domingo, 29 de março de 2015

Por que o método fônico alfabetiza e o global/construtivista, não?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O fato marcante na educação brasileira é que o método adotado para a alfabetização não alfabetiza. A afirmação é feita pelos maiores especialistas na área, fundamentada em estudos científicos. E as estatísticas comprovam: das 100 melhores escolas brasileiras, segundo notas do IDEB, mais de 70 são do Ceará e usam método fônico.

Entre as capitais, Teresina, no Piauí (com IDH baixo, menor média em renda per capita) é líder na educação fundamental anos iniciais entre todas do país. Suas escolas municipais adotaram o método fônico.

O neurocientista Stanislas Dehaene há 20 anos estuda o impacto dos números e das letras no cérebro humano. Ele afirma que o método mais eficaz de alfabetização é o que chamamos fônico. Ele parte do ensino das letras e da correspondência fonética de cada uma delas, como se fazia antigamente. Estudos mostraram que a criança alfabetizada por esse método aprende a ler de forma mais rápida e eficiente com excelente compreensão de texto. Em pouco mais de 80 a 90 dias um aluno do primeiro ano do fundamental alfabetizado pelo fônico lerá e escreverá com autonomia e perfeita compreensão.

Os métodos de ensino que seguem o conceito de educação global/construtivista, por outro lado, mostraram-se ineficazes. Neste método primeiro se deve aprender o significado da palavra e, numa próxima etapa, as letras que a compõem. O resultado é catastrófico: a criança que deveria ser alfabetizada em menos de um ano pelo fônico vai precisar de mais 4 para aprender escrever e ler de forma rudimentar e sem boa compreensão do texto. Elas estão terminando seu ciclo sem se alfabetizar e entrarão no ensino médio, na rede pública, sem ter compreensão do que leem. Alguém contesta essa realidade nas escolas públicas do país?

E por que o método global/construtivista é ineficaz?

Dehaene explica que se verificou em pesquisas com pessoas de diferentes idiomas que o aprendizado da linguagem se dá a partir da identificação da letra e do som correspondente. Esse processo ocorre no lado esquerdo do cérebro. No método construtivista a criança primeiro aprende o sentido da palavra, sem necessariamente conhecer as letras. Neste caso o lado direito do cérebro é ativado. Mas a decodificação dos símbolos terá que chegar ao lado esquerdo para que a leitura seja concluída. Para Dehaene é um processo mais demorado, que segue na via contrária ao funcionamento do cérebro.

- Num certo sentido, podemos dizer que esse método ensina o lado errado, primeiro. porém, as crianças que aprendem a ler processando primeiro o lado esquerdo do cérebro estabelecem relações imediatas entre letras e seus sons, leem com mais facilidade e entendem mais rapidamente o significado do que estão lendo - diz o neurocientista.

Os defensores das teorias de Jean Piaget não conseguem responder uma pergunta simples: porque o método fônico alfabetiza uma criança em menos de seis meses (com autonomia na leitura, escrita e compreensão ) e o global não faz isso nem em 5 anos? Ou porque os resultados obtidos pelos estudantes brasileiros no Pisa - Programa de Internacional de Avaliação de Estudantes - são péssimos em todas as áreas? Pra quem não sabe, a classificação do Brasil, entre 63 países avaliados em línguas e matemática, é 58ª colocado. Nossos melhores alunos se comparam aos piores dos países chamados primeiro mundo.

Enquanto nossos melhores alunos não passam da nota 3 em matemática, os chineses, coreanos estão em sete. Porque esse disparate? Uma criança mal alfabetizada não terá habilidades de leitura e, consequentemente, gosto por ela. Quem não lê não conquista conhecimento e sua vida no ensino médio será o caos, como todos já sabemos.

Os defensores do fônico tem base científica contra as teorias de dois séculos passados de Piaget. A questão é mais simples: os resultados obtidos deveriam dar a resposta, mas os defensores de pedagogias lastreadas em crenças insistem em manter o método.

Neurociência: fônico alfabetiza.

Doutor em desenvolvimento da cognição e psicolinguística, o português José Morais defende o envolvimento da neurociência na alfabetização para reformar os pensamentos pedagógicos. Ele diz que a psicologia cognitiva mostra que a leitura de textos não é uma elaboração contínua de hipóteses sobre as palavras do texto, mas sim, um processo automático, não intencional e muito complexo de processamento das letras e das unidades da estrutura fono-ortográfica de cada palavra, que conduz ao seu reconhecimento ou à sua identificação.

E como é essa relação entre a atividade cerebral e a leitura? Em matéria de O Globo, em 2014, José Morais (nada a ver com um homônimo do MEC, por favor, não confundam) diz:

- A leitura visual não se faz nos olhos, mas no cérebro — a retina, embriologicamente, faz parte do cérebro. Não há leitura sem uma atividade cerebral que mobiliza vastas regiões do cérebro e, em primeiro lugar, a chamada Área da Forma Visual das Palavras. Ela se situa no hemisfério esquerdo do cérebro e não é ativada por palavras escritas nos indivíduos analfabetos. Nos alfabetizados ela é ativada fortemente, e o seu grau de ativação aumenta à medida que a criança aprende a ler. No leitor competente, a leitura de um texto baseia-se no reconhecimento ou na identificação das palavras escritas sucessivamente.

À medida que elas são processadas, essa informação é enviada para outras áreas cerebrais que se ocupam do processamento da língua, independentemente da modalidade perceptiva (em particular, o processamento semântico e sintáxico), assim como da codificação da informação na memória de trabalho verbal e do acesso à memória a longo prazo. Tudo isso permite a compreensão do texto e a sua interpretação e avaliação.
Diante do caos na educação, o governo federal lançou o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa que, absurdamente, estabelece 8 anos quando, em todo mundo e mesmo nas escolas particulares brasileiras que não usam construtivismo, a alfabetização, pelo método fônico, é alcançada em menos de um ano. Diante de tantas provas, resultados e evidências, porque o MEC mantém teorias que contrariam a ciência?

- Porque crianças da rede pública tem que ser alfabetizadas aos 8 anos quando as do ensino privado aprendem aos 5 ou seis anos? - pergunta José Morais. Na verdade, o método global não consegue alfabetizar em todo turno do fundamental.

- É uma obrigação social e moral que o Estado fixe a idade de início da alfabetização. Se as crianças da elite aprendem aos 5 ou 6 anos na família ou em colégios particulares, não está certo que as do povo só sejam alfabetizadas (capazes de ler com compreensão e de escrever) aos 8 anos. Está se desviando a atenção daquilo que realmente é importante: a política certa, política de reprodução de privilégios ou política pública realmente democrática.

