEJA teve acesso, no entanto, comprova a existência de elo entre o PT e o PCC.

“É XEQUE-MATE, SEM MASSAGEM”
 
Conversa entre dois integrantes não identificados do PCC interceptada às vésperas de um dos ataques em São Paulo.

A: A chapa esquentou pra nóis, hein, irmão.
B: Por quê?
A: Olha o salve do dia aqui. Geral aqui, que eu acabei de pegar com o Cara Branca: “Todos aqueles que são civil, funcionário e diretores e do partido PSDB: xeque-mate, sem massagem. E todos os irmãos que se (incompreensível) será cobrado com a vida. Salve geral, dia 12/6?. Peguei ele meio-dia.
B: Fé em Deus. Você tá aí na quebrada, irmão?
A: Tô aqui na quebrada. Vem pra cá que nós vamos puxar esse bando. Eu vou arrumar um menino bom pra nóis derrubar esse baguio aí, tio.
B: Então, é o seguinte, irmão: vou ver se dá pra mim ir hoje praí.
A: Então, se não der, arruma umas ferramentas (armas) aí. Nem que seja uns oitão. Pra gente juntar o baguio aí e sair no bonde aí.
B: Tá. Firmeza

“É PRA ELEGER O GENOINO”
 
Maria de Carvalho Felício, a “Petronília”, então mulher de José Márcio Felício, ex-líder do PCC, transmite ao preso José Sérgio dos Santos, a quem chama de “Shel”, orientação repassada por um líder da organização sobre as eleições de 2002.

Maria de Carvalho Felício: Ele mandou uma missão pro Zildo (piloto-geral de Ribeirão Preto). Vamos ver se o Zildo é capaz de cumprir.
José Sérgio dos Santos: Tá bom. Você quer passar pra mim ou dou particularmente pra ele?
Maria: Não, não. Ele quer festa (ataques) até a eleição. E é pra eleger o Genoíno. E, ser for o caso, ele vai pedir pro pessoal mandar as famílias não irem nas visitas pra votar, entendeu? Ele falou que um dia sem visita não mata ninguém. Ele falou: “Fica todo mundo sem visita no dia da eleição pra todo mundo votar pro Genoíno”.
Santos: Não, mas isso… Acho que todo mundo… A maioria das mulher de preso… Vai votar no Al? Nunca.
Maria: Então, é pra pedir isso. Se, por exemplo, a mulher vai, daí a mãe, a irmã tudo vota pro Genoíno. Se só a mulher que vota, então essa mulher não vai na visita e vota no Genoíno. É pra todo mundo ficar nessa sintonia: Genoíno.
Santos: E é dali que vem, né?
Maria: Isso. É o (incompreensível)
Santos: Tá bom.
Maria: Tá bom, então?
Santos: Tô deixando assim um boa-tarde aí. Se cuida agora. Vai descansar.

Arremato
Por que o PCC quer matar Alckmin e manda votar em petistas? Os bandidos devem ter seus motivos. Abaixo, segue o link em que vocês podem ouvir as gravações. Peço moderação nos comentários.
Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Direito do consumidor: cancelar serviços será automático

Toda vez que você quer cancelar um serviço de telefonia móvel ou fixa, internet ou tv por assinatura você passa por uma drama: ligar e falar com atendentes da empresas. Quando você imagina estar encerrando um problema que se arrasta há semanas, cai a linha e você tem que recomeçar a saga.

A partir do ano que vem o cancelamento independe de você falar com as atendentes. Bastará comunicar eletronicamente o cancelamento dos serviços e pronto. O regulamento deve ser aprovado ainda neste mês e as empresas terão 90 a 120 dias para se adequarem ao sistema. A alteração deve entrar em vigor em fevereiro. O cliente, pela internet ou telefone, poderá suspender os serviços automaticamente. A chamada venda casada será alvo de fiscalização mais rigorosa.

