terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"Adoro o ódio eficaz que faz do homem uma violenta, seletiva e fria máquina de matar".

Quem disse isso?

“Enlouquecido com fúria irei manchar meu rifle de vermelho ao abater qualquer inimigo que caia em minhas mãos! Minhas narinas se dilatam ao saborear o odor acre de pólvora e sangue. Com as mortes de meus inimigos eu preparo meu ser para a luta sagrada e me junto ao proletariado triunfante com um uivo bestial.”

"Não posso ser amigo de quem não compartilha das mesmas ideias que eu".

"Adoro o ódio eficaz que faz do homem uma violenta, seletiva e fria máquina de matar".

“Para mandar alguém para o pelotão de fuzilamento, as provas judiciais são totalmente desnecessárias. Esses procedimentos legais são um arcaico detalhe burguês”.

(Frases colhidas no diário de Ernesto Che Guevara)

Orgulho de filhos


Em teste, xampu 'antiqueda' salva no máximo 86 fios por mês

IARA BIDERMAN

A primeira reação à visão dos fios acumulados no ralo do chuveiro, no travesseiro, no banco do carro ou nas roupas é o medo de ficar careca.
"A segunda é entrar na farmácia ou no supermercado e comprar qualquer coisa que traga o apelo de interromper a queda de cabelos", diz o médico Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia.

Para saber o que o consumidor pode esperar desses produtos, a Folha testou o desempenho de oito xampus "antiqueda", promessa repetida em destaque nas embalagens das principais marcas.

O teste foi feito no laboratório da Kosmoscience, empresa de pesquisas na área de cosméticos.

Para avaliar o desempenho, foram contados os fios caídos de mechas de cabelo tratadas com cada um dos produtos "antiqueda" e com xampu comum. A contagem dos fios foi feita após uma simulação que equivale a um mês de lavagens.

O pior efeito observado foi o do xampu Palmolive para homens: o produto salvou só 33 fios de cabelo, uma redução de cerca de 13% na queda observada após o uso do xampu comum.

Em primeiro lugar entre as oito marcas testadas, o Pantene Pro-V evitou que 86 fios caíssem em um mês --redução de 33,5%. "Todos os xampus avaliados apresentaram proteção estatisticamente significativa contra a queda", segundo o estudo. "Uma diferença de 5% já é considerada relevante", afirmou o químico Adriano Pinheiro.

O problema é que a maioria dos consumidores não sabe que os xampus da categoria "antiqueda", seja qual for a marca, só reduzem a queda causada por quebra do fio (provocada por agressões externas, tração etc.).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Revista mostra vida dupla de padres em Roma: missa de manhã e orgias a noite

Para o Vaticano, padres romanos levam vida 'feliz e coerente' com a Igreja

Assimina Vlahou
De Roma para a BBC Brasil


O Vaticano acusou uma revista italiana de provocar um escândalo e desacreditar a Igreja Católica ao publicar nesta sexta-feira uma reportagem sobre sacerdotes homossexuais. Destaque na capa do semanário Panorama, de tendência conservadora, o artigo intitulado "As Noites Selvagens dos Padres Gays" diz que padres da capital italiana teriam uma vida dupla ao rezar missas pela manhã e frequentar festas e ambientes homossexuais à noite.

Durante 20 dias um repórter, cujo nome não foi publicado pela revista, percorreu bares e discotecas romanos frequentados por homossexuais. Com uma câmera escondida, ele documentou o comportamento dos supostos sacerdotes, inclusive durante relações sexuais.
Algumas das fotos foram publicadas para ilustrar o artigo, que traz declarações de sacerdotes e seminaristas cuja identidade foi mantida em sigilo. Segundo o artigo, um dos pontos de encontro dos padres homossexuais da capital seria a discoteca Gay Village, onde um seminarista teria declarado ao repórter que "a Igreja pesca os próprios filhos no ambiente homossexual".

'Dor e surpresa'

"A finalidade do artigo é evidente: criar escândalo, difamar todos os sacerdotes com base na declaração de um dos entrevistados, segundo a qual 98% dos sacerdotes que ele conhece são homossexuais, e desacreditar a Igreja", diz uma nota divulgada pelo Vigariado de Roma sobre a reportagem. "Os fatos contados provocaram dor e surpresa na comunidade eclesiástica de Roma, que conhece bem seus sacerdotes. Eles conduzem uma vida feliz e coerente com a vocação de testemunhar o Evangelho e o modelo de moral para todos.”

O diretor da revista, Giorgio Mulè, se defendeu das criticas do Vaticano, dizendo que a reportagem é bem documentada. Ele declarou ao jornal Il Giornale que pode fornecer nome completo e endereço dos padres que foram filmados durante atos sexuais.

Estrangeiros

Na nota do Vigariado, o Vaticano defende os cerca de 1,3 mil sacerdotes de Roma da acusação de vida dupla. Segundo as autoridades eclesiásticas, eles se dedicariam a testemunhar o Evangelho. Por outro lado, o Vaticano lança dúvida sobre a comunidade de padres estrangeiros que vivem na capital italiana, para onde vêm sobretudo para estudar em Universidades Católicas.

"Em Roma vivem muitas centenas de padres provenientes de todo o mundo para estudar, mas que não são do clero romano nem estão empenhados na pastoral", afirma a nota.Recentemente, o Vaticano anunciou que iria fazer uma inspeção junto aos sacerdotes estrangeiros da capital, sem oferecer mais explicações sobre o motivo de tal verificação.