Países como França, Inglaterra, não financiam programas de alfabetização que descartem o método fônico e, vão além: restringem as teorias de Jean Piaget e nem a possibilidade de convivência dos dois métodos. Motivo: a teoria piagetiana contraria a ciência, simplesmente assim. O método de Piaget é aplicado nos países com os piores resultados em educação, como o México e Brasil.

O que é preciso mais para convencer nossos governantes que o erro maior está no método? Xinga-los? Mais do que já são?

Esperar que os pseudo intelectuais do MEC - a maioria colocada lá na época do PSDB - mudem, será demorado. Mas o governador do estado mais rico e avançado do país insistir em manter uma teoria mofada como método de alfabetização nas escolas paulistas, é desesperador. Só para lembrar: o atual secretário da educação do estado, Herman Voorwald, é um unespiano domesticado pelo construtivismo.

sábado, 28 de março de 2015

A verdade sobre a Pátria Educadora

Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O lançamento da Pátria Educadora, tida como a menina dos olhos da presidente Dilma nada mais é que fumaça para encobrir o engodo: a presidente cortou mais de R$ 7 bilhões nas verbas da educação, a maior redução entre todos os ministérios que perderão, no total, R$ 22,7 bilhões. 

Boa parte da verba deveria ser destinada aos estados que nada receberam. Para evitar críticas, a presidente simulou um projeto pomposamente chamado Pátria Educadora e colou no MEC um filósofo e professor de ética política para navegar dentro do partido que, faz tempo, esqueceu o que é isso. 

Dilma cortou R$ 7 bilhões da educação
As entidades de educação estão preocupadas com os bloqueios de verbas e muitas faculdades ajuizaram ações contra o governo federal por falta de pagamento do Fies. As universidades federais, quase no limite para o funcionamento, muito estão apreensivas. Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, disse que os cortes estão na contra-mão do discurso do governo que anuncia a Pátria Educadora e ao mesmo tempo corta R$ 7 bilhões do MEC. "Fazer ajuste fiscal usando educação, ciência, tecnologia e inovação é dar tiro no pé" - disse ela. O Ministério da Ciência e Tecnologia sofreu um corte de 16,1%. Cerca de 65% das bolsas do MEC foram cortadas.

Nas mãos de Dilma o ano de 2014 foi uma catástrofe com alta da inflação e crescimento de 0,1%. Os especialistas em economia apontam que 2015 e 2016 serão de dificuldades. Com a crise econômica o país inteiro sofre. Todos os governos estaduais reduziram suas despesas considerando as dificuldades federais.

Recorde-se, diante de tantos cortes como economia, que só na Petrobras a corrupção levou mais de 60 bilhões de reais. Se as expectativas econômicas são ruins, na gestão do MEC a preocupação é grande com a chegada do novo ministro Renato Janine Ribeiro. Segundo Janine "nada de currículo, cursos abertos sem definição profissional, muita liberdade aos alunos e muita cultura".

Para as crianças do ensino básico que não aprendem e escrever com 4 anos de escola... que vão para o ensino médio sem entender o que conseguem balbuciar ... e chegarão as universidades sem saber fazer uma continha mais complexa... e um ministro filosofando sobre cultura... o resultado deve ser catastrófico, como a economia da Dilma.

“Há milhares de profissões", escreveu Janine numa coluna de jornal. “No limite, cada um cria a sua. Profissão, emprego, orientação sexual, estado civil, crenças políticas e religiosas, tudo isso se combina como um arco-íris felizmente enlouquecido. Ninguém é mais obrigado a se moldar a um pacote. Mas isso não é fácil, exige uma interminável descoberta de si e, por que não dizer, coragem pessoal.”

Deu pra entender? Essa é a Pátria Educadora da Dilma.

segunda-feira, 23 de março de 2015

PT quer jogar negros contra médicos do SUS

Uma campanha do próprio governo federal tenta jogar os negros contra médicos do SUS anunciando que “… em 2012 a taxa de mortalidade por doença falciforme entre pessoas pretas foi de 0.73 mortes e 0.28 entre pardas, enquanto na população branca foi de 0.08 (por 100.000 habitantes)”. 

No site ainda existe uma convocação: "Se presenciar casos de racismo na rede pública de saúde, disque 136 e denuncie."

Ocorre que a anemia falciforme é uma doença predominante entre negros, por genética e hereditariedade, mas que pode manifestar-se também nos brancos. Qualquer livro médico diz que a anemia falciforme pode matar mais negros do que brancos. Portanto isso ocorre não porque os médicos do SUS sejam racistas.

“Quem deveria de verdade sofrer campanha anti-racismo neste caso são as doenças e não os profissionais que trabalham no SUS. Vamos colocar no holofote as atitudes racistas que a anemia falciforme propaga, assim como o câncer de próstata e a hipertensão arterial, que insiste em adoecer mais negros do que brancos”, ironizou a página Academia Médica.

A doutora Martha Mariana Arruda, médica hematologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, sobre o assunto, afirma:

- Dizer que os pacientes falciforme morrem mais porque o SUS é racista equivale a dizer que as mulheres morrem mais de câncer de colo uterino do que os homens porque o SUS é machista.

Depois que houve reação da Associação Médica Brasileira, o site do governo incluiu uma frase dizendo que “a maioria não sabe, mas a população negra precisa de cuidados específicos para doenças como a anemia falciforme". Logo depois tirou a campanha do ar. O vídeo da campanha abria dizendo abertamente que ainda existe racismo no atendimento de saúde no Brasil.
Convocar exército do MST para lutar, acusar os brancos de olhos azuis e jogar negros contra brancos é discriminação e incitação à violência. É assim que o PT faz: mente.

Este tema foi publicado no blog de Felipe Moura Brasil.

O caminho para a ditadura no Brasil

Segundo Lula, o Foro São Paulo foi uma ideia dele numa reunião com Fidel, crédito difícil diante de tantas mentiras contadas por ele. Esquerda, narcotraficantes, sequestradores e criminosos, na mesma mesa.

Felipe Moura Brasil, articulista da Revista Veja, resumiu o que é o Foro de São Paulo e concluiu: este é o maior inimigo do Brasil. O Foro de São Paulo é um congresso de governantes de "esquerda", terroristas, sequestradores, narcotraficantes e criminosos comuns. O evento nasceu em 1990 de uma reunião entre Lula e Fidel Castro. O objetivo é implantar, no mundo, ideais "socialistas" e, para tal, não importam os meios para se conseguir os resultados: terror, sequestro, tráfico de drogas, assaltos, corrupção e violência armada.

Entre participantes do Foro estão os membros das Farc - Forças Armadas Revolucionárias Colombianas, movimento conhecido por arrecadar dinheiro com tráfico de drogas - e o Movimiento de Izquierda Revolucionária, o MIR, do Chile, especializado em sequestro e pedidos de resgate. Esse foro atuou escondido no Brasil até 1997, quando foi descoberto e divulgado na imprensa. O encontro é realizado em vários países latino-americanos. Entrevistas e vídeos mostram abertamente suas estratégias e táticas e a convivência do PT com os grupos narcotraficantes da Colômbia, como diz o próprio Hugo Chavez, em vídeo de 2008.