Brasil terá menor crescimento entre emergentes


Projeção do PIB brasileiro em 2014 foi reduzido para 2,5%

Entre os chamados países emergentes o Brasil terá o menor crescimento econômico, segundo analistas do Fundo Monetário Internacional. A Índia deverá crescer 3,8% neste ano e 5,1% em 2014. A Rússia, no próximo ano, deve ter um PIB em torno de 3% e a África do Sul pode crescer 2,9% no ano que vem. O fundo reduziu o crescimento brasileiro para 2014 para 2,5% - era de 3,2% - e manteve a projeção para este ano em 2,5%. Basicamente a falta de crescimento no Brasil é decorrente da infra-estrutura débil resultado dos baixos investimentos inclusive da iniciativa privada, dólar alto e inflação crescente.

O crescimento da China deve cair em 2014, de 7,7% para 7,3%. Neste ano o PIB chines deve chegar a 7,8%. O FMI alerta que a inflação alta pesara no desempenho do varejo. O governo diz que a inflação acumulada no ano é de 5,8% mas o índice deve ser muito maior se considerar que os preços da gasolina, energia e transportes urbanos são controlados artificialmente. O preço do combustível está defasado em 30%. A inflação este ano deve bater na casa dos 7%.

Hoje a taxa de juros subiu para 9,5%.

sábado, 5 de outubro de 2013

Dilma, além de incompetente, é bem limitada

REVISTA VEJA

O que diz no vídeo de 28 segundos garantiria a Dilma Rousseff um rotundo zero (com louvor) em provas de português e matemática para crianças de 12 anos. Segue-se a transcrição literal da fala já com vaga assegurada no Museu da Era da Mediocridade.

“Em Portugal, daonde eu… aonde eu cab… ac … di onde eu acabei de vir, o desemprego béra 20 por cento. Ou seja: um em cada quatro portugueses estão desempregados. E eles vêm dizê qui o Brasil é um país em situação difícil”.

A presidente deveria ser obrigada a escrever 500 vezes no quadro negro o seguinte:

“Em Portugal, de onde acabei de vir, o desemprego beira 20 por cento. Ou seja, um em cada cinco integrantes da população economicamente ativa está desempregado”.

Mesmo que estivesse voando em céu de brigadeiro, qualquer país governado por quem diz coisas assim tem o dever de considerar-se em situação de altíssimo risco.

Com Marina PSB fica forte contra Dilma

Marina decide se filiar ao PSB para ser vice de Campos em 2014

FÁBIO ZAMBELI, NATUZA NERY, RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA

A ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB e sair como candidata a vice na chapa do governador Eduardo Campos (PE). A decisão foi tomada após conversas iniciadas na noite de ontem e concluídas na manhã deste sábado (5).

Até então, Marina era, assim como Campos, virtual candidata à Presidência da República nas eleições de 2014.

Segundo a Folha apurou, Marina está discutindo com aliados a melhor maneira de explicar publicamente as razões pelas quais seria vice na chapa. Em 2010, ela concorreu à Presidência e foi o "fator surpresa" ao conseguir 19,6 milhões de votos e ficar em terceiro lugar.

Para ampliar a força do grupo contra a polarização PT-PSDB, o PPS está sendo chamado a integrar a coalizão. O partido foi uma das legendas que ofereceu abrigo a Marina após o veto da Justiça Eleitoral ao partido que ela tentou organizar, a Rede Sustentabilidade.

A união tem o objetivo de formar uma consistente terceira via na corrida ao Planalto, em contraposição à candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e à postulação do oposicionista Aécio Neves (PSDB).

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Marco Aurélio prevê que ministros da Dilma vão ajudar mensaleiros

Ministro Marco Aurélio
Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso podem adotar entendimentos diferentes ao reanalisar alguns casos do processo.

Bernardo Caram - Agência Estado

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) há 23 anos, Marco Aurélio Mello acredita que a nova formação da Corte, com Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, trará mudanças às decisões anteriormente tomadas pelo Supremo no julgamento do mensalão. Os dois ministros, indicados pela presidente Dilma Rousseff, passaram a fazer parte do STF quando o processo já estava em andamento.

De acordo com Marco Aurélio, a primeira mudança já ocorreu e deve fazer com que parlamentares condenados no caso tenham o mandato preservado. O precedente foi aberto no caso do senador Ivo Cassol (PP-RO), condenado em agosto por fraude em licitação. O Supremo definiu que não deve haver cassação automática e a decisão caberá ao Congresso. O entendimento foi o oposto do que já havia sido decidido no caso do mensalão no fim de 2012, quando se definiu que os condenados deveriam perder os direitos políticos.