A carta do Vigariado pede que os padres homossexuais assumam seu comportamento e deixem o sacerdócio, ao mesmo tempo em que promete maior vigor no controle do clero."Ninguém os obriga a permanecer padres, desfrutando apenas dos benefícios. Deveriam ser coerentes e se expor. Não queremos seu mal, mas não podemos aceitar que por causa do comportamento deles a honra de todos os outros seja lesada."

Chantagistas ameaçavam divulgar fotos de figuras importantes da igreja em encontros homossexuais.

Próximo do conclave que elegerá um novo Papa, a igreja Católica vive seus mais conturbados dias com denúncias de corrupção, escândalos sexuais e disputas pelo poder. A renúncia de Bento XVI teria motivação em documentos com mais de 300 páginas que vazaram para a imprensa e aponta para o envolvimento de cardeais, inclusive os com direito a voto na escolha do próxima Papa.

Um deles, Keith O'brien, da Grã Bretanha pediu renúncia, aceita por Bento XVI. Keith é acusado de abusar de padres durante mais de 30 anos. Na renúncia alegou o peso da idade, menos de 80 anos. Ele rechaça as acusações dos padres que apresentarão provas na justiça.

O dossiê mostra relações homossexuais na principal cúpula da igreja, mau uso do dinheiro, roubo e corrupção. Entre os escândalos está a denúncia de prostituição de seminaristas e de membros do coro do Vaticano que também atuava como cafetão. Os encontros frequentes ocorriam numa vila fora de Roma, numa sauna, num centro de estética, no próprio Vaticano e numa residência universitária. Existem provas, entre os documentos, do pagamento de altos valores para chantagistas que ameaçavam divulgar fotos dos encontros homossexuais de figuras importantes do clero.

Cardeal é acusado de assédio por 4 padres e pede renúncia: Papa aceitou

Keith O'Brien, arcebispo de St. Andrews
O cardeal escocês Keith O'Brien, arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, está sendo acusado de ter assediado pelo menos quatro padres nos últimos 30 anos. A denúncia ocorre depois que outro membro do alto clero, o cardeal americano Roger Mahony, ex-arcebispo de Los Angeles, ser acusado nos últimos dias de proteger padres que teriam abusado sexualmente de fiéis.

Os escândalos surgem após a renúncia do Papa Bento XVI, acusado pelo próprio clero de se abster dos sérios problemas de pedofilia dentro da igreja, além de corrupção e disputa por poder.

Ambos têm menos de 80 anos e poderiam votar na eleição do próximo papa. Keith O'Brien pediu renúncia alegando idade e o Papa Bento aceitou. O'Brien nega os abusos sexuais.

Em 1987 pesquisa mostrou que 72% dos padres americanos confessaram-se homossexuais. As seguradoras americanas tem recusado contratos com a igreja Católica dos Estados Unidos decorrente das constantes denúncias de abuso sexual e acordos realizados para pagamento de indenizações.

Lição para a vida toda. Assista e reflita sobre suas atitudes e o que pode ensinar


Os patetas de Fidel ficaram para a história





Pagos por Fidel para fazer papel de paspalhões














sábado, 23 de fevereiro de 2013

¿Por qué los dictadores temen Yoani?


- Tentam me calar porque divulgo a Cuba real.

É assim que a Revista Veja manchetou sua entrevista com Yoani Sanches, a blogueira cubana que denuncia a ditadura em seu país. Presa e torturada várias vezes, Yoani não cedeu e continuou sua luta de denúncias contra um regime totalitarista que não respeita liberdades. Em 2012 foram mais de seis mil e seiscentas prisões arbitrárias de dissidentes. Para viajar ao exterior só com autorização do governo. Antes, nem isso. Era proibido sair. E os que tentavam fugir pelo mar eram presos e fuzilados. Cuba mantém presos de consciência e muitos morreram no "paredon" sob ordens de um grande assassino chamado Che Guevara, um guerrilheiro de competência duvidosa e conhecido pelo mal cheiro. Seu apelido era rim cozido.

Jornal, só um, o oficial Granma, jornaleco do Partido Comunista. Tal e qual a televisão que Fidel discursa durante seis horas intermináveis nas comemorações oficiais da revolução. Agora o povo cubano tem outra opção para audiência de TV: o canal da Venezuela até então comandada pelo falecido Hugo Chavez. Os celulares somente agora estão chegando ao país. 

O sistema de saúde cubano está falido. Os pacientes tem que levar as roupas de cama, toalhas, desinfetantes, além de esparadrapos, algodão e linhas de sutura . E, para serem atendidos, os cubanos pagam "agrados" aos médicos cujos salários não passam de equivalentes US$ 25 mensais. Nos poucos hospitais falta tudo, até água corrente. Banho e escovação de dentes as vezes são feitos com água de recipientes levados aos hospitais. Quatro hospitais com melhores condições atendem estrangeiros ou cubanos casados com estrangeiros, militares e políticos em geral.

Em troca de 100 mil barris diários de petróleo Cuba manda para a Venezuela 30 mil médicos e dentistas. E, para fugir das péssimas condições de trabalho na ilha, muitos fogem para os Estados Unidos. De 2 mil que pediram visto americano, desde 2006, 500 vieram da Venezuela.