Governantes de esquerda sentados na mesma mesa
com narcotraficantes e sequestradores". Veja o vídeo.

O próprio comandante das Farc, Raúl Reyes, morto pelo exército colombiano, disse para a Folha de São Paulo, em 2003, que seu grupo mantinha contatos estreitos com o PT. Citou que sacerdotes católicos que lideravam movimentos como sem-terras e sem-teto mantinham contatos com o grupo guerrilheiro colombiano além de jornalistas, estudantes e sindicalistas. Entre os contatos citou Frei Beto.

O PT sempre negou o fato, confirmado por documentos e entrevistas de Reyes à Folha e Chavez, no vídeo acima, por exemplo. Para Olavo de Carvalho, o discurso de Lula em 2005, para comemorar os 15 anos do Foro, "é a confissão explícita de uma conspiração contra a soberania nacional". O Brasil acabou, por essas vias, adotando decisões tomadas por uma cúpula estrangeira formado também por criminosos que traficam drogas e sequestram pessoas para a obtenção de recursos. Em várias ocasiões Lula mentiu sobre o assunto que, mais tarde, ele mesmo confirmou.

O uso de dinheiro vindo das drogas e a associação de partidos de esquerda com o crime organizado é um fato comprovado. Olavo de Carvalho cita que "o traficante Fernandinho-Beira Mar confessou a compra de toneladas de cocaína das Farc em troca de armas contrabandeadas do Líbano. Mais tarde a polícia do Rio prendeu 18 traficantes do Comando Vermelho que viajavam frequentemente até a fronteira com a Colômbia para "pegar drogas" com os comandantes das Farc. Na contrapartida, PCC e Comando Vermelho lançam ataques para aterrorizar a população próximos das eleições.

Lista também que em 2001 Lula lançou um manifesto de apoio à guerrilha colombiana e condenando o governo do país pelas ações militares contra as Farc. Em 2003 se negou a classificar as Farc como grupo terrorista. Em 2005 os narcotraficantes tinham enviado 5 milhões de dólares para a campanha de Lula, assunto "investigado" de maneira suspeita e nunca comprovado oficialmente.

Mais tarde, o "padre" Medina, acusado de trazer os milhões de dólares ao PT, recebeu asilo político do governo de Lula. Em 2008, durante o Foro São Paulo, em Montevidéu, o tom dos discursos foi contra o "imperialismo americano", capitalismo e extrema direita.

O vice-almirante da Venezuela, Iván Carratú, em mensagem do exterior, denunciou que seu país já estava nas mãos de Fidel Castro desde 1992. Lula fez campanha para Chavez e Maduro, responsáveis pela morte de dezenas de jovens estudantes que saíram em manifestações contra a ditadura no país.

al e qual na Venezuela, o PT vai aparelhando o judiciário para obter sentenças favoráveis em embates nesse campo. Exemplo: inocentar corruptos. O mesmo ocorre no Equador, Bolívia, Argentina. Pior, muito pior, é o aceno de Dilma ao terrorismo internacional. Sua intervenção, na ONU, em favor do Estado Islâmico e o recente assassinato de Nisman, promotor que apresentaria provas de participação dos Kirchners no atentado contra uma sinagoga na argentina que matou 85 judeus.


Em resumo: o comunismo faliu na URSS, caiu o Muro da Vergonha na Alemanha Oriental comunista, a China adotou o capitalismo, Cuba está falida e reatou com os Estados Unidos como salvação do seu povo, a Coreia do Norte é a vergonha mundial do socialismo com 18 dos 23 milhões de habitantes passando fome, a Venezuela e Argentina estão no mesmo caminho de desordem e total desabastecimento e o Brasil caminha para uma ditadura.

Montevideu, 2008: o mesmo discurso mofado e ódio
contra norte-americanos
Lula diz que o povo cubano tem mais dignidade
que o brasileiro.

Olavo de Carvalho enumera os cinco crimes do Foro de São Paulo, em texto de agosto de 2013:

1) Deu abrigo e proteção política a organizações terroristas e a quadrilhas de narcotraficantes e sequestradores que nesse ínterim espalharam o vício, o sofrimento e a morte por todo o continente, fazendo mesmo do Brasil o país onde mais cresce o consumo de drogas na América Latina.

2) Ao associar entidades criminosas a partidos legais na busca de vantagens comuns, transformou estes últimos em parceiros do crime, institucionalizando a ilegalidade como rotina normal da vida política em dezenas de nações.

3) Burlou todas as constituições dos seus países-membros, convidando cada um de seus governantes a interferir despudoradamente na política interna das nações vizinhas, e provendo os meios para que o fizessem “sem que ninguém o percebesse”, como confessou o sr. Lula, e sem jamais ter de prestar satisfações por isso aos seus respectivos eleitorados.

4) Ocultou sua existência e a natureza das suas atividades durante dezesseis anos, enquanto fazia e desfazia governos e determinava desde cima o destino de nações e povos inteiros sem lhes dar a mínima satisfação ou explicação, rebaixando assim toda a política continental à condição de uma negociação secreta entre grupos interessados e transformando a democracia numa fachada enganosa.

5) Gastou dinheiro a rodo em viagens e hospedagens para muitos milhares de pessoas, durante vinte e três anos, sem jamais informar, seja ao povo brasileiro, seja aos povos das nações vizinhas, nem a fonte do financiamento nem os critérios da sua aplicação. Até hoje não se sabe quanto das despesas foi pago por organizações criminosas, quanto foi desviado dos vários governos, quanto veio de fortunas internacionais ou de outras fontes. Nunca se viu uma nota fiscal, uma ordem de serviço, uma prestação de contas, um simulacro sequer de contabilidade. A coisa tem a transparência de um muro de chumbo.

sábado, 21 de março de 2015

Salário dos professores brasileiros: Pátria Educadora, onde?


Revista Veja

Dados da OCDE (Organização para a Cooperação Desenvolvimento Econômico) mostram que os salários dos professores brasileiros são extremamente baixos quando comparados a países desenvolvidos. Divulgados nesta terça-feira (9), os valores fazem parte do estudo Education at a Glance 2014, que mapeia dados sobre a educação nos 34 países membros da organização e 10 parceiros, incluindo o Brasil.

De acordo com o estudo, um professor em início de carreira que dá aula para o ensino fundamental em instituições públicas recebe, em média, 10.375 dólares por ano no Brasil. Em Luxemburgo, o país com o maior salário para docentes, ele recebe 66.085 dólares. Entre os países membros da OCDE, a média salarial do professor é de 29.411 dólares. Quase três vezes mais que o salário brasileiro.