"Nós já temos aí um tema que, no julgamento dos embargos infringentes, fatalmente haverá modificação. A sociedade não vai entender esse segundo julgamento, para caminhar-se para a absolvição", afirmou o ministro ao Broadcast Político, quando também destacou o impacto negativo do processo para a imagem da Corte. "Houve, temos que reconhecer, uma decepção por parte da sociedade no que teremos depois de tantas discussões, mais de 60 sessões realizadas, nós teremos um novo julgamento".

Consultado pelo Broadcast Político, Luís Roberto Barroso explicou que o Supremo muda de composição rotineiramente ao longo da sua história e também muda algumas das suas orientações, como outras cortes constitucionais do mundo. O ministro disse que segue as leis em suas decisões. "O papel de um tribunal é aplicar a Constituição e as leis corretamente, e ter a percepção de que as multidões são volúveis. Fazer o certo não é estar subjugado à opinião pública, embora se deva ouvi-la" destacou, enfatizando que o processo do mensalão é um ponto fora da curva e despertou uma quantidade de paixões que o Poder Judiciário não é capaz de administrar.

Marco Aurélio Mello, entretanto, minimizou o conflito de ideias com os novos colegas. Segundo ele, não há incômodo entre os ministros. "Nós nos respeitamos, o efeito é só externo, internamente não", disse.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Saúde pública no Brasil é a cara dos governantes

Idosos recebem atendimento e até banho nos corredores do Hospital São Paulo
 
Por Wanderley Preite Sobrinho - iG São Paulo | 23/09/2013 11:00

A perna esquerda do aposentado A.D.S, de 70 anos, foi amputada do joelho para baixo há cerca de um ano. A direita passaria pelo mesmo processo na última quinta-feira. “Tenho um problema vascular há muito tempo”, explicou ele ao iGenquanto aguardava atendimento médico em um dos corredores do pronto-socorro do Hospital São Paulo, zona sul da cidade. “Estou no corredor faz dois dias. Há 15, precisei ser internado e esperei aqui fora por duas semanas.”

A.D.S prefere preservar sua identidade por receio de não receber atendimento. Este é o mesmo temor da professora Cristiane Pereira da Silva, de 28 anos, que prefere não revelar o nome da tia (31 anos), que dormia em outra maca minutos depois de receber medicamento no corredor.

“Chegamos ontem (quarta) às 16h, mas só recebemos alguma informação sobre o estado de saúde da minha tia à 1h da madrugada. Me avisaram que ela precisará ficar internada mesmo sem vaga em um quarto.”

Vinte e quatro macas se espalham por cinco corredores do P.S do Hospital.
Foto: Wanderley Preite Sobrinho/iG São Paulo

Esses são dois exemplos do drama vivido por dezenas de pacientes que na última semana (19) recebiam atendimento na parte externa do pronto-socorro. Ao todo, 24 macas estão espalhadas por cinco corredores do P.S., que ficam ainda mais espremidos pelos acompanhantes que, sem cadeira, ficam de pé ao redor da maca auxiliando no tratamento recomendado por médicos e enfermeiras.

De acordo com os usuários, faltam cobertores, lençóis e travesseiros. “A comida só chegou 24 horas depois da internação. A primeira refeição nós tivemos de comprar”, lamenta Cristiane. Segundo uma enfermeira ouvida pelo iG , até o banho nos pacientes, 90% idosos, acontece no corredor. Apenas um “biombo” protege a intimidade dos doentes.

A superlotação no pronto-socorro do Hospital São Paulo só deve mudar quando o governo do Estado entregar à Unifesp os R$ 20 milhões prometidos pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em fevereiro deste ano. Ao todo, o governo do Estado vai destinar R$ 77 milhões
 para o complexo até 2015.