Para sobreviver em Cuba os trabalhadores roubam das fábricas, todas estatais, como a de charuto cubano vendidos pelas ruas e praças concorrendo com o produto estatal. Quem se opuser ao regime é tratado como traidor da revolução.

Yoani Sanches, recebida com protestos por meia dúzia de jovens controlados pelo PT e pela embaixada da Cuba no Brasil, sugere algo simples aos baderneiros: que morem em Cuba para conhecer a “realidade de um mercado racionado, dualidade monetária, falta de liberdade e impossibilidade de se manifestar na rua”.

Um "agrado" ao médico para garantir atendimento rápido
Médicos ganham US$ 60 por mês

A dissidente cubana disse que não se amedrontou com as provocações porque já conhece os métodos em Cuba: coação e difamação. Pior que isso: já esteve presa e foi torturada"Cuba não vive um comunismo, mas um capitalismo de estado. Recomendaria que cada um deles morasse um tempo em Cuba para viver na pele a realidade de um mercado racionado, dualidade monetária, falta de liberdade, impossibilidade de se manifestar na rua. Depois desse tempo, duvido que continuem a defender o governo cubano. Tentam me calar porque divulgo uma Cuba menos parecida com o discurso político e mais parecida com a rua. Uma Cuba real" diz Yoana. 

Ela conta que as pessoas escondem suas opiniões com medo de represálias, jovens querem imigrar por falta de expectativa, o estado controla tudo e os trabalhadores roubam das fábricas do governo para sobreviver. Aposentado ganha 15 dólares conversíveis e, por isso, é comum vê-los vendendo cigarros na rua. 

Tudo em Cuba é racionado. Mas todos tem direito a uma cota de alimentos com preços subvencionados pelo governo que dá para duas semanas. No resto do mês se socorrem ao salário de 20 dólares em média, cerca de R$ 40. Considere que um litro de leite em Cuba custa R$ 3,60. Para sobreviver, roubam das fábricas do estado para vender no mercado negro, exercem atividades ilegais - como dirigir táxis - ou se prostituem. Segundo Yoani, Cuba hoje depende dos dólares enviados pelos cubanos que conseguiram fugir.

Uma coisa chateia Yoana: os jovens cubanos se fascinam pelos americanos que eles chamam de "yuma", uma expressão não pejorativa. 

Falta tudo nos hospitais cubanos, até água corrente
Cada paciente leva lençóis, desinfetantes, agulhas, linhas de sutura
Banheiros imundos e sem água corrente. A higiene em muitos hospitais é feito com água levada pelo próprio paciente.
A "revolucion" foi o caminho para a ditadura
Cotidiano em Cuba
Muita propaganda e nenhum resultado: o ídolo Che Guevara foi um guerrilheiro de competência duvidosa
Aposentados ganham 15 dólares conversíveis por mês

Shopping cubano

Fidel Castro: o herói na derrubada de Fulgêncio e ditador assassino quando assumiu o poder

Apenas 4 hospitais em melhores condições para atender estrangeiros, cubanos casados com estrangeiros, militares e políticos

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Luta pelo poder, chantagens homossexuais e corrupção no Vaticano: documentos vazaram para a imprensa

A mais explosiva de todas as notícias de lutas de poder no Vaticano que levou a abdicação Bento XVI, explodiu ontem. Tudo acontece em meio aos preparativos para o conclave que, provavelmente, a partir de 10 ou 11 março se reunirá para escolher o sucessor do papa que renunciou "por falta de força para cumprir minha missão."

O diário La Repubblica e o semanário Panorama, dois dos mais influentes da Itália, divulgaram o conteúdo do "A relationem", o relatório ao Pontífice com dois top secret vermelhos com volumes encadernados em couro, totalizando 300 páginas que contam as histórias de luta pelo poder, da chantagem de poderosos grupos de homossexuais e histórias de corrupção generalizada nos palácios sagrados do Vaticano.

Eles chamam o relatório de "máquina de lama" que irá determinar o Conclave. Um monstro cresce no fundo da Capela Sistina, a cena da assembléia de cardeais para eleger o futuro papa, para ser o convidado indesejado presente como um espectro com os 116 cardeais eleitores.

Já existe um grupo de cardeais que começou a tremer, porque se cruzam acusações de que ele protegeu centenas de padres pedófilos que cometeram milhares de "crimes hediondos" e são identificados na mídia, impulsionada por grupos antagônicos que lutam uns contra os outros causando mais danos a igreja.

El Clarin

Sexo, corrupción y una interna feroz en la cúpula de la Iglesia


POR JULIO ALGAÑARAZ


La más explosiva de todas las revelaciones por las luchas de poder en el Vaticano que empujaron a la abdicación a Benedicto XVI estalló ayer. Todo ocurre en medio de los preparativos para el Cónclave que probablemente a partir del 10 u 11 de marzo se reunirá para elegir al sucesor del Papa que dimitió “por falta de fuerzas para cumplir con mi misión”.

El diario La Repubblica y el semanario Panorama, dos de los medios más influyentes de Italia, difundieron contenidos de “La Relationem”, el informe al Pontífice con los ultrasecretos dos volúmenes forrados en cuero rojo por un total de 300 páginas que cuentan las historias de lucha por el poder, chantajes de poderosos grupos homosexuales e historias de una difundida corrupción en los sacros Palacios vaticanos.

