quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Comunistas da Coreia do Norte fuzilam integrantes do governo: eles assistiam novelas da Coreia do Sul.

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-um
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O governo comunista da Coreia do Norte fuzilou cerca de 50 integrantes do governo sob acusação de crimes contra o Estado. Entre estes, cerca de 10 membros faziam parte do Partido dos Trabalhadores, liderado por Kim Jong-Un. Todos morreram com tiros de fuzil e tinham sobre eles acusações de crimes de suborno, atos promíscuos e porque assistiam novelas da tv sul coreana.

Antes, Kim Jong-Un tinha mandado matar seu tio Jang Song-thaek em dezembro de 2013. Kim Jong-Un assumiu o governo comunista com a morte do pai. Na época, o Partido Comunista do Brasil - aqui liderado por Aldo Rabelo, atual ministro dos Esportes - enviou carta de condolências ao "grande líder" coreado. O pai de Kim tinha a mesma fama do filho: assassino contumaz.

Como em Cuba, país também comunista, a população da Coreia do Norte só pode assistir ou ouvir emissoras de TV e rádio pertencentes ao estado. O governo impede que o povo saiba o que acontece além das suas fronteiras. A Coreia do Norte é o país mais pobre do mundo e dos 24 milhões de habitantes, 18 milhões passam fome. Ao contrário da Coreia do Sul, uma das economias mais prósperas do capitalismo.

Para burlar a falta de liberdade, fitas com filmes e novelas da Coreia do Sul são vendidas no mercado negro do país comunista. A informação do fuzilamento foi dada pelo serviço de inteligência da Coreia do Sul.

Leia mais:
Coreia do Norte X Coreia do Sul

domingo, 26 de outubro de 2014

Vence a campanha da mentira

Reinaldo Azevedo 26/10/2014 às 20:22

Dilma Rousseff, do PT, que vai fazer 67 anos no dia 14 de dezembro próximo, reelegeu-se presidente da República. Aos 96,24% dos votos apurados, ela tem 51,18% dos votos, contra 48,82% de seu oponente, Aécio Neves, do PSDB. Obtém o segundo mandato de forma legítima, segundo as regras do jogo, mas é importante destacar que apenas cerca de 80% do eleitorado (até este momento não há os números do Acre) , composto de 142.822.046 de brasileiros, lhe conferiram esse passaporte. Nada menos do que cerca de 28 milhões e brasileiros deixaram de comparecer às urnas. Os brancos e nulos ultrapassam 6,37%, e há, como se mencionou, os quase 50 milhões que queriam Aécio presidente. E assim é com o absurdo instituto do voto obrigatório. Um presidente é ungido, note-se, com o voto de uma minoria. Parece-me que um de seus deveres é tentar atrair a adesão daqueles que preferiram outro caminho. E é nesse ponto que as coisas podem se complicar para Dilma.

Vamos ser claros? O PT não se caracteriza exatamente por fazer campanhas limpas. Gosta de dossiês e de montar bunkers para destruir reputações; adere com impressionante presteza às práticas mais odientas da política; transforma adversários em inimigos; não distingue a divergência legítima da sabotagem e o oponente de um alvo a ser destruído; julga-se dotado de um exclusivismo moral que lhe confere o suposto direito de enlamear a vida das pessoas. Não foi diferente desta vez. Ou foi: a violência retórica e as agressões assumiram proporções inéditas. Nunca se viram tanta baixaria, tanta sordidez e tanta mentira numa campanha.

Vejam de novo o placar: Dilma vai vencer Aécio por diferença pequena. Quantos desses votos são a expressão do terror, do medo, do clientelismo mais nefasto? Não! Não se trata, e evidente, de tachar os eleitores de Dilma de “desinformados” — até porque, felizmente, a democracia ainda não inventou um mecanismo que distinga os “bons” dos “maus” votos. Mas é preciso ser um pilantra para ignorar que pessoas economicamente vulneráveis, que estão à mercê do Bolsa Família, acabam decidindo não exatamente com menos informação, mas com menos liberdade.

Multiplicaram-se aos milhares as denúncias de chantagens aplicadas contra as pessoas que recebem benefícios sociais do Estado brasileiro. Cadastrados do Bolsa Família e do Minha Casa Minha Vida passaram a receber torpedos e a ser bombardeados com panfletos afirmando que Aécio extinguiria os programas, como se estes pertencessem ao PT, não ao Brasil. De própria voz, Dilma chamou os tucanos de inimigos do salário mínimo — que teve ganho real acima de 85% no governo FHC, superior, proporcionalmente, aos reajustes concedidos pela própria Dilma. E daí? As mentiras sobre o passado foram constrangedoras: FHC teria entregado o país com uma inflação maior do que a que recebeu; tucanos teriam proibido a construção de escolas técnicas; o governo peessedebista teria sido socialmente perverso… E vai por aí. Sobre o futuro do Brasil, não disse uma miserável palavra a não ser um daqueles miraculosos programas — agora é a vez do “Mais Especialidades”…

Quanto dos cerca de 52 milhões de votos que Dilma obteve a mais do que Aécio se consolidaram justamente no terror? Ora, esbarrei em São Paulo com peças verdadeiramente sórdidas de terror e de agressão à honra pessoal de Aécio. Estatais foram usadas de maneira vergonhosa na eleição, como se viu no caso dos Correios. Em unidades de bancos público, como CEF e BB, houve farta distribuição de panfletos contra o candidato tucano.

É claro que o medo, ainda que por margem estreita, venceu a esperança. Dilma assumirá o novo mandato, no dia 1º de janeiro, com boa parte dos brasileiros sentindo um certo fastio de seu governo. Pior: o país parou de crescer, os juros estão nas nuvens, e a inflação, raspando o teto da meta. Dilma também não tem folga fiscal para prebendas, e o cenário internacional não é dos mais hospitaleiros. Não será fácil atrair aqueles que a rejeitaram porque vão lhe faltar os instrumentos de convencimento.

Petrolão

Mais: Dilma já assumirá o novo mandato nas cordas. Além de todas as dificuldades com as quais terá de lidar, há o estupefaciente escândalo do Petrolão. A ser verdade o que disse sobre ela o doleiro Alberto Youssef, não vai terminar o mandato; será impichada — e por boas razões.

O escândalo não vai se desgrudar dela com tanta facilidade. Youssef pode estar mentindo? Até pode. Mas ele deve conhecer as consequências de fazê-lo num processo de delação premiada. Ele pode não servir para professor de Educação Moral e Cívica, mas burro não é. E que se note: em meio a crises distintas e combinadas, a governanta promete engatar uma reforma política, com apelo a plebiscito. Vêm tempos turbulentos por aí, podem esperar.

Dilma venceu por um triz porque o terrorismo funcionou. Sua campanha foi bem além do limite do razoável. Seu governo já nasce velho, com parcela considerável do eleitorado a lhe devotar franca hostilidade. E, por óbvio, seus “camaradas” à esquerda não vão lhe dar folga.