A professora Cristiane Pereira da Silva (esquerda) acompanha, de pé, o atendimento da tia, no corredor havia um dia e meio (Wanderley Preite Sobrinho/iG São Paulo)
 
Este ano, a Secretaria de Saúde liberou R$ 6 milhões, que foram investidos “no centro obstétrico, UTI Pediátrica, Unidade de Internação, UTI da Cardiologia e Unidade de Internação de Ortopedia, que foi inaugurada no dia 12 de setembro de 2013”, segundo a assessoria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que administra o hospital.

Segundo a enfermeira, que prefere ficar sob sigilo, o complexo recebeu recentemente uma doação de 30 camas e espalhou as antigas pelos corredores. Ela diz que médicos e enfermeiros, em falta, passam apuros para atender a demanda, que só cresce.

Na Emergência Clínica há apenas seis monitores para medir oxigenação sanguínea e alterações cardíacas, apesar de o setor receber cerca de dez doentes diariamente. Na Emergência de Traumas (para atendimento de acidentados), há quatro aparelhos para o dobro de pacientes.

Ao iG , a assessoria da Unifesp admite que “a demanda é superior à sua capacidade instalada”. Esses pacientes viriam “de todas as regiões da cidade, que procuram o hospital espontaneamente ou são encaminhados por outras unidades de saúde do Estado e município.”

R.M.S, de 23 anos, gritava por comida no corredor. Com problemas mentais e sem companhia, ele aguardava atendimento com os pulsos amarrados à cama. Dramas como esse só devem acabar em 2015. O início da reforma do P.S está previsto para começar apenas no segundo semestre de 2014.

sábado, 28 de setembro de 2013

O pré-sal foi descoberto em 1978 pela British Petroleum

Anunciado em 2005 como uma "grande descoberta" o petróleo do pré-sal já era conhecida desde 1978

Carlos Galani dos Santos foi auxiliar de geólogo durante as prospecções de petróleo realizadas no Brasil pela British Petroleum, em 1978. Naquela época, conta ele, já se sabia da existência do petróleo no pré-sal - de exploração econômica inviável, então - mas anunciada como grande descoberta em 2005. Em depoimento público ele explica que centenas de perfurações detectaram carbono, indicador de petróleo em profundidades acima de 3 mil metros.

Em 2008, quando o barril chegou a 100 dólares, Lula disse que o pré-sal era um bilhete de loteria premiado. Pouco tempo depois o preço caiu para 30 dólares (hoje vale 50). O bilhete premiado era falso.

Hugo Chavez ensinou Lula explorar o petróleo, como ele fez com a PDVSA, a Petrobras de lá, como sustentação do regime. Deu no que deu: o perverso regime bolivarianista trouxe a destruição da economia da Venezuela e seu povo passa fome. O regime é mantido sob armas, o preço do petróleo despencou no mundo (90% da economia do país depende do petróleo) e restaram, no Brasil, alguns defensores mudos do socialismo do século 21.

TESTEMUNHO DO PRÉ SAL

Em 1978, eu, Carlos Galani dos Santos, trabalhei em uma plataforma marítima de prospecção de petróleo na bacia de Santos. A concessão da área era da British Petroleum  a plataforma era da Pennzoil e a firma em que eu trabalhava, como Auxiliar de Geólogo, era a Oil, (Ocean Inchcape do Brasil). 

A plataforma tinha o nome de SEDCO 706. A base era em São Sebastião, de onde saia o helicóptero que nos levava para a plataforma. O tempo de voo era de uma hora e distava aproximadamente 200 KM, já na beira da plataforma continental do Brasil. Com tempo bom se avistava da plataforma a claridade da cidade do Rio de Janeiro em noites claras. Estas informações é para que se situem na localização aproximada.

Pois bem, meu trabalho consistia em recolher amostras coletadas das brocas de perfuração, trata-las e analisa-las quanto à presença de carbono, o que indicaria a possibilidade de haver ou não petróleo naquele furo. E, sim, havia carbono em quase todos os furos que eram feitos. Mas, a profundidade em que eram encontrados estes indícios da possibilidade de haver petróleo tinham uma lâmina d´água na média de 176 metros e os furos eram todos com mais de 3.000 metros. Foram centenas de furos e todos devidamente marcados quanto à localização e lacrados com cimento, pois não havia na época tecnologia para que se retirasse o petróleo em segurança, como não temos até hoje.