La llaman “la máquina del fango” que condicionará el Cónclave. Un monstruo crece en el trasfondo de la Capilla Sixtina, escenario de la asamblea de cardenales para elegir al futuro Papa, que será el convidado de piedra presente como un espectro junto a los 116 cardenales electores. 


Ya hay un grupo de purpurados que empezaron a temblar porque se entrecruzan acusaciones de haber protegido a cientos de curas pedófilos que cometieron miles de “horribles delitos” y son señalados en los medios de comunicación, azuzados por los grupos antagónicos que se dañan los unos contra los otros y hacen más daño a la misma Iglesia.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Derechos humanos en Cuba? Direitos humanos em Cuba?

Para conquistar respeito, dá-se respeito. O contrário também é verdadeiro. Dilma Rousseff já fez o suficiente para não merecer ser respeitada. Aplaudiu o golpe na Venezuela, prestigiou a posse de um morto, apoia governos de exceção e caminha na contra-mão da história.

Enquanto o mundo busca a consolidação das liberdades o governo brasileiro se aproxima de ditadores. Em passado recente a indigência mental de Lula não permitiu intervir em favor de presos políticos cubanos em greve de fome - lá é um dos únicos países do mundo a manter presos de consciência - e um deles acabou morrendo. O mesmo indigente moral não só não ouviu os apelos de pedido de asilo político de atletas cubanos como os prendeu e entregou ao ditador Fidel Castro.

A dissidente política Yoani Sanches lamenta o silêncio do Brasil em relação aos direitos humanos em seu país. A reportagem do Estadão mostra o que pensa a corajosa mulher que já foi presa e torturada pelo regime comunista.

ESTADÃO

Yoani Sánchez critica silêncio do Brasil com relação aos direitos humanos em Cuba

Quatro dias depois de chegar ao país, blogueira cubana consegue, enfim, expor suas ideias sem ser interrompida por gritos de protesto.

A blogueira cubana Yoani Sánchez durante debate,em São Paulo, em 21/02/2013 - AFP

A blogueira Yoani Sánchez criticou a mudez do governo brasileiro com relação à questão dos direitos humanos em Cuba. "Há muito silêncio", disse a cubana. "Recomendaria uma posição mais enérgica". A declaração foi feita na manhã desta quinta-feira, quatro dias depois de Yoani desembarcar no país, durante um debate realizado na sede do jornal O Estado de S. Paulo. Com a voz levemente rouca e uma pulseira do Senhor do Bonfin no braço direito, esta foi a primeira vez que a blogueira crítica ao regime ditatorial dos irmãos Castro conseguiu expor suas opiniões sem ouvir gritos de protestos nem sofrer agressões verbais.

"Não me surpreenderam", disse, ao comentar os protestos. "Os blogs oficiais do meu país já haviam avisado que eu teria uma resposta contundente durante a viagem. Todos têm direito de manifestar sua opinião. O que me surpreendeu foi a violência física. Nunca imaginei que me impediriam de falar".

A blogueira aproveitou o evento para responder parte das críticas que os defensores dos irmãos Castro fazem a ela. Ao ser questionada sobre quem está financiando sua viagem – Yoani percorrerá mais de dez países em 80 dias –, a cubana respondeu que o dinheiro vem de diversas instituições, como a Anistia Internacional, universidades e blogueiros. "Não tenho milhões de dólares, mas tenho milhões de amigos". Um dos objetivos de Yoani é receber os prêmios (que somam mais de mais de 300 000 reais) que recebeu ao longo dos últimos anos pelo trabalho em Generación Y.

Yoani aproveitou para salientar que as pessoas que a ajudam com o blog (traduzido para 18 idiomas) são voluntários espalhados pelo mundo. "Quem traduz meus textos para o inglês, por exemplo, é uma motorista de ônibus de Nova York de 65 anos", conta. "Mas o governo não acredita mais na espontaneidade. Quando eles querem algo, ordenam, pagam".

Nesta quinta-feira, às 18h, Yoani participará de um evento com blogueiros na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, e, em seguida, autografará o livro De Cuba, com carinho. A blogueira permanece na capital paulista até sábado, quando embarcará para a Republica Checa.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Morreu Tony Sheridan, "o descobridor" dos Beatles


O cantor Tony Sheridan sempre dizia que foi ele quem primeiro percebeu a qualidade de quatro jovens de Liverpool e os convidou para acompanhar em seu disco Tony Sheridan with The Beatles contendo My Bonnie, Cry for a shadow e Why, todas estilo Elvis Presley. Isso foi em 1961 e 1962.

O disco fez relativo sucesso. Mas, nem tanto. Até que alguns garotos procuraram o compacto duplo numa loja de disco no norte da Inglaterra e o dono ficou curioso para descobrir quem eram os tais Beatles. O dono da loja era nada mais que Brian Epstein que acabou tornando-se empresário dos garotos; Pouco depois os Beatles explodiram no mundo todo, sem Tony, que morreu no último sábado aos 72 anos de idade.

Tony, cujo verdadeiro nome é Anthony Esmond O’Sheridan McGinnity, começou na década de 50 como profissional em bandas de jazz e depois rock. Aos 20 anos criou sua própria banda.