A petista assumirá o novo mandato no dia 1º de janeiro tendo à frente o fantasma do impeachment e a realidade de uma economia estagnada. Não a invejo. E creio que Aécio também não porque, por óbvio, se ele tivesse vencido, isso teria ocorrido segundo as suas circunstâncias, não as dela, que são muito piores.

O Brasil vai acabar? Não! Países não acabam. Eles podem entrar em declínio permanente. Mas Dilma pode ficar tranquila: nós nos encarregaremos de lembrar que ela foi eleita para governar um país segundo regras que estão firmadas pelo Estado de Direito. Ela pode contar com a nossa vigilância. Agora, mais do que nunca.

O socialismo uruguaio vai mal

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O Uruguai realiza suas eleições neste domingo. Mujica, o presidente do fusca, corre o risco de não fazer seu sucessor diante de tanta manifestação de mudanças. Seu candidato da Frente Ampla, Tabaré Vázquez (74 anos) despencou nas pesquisas - embora continua ainda na frente - e teve que correr atras do prejuízo com o crescimento do opositor do Partido Nacional, Luis Lacalle Pou, de 42 anos.

A imagem de um pais inovador existe apenas no exterior porque, lá dentro, a insatisfação é grande. O que mais tem pesado contra Mujica são projetos como a legalização da maconha, casamento gay, aborto, reforma tributária, educação e saúde. A possibilidade da Frente Ampla de Mujica perder as eleições é grande. No segundo turno, Lacalle receberá apoio do Partido Colorado, hoje em terceiro nas pesquisas. Os eleitores que votaram em Mujica estão frustados. Isso ocorre mesmo o Uruguai tendo uma economia estável e inflação controlada, muito melhor que o Brasil.

Porém, os jovens estão insatisfeitos tal e qual seus pais que um dia votaram em Mujica que faz muito "sucesso" só aqui fora. Parece que o tempo de validade de partidos de esquerda é de 10 anos. Na Venezuela a máscara  chavista caiu e o país vive o caos. Na Argentina a insatisfação é enorme. No Brasil, onde as instituições são aparentemente mas sólidas, idem. Aqui o partido se sustenta não com suas ideologias, mas com dinheiro roubado das obras públicas.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Produzir carros no Brasil é 23% mais caro que nos Estados Unidos


O mesmo Honda Cyt que sai da fábrica em Sumaré: R$ 60 mil no Brasil e R$ 35 mil no México.

O Honda City, motor 1.5, custa no Brasil mais de R$ 60 mil enquanto este mesmo carro, fabricado em Sumaré, São Paulo, é colocado no México por R$ 35 mil. Aqui são 36% de tributos e no México apenas 18%. Isento de impostos e sem os 10% de lucro da concessionária, o Honda teria um preço limpo de R$ 33 mil no Brasil. E isso tem explicação, além da ganância dos empresários por lucro maior? Antes de responder, analise.

Não são apenas os impostos que causam a grande diferença de preços. O custo Brasil é altíssimo hoje e o grande responsável pela falta de competitividade dos produtos brasileiros, lá fora. Os principais componentes para a fabricação de veículos, o aço e o plástico, custam 30% a 40% mais caros no Brasil que em outros países, decorrente da tributação pesada do governo e cada dia maior. Basta citar que em 2004, produzir aqui, era mais barato que produzir nos Estados Unidos, pelo menos 3%. 10 anos depois, produzir no Brasil ficou 23% mais caro que nos Estados Unidos, segundo a Boston Consulting Group.

O Brasil é o quarto país menos competitivo do mundo por várias razões: salários altos e baixa produtividade do trabalho, custos altos de energia elétrica, gás e taxas de câmbio. A infra estrutura não é ideal e faltam investimentos. O problema é que ninguém investe num país onde o governo, na hora que der na telha, muda as regras do jogo ou estatiza. Isso não inspira nenhuma confiança. Exemplos? Brasil, Argentina, Venezuela, Bolívia... Considere também que para colocar esse produto à venda gera custos da concessionária, infra-estrutura, mão de obra e um batalhão de funcionários só para administrar a burocracia tributária.

O preço maior não é tanto da ganância do empresário por lucro maior, mas é o valor da incompetência do governo federal que é paga pelo consumidor final. Não só em carros, mas em todos os produtos vendidos no país. Mas grande parte dos preços excessivos vem da alta demanda - o comprador não se importa com o preço e paga por ele, mesmo sabendo que lá fora é muito menor.

No Brasil a maioria dos produtos/serviços tem uma alta carga de impostos, como o telefone celular pós-pago. Aqui o imposto sobre ligações é de 42%. No Japão, apenas 5% e na Coreia do Sul, 10%. O gás de cozinha está taxado com 22% de tributos. Nos Estados Unidos 15% e Inglaterra 18%. No Brasil o telefone fixo é tributado em 32% enquanto nos Estados Unidos o imposto é de 3% e na Inglaterra, 17,5%. A conta de energia elétrica no Brasil tem 31% só de impostos. Nos Estados Unidos 7% e na Inglaterra, 5%.

É bom lembrar, para todos os efeitos, que o governo "não produz nada", ao contrário, investe mal, é paquiderme e corrupto (veja a festa na Petrobras, mensalão e todas as obras onde se pega comissão). Quem gera riqueza é a iniciativa privada. Gerava, diga-se melhor. Com baixo crescimento do PIB, inflação alta e juros estratosféricos aliados a tributos violentos, a indústria parou. Entramos em recessão.

A ganância dos empresários por lucros pode ser grande mas, muito menor que a impiedosa tributação do governo federal. Afinal, para cobrir tanta incompetência e desvio, só apunhalando o povo que mal sabe de onde vem a culpa.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Porque o governo de Dilma pede para o povo trocar carne por ovo?

Com inflação alta e país em recessão, Dilma pede para o povo trocar carne por ovo.

Depois de dois meses seguidos de quedas, o varejo registrou pequeno aumento de atividade em agosto: 1,1%, comprando-se com julho. Os supermercados e produtos alimentícios registraram queda de - 0,1%. Motivo: aumento de preços no segmento de alimentos decorrente da alta inflacionária que ajudaram a derrubar as vendas. Dai veio a sugestão de Dilma Roussef para o povo trocar a carne por ovo.

Material de construção, veículos e peças tiveram queda de - 2,5% em agosto comprado com julho. Os dados são do IBGE. Entre os setores que registraram aumento estão equipamentos e material para escritório, comunicação e informática com crescimento de 7,5%.

Sem ajuste e comprando-se com agosto do ano passado, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 6,8% em agosto deste ano.

A péssima condução da política econômica gera instabilidade e derruba investimentos, o que significa, desemprego. Dilma adotou o discurso de culpar a crise internacional para justificar o baixo desempenho da economia brasileira.