Imaginem minha indignação quando este desgoverno começou à usar estas informações como se fossem "novidades" descobertas por "elles" em... 2005.

De lá para cá, iludiram o país inteiro, com a conivência dos políticos, que certamente também tinham estas informações que lhes passo aqui, com a possibilidade, ainda impossível, do país ficar "rico" com este petróleo inviável economicamente, ao menos no atual momento.

Era isto que tinha para dizer, meu testemunho de que nosso governo mente, e mente em tudo o mais, inclusive quando se diz "democrático", pois sabemos que o viés é totalitário. Mentem somente... lastimavelmente...


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ctrl+Alt+Del foi um erro

"Ctrl+Alt+Del foi um erro". A afirmação é de ninguém menos do que Bill Gates, fundador da gigante Microsoft. Falando durante campanha para levantar fundos na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, o executivo disse que a combinação de teclas que se notabilizou como recurso para reiniciar os computadores pessoais foi adotada por imposição da IBM — que fabricava as máquinas em que rodavam os programas da Microsoft nos primeiros anos do PC.
 
"Poderíamos ter usado apenas um botão, mas o desenvolvedor do teclado da IBM não queria nos fornecer uma tecla", disse Gates.
   
David Bradley, um engenheiro que trabalhou no projeto do PC IBM, foi o responsável pela combinação. "Posso até ter criado o comando, mas foi Bill quem o tornou famoso", disse Bradley. O Ctrl+Alt+Del ainda é ativo no Windows 8 e dá acesso ao gerenciador de tarefas.

Revista Veja

As duas capas da Revista The Economist

Nova capa da The Economist: Brasil estragou tudo!

A revista britânica The Economist causou furor na esquerda quando colocou, em 2009, o Cristo Redentor decolando em sua capa, para sinalizar que o país agora iria decolar. Quatro anos depois, a capa que estará nas bancas hoje é oposta: o Cristo rodopiou e embicou rumo à Baía da Guanabara.

O Brasil decola, diz a primeira capa 4 anos antes. O Brasil estragou tudo? pergunta agora.

Coluna do Rodrigo Constantino
Revista Veja

Ainda não li a matéria, claro. Mas a imagem vale por mil palavras. O Brasil perdeu mais uma grande oportunidade que o mundo lhe ofereceu. As condições macroeconômicas eram extremamente favoráveis na época. Bastava o governo não fazer besteira demais…
 
Mas fez. Essa premissa é que se mostrou ingênua. Era um governo desenvolvimentista, intervencionista, arrogante, que não gosta do livre mercado, que pensa ser possível e desejável controlar cada detalhe da economia. Deu no que deu.
 
Para colocar esse Cristo novamente na trajetória de alta, só trocando esse governo mesmo. Porque esperar que tenham aprendido a lição é esperar por um milagre!
 
Em tempo: resta saber se aquela revista, que depende bastante de verbas estatais e tem parceria com a The Economist no Brasil, dará destaque a essa grande matéria de capa dessa vez.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O mais antigo ministro do Supremo Tribunal Federal estendeu a mão aos quadrilheiros

Augusto Nunes REVISTA VEJA

“Da maneira que está sendo veiculado, dá a impressão que o acolhimento vai representar absolvição ou redução de pena automaticamente, e não é absolutamente nada disso”, queixou-se Celso de Mello no domingo ao repórter Severino Motta, da Folha, com quem conversou enquanto tomava café com a filha numa livraria de Brasília. Nesta quarta-feira, ao votar pelo acolhimento dos votos infringentes, o decano do Supremo Tribunal Federal caprichou na pose de quem não está inocentando ninguém. Mas tornou inevitável a absolvição, daqui a alguns meses, de todos os mensaleiros condenados pelo crime de formação de quadrilha.

Ministro Celso de Mello provoca decepção e
"absolve" quadrilheiros
Ao contrário dos que votaram pela condenação, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber não conseguiram enxergar uma quadrilha onde Celso de Mello, em agosto de 2012, viu o mais descarado bando de quadrilheiros que já contemplara em 43 anos nos tribunais. Mas o mesmo Celso de Mello, como se constatou nesta tarde, também acha que todo réu absolvido por quatro ministros do STF pode valer-se do embargo infringente para ser julgado de novo. Julgado e, no caso, inocentado por um Supremo espertamente modificado pela incorporação de duas togas escaladas para socorrer companheiros em apuros.
 