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Modelo de mini-carro indiano é inovador no combustível

Carro indiano movido a ar comprimido

Site Instituto Ventura

O carro movido a ar comprimido, da montadora indiana Tata Motors, saiu do papel. A empresa afirmou que a primeira fase do programa já está concluída e agora se prepara para a próxima etapa do projeto. O produto é o resultado de um acordo, assinado em 2007, de licenciamento da tecnologia da MDI (Motor Development International, de Luxemburgo), fundada pelo engenheiro francês Guy Negrè. O programa realizou vários testes com dois protótipos equipados com os motores de ar comprimidos.

A segunda fase do projeto da Tata e MDI já começou. Nesta etapa, as duas empresas estão trabalhando para completar o desenvolvimento detalhado da tecnologia e os processos técnicos necessários para a produção do veículo. O projeto é chamado de “Mini Cat” e, de acordo com a montadora indiana, ele deve chegar ao mercado nos próximos anos, ainda sem data definida.

O carro deve alcançar velocidade máxima entre 80 e 105 km/h e ter autonomia de 130 a 300 quilômetros, este número varia de acordo com a quantidade de tanques de ar instalados.

Por enquanto, a licença da Tata para a utilização dos motores de ar comprimido é restrita à Índia. A marca, do bilionário indiano Ratan Tata, garante que o modelo será quatro vezes mais econômico que um automóvel movido à eletricidade. De acordo com o site Notícias Automotivas, na Índia todos os postos possuem pontos de ar comprimido, isto facilitará o abastecimento do Mini Cat.

A MDI ficou conhecida em 2008, quando apresentou o OneFlowAir durante o Salão de Nova York, o primeiro protótipo com um motor movido a ar comprimido do mundo. Com informações da Quatro Rodas e iG.


Nestlé admite que produtos continham carne de cavalo

Nestlé admite traços de DNA de carne de cavalo em produtos vendidos na Itália e Espanha

Produtos eram fornecidos pela brasileira JBS

A Nestlé comunicou que encontrou traços de carne de cavalo em produtos fornecidos pela brasileira JBS. Os produtos eram comercializados na Espanha e Itália.

Segundo o comunicado existe mais de 1% de carne de cavalo identificado nos produtos, o suficiente para denunciar adulteração pela legislação inglesa. Todas as entregas com essa adulteração foram suspensas, diz a nota. O consumo de carne de cavalo não traz nenhum risco a saúde, mas a carne era apresentada como bovina.

A imagem dos políticos brasileiros no exterior é péssima

Condenados por corrupção e formação de quadrilha no processo do mensalão,
José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e João Paulo Cunha:

The Economist chama políticos brasileiros de 'zumbis'

No artigo, revista britânica cita como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros


O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A revista britânica The Economist classificou os políticos brasileiros, citando como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), de "zumbis". O artigo publicado no último sábado, 16, analisou a manutenção do poder político de figuras públicas envolvidas em casos de corrupção, em alguns casos já até condenadas.

"Apesar de sérias alegações de corrupção, a velha guarda continua voltando", escreveu o semanário no subtítulo do artigo.
 
A análise relembra a última eleição de Renan à presidência do Senado em 2007, quando foi obrigado a renunciar por ter sido acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de construtora. O texto enfatiza também o fato de a presidente Dilma Rousseff ter aceitado a candidatura de Renan depois de ter sido rígida na punição de ministros enredados em episódios de corrupção.
 
No artigo, Renan é também tido como um "novo exemplo bem estabelecido de fenômeno brasileiro": do político que não é atingido por denúncias. "O Senhor Calheiros é o mais novo exemplo de um bem estabelecido fenômeno brasileiro: o político que consegue sobreviver a qualquer número de pancadas aparentemente fatais", resume o semanário.
 
Outros casos são relembrados pela The Economist. Cita o julgamento do mensalão e também outros políticos condenados por corrupção como os deputado Paulo Maluf (PP) e José Genoino (PT), com críticas de que eles ainda assim continuam exercendo seus mandatos no Congresso.
 
"Um terço dos legisladores do Brasil ou foram condenados ou estão sendo investigados por crimes que vão de compra de votos a roubo e exploração da escravidão", diz o texto.
Apesar disso, a revista mostra que a população se mobilizou em protesto contra mais um exemplo de manutenção de políticos acusados de corrupção no poder público. Uma petição foi aberta na internet pedindo o impeachment de Renan Calheiros, atingindo 1,36 milhão de assinaturas, o suficiente para levar a demanda ao Congresso.
 
"Brasileiros ainda têm esperança de que os zumbis políticos sejam postos para dormir", termina o texto.

The Economist: Brazil’s zombie politicians. Unstoppable?

The Economist
BRAZILIANS! You’ve just been taken for fools!” So wrote the organisers of an online petition calling for the impeachment of Renan Calheiros, who was elected president of Brazil’s Senate on February 1st. And on February 11th, though Carnival was in full swing, the petition notched up more than 1.36m signatures, 1% of the electorate. That gives its backers the right to present their demand to Congress, though they will have to wait until after February 19th to do so: whereas other Brazilians get three days off for Carnival, lawmakers enjoy two full weeks.