A presidente mente, diz uma nota assinada por 164 economistas e professores brasileiros e estrangeiros. Não há, no momento, uma crise internacional generalizada e alguns países latino-americanos estão em crescimento enquanto o Brasil entra em recessão. A Colômbia cresça 4,8% deve crescer em 2014, com inflação de 2,8%. A economia peruana deve crescer 3,6%, com inflação de 3,2%. O México deve crescer 2,4%, com inflação de 3,9%. No Brasil, teremos crescimento próximo de zero com a inflação próxima de 6,5%.

A nota dos 164 economistas diz que "entre as 38 economias com estatísticas de crescimento do PIB disponíveis no síte da OCDE, apenas Brasil, Argentina, Islândia e Itália encontram-se em recessão. Como todos os países fazem parte da mesma economia global, não pode haver crise internacional generalizada apenas para alguns. É emblemático que, dentre os países da América do Sul, apenas Argentina e Venezuela devem crescer menos que o Brasil em 2014" - diz a nota.

"Ao usar de sua propaganda eleitoral e exposição na mídia para colocar a culpa pelo fraco desempenho econômico recente na conjuntura internacional, se eximindo da sua responsabilidade por escolhas equivocadas de políticas econômicas, o atual governo recorre a argumentos falaciosos", conclui o manifesto.

Portanto, Dilma mente. Descaradamente!
Para uma economia capenga resta pedir para o povo trocar carne por ovo.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Manifesto de economistas diz que Dilma mente e vê crise internacional que não existe

164 economistas brasileiros e internacionais dizem que a presidente mente para justificar recessão no Brasil: não há crise internacional
A presidente mente, afirmam economistas

 Tentando justificar o fracasso da sua política econômica, Dilma Rousseff tem, reiteradamente, apontado a crise internacional como responsável pela alta da inflação e baixo crescimento do PIB brasileiro. Pois não é que 164 economistas e professores brasileiros e estrangeiros (Universidade de São Paulo, a Fundação Getúlio Vargas, o Insper, a Universidade de Yale, a London School of Economics, a Unicamp, a Universidade de Cambridge, a PUC-SP e a PUC-Rio) assinaram um manifesto acusando Dilma de dizer inverdades e rechaçando os argumentos presidenciais no horário político.

Em determinado trecho do manifesto, os acadêmicos, das várias tendências políticas, dizem:

"Não há, no momento, uma crise internacional generalizada. Alguns de nossos pares na América Latina, uma região bastante sensível a turbulências na economia mundial, estão em franca expansão econômica. Projeta-se, por exemplo, que a Colômbia cresça 4,8% em 2014, com inflação de 2,8%. Já a economia peruana deve crescer 3,6%, com inflação de 3,2%. O México deve crescer 2,4%, com inflação de 3,9%.1 No Brasil, teremos crescimento próximo de zero com a inflação próxima de 6,5%. Entre as 38 economias com estatísticas de crescimento do PIB disponíveis no sítio da OCDE, apenas Brasil, Argentina, Islândia e Itália encontram-se em recessão. Como todos os países fazem parte da mesma economia global, não pode haver crise internacional generalizada apenas para alguns. É emblemático que, dentre os países da América do Sul, apenas Argentina e Venezuela devem crescer menos que o Brasil em 2014."

"Ao usar de sua propaganda eleitoral e exposição na mídia para colocar a culpa pelo fraco desempenho econômico recente na conjuntura internacional, se eximindo da sua responsabilidade por escolhas equivocadas de políticas econômicas, o atual governo recorre a argumentos falaciosos", conclui o manifesto.
 
Os péssimos resultados da economia brasileira tem uma única responsável: Dilma Rousseff. O resto é falácia. Não se estranhara, entretanto, caso ela volte a culpar a crise que não existe e ela enxerga, tal e qual vê cachorros imaginários por trás de alguma criança e ache isso muito importante no dia da criança que também é dia das mães, dos país e dos professores.
 
A mulher é louca.
E incompetente.

Dilma fracassou, diz Ives Gandra Martins


Ives Gandra Martins: Minhas irritações com a presidente

Em 16 de março de 2011, publiquei nesta Folha um artigo em que apoiava a presidente Dilma e seu vice, Michel Temer –meu confrade em duas Academias e companheiro de conferências universitárias–, pelas ideias apresentadas para o combate à corrupção e a promoção do desenvolvimento nacional.

Como mero cidadão, não ligado a qualquer partido ou governo, tenho, quase quatro anos depois, o direito de expressar minha irritação com o fracasso de seu governo e com as afirmações não verdadeiras de que o Brasil economicamente é uma maravilha e que seu governo é o paladino da luta contra a corrupção.

Começo pela corrupção. Não é verdade que, graças a ela, os oito anos de assalto à maior empresa do Brasil, estão sendo rigorosamente investigados. Se quisesse mesmo fazê-lo, teria apoiado a CPI para apurar os fantásticos desvios, no Congresso Nacional.

A investigação se deve à independência e à qualidade da Polícia e do Ministério Público federais que agem com autonomia e não prestam vênia aos detentores do poder. Nem é verdade que demitiu o principal diretor envolvido. Este, ao pedir demissão, recebeu alcandorados elogios pelos serviços prestados!

Por outro lado, não é verdade que a economia vai bem. Vai muito mal. Os recordes sucessivos de baixo crescimento, culminando, em 2014, com um PIB previsto em 0,3% pelo FMI, demonstram que seu ministro da Fazenda especializou-se em nunca acertar prognósticos.

Acrescente-se que também não é verdade que controla a inflação, pois, se o PIB baixo decorresse de austeridade fiscal, estaria ela sob controle. O teto das metas, arranhado permanentemente, demonstra que a presidente gerou um baixo PIB e alta inflação.

Adotando a pior das formas de seu controle, que é o congelamento de tarifas, afetou a Petrobras e a Eletrobras, fragilizando o setor energético, além de destruir a indústria de etanol, sem perceber que desde Hamurabi (em torno de 1700 a.C.) e Diocleciano (301 d.C.) o controle de preços, que fere as leis da economia de mercado, fracassou, como se vê nas economias argentina e venezuelana, que estão em frangalhos.

O mais curioso é que o Plano Real, que tanto foi combatido por Lula e pelo PT, é o que ainda dá alguma sustentação à Presidência.

Em matéria de comércio internacional, os governos anteriores aos atuais conseguiram expressivos saldos na balança comercial, que foram eliminados pela presidente Dilma. Apenas com artimanhas de falsas exportações é que conseguiu obter inexpressivos saldos. O "superavit primário" nem vale a pena falar, pois os truques contábeis são tantos, que, se qualquer empresa privada os fizesse, teria autos de infração elevadíssimos.

Seu principal eleitor (o programa Bolsa Família) consome apenas 3% da receita tributária. Os 97% restantes são desperdiçados entre 22 mil cargos comissionados, 39 ministérios, obras superfaturadas, na visão do Tribunal de Contas da União, e incompletas.