Com a chegada de Teori Zavaschi e Roberto Barroso, os quatro viraram seis e a minoria virou maioria. Assim, é mera questão de tempo o parto oficial do mais recente monstrengo jurídico do Brasil lulopetista: o bandoleiro sem bando. Segundo os ministros da defesa, os quadrilheiros do mensalão não formaram uma quadrilha. Como não houve quadrilha, tampouco existiu um chefe. José Dirceu, portanto, será oficialmente exonerado do cargo que exerceu enquanto chefiava a Casa Civil do governo Lula. Embora condenado por corrupção ativa (sem direito a embargo infringente), o guerrilheiro de festim sabe que acabou de livrar-se da prisão em regime fechado. Na hipótese menos branda, passará alguns meses dormindo na cadeia (e pecando em paz durante o dia).
 
Ao prorrogar a velharia com nome de produto de limpeza, Celso de Mello decidiu que os votos de quatro ministros valem mais que a opinião de 70% dos brasileiros que sonharam com o começo do fim da corrupção impune. Para proteger um zumbi regimental, deixou a nação exposta aos inimigos do Estado de Direito. Se tivesse socorrido a democracia ameaçada, Celso de Mello mereceria ser nome de praças e avenidas em todo o país. Por ter estendido a mão aos criminosos, talvez tenha perdido até a chance de ser nome de rua em Tatuí, a cidade paulista onde nasceu, cresceu e vai desfrutar da melancólica aposentadoria reservada a quem poderia ter sido e não foi.

Deputada estadual do PT é condenada por cobrar 'caixinha' de funcionários de gabinete

Inês Pandeló, deputada estadual do PT do Rio,
condenada por improbidade
Revista Veja

Um mau presságio para a deputada estadual Janira Rocha e todo o PSOL do Rio: a Justiça fluminense confirmou, em segunda instância, a condenação da deputada Inês Pandeló, do PT, por improbidade administrativa. Ela cobrava parte dos salários dos servidores de seu gabinete a título de “filantropia”. O desembargador Custódio de Barros Tostes manteve a condenação de Inês Pandeló, atendendo a um pedido do Ministério Público do Estado (MP). 

A ação civil pública aberta pelos promotores afirma que Inês Pandeló “se apropriava de parte do subsídio de seus assessores parlamentares em benefício próprio”. Segundo a versão da parlamentar petista, os recursos seriam enviados para instituições filantrópicas. 

Uma nota divulgada esta tarde pelo MP informa que, a partir de agora, Inês Pandeló passa a ter seus direitos políticos suspensos por cinco anos. Além disso, terá de devolver os valores obtidos indevidamente. 

PSOL – Janira Rocha responde a duas acusações. Uma, a de realizar o que o partido chamou de “cotização”, ou seja, o recolhimento compulsório de parte dos salários dos servidores do gabinete, supostamente com destino ao caixa do PSOL. Ela também é acusada de realizar caixa 2 para a campanha de 2010 e de omitir recibos com gastos referentes àquela eleição. Janira deixou a presidência regional do partido e enfrenta, na corregedoria da Assembleia Legislativa, uma investigação sobre as irregularidades.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Celso de Mello tem o dever de impedir o avanço da trama liberticida que denunciou

DIRETO AO PONTO / Por Augusto Nunes

Já na sessão inaugural, em 2 de agosto de 2012, o ministro Celso de Mello pulverizou a conversa fiada dos advogados (e ministros) a serviço dos acusados com um perfeito resumo da ópera cujo desfecho o Supremo Tribunal Federal começaria a decidir:

“Nada mais ofensivo e transgressor à paz pública do que a formação de quadrilha no núcleo mais íntimo e elevado de um dos Poderes da República com o objetivo de obter, mediante perpetração de outros crimes, o domínio do aparelho de Estado e a submissão inconstitucional do Parlamento aos desígnios criminosos de um grupo que desejava controlar o poder, quaisquer que fossem os meios utilizados, ainda que vulneradores da própria legislação criminal”.