Mr Calheiros, a wheeler-dealer of the sort who excels in Brazil’s fragmented coalition politics, was president of the Senate from 2005 to 2007. But he resigned after allegations that a lobbyist had paid maintenance on his behalf to a lover with whom he had had a child, and that he then faked receipts for the sale of cattle to try to prove that he could have afforded to pay her himself. He denies all wrongdoing and has since stayed active in politics, but only behind the scenes. His allies in the Party of the Brazilian Democratic Movement (PMDB), Brazil’s largest, evidently judged it was time for him to return to centre-stage.

The president of Brazil’s Senate has the power to sideline his enemies’ projects and deny them opportunities for patronage. That is why 56 senators voted for Mr Calheiros and only 18 against—even though Aécio Neves and Eduardo Campos, two probable opposition presidential candidates in 2014, had urged their parties to vote for a hastily chosen alternative. Dilma Rousseff, the president, has taken a hard line in the past by sacking ministers facing allegations of corruption. And her Workers’ Party is angry about what it sees as bias: last year’s trial of the mensalão (big monthly stipend) vote-buying scandal saw many of its members handed unexpectedly harsh sentences. But realpolitik prevailed. With the PMDB behind Mr Calheiros, Ms Rousseff accepted his candidacy and telephoned to congratulate him when he won.

Mr Calheiros is the latest example of a well-established Brazilian phenomenon: the politician who can survive any number of seemingly killer blows. Paulo Maluf, found guilty of overbilling and taking kickbacks in the 1990s as São Paulo’s mayor, is so notorious that malufar has entered the Portuguese language, meaning “to steal from public funds”. He was elected to Congress in 2006 and is still there. José Genoino and Francisco Tenório, respectively found guilty of bribery (in the mensalão) and under investigation for murder, have just replaced congressmen who stepped down to become mayors. In total, a third of Brazil’s lawmakers have either been convicted or are being investigated for crimes ranging from vote-buying to theft to slave-holding.

Many Brazilians are perfectly happy to vote for such people. Their compatriots had pinned their hopes on the result of the most recent petition presented to Congress: the ficha limpa(clean record) law of 2010. That shamed lawmakers into barring for eight years the candidacy of anyone found guilty of a crime or electoral wrongdoing—or anyone who had stepped down to avoid investigation. But legal manoeuvring meant the new rules were not implemented until after that year’s elections.

The next round of elections in 2014 should see some of the corruptos kicked out of Congress. But the delay has bred cynicism about political institutions. A recent survey found that, for the first time since the return of democracy in 1988, only a minority of Brazilians now support any specific party.

Instead, more are putting their hope in the courts—and public opinion. Many attribute the stiffmensalão verdicts, in part, to the fact that the trial was broadcast live on television. And it made a hero of the supreme court’s president, Joaquim Barbosa, who rallied his fellow judges to his hard line. While some Carnival revellers took the time to support the “Out with Renan” campaign, others went to street parties wearing Barbosa masks and judges’ gowns. Brazilians still have hope that the political zombies can be laid to rest.

Quem engravida durante o período do aviso prévio tem direito a estabilidade

Digamos que você tenha sido demitida mas descobre que estava grávida no período do aviso prévio. Bingo! Se a rescisão do contrato de trabalho for realizada com desconhecimento de tal, a estabilidade provisória do emprego estará garantido o que significa o direito de recebimento da indenização não recebida.

A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito de uma operária que ficou grávida no período de aviso prévio e reformou sentença de primeira instância. Ela recorreu à Justiça do Trabalho para ser reintegrada ao serviço mas o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP) não atendeu a solicitação por entender que no momento da rescisão ela não estava grávida. 

Ela recorreu ao TST alegando que o aviso prévio não significava o fim da relação empregatícia “mas apenas a manifestação formal de uma vontade que se pretende concretizar adiante, razão por que o contrato de trabalho continua a emanar seus efeitos legais”. Maurício Godinho Delgado, relator do processo, despachou afirmando que o próprio Tribunal Regional admitira que a gravidez ocorreu no período de aviso prévio indenizado. Ele orientou o TST que "a data de saída a ser anotada na carteira de trabalho deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado."

O gato de José Maria Marin

Blog do Juca Kfouri

Um respeitado cidadão brasileiro que prefere não ser citado, mas que certamente testemunhará na Justiça se for o caso, mora no mesmo prédio de José Maria Marin. Um dia passou a estranhar o alto valor de sua conta de luz, em milhares de reais.

Solicitou então verificação da empresa fornecedora de eletricidade e descobriu que pagava, além seu consumo, o do vizinho futeboleiro. Que, constrangido diante do gato flagrado, se prontificou a desfazer o cambalacho.
As relações de boa vizinhança foram preservadas e a vítima preferiu calar delicadamente, embora em pelo menos uma ocasião tenha contado o episódio para mais de uma pessoa — e confirmado depois para este que vos fala.

Reflita você sobre em que mãos estão a CBF e o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil. Pondere a presidenta da República se não há nada a fazer em relação a personagem tão bizarro.

Porque, se não houver, o planeta o verá abrindo a Copa do Mundo?

Comentário para o Jornal da CBN desta segunda-feira, 18 de fevereiro, de 2013.

Finalmente Yoani chega ao Brasil: denúncias contra a ditadura em Cuba

Yoani Sánchez, perseguida, presa
e torturada em Cuba
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Yoani Sánchez é cubana. Cuba é uma ditadura. Não existem eleições no país, nem imprensa livre. Liberdades individuais, nem pensar. O governo prende todos os dissidentes. Existem presos políticos ainda em Cuba.

