segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Guiados pela profecia


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Todas as pessoas que entraram no país a partir de 1822 - ano da independência - foram consideradas imigrantes e, anterior a isso, colonizadores. Depois do fim da escravidão e a proibição do tráfico, o movimento imigratório foi considerável alterando demográfica, cultural e economicamente o país. De lá até o ano 2000 foram mais de 6 milhões de imigrantes, a maioria em busca de novas oportunidades.

Da colonização pelos portugueses e escravos a partir de 1500, aos alemães no sul por volta de 1800, passando pela mão de obra de italianos, espanhóis e japoneses e, mais tarde, sírio-libaneses no comércio mais recentemente e outros, o país se transformou.

Com a expansão do do café e o fim da escravidão, faltou mão de obra. Isso fortaleceu a imigração de trabalhadores de outros países mas os governantes brasileiros abertamente discutiam a necessidade de suprir a mão de obra e "civilizar e branquear" a raça brasileira com a facilitação da entrada de imigrantes brancos europeus e criando impedimentos para a chegada de asiáticos e negros ao país. O decreto Nº 528 de 1890, de Deodoro da Fonseca, só liberava a entrada de chineses, japoneses e negros com autorização do Congresso Nacional
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Capa da Revista Tupã, 2009

A migração naquele período era motivada essencialmente por crises econômicas ao contrário do movimento migratório leto que ocorreu por outro motivo: a profecia que anunciava a liberdade.

Assustados com a chegada do grande Dragão Vermelho - o comunismo vindo de Moscou - os letos batistas começaram a chegar ao Brasil no final do século 19, na região sul guiados por essa profecia. Em 1922 se acercavam de Tupã, na região chamada mais tarde de Varpa, hoje distrito, às margens do rio do Peixe.

Um grupo preferiu viver em comunidade e fundou a Fazenda Palma, o mais completo modelo de socialismo cristão já vivido em terras brasileiras. Tudo que era produzido era consumido com igualdade entre os membros ou vendido e o dinheiro colocado numa caixa - literalmente uma caixa de madeira. Quando alguém necessitava, retirava da caixa o valor suficiente para as suas necessidades e, se houvesse troco, era devolvido na caixa.

O refeitório era comum para todos e um sino - que ainda existe - anunciava as refeições. Uma gráfica produzia bíblias e o local já era dotado de energia elétrica em 1926.

A professora Milia Tupis diz que "eles admiravam tudo aquilo e Palma era totalmente altruísta e com raízes na fé". Hoje a Fazenda foi reaberta como ponto turístico. A professora leta, em seu depoimento para uma revista que produzida em 2009, concluiu: 

Ideal não se passa por herança.

Milia Tupes recostou-se na poltrona, cerrou os olhos e começou a recordar as imagens da Fazenda Palma que conheceu na sua infância.

- Chegando, do lado direito vejo galinhas. Bem lá na curva, a criação de porcos. Na descida eu vejo as casas e flores e mais flores.

Aos 77 anos, a professora aposentada e descendente direta dos colonizadores, tem viva a lembrança do que foi, no passado não muito distante, a experiência do mais puro socialismo cristão que se tem notícia, implantado no país pelo imigrantes letos que chegaram à região muito antes da fundação de Tupã.

Diferentemente dos movimentos migratórios de outros povos, os letos vieram para a américa em busca de liberdade.

Com a chegada da Primeira Grande Guerra Mundial, deportações, fugas, ocupação comunista, fome, morte e desespero varreram toda a Europa, incluindo a Letônia, país que, oprimido política e religiosamente, temia pela chegada do Grande Dragão Vermelho - os russos começavam a construção do seu império.

Guiados por essa profecia, optaram por recomeçar a vida numa terra desconhecida, de paz e longe de repressões, dando origem aos primeiros movimentos migratórios de batistas letos para o Brasil. A partir de 1922, fixaram-se às margens Rio do Peixe onde fundaram a colônia de Varpa.

Após a distribuição de terras entre os primeiros desbravadores, um grupo de 400 imigrantes preferiu viver numa mesma comunidade.

Assim surgiu a corporação evangélica conhecida por Fazenda Palma. “O estatuto da comunidade começa na Bíblia, em Atos dos Apóstolos, onde diz que os 'primeiros cristãos tinham tudo em comum e comiam com alegria”, diz Milia. “Na verdade, o que eles queriam, era fazer uma réplica do comunismo, só que baseado na doutrina cristã. E foi assim por muitos anos”.

“Infelizmente um ideal não se passa por herança. Os descendentes pensam diferente e enxergam outro mundo.”

O começo foi muito difícil para os primeiros que chegaram. Desabituados com o clima, o trabalho exigido era cansativo: construção de abrigos, primeiras roças, abertura de estradas, construção de pontes, derrubada de matas. Homens e mulheres trabalhavam, no início, mais animados, mas, aos poucos, desalentados, devido sobretudo, à alimentação imprópria. Os que chegaram mais tarde foram beneficiados com toda a estrutura da colônia já desbravada.

O trabalho era repartido e tudo era de todos. No começo entrava pouco dinheiro e tudo era colocado numa caixa comum. As pessoas retiravam somente o que precisavam, como por exemplo, para a compra de remédios. Não prestavam contas e isso nem era exigido. O troco era devolvido na caixa.

Isso porque, tudo o que era produzido era igualmente dividido. Mais tarde, homens e mulheres passaram a receber salários. Idosos e crianças também. Casais com mais filhos recebiam mais.