Clara e contundente, a sinopse da história avisou que o estaria em julgamento algo muito maior que o cortejo de estupros do Código Penal e de bandalheiras multimilionárias envolvendo poderosos patifes. O esquema do mensalão, constatou o decano do STF, desencadeara a ofensiva arquitetada pelo estado-maior do lulopetismo para lograr a captura do Estado, o desmonte do regime democrático e a submissão da sociedade brasileira a antiguidades ideológicas que caducaram no século 20. Como sabe o mais ingênuo dos capinhas, a execução de um projeto desse porte requer contingentes bem mais numerosos que o bando fora-da-lei denunciado pela Procuradoria Geral da República e processado pelo Supremo.

A exemplo de dezenas de oficiais graduados, o comandante supremo do exército golpista foi poupado do acerto de contas com a Justiça. “Nunca fiz nada sem a prévia autorização do presidente Lula”, disse em agosto de 2005 José Dirceu, condenado a uma temporada na cadeia por ter chefiado simultaneamente a Casa Civil e uma quadrilha. O tempo demonstrou a solidez dos laços que unem os réus e os que escaparam do tribunal. Os sacerdotes da seita lulopetista fingem que foi tudo invencionice da imprensa e que as ovelhas ameaçadas pelo camburão foram vítimas de um “julgamento político”.

Depois da descoberta do escândalo, os conspiradores só ficaram mais cuidadosos. Mas o mensalão nunca deixou de existir, constatou em 8 de agosto de 2011 o post reproduzido na seção Vale Reprise. O que mudou foi a metodologia. Até meados de 2005, o Planalto e o PT centralizavam a arrecadação e o repasse dos milhões de reais que estimulavam o ânimo guerreiro dos companheiros e a lealdade dos comparsas. Agora, já não é preciso forjar empréstimos bancários ou extorquir estatais, nem carregar malas de dólares. Em vez de doações em dinheiro, os partidos da aliança governista ganham ministérios ─ cofres incluídos ─ e a autorização para roubar impunemente. O loteamento do primeiro escalão é o mensalão sem intermediários.

Até o começo do julgamento, os donos do Brasil Maravilha imaginaram que o Judiciário não criaria problemas: os ministros nomeados por Lula e Dilma decerto retribuiriam a indicação para o STF com a absolvição dos meliantes de estimação. Os recalcitrantes, caso houvesse algum, acabariam por render-se às pressões do Mestre. Surpreendidos pela altivez dos juízes que se recusaram a barganhar sentenças, os padrinhos arrogantes entenderam que só estariam seguros se contassem com uma bancada majoritária formada exclusivamente por lewandowskis e toffolis. Lula acha que errou ao escolher Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia e Ayres Britto. Dilma acha que se equivocou ao indicar Luiz Fux. Ambos acham que acertaram na mosca com a nomeação de Rosa Weber, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso. Os ministros de confiança já são cinco.

Se o PT vencer a próxima eleição presidencial, a maioria será alcançada em novembro de 2015, quando Celso de Mello terá de aposentar-se e será substituído por alguma figura pronta para afrontar o Brasil decente com o elogio do cinismo. O processo aberto em agosto de 2007 ainda não foi concluído. Caso sejam aceitos os embargos infringentes, vai recomeçar do zero. E com outro relator. E com cinco togas dispostas a endossar qualquer chicana protelatória que adie o desfecho do julgamento e encurte o tempo que falta para a prescrição dos crimes. Quando Celso de Mello completar 70 anos, é certo que o processo não terá chegado ao fim. E a história estará condenada a um final infeliz.

Aparentemente, o decano do STF se considera prisioneiro de uma declaração favorável aos embargos infringentes feita na mesma sessão de 2 de agosto de 2012. O que parece coerência pode ser o outro nome da teimosia. Sua biografia não se tornaria menos luminosa ─ ao contrário ─ se mudasse de ideia sobre a velharia jurídica já banida dos outros tribunais. Os cinco ministros que honraram o Supremo ofereceram argumentos suficientemente robustos para que Celso de Mello a eles se junte. O que pode deslustrar-lhe a biografia será a constatação de que considera o regimento do STF mais importante que a democracia ainda na infância.