Tenho, pois, como cidadão que elogiou Sua Senhoria, no início –para mim Sua Excelência é o cidadão, a quem a presidente deve servir–, o direito de, no fim de seu governo, mostrar a minha profunda decepção com o desastre econômico que gerou e que me preocupa ainda mais, por culpar os que criam riqueza e empregos em discurso que pretende, no estilo marxista, promover o conflito entre ricos e pobres.

Gostaria, neste artigo –ao lembrar as palavras de apoio daquele que escrevi neste mesmo jornal quase quatro anos atrás–, dizer que, infelizmente, o fracasso de seu projeto reduziu o país a um mero exportador de produtos primários, tornando este governo um desastre econômico.

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, 79, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

As bobagens que a Dilma fala

Dilma e a Polícia Federal
 
O ESTADO DE SÃO PAULO - 13 DE OUTUBRO DE 2014

Para tentar impedir que o escândalo do mensalão e as denúncias de corrupção contra o governo respinguem sobre sua campanha pela reeleição, a presidente Dilma Rousseff vem alegando que concedeu à Polícia Federal (PF) total liberdade para investigar as denúncias de corrupção na Petrobrás, inclusive orientando-a a instaurar inquéritos criminais e a adotar medidas para acabar com o uso de caixa 2 pelos partidos políticos e esquemas de lavagem de dinheiro para financiar campanhas eleitorais.

O argumento foi usado por ela em um dos últimos debates entre os presidenciáveis. "Eu dei autonomia à PF para prender o senhor Paulo Roberto e os doleiros todos", afirmou na ocasião. O mesmo argumento também foi repetido nos programas do PT durante o horário eleitoral, que deram a entender ter sido Dilma a primeira inquilina do Palácio do Planalto a ter colocado a PF a serviço do combate à corrupção e dos ilícitos cometidos em empresas estatais.

A propaganda do PT é enganosa e a fala de Dilma carece de consistência técnico-jurídica, deixando claro o quanto ela desconhece a Constituição que há quatro anos jurou cumprir. Em palestra para cerca de 200 estudantes e professores de direito de uma universidade de Brasília, quando discorreu por mais de uma hora sobre reforma política, financiamento de campanha eleitoral, compra de votos, corrupção e fortalecimento do regime democrático, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa enfatizou esse ponto.

"Não é a presidente da República que manda prender. Ela tem, no máximo, poderes para não interferir na atuação do órgão", disse Joaquim Barbosa, confessando-se "surpreso" com o desconhecimento generalizado de direito constitucional por parte dos políticos - inclusive Dilma.

Essa foi uma crítica sutil às afirmações não só da presidente da República, mas também a recentes declarações do vice-presidente, Michel Temer, e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Eles haviam protestado contra a vistoria, por agentes da PF, de um avião da campanha do senador Edison Lobão Filho, candidato ao governo do Maranhão e filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, acusando a corporação de ter sido "instrumentalizada para atingir candidaturas legitimamente constituídas".

Na ocasião, Dilma - que hoje elogia as ações da PF - criticou a corporação. "Qualquer órgão integrado por pessoas pode cometer um erro. Mas autonomia não significa autonomia para cometer coisas incorretas. Uma das coisas que a gente tem que garantir, principalmente em processos eleitorais, é que órgãos governamentais não sejam usados em proveito de um ou outro candidato", afirmou Dilma, com sua maneira tortuosa de se expressar, e de certo modo endossando a tese de que a ação de busca e apreensão executada pela PF teria tido o objetivo de "constranger" e "intimidar" políticos peemedebistas maranhenses.

Na realidade, como afirma o ex-ministro Joaquim Barbosa, a Polícia Federal é um órgão de Estado e não precisa de qualquer autorização presidencial para exercer suas atribuições funcionais. Pela Constituição, ela tem competência para promover investigações independentes, mesmo quando os investigados sejam políticos da base do governo ou mesmo integrantes da administração direta e indireta. Em outras palavras, a autonomia da Polícia Federal não é administrativa nem financeira. É uma autonomia funcional. E se seus delegados e agentes deixarem de agir, em casos de denúncias de algum ilícito, incorrem em crime de responsabilidade.

Por isso, quando a presidente da República alegou no debate entre os presidenciáveis que estimulou a PF a investigar as denúncias de corrupção na Petrobrás, "o que não acontecia nos governos anteriores", ela contrariou a verdade. Seu comitê eleitoral ainda tentou refutar as críticas de Barbosa, distribuindo uma nota em que alega que as palavras de Dilma acerca dos "atos de atuação legal da PF" estariam sofrendo "interpretações maliciosas e inverídicas". Maliciosa é, mais uma vez, a insistência da assessoria de Dilma em desmentir as bobagens que ela fala.

A corrupção vai muito além da Petrobras

 A Petrobras é só a ponta do iceberg

Reinaldo Azevedo

A Petrobras é só a ponta o iceberg, para a tristeza do estilo e a má sorte dos brasileiros. Ou: Roubalheira generalizada como nunca antes na história "destepaiz”.

Todo mundo sabe que este blog manda para campos de reeducação do estilo quem emprega clichês como “corações e mentes”, “desabalada carreira” e “ponta do iceberg”, muito especialmente este último, que, depois daquele navio, vem carregado de morbidez e maus augúrios. O escândalo em curso na Petrobras, no entanto, não nos deixa outra saída. De tal sorte ele é acachapante que até o estilo tem de ser sacrificado. Sim, leitores amigos, tudo o que Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef revelam é apenas a… ponta do iceberg.

Até agora, a imprensa não deu o devido peso a um trecho do depoimento de Paulo Roberto, que remete a uma questão de que tenho tratado com frequência aqui no blog. Os descalabros que estão sendo revelados na maior estatal e na maior empresa brasileira são sintomas de uma doença profunda do país, que está na origem de boa parte da nossa desgraça, dos nossos desastres, das carências do povo brasileiro, de seu atraso, de sua miséria, de sua falta de esperanças, de sua falta de perspectivas: o tamanho do estado.

Não se trata de firmar aqui uma posição meramente ideológica — mais ou menos estado na economia — ou uma escolha de princípio. Estamos lidando é com matéria de fato. Num dado momento, do depoimento, o juiz Sérgio Moro pergunta a Paulo Roberto se as empresas que se encarregavam do pagamento da propina sempre cumpriam com a sua parte. E Costa diz o seguinte, leiam com atenção:

“Essas empresas, excelência, elas tinham interesses não só dentro da Petrobras, mas em vários outros órgãos de governo, não é?, vários órgãos de governo, a nível de ministérios, a nível de secretarias etc., compostas por elementos dos partidos. Então, vamos dizer: se elas deixassem de contribuir com determinado partido naquele momento, isso ia refletir em outras obras a nível de governo, que os partidos não iam olhar isso com muito bons olhos. Então, seria um interesse mútuo dos partidos, dos políticos e das empresas, porque não visava só a Petrobras, visava hidrovias, ferrovias, rodovias, hidrelétricas etc.”