Um sino chamava para as refeições produzidas numa cozinha e refeitório comunitários.  Além do mais puro socialismo cristão os letos trouxeram uma nova cultura com aspectos diferenciados na culinária, artes e tecnologia. Por volta de 1926, bem antes do nascimento de Tupã, Palma produzia sua própria eletricidade aproveitando uma queda d'água e mantinha uma gráfica que produzia livros com edições em português, leto, russo inglês e alemão. 

"E eles sentiam vontade de pregar o evangelho, mas como ninguém sabia ler, eles faziam cartilhas e iam alfabetizando as pessoas para que pudessem ter conhecimento da Bíblia. E, com fé, foram fundando igrejinhas por onde passavam.

Tudo isso funcionou bem com a primeira geração de imigrantes que viram em Palma a possibilidade de uma vida nova, longe das perseguições e da situação política do país de origem.

"Eles admiravam aquilo. Palma era totalmente altruísta e com raízes na fé” - narra Milia, autora de um estudo sócio religioso sobre a colonização, ideais e conflito de gerações.

Das memórias da infância de quem viveu e conviveu ao lado de Palma, "da vida simples, da infância desprendida em que todos se satisfaziam com tão pouco”, Milia diz ter, simplesmente, saudade de tudo.




Turismo rural com muita história


O circuito Caminhos da Letónia leva o turista para conhecer a história da migração leta. comidas típicas, recantos maravilhosos, cachoeiras c hospedagem no mesmo local onde viveram no mais clássico socialismo cristão.

Na mais tradicional hospitalidade leta. o circuito é formado por estabelecimentos que oferecem serviços e apoio ao turista. Orquidário, apiário, geleias, defumados, restaurante com iguanas típicas e o Museu dos Pioneiros Janes Edbergs, com rico acervo dos usos e costumes da terra.

Na Associação Agro-Cultural e Turística de Varpa são expostos os produtos típicos do local como o artesanato e produtos da culinária leta. Fazenda Palma é uma das atrações imperdíveis nessa rota.

Igualmente a Fazenda da Palma, marco inicial da imigração leta no Brasil, oferece aos visitantes banhos de rios e cachoeiras, trilhas, lanchonete, alojamentos, além da oportunidade de visitar as casas históricas, construídas em 1922.

A história está viva dentro da comunidade e a saga vivida pelos primeiros imigrantes em busca da liberdade - fugiram do socialismo soviético e criaram seu próprio sistema comunista, porém sob bases cristãs, emociona e ensina.

Que tal preparar suas férias em Varpa e Palma e desfrutar os encantos da cultura leta?


Revista Tupã foi produzida em 2009 para a comemoração dos 80 anos
Produção Executiva: Maira Andréia de Souza Lopes
Pesquisas e Reportagens: Edson Joel, Marina dos Santos Taveira
Fotos: Matheus Pires
Editor: Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

domingo, 4 de novembro de 2012

Policial é morta na frente da filha em São Paulo


A Folha publica que uma polícial militar foi morta a tiros, na frente da filha de 9 anos, na Vila Serralheiro, zona norte de São Paulo, por volta das 21h de sábado. A policial estava à paisana e chegava em casa, acompanhada da filha, quando foi retirada a força do carro. Os criminosos dispararam ao menos nove tiros contra a militar e fugiram.

A filha começou a gritar pedindo socorro e vizinhos levaram a policial ao Hospital Geral de Vila Penteado. Segundo a PM, a soldado morreu a caminho do hospital. A policial estava há mais de dez anos na polícia e trabalhava na área administrativa do 18º batalhão.

Para chegar a esse ponto - policiais serem caçados e mortos por bandidos - foi preciso muita incompetência dos governos. É certo que o novo secretário da segurança pública paulista é um militar de brio que partiu pra cima dos malandros, mas pra chegar nesse estágio houve muita tolerância com os criminosos. O que está acontecendo com os policiais é mais que absurdo, é covardia praticada não pelos bandidos - porque já são bandidos - mas por governantes ineptos que instituíram políticas públicas que mais beneficiam criminosos que trabalhadores. Tem restado ao governador apenas enviar flores e prometer que vai prender os assassinos. Que vergonha!

Romney x Obama: ninguém arrisca nada



Barack Obama e Mitt Romney estão empatados, técnicamente, com 47% / 46% há 2 dias das eleições. A pesquisa foi feita, via internet, pela Reuters/Ipsos. A margem de erro é de 3,4%. Outra pesquisa, da ABC News e Washington Post mostram 48% x 48% e até mesmo no ítem simpatia há empate.

Obama lidera entre as mulheres com vantagem de 6% e Romney é o favorito entre os homens com 7%. Enquanto o presidente negro tem apoio mais amplo entre as minorias, Mitt tem vantagem de 20% entre os eleitores brancos. Os mais tradicionais dão vantagem ao republicano e os jovens a Obama.

Obama não conseguiu consertar a economia americana e sua política externa frágil assusta os americanos. A morte do seu embaixador na Líbia, nas circunstâncias ocorridas - a Casa Branca tinha até imagens online do ataque e aviões não tripulados sobrevoando o país - enfraqueceu o presidente. Hillary pregava que o filme contra Maomé tinha provocado o ataque mas acabou admitindo que a Cia previa turbulências. Mas o governo nada fez. 

Mitt, governador de Massachussets, é um empresário de sucesso e diz saber tirar os americanos do atoleiro econômico. Os árabes, mesmo decepcionados com Obama que não cumpriu o que prometeu ao mundo muçulmano, acham o republicano igual a Bush. 

Para o Brasil, diante do que se conhece de Obama, melhor seria Romney, dizem os especialistas do mercado. 

sábado, 3 de novembro de 2012

Os nomes das faculdades

Fim de ano é um festival de vestibular.
E os anúncios de faculdades pipocam pra todo lado. Mas, uma coisa chama a atenção com tantos anúncios: os nomes das faculdades.