Até mesmo em países da América Latina como Chile e México, os professores recebem um salário consideravelmente maior que o brasileiro, 17.770 e 15.556 dólares respectivamente. Entre os países mapeados pela pesquisa, o Brasil só fica à frente da Indonésia, onde os professores recebem cerca de 1.560 dólares por ano. Os valores são de 2012, com dólares ajustados pela paridade do poder de compra (PPC).

Privatizar ou não privatizar?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Muitos se dizem contra as privatizações. Mas não explicam exatamente porque ou, vociferam em defesa do patrimônio público. Desconhecem a história, os fatos, mas querem manter um discurso nacionalista, politicamente correto.
Privatização é o processo de venda de uma empresa do governo (federal, estadual ou municipal) para o setor privado. Isto é feito através de leilões públicos. Em alguns casos o governo continua dono, mas como sócio minoritário.

O termo privatização surgiu na década de 1930, no jornal The Economist, na Inglaterra. Igual a privatizar é desestatizar, isto é, deixa de pertencer ao patrimônio do Estado. 

A maioria dos países de primeiro mundo privatizou suas empresas públicas, antes dirigidas por políticos, de forma ineficiente. Nas mãos dos empresários, mas com exigências em contrato para prestação serviços de qualidade e baixo custo, os resultados foram exuberantes. Os investimentos que os governos fariam nas empresas estatais passaram a ser aplicados em outras áreas. 

No Brasil, o setor de telefonia é um bom exemplo de privatização. Antes, os telefones eram monopólio do Estado. Os serviços eram ruins, sem tecnologia, custos altíssimos e não atendiam a demanda. Muita gente queria telefone mas as empresas públicas não conseguiam expandir. Resultado: uma linha de telefone fixo chegava a custar entre R$ 3 a R$ 20 mil reais, conforme a cidade e a área. Telefone celular era limitado e custava muito. Ter telefone, antes da privatização, era sinal de riqueza tamanha a dificuldade para conseguir um.

Quando a área foi privatizada, no final da década de 90, isto é, saiu das mãos do governo e passou para empresas privadas, as ofertas de linhas e telefones explodiram caindo os preços de forma razoável, melhorando a tecnologia e com grandes investimentos passou a gerar mais empregos.

Só para se comparar: vinte anos atrás o Brasil tinha uma média de 8,4 telefones para cada 100 habitantes. Os Estados Unidos, na mesma época, 66 por 100 pessoas. Atualmente o Brasil tem mais celulares que seu número de habitantes. Se dependêssemos do investimento estatal, ainda estaríamos na idade medieval da telefonia. Por ideologia, os governantes de esquerda querem as empresas nas mãos do Estado. Assim foi na extinta URSS, Alemanha Oriental, Cuba. O resultado todos conhecemos: faliram.

Considere que todos os setores, nas mãos do governo brasileiro, não funcionam: saúde, rodovias, portos, segurança, educação e as estatais, ineficientes como a Petrobras, tem servido de cabide de emprego e fonte de corrupção. Portanto, não há interesse que essa "mina de recursos" saia das mãos políticas. Nos Estados Unidos não há uma única petroleira que pertença ao governo e lá não se argumenta que o setor seja mantido estatal por ser estratégico.

Privatizar ou não privatizar?

Os países mais desenvolvidos do mundo privatizaram. Os mais atrasados, como Nigéria, Venezuela, Rússia e Brasil, não. 

quarta-feira, 18 de março de 2015

Solidariedade e fé

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Faz muito tempo, em certa noite de muito frio, viajava com minha família quando meu carro, na época um Galaxie, simplesmente parou de funcionar. Depois de algumas tentativas, desisti do conserto. Pegar uma carona até o posto mais próximo - na época não havia celular - seria a melhor maneira de começar a resolver o problema.

O mais improvável era que alguém parasse ao meu sinal, naquela estrada deserta.

Minha mulher insistiu que pedisse carona. Que, pelo menos eu tentasse. Cético, apontei com as minhas mãos o gesto de carona para o primeiro par de faróis que passou. Não acreditei quando vi ascenderem as luzes do breque do carro que passou e parou uns 50 metros adiante. Deu marcha a ré e desceram do Maverick, dois jovens. No carro ficou uma mulher.

Serei assaltado? - perguntei-me um pouco preocupado. No banco traseiro do Galaxie estavam meus três filhos, dormindo.

- O que houve, amigo? - perguntou um deles. O tom era de cordialidade.
- O carro parou de repente depois de engasgar. E cheira gasolina - expliquei, abrindo o capô. Não demorou muito para ouvir o diagnóstico: diafragma furado da bomba de gasolina.

- João, pega a maleta - pediu um ao outro. João voltou do Maverick com uma maleta gigante. Quando abriu, assustei me com tantos compartimentos e ferramentas dentro dela.

- Amigo, nós temos uma oficina em Americana. Temos bons mecânicos e o João é o melhor deles. Para trocar essa bomba é preciso uma chave especial. E nós temos aqui. - explicou o que parecia ser o dono. - O único problema é que precisaremos do diafragma.

Na época havia racionamento e os postos de gasolina não abasteciam a noite. Mesmo assim eles foram até a cidade mais próxima e trouxeram a peça que foi trocada ao som de um violão que o João tocava muito bem.

- Você é o Edson Joel? - perguntou a moça que descera do Maverick, esposa de um deles, me reconhecendo de um programa de televisão que eu participava. Só faltou um churrasco na madrugada diante de tanto assunto pra se comentar. O carro estava consertado. Insisti mas nada quiseram cobrar pelo serviço.

Reabasteci o Maverick com a gasolina do Galaxie (um verdadeiro posto de gasolina, certo?) e continuei minha viagem com minha esposa e três filhos pequenos, agradecido àqueles jovens tão solidários.

- Ainda bem que você insistiu tanto para eu pedir carona - disse à esposa. - Afinal, de noite, estrada deserta e com esse frio, quem pararia pra ajudar alguém?

- Eu tinha orado - respondeu ela com a calma de quem tem muita fé.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Tolerância demais


O recado está dado.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

A sociedade chegou ao limite da tolerância. Aliás, se tivesse tolerado menos não precisasse tanto esforço e tantos anos para mostrar sua insatisfação diante dos desmandos praticados por Lula e sua afilhada Dilma, ambos desmoralizados pelas manifestações recentes. Lula não transfere o discurso tão desejado pela esquerda porque é um ignorante das palavras e não lê. Se lê, não entende. Restou-lhe colar a ideologia na figura nojenta do populista. Ela é intelectualmente indigente e sequer consegue produzir uma única frase lógica. Ela lê no teleprompter, mal lido, o que lhe escrevem os marketeiros. Exemplos disso estão no site presidencial que registra, oficialmente, todos os seus discursos. Seguramente é uma doente ou essa confusão mental vem de medicamentos. 