Muitos foram fuzilados no "paredon", inclusive num passado recente. Os ditadores - Fidel e Raul - não permitem viagens ao exterior de nenhum cubano sem que tenha autorização para tal.

Yoani Sánchez, 37 anos, é uma dissidente do regime comunista cubano e usa a internet, com ajuda de amigos no exterior, para tentar denunciar os crimes contra os direitos humanos na ilha. Ela, por isso, já foi presa e torturada diversas vezes. O governo negou-lhe visto de saída mais de vinte vezes.

Finalmente, com a nova lei de imigração cubana, ela chegou ao Brasil para participar do lançamento de um documentário de produção brasileira, Conexão Cuba-Honduras, em que ela é entrevistada. O filme trata da falta de liberdade de expressão nos dois países.

Ao desembarcar no aeroporto de Guararapes Yoani foi recebida por amigos e por um grupelho de petistas que protestavam contra sua presença no Brasil chamando-a de traidora. "Isso é a democracia. Queria que em meu país pudéssemos expressar opiniões e propostas diferentes com esta liberdade", disse ela diante dos protestos. Durante o período que permanecerá em solo brasileiro, agentes secretos cubanos, autorizados pelo governo federal e com o apoio do PT, vigiarão a cubana e distribuirão ridículos "dossiês" contra ela, tentando desqualifica-la.

Num dos itens desses documentos diz que "ela vai a praia tomar cerveja ou aceita premiações internacionais concedidos por defensores dos direitos humanos."

Durante os jogos pan-americanos no Brasil, dois atletas cubanos pediram asilo no Brasil. Lula prendeu e enviou para Fidel Castro. Pouco depois Lula protegeu Cesare Battisti, acusado e condenado por assassinatos na Itália e hoje residente no Brasil.

Você troca e-mails particulares no seu trabalho?

Trocar e-mails particulares durante expediente de trabalho dá demissão por justa causa

Do site JusBrasil 

Envio de e-mails durante o expediente para tratar de assuntos particulares é motivo para dispensa por justa causa por mau procedimento e desídia. Com esse entendimento, a Justiça do Trabalho de São Paulo considerou correta a demissão de um empregado que buscava na Justiça a anulação da dispensa e reintegração aos serviços. 

A sentença, do dia 22 de janeiro, foi proferida pela juíza Simone Aparecida Nunes, da 45ª Vara do Trabalho de São Paulo. Além da anulação da dispensa, o empregado alegou ter direito ao pagamento de horas extras, verbas rescisórias e indenização por danos morais. Cabe recurso. A defesa da empresa Makro Kolor Gráfica Editora, feita pelo advogado Carlos Augusto Marcondes de Oliveira Monteiro, do escritório Monteiro, Dotto e Monteiro advogados, alegou que não houve dano moral e o empregado foi dispensado por justa causa pois foram verificados vários trabalhos do autor com graves falhas, inclusive o uso do horário do expediente para tratar de assuntos particulares. 

A juíza Simone Aparecida acolheu a tese da empresa e afirmou, na sentença, que ficou comprovado nos autos que o autor cometeu atos que justificam sua dispensa por justa causa por motivo de mau procedimento, desídia e ato de insubordinadão. Segundo a juíza, foi provado que o empregado faltava com frequência ao trabalho e que vendia produtos eletrônicos na empresa durante o horário de trabalho, além de utilizar o horário do expediente para tratar de assuntos particulares.

"O próprio autor, em depoimento pessoal, reconheceu os e-mails apresentados afirmando que foram trocados durante o horário de expediente. Os referidos e-mails não tratam de assuntos referentes ao trabalho do autor na empresa, mas são e-mails sobre assuntos particulares. Provado, assim, que o autor, durante o expediente, tratava de assuntos particulares e vendas de produtos não relacionados ao seu trabalho na empresa. Só isso já é motivo para a dispensa por justa causa por mau procedimento e desídia", afirmou.

A juíza rejeitou o pedido de horas extras "pois não há causa de pedir, sendo que o autor nem sequer menciona a jornada em que trabalhou". O pedido de indenização por dano moral também foi negado pois, segundo a juíza, "não ficou provado qualquer ato de ofensa à honra do autor nos autos".

Para o advogado Carlos Augusto Monteiro, a decisão mostra que os empregados devem ser conscientes de suas responsabilidades. "O empregado tem que se conscientizar de que, no ambiente de trabalho, deve dedicar-se exclusivamente aos préstimos de seu empregador e evitar a utilização da internet para fins pessoais no horário do expediente", diz.

A alma de um cachorro

Apenas assista, crente ou descrente. E reflita.


Proposta de mini carros elétricos dobráveis é tendência mundial

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Berlin será a primeira capital do mundo a ver em teste o projeto Citycar, um mni carro fabricado pela espanhola Hiriko (projeto em parceria com o Massachusetts Institute of Technology) que recebeu investimentos de US$ 87 milhões para criar um carro dobrável.

Ele tem 2,36 metros e foi construído unicamente para uso urbano para duas pessoas. Dobrado encolhe para 1,5 metro. A velocidade máxima é de 90 km/h e sua autonomia é de 120 km. Sua recarda demanda 2 horas.