Dificilmente você consegue decifrar, isso mesmo, decifrar as siglas que cada faculdade se auto denomina: Fia, Fiap, Fafit, Fafip, Faif, Facat, Fae, Famema, Unifeu, Unifap, uni-isso, uni-aquilo. Ao contrário do que se ensina em comunicação, essas faculdades criam dificuldades de compreensão. Somente depois de alguns segundos na televisão - segundos caríssimos - é que você identifica do que estão falando. As vezes nem descobre. E porque isso acontece?

Simples! Alguns nomes de universidades, por serem longos, viraram siglas como Unesp (Universidade do Estado de São Paulo) ou USP (Universidade São Paulo). No primeiro caso, as seis palavras com trinta letras se transformaram em apenas três sonoras sílabas. Fonéticamente, perfeito e a aplicação impressa é otimizada. Ídem USP, Unimar ou Univem. Porém a simplificação da Faculdade João Paulo para Fajopa é uma agressão. O nome original João Paulo tem pompa e impacta muito mais que o seu acrônimo. 

Quem disse que uma faculdade tem que ter siglas ou acrônimos? (Sigla é a representação de nome por meio de suas iniciais, exemplo: INSS. Os acrônimos são palavras formadas pelas primeiras letras ou de sílabas de outras palavras, exemplo: Bradesco). 

O importante é simplificar a comunicação com nomes curtos e boa fonética. Mas nem sempre é possível siglar e o resultado pode ser o catastrófico Fajopa.

Existem alguns processos que facilitam a comunicação e você nem percebe. A Petrobras, apesar de três sílabas, tem nove letras. Esse nome, colocado numa placa de posto de gasolina, fica extenso demais. Foi então que uma agência começou a aplicar, na palavra Petrobras, uma faixa verde e amarela sobre o "be e o erre". Depois de alguns anos tiraram o "petro" e o "as" e assim nasceram os postos BR. De vez em quanto, para se manter a associação, uma campanha aplica o nome completo com a faixa sobre o "be e o erre". Simples, não?

Quando a estatal brasileira começou a ganhar mercado internacional, estudou-se a possibilidade de alterar seu nome para Petrobrax - o óleo Lubrax já era muito conhecido lá fora - uma vez que "bras" não tem impacto na maioria das linguas. A alteração fortaleceria a marca, mas o nosso congresso achou muito caro tanto dinheiro para trocar só uma letra. Alem de tudo, incompetentes!

Bem, a gente estava falando do que? Fafia, Fafep, faculdade o que mesmo? 

Finados


Programa de proteção a testemunha


Valério quer proteção


Supremo comprova que houve compra de votos no congresso

Primeiro, Lula disse que houve caixa 2.
Depois, em rede nacional de tv, disse que tinha sido traido.
No final, negou que o mensalão existiu.

Valério diz que enviou dinheiro para calar empresário sobre a morte de Celso Daniel

Corpo do prefeito Celso Daniel, assassinado após sequestro suspeito
Por Edson Joel

Marcos Valério admitiu, em depoimento ao Ministério Publico em setembro deste ano - quando já estava condenado pelo STF - que ele foi procurado por Silvio Pereira com orientação de enviar dinheiro para "calar a boca" do empresário Ronan Maria Pinto que ameaçava contar sobre o envolvimento de Lula e Gilberto de Carvalho na corrupção da prefeitura de Santo André, cujo prefeito Celso Daniel, do PT, tinha sido assassinado pouco antes, ao ser sequestrado na saida de um restaurante. Naquela época o Ministério Público Estadual investigava a corrupção na prefeitura e ligava à morte do prefeito que tentou cessar a roubalheira.

- Nisso aí eu não me meto, - palavras de Valério a Sivio Pereira, segundo a Revista Veja desta semana em seu depoimento em que garante ter passado dinheiro para cessar as chantagens contra o Partido dos Trabalhadores. 

Gilberto Carvalho e Ronan Maria são citados nas ações judiciais que tramitam no Forum de Santo André. O empresário Sérgio Gomes, o Sombra, era o operador do esquema de desvio de dinheiro e, segundo os promotores, foi ele que encomendou o assassinato de Daniel. Celso teria descoberto que o dinheiro da propina que deveria ir para o caixa do PT estava servindo para enriquecimento pessoal de alguns. O médico João Francisco, irmão de Celso, naquela época, fez as primeiras ligações da morte de Celso, ao PT. João afirmou que Gilberto Carvalho contou que levava parcelas de dinheiro da propina diretamente para as mãos de José Dirceu, então deputado federal e agora condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha.

Celso Daniel estava no mesmo carro com Sérgio Gomes - então seu motorista e segurança - quando o veículo foi abordado pelos sequestradores que "permitiram" que Sérgio descesse, levando apenas o prefeito, encontrado morto a tiros numa estrada deserta.

O Sombra - Sérgio Gomes - estranhamente, 10 anos depois da morte, ainda não foi a julgamento e o PT aceitou facilmente que o crime foi um "sequestro comum", ao contrário do que diz a família do prefeito morto. 

Sete pessoas ligadas ao crime, inclusive o legista do caso, um investigador, o agente funerário e testemunhas, morreram depois disso.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A história do Sr King Gillette

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O Sr. King era um americano comum, de Baltmore, 38 anos de idade e trabalhava como vendedor. Corria o ano de 1895. Naquela época, para um vendedor se manter barbeado, tinha que ir todos os dias a barbearia. Mais tarde ele comprou uma navalha. Era um produto caro e perigoso.