Se não revogou o parecer que escancarou a essência do esquema do mensalão, o ministro tem o dever de rejeitar os embargos infringentes. Repita-se: falta apenas uma toga para a consumação do plano obsceno que ele próprio denunciou há pouco mais de um ano. Ou Celso de Mello detém agora o avanço dos liberticidas ou desmatará o caminho que levará os marginais do poder ao domínio do Estado brasileiro.

sábado, 14 de setembro de 2013

Dilma acaba com etanol no Brasil

Mais de 40 usinas de álcool fechadas
A inflação come o país por todos os lados. Nível de empregos cai, dólar continua resistente em cima, PIB não sobe. Nenhum empresário investe com a incerteza da economia comandada por um desacreditado.

Mantega é apenas uma piada lá fora. E é de fora que vem os grandes investimentos. Ninguém acredita na dona Redonda e seu séquito de corruptos e reverenciadores de ditaduras.

Depois de destruir o setor elétrico que vive aos trancos, barrancos e apagões - Dilma quer fazer politicagem congelando os preços artificialmente - e colocar a Petrobras com uma dívida impagável de mais de US$7,5 bilhões (de dólares, não reais), Rousseff implantou uma crise no setor de produção de etanol que já custou o fechamento de 40 unidades e a demissão de 45 mil trabalhadores no setor. A quebradeira é geral. Nem álcool e nem gasolina. A Petrobras foi forçada por Dilma a manter os preços do combustível abaixo do mercado pra vender a ideia que o país produzia muito petróleo e estava tudo bem. Sangrada a estatal está na UTI perdendo mais de R$ 1 bilhão por conta dessa falácia. Desde 2011 já são 38 bilhões de prejuízos. Sem dinheiro a Petrobras não investiu na manutenção e sequer na ampliação da produção. Com aumento da demanda ela passou a importar mais combustível e com o dólar alto o prejuízo tornou-se astronômico.

Onde está a autossuficiência brasileira em petróleo?

Breve vem mais um aumento de preços no diesel e gasolina em torno de 5% o que representara 1% a mais na inflação. Os preços estão defasados em 30%, isto é, o preço que você paga na bomba deveria ser 30% maior. Imaginem isso.

A inflação deveria ser contida com ações duras como corte de gastos do governo e aumento rápido da taxa de juros, mas, ao contrário disso, Dilma - com seu farto conhecimento de economia que faliu até lojinha de 1,99 - preferiu manipular preços, práticas comuns de fracassados ditadores debilóides.

O corte das árvores em Marília virou piadinha

Árvores cortadas na Av. Tiradentes
Muitas árvores que ladeavam os trilhos, na Av. Tiradentes, em Marília, foram cortadas pela prefeitura sob o frágil argumento de que elas abrigavam bandidos e andarilhos. Na Ipiranga árvores também foram arrancadas.

Essa é uma visão que beira a imbecilidade. A nota divulgada, tentando explicar o absurdo, mais ainda. O fato virou piada.

Se andarilhos se abrigavam abaixo delas, o problema é social.  
Se bandidos se escondiam nos arbustos, isso é um problema policial. 

Fatos como este ficam para a história e serão lembradas de forma pejorativa. Aliás, o Brasil é um país acostumado a ideias de jerico. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, objetivando acabar com estupros praticados dentro de vans , proibiu o uso desses veículos em determinadas áreas da cidade. Como as autoridades indianas que proibiram o uso de cortinas em ônibus depois que se denunciou o estupro de mulheres dentro de coletivos. Mas lá eles acordaram e condenaram os quatro estupradores a pena de morte. Aqui corruptos e quadrilheiros mandam no tribunal que os condena. Surrealismo? Não, verdade. Estúpida, mas verdade. 

O corte das árvores lembra a piadinha do cara que flagrou a mulher com outro, no sofá. Ele resolveu o problema: vendeu o sofá.
 
Oras, segundo essa ótica míope, então vamos torcer para que os mendigos e bandidos passem a frequentar o prédio da prefeitura e câmara. Quem sabe derrubem essas casas que não tem servido pra muita coisa, exceto para aprovar aumentos de impostos.