Trata-se de um veículo elétrico dobrável de 2,63 metros de comprimento para dois passageiros, que, ao dobrar, encolhe para 1,5 metro. O pequeno carro está em pré-teste em Vitória-Gasteiz, onde foi criado. Acredita-se que serão fabricados 10 mil unidades em 3 a 4 anos.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Você já ficou a ver navios?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Maria Antonieta era uma linda jovem e cheia de pretendentes. Mas, exigente na escolha do seu príncipe, escolheu tanto e acabou solteira. Antonieta ficou a ver navios, isto é, ficou só, sem ninguém e na esperança de encontrar um marido.

Certamente você já ouviu essa frase ou a usou referindo-se a alguém que tinha alguma esperança na realização de algo. Na verdade "a ver navios" é uma expressão antiga, mas viva até hoje e que muitos usam, sem saber de onde veio. O que significa isso?

Em 1578, Dom Sebastião, rei de Portugal, morreu durante a violenta batalha naval de Alcácer-Quibir, no confronto entre lusitanos e marroquinos. Mas, seu corpo, nunca foi encontrado. Muitos portugueses recusavam-se a acreditar na sua morte e, na esperança de ver o retorno do rei, ficaram, durante anos, no Alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando pela chegada de navios trazendo Dom Sebastião. Sempre que alguém tinha alguma esperança vã dizia-se que estava-se "a ver navios".

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Dez anos de presidência petista

Por Rogério Furquim Werneck

Na próxima semana, o PT deve comemorar em grande estilo dez anos de conquista da Presidência. Não é pouco. A festa é mais do que justa. Foi um decênio marcado por alto grau de continuidade. A junção do governo de Dilma ao de Lula foi sem costura.

Em contraste com o slogan “continuidade sem continuísmo”, com que José Serra pretendia disfarçar seu discurso de oposição a FHC, na eleição de 2002, Dilma Rousseff deixou claríssimo, na campanha de 2010, que seu governo teria a marca da continuidade com continuísmo. Para grande orgulho do PT.

Não poderia ter sido diferente. Desde de 2005, quando foi alçada à Casa Civil, em meio ao descabeçamento do partido que se seguiu ao mensalão, Dilma Rousseff atrelou seu destino ao presidente Lula. Assumiu a administração do Planalto, transformou-se na figura forte do governo e, sem experiência eleitoral prévia, foi ungida candidata do PT. E, para assombro dos que duvidavam dos superpoderes de Lula, acabou eleita presidente da República.

Um alto grau de continuidade entre dois governos tem muitas vantagens. Mas, aos poucos, o Planalto vem se dando conta de que também tem suas desvantagens. Quando as coisas dão errado, o governo se vê sem espaço para atribuir parte dos erros à administração anterior. Não faltam bons exemplos. Alguns óbvios. Outros, nem tanto.

A presidente Dilma Rousseff tem plena consciência de que um quadro sério de falta de energia elétrica lhe seria fatal, tendo em vista o papel central que vem desempenhando, há exatos dez anos, nas intervenções do governo no setor. Não teria com quem partilhar os custos de uma falha grave nessa área.

A interminável sequência de más notícias sobre a Petrobras também merece atenção. Em face do enorme desgaste político, o governo tem tentado conter os danos, dando discreto alento à narrativa favorável que se vê em parte da mídia. Os problemas da empresa vinham do governo anterior. E, só no ano passado, puderam ser detectados e enfrentados pelo atual governo, com a nomeação da nova presidente da Petrobras.

É até uma boa história. Mas incompleta. O que ainda falta explicar é que, durante sete dos oito anos do governo Lula, a presidente Dilma Rousseff ocupou nada menos que a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. E não se pode dizer que era função puramente figurativa. Afinal, se tratava da maior sociedade anônima do País. É mais do que sabido que a presidente se dedicou à função com seu empenho habitual. E, tendo chegado à presidência do Conselho como ministra de Minas e Energia, fez questão de manter a posição quando passou a responder pela Casa Civil.

É preciso também ter em mente que boa parte das dificuldades que vêm sendo enfrentadas pela Petrobras decorre da sobrecarga que foi imposta à empresa pelas impensadas regras de exploração do pré-sal. Todas elas concebidas no governo passado, sob a estrita tutela de Dilma Rousseff.

Outra narrativa conveniente, e também incompleta, é a que vem pautando a racionalização do emperramento do investimento público. A alegação é que, surpreendida com as irregularidades detectadas nos programas de investimento de certas áreas, como o Ministério dos Transportes, a presidente se viu obrigada a fazer uma “faxina”. E levou muito tempo para conseguir remontar toda a estrutura burocrática requerida para fazer o investimento acontecer. O que falta explicar é como irregularidades desse vulto escaparam por tantos anos, no governo Lula, à eficiência com que Dilma Rousseff teria gerido os programas de investimento público que compunham o PAC.

Na condução da política econômica, o continuísmo assumiu um contorno especialmente problemático. Havia até boas coisas a preservar. Mas o que o atual governo decidiu manter, ao conservar intacta a equipe do eixo Fazenda-BNDES, foi o vale-tudo da última fase do período Lula, que contava com o apoio entusiástico da candidata Dilma Rousseff. A presidente está colhendo o que plantou. Não pode se queixar da perda de credibilidade da política econômica que hoje se vê.

Rogério Furquim Werneck é economista e professor da PUC-Rio