O patrão do Sr King sempre lhe dizia que se ele quisesse ganhar dinheiro teria que inventar alguma coisa que as pessoas usassem e jogassem fora.

E todos os dias, ao se barbear, o Sr King se olhava no espelho e via que o tempo passava e ele ainda não tinha feito um pé de meia. Até que um dia, pluft, pensou em resolver seu próprio problema: fazer a barba de um modo mais simples, sem ter que ir a barbearia ou sem ter que comprar navalhas perigosas e caras. E imaginou um aparelho que usasse pequenas lâminas, suficientes para o processo do corte dos pelos. Procurou um engenheiro que simplificou a produção. Foi assim que o Sr, King Gillette inventou a lâmina de barbear. O produto se popularizou pelo mundo e o nome Gillette se transformou em sinônimo de lâmina de barbear.

A empresa nasceu em 1901, em Boston. Em 1904 as vendas eram de 12 milhões de lâminas e 90 milhões de aparelhos. Neste ano a Gillette conseguiu sua patente. Durante a primeira guerra mundial a Gillette enviou 36 milhões de lâminas para uso dos soldados que acabaram adquirindo hábito de se barbear em casa.

Tempos depois a Gillette viveu um curioso processo de autofagia. A empresa tinha desenvolvido um barbeador plástico descartável com duas mini lâminas e preço menor. O lançamento deste novo produto significaria a morte do carro chefe da empresa, as tradicionais Lâminas Gillette. E assim foi feito.

Mataram a lâmina e nasceu o tchan tchan tchun...

Laranja do pai?

Atriz Débora Secco





Depois que o pai de Deborah Secco, o engenheiro Ricardo Secco, foi acusado de desvio de verbas através e várias Ongs, nos governos de Garotinho e Rosinha, todos os bens dela foram bloqueados pela justiça, desbloqueio que ela conseguiu dois anos após. Ela é acusada de ser laranja do pai. Vários processos correm na justiça contra Ricardo, por conta disso.

Salve audiência



Depois da estréia com 35 pontos no Ibope, Salve Jorge despenca e preocupa a Globo. No dia 27, sábado, a novela de Glória Perez não passou de 24,5 de média. Normalmente a novela das 8 - agora das 21 - bate 35 a 40 pontos. No dia 31, Salve Jorge chegou a 27 pontos em São Paulo e 34 no Rio.

Valério envolve Lula e Palocci em novo depoimento

Lula, Marcos Valério, Palocci e a morte de Celso Daniel

Estranhamente a promessa dos petistas de um levante contra o STF e a imprensa não foi cumprida, pelo menos por enquanto. Provavelmente a direção do partido esteja esperando os resultados dos embargos de declaração, última cartada dos advogados dos mensaleiros condenados, para depois investir contra jornalistas e a justiça.

Ficou claro que "a obediência ao deus" - segundo Marta Suplicy, Lula é deus - acabou levando todos pro mocó, principalmente depois que o ex-presidente tentou chantagear os ministros do STF.

O que mais preocupa os "companheiros"? As condenações, a obediência cega ao chefe ou o fantasma de Celso Daniel, prefeito de Santo André brutal e estranhamente assassinado em janeiro de 2002 depois de um sequestro na saída de um restaurante. Daniel era tesoureiro da campanha de Lula e, segundo versões correntes na época, poderia ter sido morto por se opor a corrupção na prefeitura e que beneficiava o PT. Um fato de enorme repercussão e que envolve o Partido dos Trabalhadores - segundo algumas versões - continua obscuro.

Marcos Valério, já condenado há mais de 40 anos foi ao STF e prestou depoimento que envolve o nome de lula e Palocci, ex-ministro também envolto em escândalo de corrupção com a Máfia do Lixo, em algumas cidades do interior.

Marcos Valério contou que milhões de reais saíram do país, além dos valores denunciados para pagamento do publicitário Duda Mendonça. E falou da existência de dinheiro do PT para "calar a boca de um empresário" que ameaçou contar a verdade sobre o caso do assassinato de Celso Daniel. Para registro, a morte de Celso não foi única: estranhamento mais 7 pessoas, de alguma forma ligadas ao caso, também morreram: acusados, um investigador, um agente funerário, testemunha e o legista do caso. Valério tem medo de morrer e pediu proteção ao prometer um depoimento esmiuçado a respeito.

Familiares de Celso, desde o início das investigações, afirmam que a morte do prefeito foi um crime político que envolvia corrupção e era de conhecimento da cúpula do PT. O mensalão foi apenas um aperitivo para o prato principal que vem por aí?


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O furto da latinha de tinta

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O garoto tinha uns 15 anos de idade e estava apavorado quando entrou na minha sala. Inquieto, ficou cabisbaixo e não ousou me olhar. Seus familiares estavam juntos, igualmente assustados.

Eu era diretor de uma empresa com mais de 245 funcionários e, pela primeira vez, estava de frente com alguém que tinha praticado um furto. O funcionário mirim tinha se apossado de uma latinha de tinta gráfica e foi flagrado pelo sistema de segurança da empresa. Chamei os pais e, na sua frente, lhes contei o fato. Repreendi o menino com veemência, aconselhei e o demiti.

Poderia ter sido mais tolerante e deixado tudo por uma boa bronca?
Afinal, era apenas um garoto.

Sim, mas foi exatamente por ser apenas um garoto que fui pouco condescendente e muito mais rigoroso. Essa seria uma lição a ser apreendida, logo cedo, por alguém que estava em formação. Se dosasse a pena estaria facilitando o menino a acreditar que, num próximo furto, se descoberto, ele seria apenas repreendido e, então, a porta do mal feito estaria aberta diante de tanta tolerância. Uma porta perigosa. Tão comum hoje é ver garotos roubando, estuprando e matando e, diante de leis frouxas, voltam rapidamente para as ruas. E para o crime.