Pois são eles que estão no poder faz tanto tempo. E são eles os responsáveis pelo caos que vivemos.

As manifestações de 15 de março, no Brasil e no mundo, traduziram-se no mais importante recado popular desde as Diretas Já. Esse recado é mais que uma advertência à incompetência e corrupção do governo petista: é um basta a pretensões de cercear o direito às liberdades, de todas, já pré-anunciadas por senadores e deputados petistas. O PT quer calar a imprensa. 

Este recado é, também, uma advertência aos comandos militares que se submeteram às ordens de um diplomata anão e de político serviçal do derrocado comunismo cubano. A sociedade, ontem, quis lhes dizer: resgatem a dignidade das forças armadas brasileiras e se imponham como defensores de um país prestes a cair nas mãos de uma ditadura comunista. O povo não lhes quer como seus governantes, mas como forças que lhes defendam dessas armadilhas.

O brasileiro tolerou demais. Esse foi o erro.

PS: O PT não aprende. Após as manifestações, Dilma, com receio de levar outro panelaço, mandou dois ministros despreparados para a televisão, José Eduardo Cardozo, da Justiça e Miguel Rosseto, da Secretaria-Geral da Presidência. Cardozo, limitado intelectual e político, fez um discurso comum, sem criatividade, sem respostas diante das demandas do país. Limitaram-se a informar que Dilma anunciará, brevemente, medidas contra a corrupção (praticada por políticos e diretores de estatais indicados por ela). Não convenceu ninguém.

Rosseto foi repetitivo e, sem noção da grandeza dos reclamos populares, fez o favor de provocar a ira popular afirmando que os manifestantes eram apenas os que não votaram na Dilma. O cargo, que poderia "passar" certa nobreza à Cardozo, nada mais tem sido que um escritório de advogado de porta de cadeia para livrar os petistas acusados e condenados por corrupção e outras maracutais. Nem pra isso tem servido. 

Os dois foram severamente punidos com um fragoroso panelaço.

PS(2): Miguel Rosseto acabou de ser destituído da função de porta-voz, acusado pelos próprios colegas de governo de provocar confusão na hora errada. Bestial!







domingo, 15 de março de 2015

Um general contra os desmandos do PT

General de Brigada Paulo Chagas
12 de março de 2015

Nos regimes democráticos, manifestações populares são formas de exteriorização de desagrado que têm por objetivo provocar mudanças em favor do interesse dos manifestantes.

O atual governo brasileiro, em início de mandato, o quarto do que chamo de “era pós-moral” – como consequência de si próprio e dos que o antecederam –, todos sob a égide do Partido dos Trabalhadores, amarga uma onda crescente de manifestações. Até agora, a mais importante delas foi a dos caminhoneiros que, pela abrangência e importância estratégica, pôs em xeque a utilização do sistema viário nacional, o abastecimento e o próprio desempenho de certas atividades e regiões econômicas.

No mesmo embalo, não com as mesmas consequências mas com abrangência e significado político muito maior, organiza-se pelas redes sociais outro movimento popular de protesto e de contraposição ao governo, a realizar-se em 15 de março próximo.

O projeto de poder petista, nos moldes bolivarianos estipulados pelo Foro de São Paulo, colhe os frutos do seu desprezo a regras mínimas de respeito à inteligência e à paciência da sociedade. Ambição, desonestidade, corrupção, incompetência, demagogia, malversação, mentira, propina, desvio, estelionato, apropriação, dilapidação, impunidade, destruição e outros, sem restrições à imaginação e à criatividade delituosa, são os substantivos que definem a forma escolhida para gerenciar a coisa pública e que, aparentemente, atingiu o ponto limite da tolerância popular!

Os fins populistas, falsamente conquistados, não justificam os conchavos e as negociatas que levaram o Brasil, como um todo, às portas da bancarrota e sua mais importante empresa à quase insolvência no mercado mundial.

O tempo do Partido dos Trabalhadores esgotou-se junto com a transigência da sociedade brasileira, sua grande vítima. O entusiasmo com que os brasileiros finalmente esclarecidos se preparam para o Movimento Cívico de 15 de Março atesta esta afirmação.

Se as manifestações populares, por definição, visam e reivindicam mudanças, estas, para legitimar-se, devem escudar-se na viabilidade e na processualística estabelecidas na Lei Maior.

A importância do movimento de 15 de março será medida pelos efetivos que conseguir mobilizar, pelo comportamento ordeiro dos participantes e pela veemência da demonstração de repúdio ao engodo de que têm sido vítimas.

Deve servir de base e motivo para que os representantes do povo – eleitos para fazer valer a sua vontade, no exercício de seus mandatos e dentro dos limites da legalidade – assumam o bastão da demanda e deem efetividade às mudanças exigidas pelas ruas!

O processo judicial em curso da Operação Lava Jato, pela exemplar seriedade com que está sendo conduzido, pela abrangência e pela gravidade dos crimes financeiros que está a elucidar, certamente trará à luz verdades e evidências que abraçarão o sentimento nacional e que darão respaldo às decisões e às atitudes legislativas que, finalmente, responderão à vontade popular.

Que assim seja!

Em havendo guerra...

Por Gen Bda Paulo Chagas

Parece absurdo, mas ainda existem pessoas no Brasil, ligadas ou não ao Partido dos Trabalhadores, que querem para nós o triste destino do povo cubano, onde o regime de força da "famiglia Castro" distribui a miséria, a fome e a doença e confisca todas as liberdades, inclusive a de pensar e discordar.

O tempo se tem encarregado de transformar o engodo em realidade e de fazer com que os menos ignorantes enxerguem o quanto têm sido ingênuos ou coniventes com o mal chamado PT. A consequência, lógica e democrática, será a sua derrota nas eleições de outubro e a alternância de partidos e propostas no poder da república. Como diz o sábio ditado popular, "não há mal que nunca acabe, nem há bem que sempre dure" e, parece, está chegando o dia em que a democracia indicará o fim desse tempo e a saída deles do poder. 

Resta saber se, quando efetivar-se a derrota, os vencidos entregarão, conforme manda a lei, os postos e privilégios com os quais se têm locupletado e lambuzado, desde o primeiro mandato da era pós moral, sob a liderança do Sr Lula da Silva e seus muitos ladrões.

Os indícios do desconforto dos que não reconhecem a via democrática já são audíveis. Seus temores revelam-se nas manifestações, nas declarações e nas palavras de ordem da militância que, sem subterfúgios, não nega seu desejo de que a “América Latina seja toda comunista”! 