Entenderam? O que Paulo Roberto está a nos dizer é que a falcatrua, nos entes do estado, é universal. A Petrobras, então, nesse caso, era, de fato, apenas a ponta do iceberg. Esse mesmo Paulo Roberto já acusou as empreiteiras de atuar de forma cartelizada — um cartel que o Cade, comandado por um peixinho de Gilberto Carvalho, nunca se ocupou, pelo visto, de investigar. Mas isso ainda é o de menos: a ser verdade o que diz Paulo Roberto — e ele sabe muito bem como ficou multimilionário — o aparelhamento do estado, além de conduzir à ineficiência, ao atraso, ao desastre, também serve à roubalheira mais escancarada.

A sua fala não deixa dúvida: há uma estrutura gigantesca, organizada e treinada para drenar os recursos públicos. Sendo como ele diz, as empreiteiras entram, sim, como as corruptoras, mas observem que ele diz também que não lhes restam muitas alternativas. Por que elas não denunciavam? A ver. No mais das vezes, creio, o pragmatismo lhes diz que sua tarefa é fazer obras, não arrumar processos na Justiça.

O PT está no poder há 12 anos. É impressionante que o partido que chegou como a encarnação da esperança — nunca acreditei nisso porque conhecia os valentes; mas milhões acreditaram — tenha se tornado não apenas um cultor dos vícios, mas um verdadeiro reorganizador da bandalheira.

Se o PT vencer a disputa, é evidente que as coisas ficarão como estão — afinal, os companheiros não veem motivos para mudar, orgulhosos que são de sua obra, como se nota pelo horário eleitoral. Se Aécio vencer, não tenho esperanças de que possa haver um novo ciclo de privatizações das grandes empresas. Não está no seu programa. Mas se abre a possibilidade de que se estabeleçam critérios técnicos para as nomeações, para que se reduza substancialmente o número de cargos de confiança de livre provimento para que se criem mecanismos efetivos para que o estado deixe de ser capturado por larápios.

Para a tristeza do estilo e a má sorte dos brasileiros, a roubalheira na Petrobras é, sim, só a ponta o iceberg.

domingo, 12 de outubro de 2014

Nordestino dá lição de moral em Lula e Dilma

Um jovem nordestino culpa Lula e Dilma e suas políticas de mentira e medo por tanto preconceito contra o povo nordestino. Diz o jovem que o PT faz um governo medíocre e se aproveita da ignorância do povo para manipular eleições.


CENSURADO PELO PT

Este vídeo foi censurado pelo PT. Os advogados do partido entraram com mandado e o Youtube restringiu o acesso. Quando você aperta o play surge a informação que o conteúdo não está disponível neste domínio de país devido a um mandado. Se o PT já age assim, censurando a liberdade de expressão, imagine o que fará se Dilma Rousseff for eleita? O PT já prometeu, publicamente, que apresentará um projeto para controle d mídia, econômico e de conteúdo. Significara censura explícita até nas buscas do Google. É isso que o Brasil quer? Imprensa amordaçada? Uma ditadura como Cuba e Venezuela? 

sábado, 11 de outubro de 2014

Dilma não tem como negar tanto malfeito

"Se houve essa fraude na Petrobras e tudo indica que houve, quero garantir que já estancamos" (Dilma Rousseff)

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que hoje está preso e aceitou denunciar as fraudes na empresa para se beneficiar da delação premiada, foi indicado por Luis Inácio, para ocupar aquele cargo. Dos atuais diretores da empresa, além dos principais chefes de subsidiárias, todos foram aprovados por Dilma Rousseff, com aval do PT, PMDB e PP, partidos que se beneficiam dos desvios de recursos descobertos. 

O doleiro Alberto Youssef e Costa afirmaram, em depoimento à Justiça Federal, que os três partidos recebiam das empreiteiras 3% de "comissão" de todos os contratos firmados. Sabe-se que a presidência e as principais diretorias são indicações políticas, inclusive Graça Fosters, militante do PT e presidente da Petrobras, escolhida por Dilma. Nas denúncias constam que Lula e Dilma tinham pleno conhecimento das trapaças tal e qual o caso da Refinaria de Pasadena, no Texas. Essa estranha negociação gerou prejuízos de U$ 1,1 bilhão e, apesar de ser a Presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma Rousseff alegou que "desconhecia" um parecer jurídico de extrema importância e que gerou todos os problemas.

O PMDB e PTB mantém sob seu controle politico a BR Distribuidora, principal subsidiária da Petrobras e seu presidente, José Lima de Andrade Neto, foi indicado pelo atual ministro das Minas e Energia Edison Lobão e pelo senador do PTB Fernando Collor.

Dilma não tem como negar tanto malfeito.
Restará espernear. Ou reagir com virulência, nos moldes de Hugo Chavez.

Num país sério essa patifaria levaria seus autores a longa temporada na cadeia. Mas como vivemos num país onde juízes ocupam cargos indicados por políticos e costumam retribuir esses favores, se muito pegam alguns meses de penitenciária tal o caso de do corrupto José Dirceu, Genoino, Delubio, João Paulo e sua gang do mensalão, todos acomodados em prisão domiciliar ou semi-aberta. Na China seriam executados. No Brasil, se reelegem.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O caráter de um homem. Ou a falta de caráter de um homem.


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Este vídeo tem dois minutos e meio. Vale a pena assistir. Você verá Luis Inácio, um ex-presidente brasileiro, se mostrando como é: mentiroso, falso, prepotente e bobalhão. Conta sobre suas mentiras, com orgulho. No final, Chico de Oliveira, um dos fundadores do PT, diz claramente que Lula não tem caráter.

Durante seu período como sindicalista ele era abastecido com frases de efeito pinceladas de publicações da esquerda. E Lula passou a ser visto como um ideólogo. Depois de eleito os "intelectuais" se afastaram ou foram afastados - afinal já estava eleito - e os discursos de Lula, por ele mesmo e seus improvisos, foram enxurradas do melhor besteirol. O verdadeiro presidente panaca.

Um dia, em Lins, perguntei-lhe se tinha lido Karl Marx. Ele respondeu que não. Pensei que a resposta era precaução, para evitar encrencas com os militares que estavam no poder. Depois soube, por ele mesmo, que nunca leu nada, um livro sequer. Luis Inácio aqui se confessa - achando graça - que é um indigente intelectual, mentiroso, populista, analfabeto e falso líder... seguido por um amontado de imbecis. Sua tática comum é repetir uma mentira exaustivamente para que se transforme na sua verdade. Assim tem sido com mensalão, petrolão, rosemary ...

O preguiçoso e o patife: a repetição da mentira antes e depois

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Governo comunista tenta abafar manifestações em Hong Kong

Governo comunista chinês tem medo que manifestações se espalhem por todo país

A China é comunista só na ditadura do governo porque o que funciona no país é o capitalismo selvagem. Mais selvagem, impossível. O crescimento da economia do país depende unicamente do setor privado. Lá, faz tempo, o socialismo - endeusado pela esquerda burra latino-americana - acabou.