O TEMPO E LIÇÃO

Dez anos depois entrei numa loja de artigos esportivos da cidade e irritei-me quando percebi que alguém me seguia, com os olhos e, embora disfarçasse, deixava claro a intenção. De repente se aproximou perguntando:

- O senhor é o Edson Joel?
A pergunta não foi seguida por nenhum olhar cordial e isso fez-me desconfiar da intenção da abordagem. Secamente respondi que sim.

- O senhor se lembra de mim? - reperguntou com a convicção de que deveria conhece-lo.
- Não, não sei quem é você - respondi até curioso. Como trabalhei muito tempo em meios de comunicação, as vezes as pessoas me abordam desta maneira.

- Bom, eu sou aquele garoto que roubou a latinha de tinta e o senhor demitiu. - explicou ele, finalmente.
Fiquei olhando para aquele rosto e tentando decifrar o que viria depois da confissão. Um xingamento? Uma ofensa? Porventura me afrontaria? Minha memória resgatou aqueles momentos. Lembrei-me até da dureza das palavras e dos conselhos que lhe dera.

- Sim, agora sei quem é você - retomei a conversa. Contei que lembrava do caso e da demissão imposta.

- Pois bem, Senhor Edson. Eu quero que saiba que as suas palavras me machucaram muito e que sofri demais lembrando delas. Fiquei um mês sem sair de casa, envergonhado. Mas quero que se lembre pra toda sua vida que foram aqueles conselhos que me ajudaram a ser melhor. Se o senhor ficou tão bravo porque eu tinha roubado apenas uma latinha, imagine como ficaria se fosse uma latona, ou duas, ou três. Aquilo me ensinou a respeitar a propriedade alheia - contou ele. Meus olhos umedeceram diante da confissão tão sincera e me surpreendeu.

- Eu trabalho aqui faz tempo, Senhor Edson e estou indo muito bem - disse. Olhei para o seu crachá e li: Adriano, Gerente. Nos abraçamos, como amigos, e me despedi com uma certeza: uma boa lição nem sempre é dada com muito carinho e que a tolerância ao mal feito é a mãe de todos os males.

PS: Somente o nome foi alterado. A história é uma verdade a ser passada.

Família prepara-se para visitar Dirceu na prisão

Em entrevista publicada pelo Estadão, a família de José Dirceu está preparada para visita-lo na prisão. Sua ex mulher, Clara Becker, mãe de do deputado Zeca Dirceu, confessa que tem medo que ele se mate na prisão. Clara conta que, descoberto que ele lhe traia, saiu com o filho e o casamento acabou. Mas, segundo ela, manteve boa relação com o ex marido que "nunca pagou pensão para o filho". Ela admite que Dirceu, como Genoíno, "estão pagando pelo Lula, ou você acha que o Lula não sabia das coisas? - pergunta indignada.

Dirceu deverá cumprir pena numa penitenciária de Campinas, próximo de sua casa de campo em Vinhedo. Antes de caminhar para a prisão, o condenado como chefe da quadrilha do mensalão exigirá de Lula que entre na campanha para resgatar o prestigio dos envolvidos. Lula, por enquanto, está preocupado em convencer Dilma não comparecer à cerimônia de posse de Joaquim Barbosa, como presidente do STF, em novembro.


Enquanto isso, militares da reserva, por ofício, pediram ao comandante do Exército, Enzo Peri, a cassação da medalha do Pacificador, concedida ao ex-presidente do PT e condenado pelo STF, Genoíno. Diz o estatuto que o agraciado com a medalha perderá a honraria se estiver envolvido em crimes contra a segurança nacional ou contra o erário público. É o caso de Genoíno, condenado por corrupção e formação de quadrilha.

sábado, 27 de outubro de 2012

Estudar? Pra que?


Segundo o Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser R$ 2.400,00, valor suficiente apenas para suprir as necessidades básicas de uma família. A constituição determina que o salário cubra minimamente comida, casa, educação, saúde, roupa, higiene, lazer e previdência, o que é impossível com um valor de R$ 622,00 que o trabalhador recebe hoje.

Porém, desde janeiro de 2010, o governo paga em torno R$ 915,00 para cada filho de presidiário, o que popularizou o termo "bolsa-bandido". Isto significa dizer que, respeitadas as regras, a família de um condenado com 4 filhos pode receber algo como R$ 3.660,00. Soa hilário, mas é a realidade. 

Mais que vergonhoso, é uma afronta. E incentivo a bandidagem. Estudar? Pra que?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Câmara paga fiança e tira Takaoka da cadeia

Yoshio Takaoka está em liberdade
Pouco mais de R$ 30.000,00 - valor da fiança estabelecida pelo juiz José Henrique Ursolino - colocaram Yoshio Takaoka e três assessores, presos com ele, pra fora da cadeia. O valor, consta, foi pago pela própria Câmara Municipal de Marília, da qual Takaoka é presidente. Ele ficou detido na cadeia de Lutécia e  ficou sozinho na cela.