Gen Bda Paulo Chagas
Lula da Silva, ao pressentir a derrota, ameaça: "Eles não sabem do que somos capazes!". João Pedro “Stalinde” promete que, em caso de a vitória da oposição, haverá guerra! O MST, o MTST, os Black “Bosts” - protegidos do PSOL e do PC do B -, os sindicatos comprometidos, o crime organizado, a UNE, os apaniguados e incompetentes aboletados em cargos públicos e "de confiança", os corruptos de todos os matizes e a legião de desocupados, intimidados pela fome, são os meios que podem ser mobilizados para o cumprimento das ameaças e das promessas de negar o direito e a verdade das urnas! 

No entanto, caso isto ocorra, ou seja, se ousarem fazer a guerra, não restará à Nação outra alternativa que o emprego das Instituições que, sendo portadoras de suas armas, detém o dever, o poder e a competência para lutar na guerra, fazer valer e cumprir a lei e assegurar a ordem interna.

Peçamos a Deus para que estas promessas e ameaças não ultrapassem os limites da bravata e que as Forças Armadas não precisem ser empregadas para defender a vontade nacional, expressa nas urnas! Que a Sabedoria de Deus nos inspire, agora e sempre! Nenhuma ditadura serve para o Brasil!

(Grupo Terrorismo Nunca Mais)

sexta-feira, 13 de março de 2015

Barack Obama é mestiço

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Barack Hussein Obama II, o atual presidente norte americano nasceu em 4 de agosto de 1961, em Honolulu, Estado do Havai. Ele é mestiço.

Seu pai, Barack Obama, era um negro queniano da etnia luo, formado em economia. Sua mãe, Ann Dunham, era branca, nascida em Wichita, estado do Kansas, filha de Madelyn Lee Payne e Stanley Armour Dunham, ambos brancos. Ela era antropóloga.

Os pais do presidente se conheceram em 1960, no Havai e se casaram em fevereiro do ano seguinte. Naquela época o casamento entre pessoas de cores diferentes não era proibido naquele estado. Eles se separaram quando Obama II tinha 5 anos de idade. Obama pai, que era estudante bolsista no Havaí, retornou ao Quênia e se encontrou com o filho apenas uma vez, antes de morrer em 82, num acidente de carro.

Obama sempre foi criado pela mãe Ann e pelos avós maternos. Ann se casou de novo em 1965 com o estudante indonésio Lolo Soetero que pós-graduava em geografia na Universidade do Havaí e com ele teve uma filha, Maya Soetero, meia irmã de Obama. Em 1967 mudaram-se para Jacarta, terra de Soetero. Obama estudou em escolas locais dos seis aos 10 anos e, ainda criança, admitiu ter usado cocaína e haxixe.

Obama II formou-se em ciências políticas na Universidade de Columbia e advogado pela Harvard e é o atual presidente dos Estados Unidos, eleito pela primeira vez em 2008. Obama é Nobel da Paz, título conferido em 2009, ano de sua posse.

Barack Obama e Ann Dunham, pais do presidente americano

Lolo Soetero (padrasto de Obama) Ann Dunham (mãe), Maya Soetero (meia irmã) e Barack Obama, aos 10 anos.

O avô Stanley Armour Dunham, a mãe Ann, a meia irmã Maya Soetero e Obama, no Havaí.

Obama e Michelle: namoro e casamento

Obama, a esposa Michelle e as filhas Sasha e Malia Ann

terça-feira, 10 de março de 2015

Jovens cubanos ignoram a revolução de Fidel

Quem entrou na universidade?
Nuevos ingresos a la universidad. (14ymedio)
Posted on Setembro 2, 2014 by H. Sisley

YOANI SÁNCHEZ, La Habana | 02/09/2014

Nasceram em pleno Período Especial, viveram aprisionados na dualidade monetária e quando obtiverem seu diploma Raúl Castro já não estará no poder. São mais de cem mil jovens que acabam de ingressar no ensino universitário em todo o país. Em sua curta biografia incluem-se experiências educacionais, batalha de idéias e a irrupção das novas tecnologias. Sabem mais de X-Men que de Elpidio Valdés e só se lembram de Fidel Castro em velhas fotos e documentários de arquivo.

São os garotos do Wi-Fi e das redes piratas, criados com o pacote de audiovisuais e da antena parabólica ilegal. Passam madrugados conectados através de routers, metidos em videojogos de estratégia onde se sentem poderosos e livres. Quem tenta conhecê-los deve saber que tiveram professores emergentes desde a escola primária e através da tela de uma televisão lhes ensinaram gramática, matemática e ideologia. Contudo, terminaram sendo os cubanos menos ideologizados que hoje povoam esta Ilha, os mais cosmopolitas e com maior visão de futuro.

Ao chegar à secundária básica brincaram de arremessar o pão da merenda obrigatória enquanto seus pais passavam furtivamente o almoço através da cerca da escola. Tem uma capacidade física especial, uma adaptação que lhes tem permitido sobreviver ao meio: não escutam o que não lhes interessa, fecham os ouvidos ante as arengas dos matutinos e dos políticos. Parecem mais indolentes que os de outras gerações e realmente o são, porém em seu caso essa apatia se comporta como uma vantagem evolutiva. São melhores do que nós e viveram num país que nada tem a ver com o que nos prometeram.

Faz uns meses estes mesmos jovens protagonizaram o mais famoso caso de fraude escolar que tenha vindo a público. Quem duvida que entre os que conseguiram entrar no ensino superior, alguns tenham comprado as respostas de um exame de ingresso? Estão acostumados a pagar para aprovar, pois tiveram que apelar a ensino particular para que lhes ensinassem os conhecimentos que a escola deveria lhes dar. Muitos dos recém matriculados na universidade tiveram professores particulares desde a escola primária. São os filhos de uma nova classe emergente que usa seus recursos para que seus filhos alcancem uma escrivaninha a direita – ou a esquerda – da Alma Mater.

Estes jovens vestiram-se com uniformes em seus cursos escolares anteriores, porém batalharam para se diferenciar por uma camisa, numa mecha de cabelo descolorido ou através da calça abaixo das cadeiras. São os filhos de quem tinha apenas uma muda de roupa de baixo nos anos noventa, o que fez que seus pais tratassem de que: “não passem pelo mesmo” e tenham apelado ao mercado ilegal para vesti-los e calçá-los. Riem-se da falsa austeridade e não querem luzir como milicianos, gostam das cores intensas, dos brilhos e dos adornos de marca.

Ontem, quando inauguravam o curso escolar, receberam uma peroração sobre as tentativas do “imperialismo de sabotar a Revolução através da juventude”. Foi como um chuvisco que escorre sobre superfície impermeável. Tem razão o Governo em se preocupar, estes jovens que entraram na universidade nunca serão bons soldados nem fanáticos. A argila que os constitui não é maleável.