Depois que as manifestações, pedindo mais democracia no país, mobilizaram centenas de milhares em Hong Kong, o governo proibiu a imprensa divulgar informações para o restante do país. Mesmo assim os protestos são transmitidos ao vivo pela internet onde a censura é rigorosa. Basta dizer que não existe Facebook ou outro tipo de rede social livre no país, exceto as que podem ser controladas. O uso de algumas expressões são proibidas no Twitter e fotos são censuradas no Instagram que este final de semana ficou fora do ar a mando do governo.
 
Joshua Wong, 17 anos: liderando
jovens na luta 
pela liberdade
As manifestações são lideradas por um jovem de 17 anos, Joshua Wong, que vive em Hong Kong, um protetorado britânico autônomo devolvido à China em 1997 e que ainda mantém imprensa livre e eleições. O governo comunista quer acabar com esses direitos e é por isso que os jovens protestam. "O povo não devia temer o governo. Ele é que deve nos temer" - dizem os estudantes que, apesar de não terem ainda status social, podem influenciar nas políticas governamentais.
 
Para as autoridades chinesas essas manifestações podem ser o estopim para o fim do comunismo e todo sistema totalitário implantado por Mao Tse Tsung que tomou o poder em 1949. Desde de então nunca houve eleições livres na China e a imprensa é mantida sob controle rigoroso, como em todos os países que já passaram por esse sistema.

O mundo sabe mais sobre os acontecimentos em Hong Kong do que os próprios chineses.
O comunismo resiste apenas em Cuba e Coreia do Norte, dois países paupérrimos onde liberdade é apenas, ainda, um sonho. O socialismo do século 21, de Hugo Chavez, na Venezuela é a amostra real do que o comunismo pode fazer com um país: destruí-lo totalmente. O povo vive com inflação altíssima, desabastecimento total, violência sem controle e falta de liberdade. Na Coreia do Norte 18 milhões de uma população de 24 milhões de habitantes, passam fome e são socorridos por doações internacionais.

O governo brasileiro reiteradamente em apoiado essas ditaduras.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Alberto Youssef começa a vomitar

Doleiro Alberto Youssef: lavagem de 10 bilhões de reais

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O doleiro Alberto Youssef, envolvido na lavagem de dinheiro no escândalo da Petrobras, imaginou que passaria um bom tempo na cadeia considerando a situação de Marcos Valério, o executor do mensalão do Lula, que protegeu o líder da quadrilha - ou foi ameaçado de morte - e levou mais de 40 anos de prisão.

Diferente de Valério e pressionado pela família, Alberto Youssef começou a prestar depoimento para contar tudo ao Ministério Público em troca da redução de pena num acordo de delação premiada. Mas sua decisão só ocorreu depois que outros quatro réus da Operação Lava Jato preferiram colaborar com a justiça, entre eles Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras indicado pelo PT e que operou o esquema de roubo entre 2004 e 2012, na época do presidente Lula e da atual, Dilma Roussef.

Cinicamente Dilma disse que "desconhecia" sobre o desvio de vários bilhões de reais dentro da Petrobras onde ela foi presidente do Conselho de Administração, Ministra das Minas e Energia e presidente do país, a mesma lenga lenga do seu guru político, Luis Inácio da Silva, hoje com câncer. 

O doleiro é acusado da lavagem de R$ 10 bilhões que beneficiaram o PT, PMDB, PP e o próprio governo federal com envolvimento de ministros e o uso do dinheiro, segundo se relata foi subornar políticos. Seis procuradores que participam da força-tarefa criada pela Procuradoria Geral da República acompanham o depoimento do doleiro.

Alberto Youssef começou a vomitar. Nesse vômito nadam deputados, senadores, ministros, Lula e Dilma, seguramente.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cenas de cinismo explícito

Por Clovis Rossi, 11.09.2014

É de ilimitada desfaçatez a campanha de Dilma Rousseff contra a proposta de autonomia do Banco Central, lançada por sua principal adversária, Marina Silva. Desfaçatez porque o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do qual Dilma foi gerente e ao qual deve sua eleição, fez até mais do que Marina está propondo, conforme já mencionaram tanto Fernando Rodrigues como Vinicius Torres Freire.

Primeiro, Lula fez o que Dilma diz que Marina fará: entregou o BC aos banqueiros, ao indicar um deles, Henrique de Campos Meirelles, para comandar a instituição, posto que exerceu durante todos os oito anos do governo anterior.

Segundo, Lula deu à presidência do BC o status de ministério, ou seja, tirou-o da subordinação ao Ministério da Fazenda. O ministro não podia mais, portanto, dar ordens a Meirelles, cujos instintos são indiscutivelmente pró-mercado (basta ler seus artigos dominicais nesta mesma Folha).

Terceiro, Lula aceitou que Meirelles comandasse na prática a política econômica, ao ser ele quem fixava pelo menos dois dos preços essenciais de qualquer economia, o do dinheiro (juros) e o do câmbio.

Se é verdade que aumentar juros é fazer o jogo dos banqueiros, como insinua a propaganda de Dilma, então Meirelles jogou o jogo, no governo de que ela era gerente. Quando assumiu, Meirelles elevou os juros já obscenamente altos (25%) para 26,5%. Cruzei com ele em Davos e perguntei como convencera Lula a aceitar. Meirelles contou que dissera ao presidente que, no Brasil, sempre que a inflação chega a dois dígitos dispara. Não chega a ser ciência, mas bastava para dobrar o presidente. Quem não se lembra da inglória cruzada do então vice-presidente José Alencar contra os juros altos? Perdeu sempre.

Lembro-me também de uma vez em que os juros subiram e eu pedi a opinião de Luiz Fernando Furlan, industrial então vestido de ministro (da Indústria, Comércio e Desenvolvimento). Respondeu Furlan: Meirelles fez o que o mercado queria.

O pior, para a tese de Dilma, é que o desempenho da economia na gestão Meirelles, egresso do setor financeiro, foi imensamente melhor do que no período de um BC comandado por um funcionário de carreira, como Alexandre Tombini: o crescimento foi muito maior, a inflação raramente namorou o teto da meta, houve exuberante criação de emprego e a renda salarial cresceu.

Daria, portanto, para dizer que entregar o BC ao mercado financeiro dá mais resultados que reservá-lo para funcionários do governo. Não vou, no entanto, repetir Dilma e cair nesse simplismo. Dar autonomia ao BC é entregar a funcionários não eleitos e, portanto, que não respondem ao público por seus atos o que é de responsabilidade dos eleitos.

Mas Dilma é a última pessoa a ter autoridade política para atacar a autonomia, até porque ela, como seus dois antecessores, dedica à bolsa-juros a maior fatia relativa do orçamento, o que só os nanicos Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) têm a coragem de dizer nos debates.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

O cinismo de Dilma no editorial do Estadão


OPINIÃO
O atirador da presidente

O ESTADO DE SÃO PAULO - 17.09.2014

Causando estragos a torto e a direito na campanha presidencial, a entrada em cena de Marina Silva como candidata do PSB e a sua imediata disparada nas pesquisas de intenção de voto reduziram as chances do tucano Aécio Neves de ser o contendor da presidente Dilma Rousseff no segundo turno e fizeram descarrilar a estratégia petista de campanha.