O Ministério Público havia recebido uma denúncia de que o então candidato a reeleição teria comprado votos por R$ 100 dos eleitores que comprovassem, com fotos da urna, seu voto no candidato. Yoshio Takaoka obteve 2.125 votos e conseguiu ser reeleito. Todos responderão o processo em liberdade. Se condenados podem pegar até 8 anos de cadeia. A promotoria deve pedir sua cassação e, neste caso, Herval Rosa Seabra assume em seu lugar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Herval assume se Takaoka for cassado

Yoshio Takaoka, presidente da
Câmara de Marília
Em caso de cassação, Herval Rosa Seabra deve assumir o lugar de Yoshio Takaoka, presidente da Câmara de Marília, preso em flagrante pela Polícia Federal na última quarta feira, acusado de compra de votos. Ele foi eleito com 2.125 votos. Na tentativa de descaracterizar a negociata, assessores, também presos, formalizavam um contrato de prestação de serviços no valor de R$ 100,00. Chegues de campanha assinados, em branco, contratos sem assinatura e outros documentos foram apreendidos pela polícia. Jairo José Genova, promotor da Justiça Eleitoral afirmou que, se comprovadas as acusações, pedirá a cassação do vereador. A sessão de diplomação dos eleitos está marcada para o dia 18 de dezembro. Os presos estão nas cadeias de Lutécia e Garça e uma assessora, em Vera Cruz.

A cadeia do Zé Dirceu

Companheiros na cela: sentenças podem ser iguais
Depois a condenação e definição da pena de Marcos Valério, os que acompanham o julgamento do mensalão apostam que José Dirceu deve pegar entre 10 e 12 anos por formação de quadrilha.- dois anos e onze meses - e corrupção ativa - sete anos e oito meses de cadeia. Idem Genoíno.
Ayres Brito deve pedir a cassação dos passaportes pra evitar fugas. Valério deve levar mais de 40 anos de prisão, muito mais que os chefes da quadrilha, o que levou o advogado do publicitário a desabafar: isso é injusto.

Empreendedorismo na escola


Este documentário foi produzido há 15 anos, pela  TV Marília Produções, para o Sebrae São Paulo e resume o projeto de empreendedorismo na escola. Vale a pena assistir.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pena de Valério vai ultrapassar 40 anos

Marcos Valério
Restando ainda o voto do ministro Marco Aurélio Mello, Marcos Valério já soma 40 anos e 2 meses de prisão além de mais 24 dias de reclusão. Junte-se uma multa de até R$ 2,800 milhões.

O publicitário foi condenado por formação de quadrilha - chefiada pelo petista José Dirceu - peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa (compra de votos de parlamentares no governo Lula) com possibilidade de aumentar se os ministros decidirem sobre a existência de continuidade delitiva.

A defesa do publcitário afirmou ser injusto que ele receba a pena mais severa em relação aos "verdadeiros chefes políticos". Em diversas ocasiões, Valério fez ameaças de contar a verdade - de que Lula era o maior beneficiário do esquema e seu autor - mas cedeu com medo de retaliação.
Acredita-se que Roberto Jeferson, também condenado, receba pena menor considerando que foi o denunciante do que se transformou no maior escândalo de corrupção do país.

O Coronel Ramiro Bastos chama-se Lula

Na moda, artes, música, política, pra mim, tudo é cíclico.
Basta observar. Os Beatles estão voltando, 40 anos depois do estrondoso sucesso do quarteto inglês. E lá vem regravações e remasterizações. E eles estão voltando em disco de vinil. Aliás, os Beatles e Rolling Stones, que nunca morrem.

E quem diria que a saia plissada faria, de novo, tanto sucesso na moda? Moda que conheceu a mini saia em 60/70 como criação de Mary Quant e voltou. Aliás, a mini saia já existia em 1920, do "foxtrot". Quem vê a novela Gabriela se assusta com os vestidos curtos, tanto quanto os cabelos das meninas da época.

A revolução dos estudantes na França em 68 e a revolta na praça da Paz Celestial em 89; a impetuosidade do jovem Jânio Quadros naquela década e de Collor nos anos 90; e, assustadoramente, a volta do coronelismo político, prática comum no país desde os idos tempos. A sociedade era sustentada pela produção agrícola de latifúndio, dai surgindo a figura do coronel que controlava tudo na comunidade, impondo inclusive a obrigatoriedade de se votar nos candidatos que indicasse. Chamava-se isso de currais eleitorais. Deputados sempre se alinhavam com seus "padrinhos" que sustentavam suas campanhas. Mesmo com o surgimento de novos grupos sociais, o coronelismo fixou-se na cultura política brasileira na forma de "troca de favores" entre apoiadores e opositores. A venda de sentenças já existe há tempos.

Essa paisagem você vê claramente nos usos e costumes da novela Gabriela, vivida em Ilhéus, então controlada pelo Coronel Ramiro Bastos, intendente do pedaço. Em defesa de um amigo - que matou a mulher e o amante - Ramiro procurou o novo juiz da cidade pedindo, sob ameaça, o arquivamento do processo alegando que foi crime de honra.

Tal e qual Lula fez com deputados, senadores e ministros do STF, julgadores do mensalão. O coronelismo - que nunca se foi - voltou!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Como funciona o Brasil

De um salário de R$ 6.000, você fica apenas cm R$ 1.400,00. O resto fica com o governo. Assista e entenda. E repasse...



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ibope mostra pesquisa eleitoral em Marília

Vinícius Camarinha aparece na liderança na disputa pela Prefeitura de Marília. Deputado estadual tem vantagem significativa

Pesquisa do IBOPE Inteligência, realizada entre os dias 31 de maio e 2 de junho, mostra Vinícius Camarinha com vantagem significativa na disputa pela prefeitura de Marília (SP). Neste momento, em que não há nenhuma definição oficial dos candidatos que concorrerão às próximas eleições, foi testado um cenário de intenção de voto considerando possíveis nomes para esta disputa.