Tradução por Humberto Sisley Publicado em Uncategorized | Etiquetas Cuba, Educação, jovens, universidade

segunda-feira, 9 de março de 2015

Dilma, a incorrigível

Por Carlos Melo
08 Março 2015 | 09:48

E é esta a impressão que se tem: um governo entalado; engasgado, comprometido, perplexo. Enrascado num sem número de frentes simultâneas de conflitos seríssimos que comprometem a visão do futuro. Um governo desajustado, carente de quadros, coordenação e liderança. Intrigado por dentro, corroído pela elevação de personalidades mais do que de dirigentes. Um governo dependente do acerto de um único ministro, Joaquim Levy, quase um estrangeiro naquelas terras; que não possui a simpatia, o carinho e a confiança de seus pares, e tem sobre si o olhar de bedel vigilante e exigente da presidente de mãos e pés amarrados. Todavia, Dilma, menos altiva que incorrigível, segue em frente com suas verdades sem iniciativa; isolada num grupo restrito — se não de áulicos – de conselheiros desastrados que reforçam os defeitos de sua presidente, pessoalmente, bem-intencionada, mas fechada em seu labirinto, enfrentando minotauros; uns de verdade, outros de ilusão.

Todos temos limites. Mas, fechar-se assim é um erro, um perigo, um desastre. A presidente precisa renovar-se; tomar a poção mágica da reinvenção; libertar-se do feitiço da obstinação errática. Isto é para ontem.

(O Estado de S. Paulo)
Carlos Melo, cientista político. Professor do Insper

domingo, 1 de março de 2015

Sala de aula brasileira é mais indisciplinada que a média, diz estudo

Por Edson Joel Hirano Kamakurade Souza

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, sigla inglesa PISA, concluiu que as salas de aulas no Brasil são mais indisciplinadas, em média, que em outros países. Os dados são de 2009 e foram colhidos entre estudantes de 15 anos de idade de 66 países.

Segundo o resultado, os alunos mais disciplinados são do Japão, Cazaquistão, Xangai e Hong Kong. Entre 88% a 93% dos estudantes destes países responderam que "nunca ou quase nunca o professor tem que esperar que a classe se acalme para começar a aula". Na média mundial este percentual é de 72%. O Brasil registrou apenas 67%, isto é, as salas de aulas no Brasil são uma bagunça e o professor tem que esperar muito para iniciar a aula. Mas Argentina, Grécia e Finlândia estão entre os mais indisciplinados.

A indisciplina tolerada

Os tumultos comuns nas salas brasileiras tem efeito quase que direto sobre o rendimento do aprendizado, afirmam outros especialistas. É comum, no Brasil, que diretores tolerem atrasos na chegado dos alunos. Isto é o princípio da aceitação da indisciplina. Se as aulas começam as 7 da manhã, os portões não deveriam permanecer abertos até as 7:10 (em muitas escolas de ensino médio a tolerância chega a meia hora)  sinalizando que as regras são frouxas. A corrupção começa por ai, neste simples detalhe. Os bons alunos que cumprem horários se decepcionam ao ver a escola prestigiando os desregrados. Pior é que muitos pais criticam escolas rigorosas nos horários.

Relacionamento positivo

A conduta dos alunos melhora quando eles são "levados a sério" por seus mestres. Esse relacionamento positivo influi nos resultados finais. Na proporção que os alunos se interessam mais em aprender cresce também o interesse do professor em dar uma ajuda extra ao educando, conforme mostram os números na Alemanha. Lá o número de alunos que afirmaram receber ajuda do seu professor aumentou de 59% em 2000 para 71% em 2009. No Brasil, claro, essa ajuda extra caiu de 88% em 2000 para 78% em 2009.

A bagunça democratizada

Nas salas brasileiras o professor faz um "combinado" com os alunos sobre as regras disciplinares. Segundo a balela pedagógica instalada nas escolas do país, são os alunos que discutem entre si e produzem as "normas" a serem seguidas, democraticamente. O resultado, todos sabemos: as salas brasileiras são as campeãs em bagunça e violência. O "diálogo" proposto pelos teóricos não funciona.

Título indesejado

Em 2013 o Brasil conquistou novo título em educação: o país com mais "alunos-problema" entre 33 países pesquisados, ao longo do ano. Os professores brasileiros relatam que 6 de cada 10 alunos são agressivos com seus colegas e com eles, roubam e chegam atrasados. Um professor perde o tempo de uma aula, por dia, para manter a disciplina, diz o estudo da OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. No ano escolar de 200 dias serão 160 horas de desperdício.

Com método fônico disciplina melhora

O que os professores mais se queixam é de falta de autonomia e autoridade retiradas com a implantação de invencionices pedagógicas.

Professoras do ensino básico testemunham que a indisciplina caiu 90% depois que a escola passou usar o método fônico de alfabetização.

- Os alunos evoluíram rapidamente porque comprendiam o que nós pedíamos. Antes a gente falava uma língua estranha e a atenção dispersava. Como aprendiam ler e escrever com facilidade tornaram-se exigentes com colegas indisciplinados.

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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Presidente da OAB: honorários irregulares?

Por Felipe Coutinho / 25/02/2015 15h27

As merendeiras e os professores do Piauí, que recebiam menos de um salário mínimo nos 1990, ganharam na Justiça indenização de R$ 400 milhões do governo local. Mas um grupo de advogados, liderado por Marcus Vinícius Coelho, que nem sequer atuou no caso, estava faturando - e antes de muitos dos trabalhadores - R$ 108 milhões desse total; a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça considerou irregulares os honorários dos advogados e mandou suspender os pagamentos.

Cada vez mais candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinícius Furtado Coelho, atuou para que um grupo de advogados do Piauí descolasse honorários superlativos - e, segundo a corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, irregulares - num processo de R$ 400 milhões. Os R$ 400 milhões constituem uma dívida reconhecida pelo governo do Piauí a professores e merendeiras da rede pública do ensino, como forma de compensação por algo básico que eles não tiveram durante um período da década de 1990: ganhar um salário mínimo.

São 11.401 beneficiários que, ao contrário dos advogados, não ficarão milionários com o pagamento da dívida. A média de pagamento, para os sindicalizados, é de pouco mais de R$ 30 mil - alguns beneficiários vão levar anos até receber o dinheiro. ÉPOCA teve acesso à decisão de um processo sigiloso do Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, que considerou irregular a manobra para o pagamento dos honorários advocatícios. Marcus Vinícius nem sequer foi advogado no processo pelo qual ele ganhou os honorários. Foi, na verdade, advogado dos advogados.