Tendo se preparado, antes da tragédia que matou o pernambucano Eduardo Campos, para soltar os cachorros em cima do senador mineiro - tornando a enveredar pelo caminho seguido pelo partido em 2006 contra Geraldo Alckmin e em 2010 contra José Serra -, o comando da operação Dilma+4 trabalhava, não obstante, com a hipótese realista de que, na segunda volta, ele aglutinaria com força total o sentimento de rejeição à herdeira de Lula, agravado pela convicção de que, ao cabo de 12 anos, o PT no poder já deu o que tinha para dar.

Com o quadro eleitoral de ponta-cabeça, os condutores da campanha dilmista parecem ter chegado à conclusão de que só lhes restava uma alternativa para enfrentar a reviravolta - transformar desde logo a disputa em um segundo turno.

A nova tática solaparia os ganhos obtidos por Marina, a ponto de fazê-la perder a parada de 5 de outubro, com o que ela começaria debilitada o embate para o verdadeiro tira-teima de três semanas adiante, depois de lhe terem servido o pão que o diabo amassou.

Na prática, a mudança significaria duas coisas - ou duas faces de uma coisa só: antecipar tanto o início da "campanha negativa", a temporada de agressões à rival, como a subida aos palanques, dia sim, o outro também, do ex-presidente patrono de Dilma. Com a esperteza adicional de que ele e não mais a sua afilhada é quem apertaria o gatilho para "desconstruir" a imagem de Marina.

Uma segunda novidade reforçaria o plano de não deixar para amanhã as baixarias que podem ser cometidas hoje. Trata-se das revelações atribuídas ao ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, nos depoimentos que tinha se oferecido a dar ao Ministério Público e à Polícia Federal (PF) para ver reduzidas ou anuladas as penas a que está sujeito pelos crimes cometidos na estatal, em conexão com o tráfico de divisas do cambista seu parceiro Alberto Youssef. A sociedade foi desbaratada pela Operação Lava Jato, da PF. Na sequência de suas "delações premiadas", Costa teria citado mais de 30 beneficiários do esquema, entre eles o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o do Senado, Renan Calheiros, e pencas de outros políticos também alinhados com Dilma. Ela sentiu o golpe e perdeu o prumo. Tentando abrigar-se da tormenta, alegou, em um assomo de cinismo, que "não tinha a menor ideia de que isso ocorria dentro da empresa".

Mais uma missão para Lula. Secar o escândalo torrencial, fazendo um cavalo de batalha com o fato de o programa de Marina citar somente uma vez o pré-sal, enquanto valoriza outras fontes de energia. (Nas imagens da propaganda dilmista, a posição da adversária literalmente tira a comida da mesa dos brasileiros.) E eis que anteontem o ex-presidente, enfiado em um macacão laranja da Petrobrás, comandou um ato de campanha travestido de manifestação sindicalista de solidariedade à empresa, diante da sua sede no centro do Rio. O palanqueiro se desdobrou. Ora equiparou as denúncias de corrupção na estatal a um "erro qualquer", ora disse que a CPI da Petrobrás serve para "achacar empresários", ora ainda se pôs a dar lições a Marina. Ela deveria proibir os seus economistas de falar, porque "um fala mais bobagem que o outro", e deveria saber que "se tem cargo que você não pode terceirizar é o de presidente da República".

A tarefa de fazer terrorismo eleitoral ele terceirizou para um veterano da violência, o líder do MST, João Pedro Stédile, de quem Dilma mantém prudente distância. O ferrabrás ameaçou infernizar um eventual governo da ex-ministra que amalgamava a causa ecológica com a dos sem-terra. "A dona Marina que invente de colocar a mão na Petrobrás", trovejou, "que voltaremos aqui todos os dias." Resta ver se a ideia de pôr Lula a bater já agora na candidata não se voltará contra Dilma quando ela mais precisará de eleitores.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A educação "grátis" em Cuba

De gratuidades e escolas
Posted on Setembro 15, 2014 by H. Sisley
YOANI SÁNCHEZ, 12/09/2014
Estudiantes de primaria. (14ymedio)
O sinal do turno da manhã tocou e os meninos foram para a aula, seguidos por seus pais. O primeiro dia de aulas acaba com a alegria e alguns deixam umas lagriminhas caírem porque sentem saudades das suas casas. Isso aconteceu com a Carla que está iniciando o pré-escolar numa escola do Cerro. A menina teve sorte porque lhe coube uma professora que ensina a muitos anos no primário e domina bem o conteúdo que transmite. “Que sorte!”, pensaram os familiares da pequena imediatamente antes que outra mãe lhes advertisse: “porém cuidado com a professora que exige um pedaço da merenda que cada estudante traz de casa”.

Na tarde daquele 1 de setembro teve lugar a primeira reunião de pais. Depois das apresentações e das palavras de boas vindas, a professora enumerou tudo que fazia falta para comprar em aula. “Há que se coletar dinheiro para um ventilador”, disse sem ruborizar. Carla já havia sofrido com o calor da manhã, desse modo a mãe entregou os 3 CUC que lhe correspondia para que sua filha tivesse um pouco de frescor enquanto estudasse. “Também precisamos comprar uma escova e um esfregão para a limpeza, três lâmpadas de luz fria e um cesto de lixo”, enfatizou a auxiliar pedagógica.

A lista de pedidos e necessidades somou-se um desinfetante para o banheiro “porque não há quem suporte o cheiro”, assegurou a própria educadora. A cifra dos gastos começou a crescer e teve-se que juntar um cadeado porque “senão nos roubam as coisas quando não há ninguém na escola”. Para pintar o quadro negro um pai ofereceu um pouco de tinta verde e outro se comprometeu em consertar as dobradiças da porta que estava caída ao lado. “Recomendo-lhes que comprem a agenda dos meninos na rua, porque as que vieram neste ano são de um material de cebola que rasga ao se apagar”, acrescentou a mestra.

Ao terminar a reunião a família de Carla já contabilizava uns 250 pesos cubanos em gastos para apoiarem o ensino da menina, a metade do salário mensal do pai, que é engenheiro químico. Então a diretora da escola entrou na reunião e rebateu: “se alguém conhece um carpinteiro e quiser contratá-lo para que conserte a mesa do seu filho, pode fazê-lo”.

Tradução por Humberto Sisley 

domingo, 14 de setembro de 2014

Cuba e as mentiras oficiais de uma ditadura comunista

A dengue e as mentiras para meninos

Posted on Agosto 20, 2014 by H. Sisley
YOANI SÁNCHEZ, La Habana | 20/08/2014


Explicar a morte a um menino é sempre uma tarefa difícil. Alguns pais se servem da metáfora e outros da mentira. Os adultos justificam o falecimento de alguém para as crianças com frases que vão desde “foi para o céu viver numa nuvem” até a mentira de que “está viajando”. O pior acontece quando essas invenções transcendem a família e se convertem numa política informativa de um Estado. Falsificar a real incidência da morte para uma população é tirar-lhe a maturidade e negar-lhe seu direito a transparência.