No cenário de intenção de voto estimulada, em que foram apresentados os nomes de pré-candidatos, o deputado estadual Vinícius Camarinha (PSB) obtém 48% das intenções de voto. Em um patamar inferior aparece o empresário Daniel Alonso (PSDB) com 12% das menções, seguido pelo petista e atual prefeito Ticiano Tóffoli, citado por 9% dos entrevistados. Tato, pré-candidato do PMDB, tem 1% das intenções de voto, enquanto os que declaram intenção de votar em branco ou anula o voto somam 16% e os indecisos 14%.

Espontânea 

O IBOPE Inteligência também perguntou em quem os entrevistados votariam para prefeito espontaneamente, ou seja, sem a apresentação de nomes de candidatos. Nesta situação, 55% dos entrevistados declaram não saber em quem votariam ou não opinam sobre sua preferência. Vinícius Camarinha aparece com 22% das citações. Daniel Alonso atinge 5% das menções e Ticiano Tóffoli, atual prefeito, é citado por 4% dos entrevistados. Outros candidatos, embora citados, não atingem 1% das intenções de voto. Os que declaram a intenção de votar em branco ou de anular o seu voto somam 13%.

Conhecimento 

Na pesquisa, foi investigado também o grau de conhecimento dos entrevistado  sobre os pré-candidatos, solicitando que respondessem para cada um se o conhece bem, conhece um pouco, conhece só de ouvir o nome ou nunca tinha ouvido falar dele antes. Dos pré-candidatos avaliados, o deputado estadual Vinícius Camarinha é o mais conhecido entre os eleitores de Marília (86% declaram que o conhecem bem ou um pouco). Em um segundo patamar de conhecimento estão o prefeito Ticiano Tóffoli (49%) e Daniel Alonso (37%).

O peemedebista Tato apresenta o menor índice de conhecimento: 69% dos entrevistados declaram nunca ter ouvido falar dele antes da pesquisa.

Rejeição de voto

Quando perguntado aos eleitores em quais pré-candidatos não votariam de jeito nenhum para o cargo de prefeito nesta eleição, o maior índice é obtido por Tato: 35% das citações.

Ticiano Tóffoli e Vinícius são citados por 24% e 23% dos entrevistados, respectivamente, enquanto o pré-candidato Daniel Alonso tem 17% de índice de rejeição. São 13% os que afirmam a possibilidade de votar em qualquer um  dos candidatos para a prefeitura de Marília e 24% não respondem a questão.

Avaliação da administração municipal

A administração do prefeito Ticiano Tóffoli é avaliada como regular por quase metade dos eleitores de Marília (45%), enquanto 23% consideram-na ótima ou boa e 20% ruim ou péssima. Ticiano Tóffoli assumiu a prefeitura em março deste ano após renúncia do então prefeito Mário Bulgareli. Ao serem estimulados a dizer quais são as áreas em que as pessoas da cidade vêm enfrentando mais problemas, quase dois terços dos eleitores citam a saúde, enquanto metade (51%) dos marilienses menciona o calçamento de ruas e avenidas. Em outro patamar aparecem: abastecimento de água (29%), educação e segurança pública (19% cada). Outras áreas foram citadas com percentuais variando entre 16% e 2%.

O IBOPE Inteligência também questionou os entrevistados sobre a administração do ex-prefeito Mário Bulgareli.

Para parcela significativa dos marilienses (75%), a administração de Bulgareli foi ruim ou péssima, enquanto 18% consideram-na regular. Aqueles que classificam a antiga administração como ótima ou boa somam 5% dos entrevistados.

O descontentamento com a administração de Mário Bulgareli é demonstrado também em outras medidas obtidas na pesquisa: 88% desaprovam a sua forma de administrar a cidade, enquanto nove em cada 10 marilienses afirmam não confiar no ex-prefeito. Avaliação das administrações estadual e federal.

A administração do governador Geraldo Alckmin é bem avaliada por 58% do eleitorado de Marília e considerada regular por 30%. Aqueles que declaram que a administração estadual é ruim ou péssima somam 7%. A administração da presidente Dilma Rousseff atinge 61% de avaliação positiva (ótima ou boa) entre o eleitorado do município; consideram-na regular 25% dos entrevistados e 11% a avaliam como ruim ou péssima.

FICHA TÉCNICA DA PESQUISA (JOB Nº 1134 | 2012) Período de campo: a pesquisa foi realizada entre os dias 31 de maio e 2 de junho de 2012. Tamanho da amostra: foram entrevistados 406 eleitores. Margem de erro: é de cinco pontos percentuais, considerando um grau de confiança de 95%. Solicitante: Partido Socialista Brasileiro. Registro eleitoral: registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, sob protocolo nº SP-00069/2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

terça-feira, 6 de março de 2012

A despedida de Mário Bulgareli

Carta à população deixada por Mário Bulgareli pouco antes de renunciar a Prefeitura de Marília
“Nestes 7 anos e três meses frente à chefia do Executivo municipal, sempre procurei desempenhar o melhor trabalho possível em prol da população mariliense, com apoio de meus secretários, assessores e demais servidores públicos municipais.
Com esse trabalho em equipe, elevamos Marília ao grau de uma das melhores cidades para se viver do país: primeira em segurança (cidades acima de 100 mil habitantes); primeira em educação; sétima em qualidade de vida (Índice Firjan); e mais recentemente a sétima do país na área da saúde, conforme levantamento realizado pelo Ministério da Saúde.
Todavia, após todos esses anos em que procurei me dedicar ao máximo e, em virtude de recomendação médica e após consultar minha família, é chegado o momento de me afastar do Executivo mariliense, para tratar de minha saúde. Sei que não é uma decisão fácil de ser tomada, principalmente pelo bom momento em que Marília atravessa.
Tenho certeza que o vice-prefeito, José Ticiano Tóffoli, ao assumir o restante do mandato, dará continuidade a esse trabalho, realizando as obras e serviços em prol de nossa comunidade. Um exemplo é o seu prestígio junto ao governo federal ao obter recursos, a fundo perdido, para a conclusão das obras de afastamento e tratamento do esgoto.
Gostaria de agradecer a confiança depositada pela população mariliense que me reelegeu em 2005 e ao mesmo tempo reafirmar meu profundo amor por Marília, cidade que me adotou quando aqui cheguei, em 1978 e onde nasceram meus filhos e desempenhei minha vida familiar e profissional.
Deixo a Administração Municipal com a certeza de dever cumprido. Tenho muito orgulho de fazer parte da história de Marília e ter o reconhecimento de nossa população.
Não posso deixar também de agradecer a todos os funcionários do município, população, imprensa, amigos e autoridades pelo respeito que sempre me trataram.
Marília, 05 de março de 2012
Prof. Mário Bulgareli”