Francisco Falcão, ex-corregedor do CNJ e atual presidente
do STJ (Foto: ABr)
A disputa envolve o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí e sucessivas decisões judiciais, contra e a favor dos advogados. Tudo começou em 2006, quando os advogados Luciano Paes e Robertônio Pessoa entraram na Justiça para receber seus honorários pelo caso. Acontece que, na hora de entrar com o pedido no Tribunal de Justiça, os advogados não advogaram em causa própria. Preferiram contratar Marcus Vinícius Furtado Coelho. E foi assim que o atual presidente da OAB entrou no processo, mesmo sem ser advogado do sindicato. Inconformada, uma das sindicalizadas, uma professora aposentada, recorreu ao CNJ em março de 2013. Os honorários já estavam sendo pagos. Em parecer de novembro de 2013 apresentado à Justiça do Piauí, o Ministério Público foi contrário aos pagamentos milionários. O MP falou em “prejuízos irreparáveis”. “O quantum de 27% sobre o valor da condenação apresenta-se fora dos preceitos da lei e da ética, por cobrar valores abusivos e ilegais. A cobrança de honorários advocatícios deve atender aos princípios norteadores da atividade advocatícia e ao respeito aos clientes. A lei protege expressamente o direito do advogado, mas também protege o patrocinado”, afirmaram os promotores.

Em agosto do ano passado, o ministro Francisco Falcão, então corregedor do Conselho Nacional de Justiça, viu problemas semelhantes aos apontados pelo MP do Piauí. E elencou quatro irregularidades nos pagamentos dos honorários dos advogados, determinando a suspensão dos repasses.

Até aquele momento, segundo Falcão, os advogados já tinham recebido R$ 6 milhões. ÉPOCA descobriu que, entre março e julho de 2013, o governo do Piauí pagou R$ 3.698.377,98 aos advogados. Desse montante, a conta no Banco do Brasil do escritório Furtado Coelho, pertencente a Marcus Vinícius, recebeu R$ 407.802,60. Os advogados receberam seis parcelar dos precatórios até a decisão da corregedoria do CNJ. No total, os valores seriam pagos em 144 meses.


Na decisão, o corregedor do CNJ afirmou que os honorários não poderiam ter sido calculados e bancados com os R$ 400 milhões. “A cobrança de honorários contratuais, independente do percentual aplicado, afronta à própria natureza dos sindicatos”, disse Falcão. Se o dinheiro fosse pago pelo sindicato, e não pelos sindicalizados, os honorários advocatícios sofreriam uma enorme redução. Isso porque o sindicato recebe apenas 1% do total - ou R$ 4 milhões. Com os sindicalizados pagando, os advogados recebem 27% dos precatórios (R$ 108 milhões) ao longo dos anos.

Francisco Falcão também pôs em dúvida a legitimidade da assembleia do sindicato que decidiu sobre os honorários. “O desconto de 27% a título de honorários foi autorizado em assembleia convocada para tratar de assuntos de forma genérica, e pouco ou quase nada representativa, do qual participaram apenas 283 sindicalizados, do total de 25 mil profissionais de educação”, disse.

No CNJ, a questão não se resume aos pagamentos. Cabe ao Conselho também apurar a conduta de magistrados. O ministro Francisco Falcão levantou suspeitas sobre o desembargador Luiz Gonzaga Brandão, do Tribunal de Justiça do Piauí, autor das ordens de pagamento aos advogados. Falcão determinou que uma correição fosse feita na área de precatórios do tribunal, em que a dívida de R$ 400 milhões foi tratada. Na prática, Brandão descumpriu uma ordem anterior da Justiça, que havia determinado que, até que fosse resolvido o impasse com os honorários, os valores deveriam ser reservados numa conta judicial. Brandão, contudo, determinou, numa decisão administrativa, que os depósitos fossem feitos nas contas dos advogados - incluindo Marcus Vinícius. "Descumprindo ordem judicial, determinou a liberação dos honorários reservados em favor dos advogados beneficiários", escreveu o ministro na decisão.

Além dessa irregularidade, a decisão do CNJ apontou ainda que Brandão nem sequer poderia ter atuado na liberação dos precatórios. O motivo é simples. O desembargador se declarou suspeito para julgar o processo, mas não se viu impedido de determinar administrativamente os pagamentos aos honorários. Brandão admitiu ao CNJ ser amigo do pai de um dos advogados, embora tenha dito que isso não fez diferença na hora de determinar os pagamentos milionários. “Afora a atuação atípica do desembargador Brandão, pesa ainda sobre o magistrado a suspeição declarada na fase judicial, afastada na fase administrativa”, disse Falcão.

Em nota, o presidente da OAB afirmou que foi contratado para defender os advogados que atuaram em nome do sindicato, mas que não haviam recebido honorários. "O escritório Furtado Coêlho Advogados Associados foi contratado pelos advogados em 2005 para entrar com uma ação na Justiça para receber os honorários a que tinham direito. Em 2007, o Tribunal de Justiça do Piauí determinou este pagamento. Em acordo firmado em 2010 com o sindicato, os advogados abriram mão de receber os honorários sobre os pagamentos futuros dos professores, restringindo o pagamento aos atrasados."

Perguntado sobre quanto recebeu, Furtado Coelho não falou em cifras. "Os honorários do escritório Furtado Coelho Advogados Associados equivalem a 2,43% do total a ser recebido pelos advogados. É importante ressaltar que este percentual não aumentou em nada o total dos honorários pagos aos advogados”. Marcus Vinícius, portanto, ainda teria que receber cerca de R$ 2,2 milhões em honorários.

O presidente da OAB minimizou a decisão da corregedoria do CNJ. "O Conselho Nacional de Justiça não tomou nenhuma decisão sobre este caso. O que houve foi uma determinação individual e isolada do corregedor, mas que não foi levada a plenário. De acordo com o regimento do CNJ, artigo 99, qualquer decisão individual do relator (neste caso o corregedor), 'será submetida a referendo do Plenário na primeira sessão ordinária seguinte', o que não ocorreu”, disse em nota.

Segundo Geovane Machado, assessor jurídico do sindicato, a assembleia questionada pelo CNJ foi uma maneira de agilizar os pagamentos dos precatórios. “Houve essa celeuma toda e na assembleia foi dado aval para o sindicato negociar o pagamento dos honorários no recebimento do precatório, em 27%”, disse. “Marcus Vinícius é advogado dos ex-advogados. Ele teve um percentual em cima dos honorários dos advogados, é um honorário contratual entre advogados”, completou. Geovane Machado disse ainda que os advogados atuaram em favor dos professores, para que os valores depositados fossem isentos de imposto de renda. O desembargador Luiz Gonzaga Brandão não respondeu as perguntas enviadas à assessoria de imprensa do tribunal.

Em relação à matéria publicada, Marcus Vinicius Furtado Coêlho esclarece que:
O escritório Furtado Coelho Advogados Associados não recebeu honorários indevidamente. O pagamento de honorários dos advogados é atrelado ao recebimento dos precatórios dos profissionais de educação. Ou seja, os advogados só recebem à medida que estes profissionais recebem. Leia a íntegra da nota do presidente da OAB