sexta-feira, 2 de março de 2012

O hino que todos amam

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Quase véspera de Natal a empresa em que eu era diretor de marketing, a Cia Fotográfica Hirano, promoveu sua tradicional festa de fim de ano. O evento foi realizado num grande anfiteatro e todos os seiscentos funcionários estavam lá. Coube-me a função de apresentador e, logo na abertura, interpretei uma mensagem que emocionou e fez chorar a platéia. Muito distante dos tradicionais e festivos textos natalinos, o que li era uma lição que levava qualquer um a refletir sobre a data e questionar seu papel na face da terra.

O título era "Eu odeio o Natal" e o autor narrava a festa da ceia, risos, champagne, comida farta e muitos presentes quando alguém bateu à porta. Era apenas um menino maltrapilho pedindo um pedaço de pão. Naquele momento ele confronta a cena daquele pedinte faminto com o "natal" que se comemorava em sua casa. Imagina a família daquele garoto em torno de uma mesa simples, coberta por um plástico vagabundo e e se fartando de migalhas caídas de alguma mesa abundante . E chora ao se lembrar dos molambos, prostitutas, drogados e outras minorias perambulando pelas ruas como um cordão de desgraçados, sem futuro, sem esperanças. Por minha conta acrescento que é nesta época que as diferenças ficam muito mais evidentes.

Terminada a mensagem, afastei-me do microfone e aguardei o final dos aplausos.

Durante longos segundos passei os olhos pela platéia observando a reação de cada um. Homens e mulheres choravam e, se muito, disfarçavam pra não deixar rolar alguma lágrima. Alguns soluçavam. Os diretores, postados à mesa de honra, no palco, não fizeram questão de demonstrar que foram tocados pela emoção da mensagem. Todos tinham os olhos úmidos e avermelhados.

Findo os aplausos, aproximei-me do microfone e solicitei, em tom solene:

- Peço que todos estejam de pé, com a mão no coração e cantem o hino que o povo adora e ama em todo Brasil.

De pé e conforme pedira, vi os seiscentos funcionários e diretores se levantarem. Quando todos se postaram com a mão no peito, olhei para o lado - onde ficava o controle de som - e, com um aceno de cabeça, autorizei rodar o hino. O operador de som apertou a tecla de play e todos puderam ouvir a todo volume.

- Salve o Corinthians, campeão dos campeões, eternamente dentro dos nossos corações.....Salve o Corinthians....

Certamente ouvi uns 595 funcionários cantando, aplaudindo, gargalhando e festejando a improvisada brincadeira que tomou conta do anfiteatro. Tomei o cuidado de arriscar um olhar para meu lado esquerdo, onde estavam os diretores. O Eizi Hirano, são paulino como os demais, desconcertado disse-me provocativo:

- Segunda feira passa no DP que você será despedido, seu irreverente - brincou ele.

- Tudo bem Eizi, mas, por favor, você já pode tirar a mão do peito - respondi gargalhando ao ver que ele continuava, respeitosamente, com a mão no coração.

Durante longos e longos segundos só se ouviu risos descontraídos e muita comemoração. Instantes antes todos estavam chorando.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Vergonha, descaso e incompetência!

Uma escola estadual de Marília está com um enorme problema: não sabe o que fazer com a montanha de livros enviados pelo governo do estado que deveriam ser entregues aos alunos do fundamental e médio.

E os livros não foram entregues por uma razão inacreditável: os alunos, simplesmente, não querem os livros. Se levarem pra casa não trarão pra sala de aula - e isso realmente acontece - porque, alegam, pesa muito na mochila. Os livros do ano passado ficaram estocados numa sala e, agora, a escola não tem onde colocar os novos que chegaram.

Sabem o que pode acontecer? Os livros, perfeitamente utilizáveis, podem ir para a reciclagem. Ou jogados no lixo. Isso se repete na maioria das escolas públicas estaduais ou federais. Dinheiro jogado no lixo. Desrespeito, vergonha, falta de competência! Sinônimos que nos levam a concluir o que já sabemos: o caos da edução no  país. O descaso ocorre faz tempo. A TV Globo de Ribeirão Preto flagrou, em 2010,  centenas de livros do Programa Nacional do Livro Didático, do governo federal, jogados num barracão da Cooperativa de Reciclagem de Colina - 399 km de São Paulo. Muitos ainda estavam embalados.

Antes havia o cuidado dos alunos em conservar o material que serviria de doação para uso de outros. Hoje, joga-se no lixo. Os promotores deveriam estar preocupados com isso, sem esperar alguma denúncia cair em suas mãos.
 
Os professores não podem obrigar os alunos a aceitarem os livros. O diretor, se muito, vai discutir nos HTPCs, o que fazer com eles. Geralmente é o lixo ou reciclagem. Descaso e incompetência com dinheiro do povo!