Em 1981 uma epidemia de dengue hemorrágico irrompeu em Cuba. Eu tinha seis anos apenas, mas aquela situação me deixou traumas profundos. Primeiro nos comunicaram na escola que a doença havia sido introduzida pelo “imperialismo ianque”. O Tio Sam dos meus pesadelos infantis já não nos ameaçava com uma arma, porém portava um enorme Aedes Aegypti disposto a nos contagiar da febre quebra-ossos. Meus familiares entraram em pânico quando começaram a saber dos meninos mortos. O corpo de guarda do Hospital Pediátrico de Centro Havana era uma efervescência de gritos e prantos. Minha mãe perguntava-me se doía alguma coisa a cada momento, e sua mão sobre minha testa comprovava que eu não tinha febre.

Não havia informação, só sussurros e medo, muito medo. Não se falar publicamente da verdadeira origem daquele mal, a população apenas se protegeu. Na minha escola primária continuávamos correndo para o abrigo – sob o Ministério da Indústria Básica – ante o “iminente ataque militar” que chegaria do Norte. Entretanto um pequeno e sorrateiro inimigo fazia estragos entre gente da minha idade. Aquela mentira não tardou a ser evidenciada. Década depois o dengue voltou, ainda que me atreva a dizer que nunca se foi e que em todos estes anos as autoridades sanitárias tentaram escondê-lo.

Agora já não há em quem lançar a culpa, não fosse pela deterioração higiênica que nosso país vive. Não é o Pentágono, mas sim os milhares de kilômetros, que existem por toda a Ilha, de tubulações danificadas e com vazamentos. Não é a CIA, mas sim a ineficiência de um sistema que não conseguiu sequer construir novas redes de drenagem e sistema de esgoto. A responsabilidade não aponta para o exterior, porém indica-nos. Nenhum laboratório criou este vírus para aniquilar os cubanos, o nosso próprio colapso material e sanitário é que nos impede de controlá-lo.

Ao menos já não funciona aquele conto para meninos ingênuos aonde os males chegavam de fora. A mentira que nos mostrava como vítimas inoculadas pela perfídia americana é aceita apenas pelos mais ingênuos. Como meninos que crescem e têm comprovado que o Governo nos mentiu sobre o dengue e que aquelas não eram falsidades paternalistas, mas sim sofisticadas mentiras de Estado.

Tradução por Humberto Sisley

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O escândalo da Petrobras

Escândalo na Petrobras: a presidente disse
que "não sabia".
Palpos de aranha

Por Merval Pereira, O Globo

As duas candidatas que disputam a liderança da corrida presidencial estão em palpos de aranha com os problemas internos de suas campanhas. Marina não tem como explicar a contabilidade do PSB anterior à sua assunção como candidata, mas também não pode lavar as mãos como se nada tivesse com isso. O avião fantasma que não tem dono e a contabilidade paralela da usina Abreu e Lima em Pernambuco, pela qual o falecido ex-governador Eduardo Campos está incluído na lista dos beneficiários do esquema de corrupção da Petrobras, são temas delicados que ela tenta driblar com alguns constrangimentos óbvios.

Também a presidente Dilma é obrigada a dizer que nunca notou nada de anormal nas contas da Petrobras, passando recibo de má gestora, sem poder assumir as ações que tomou para tentar estancar a sangria na estatal. Ela garantiu recentemente que “as sangrias foram contidas”, embora oficialmente não saiba de nada.

A disputa entre o grupo da presidente Graça Foster, nomeada por Dilma para justamente tentar controlar o esquema que dominava a Petrobras, e o do ex-presidente José Gabrielli, responsável pela atuação do ex-diretor Paulo Roberto Costa, é conhecida de todos, mas Dilma não pode admitir que seu padrinho Lula, que chamava de Paulinho o ex-diretor hoje preso, dava apoio político ao velho esquema da Petrobras. Paulinho disse ao juiz Sérgio Moro que teve várias conversas com Lula.

Das duas, porém, Dilma tem culpa formal pela demora das providências, apesar dos constrangimentos partidários que a tolhiam.

Ficou com Paulo Roberto Costa como diretor da Petrobras durante um bom tempo, e só protestou contra a compra da refinaria de Pasadena nos EUA depois de anos da negociata feita, tendo inclusive preservado o diretor responsável, Nestor Cerveró. Marina não tem nada a ver com eventuais malfeitos anteriores à sua chegada no PSB.

O 2º turno mais longo dos últimos anos, como definiu o ex-presidente Lula, já está em curso, com a disputa polarizada entre Dilma e Marina, e as novas pesquisas que estão saindo confirmam uma reação da presidente, ao mesmo tempo em que Marina se mantém competitiva, apesar do bombardeio a que está sendo submetida.

A agressão verbal de que foi vítima ontem, com Dilma insinuando que Marina é sustentada por banqueiros, numa referência a Neca Setúbal, herdeira do Itaú, é exemplo dessa estratégia petista, confirmando que Dilma é capaz de “fazer o diabo” para se reeleger.

Não se sabe a essa altura como o 2º turno se desenrolará, mas Marina mantém uma vantagem numérica que tende a se reduzir à medida que a saraivada de golpes, alguns abaixo da linha da cintura, sucede-se.

Tudo indica que será uma disputa acirrada, com Dilma mobilizando toda a máquina partidária, e a máquina do governo também, para combater Marina, a adversária presumida no 2º turno.

Sua campanha já descartou a possibilidade de Aécio Neves do PSDB recuperar sua posição na corrida presidencial, e tudo que não querem é que ele apoie Marina ainda no 1º turno. Temem que essa ação possa criar um ambiente favorável ao voto útil em Marina, levando-a a uma vitória já no primeiro turno.

Não parece ser um movimento estratégico inteligente por parte de Aécio, que tem atrás de si um partido que pode ganhar diversos governos estaduais e precisa fazer uma bancada no Congresso que o coloque no jogo partidário.

Além do mais, o senador Aécio precisa necessariamente vencer a eleição para o governo de Minas, elegendo seu candidato Pimenta da Veiga, e passando à frente de Dilma e Marina na disputa presidencial.

A campanha de Dilma pretende, com o ataque a Marina sendo a sua tônica, debilitar a adversária para que chegue ao 2º turno enfraquecida. Em parte estão tendo sucesso, pois Marina, atacada sem dó nem piedade tanto por Dilma quanto por Aécio, parou de crescer.

Para Marina, o que importa é chegar ao 2º turno, para reagrupar suas forças numa nova campanha que a colocará em igualdade de condições na propaganda eleitoral com Dilma. Se o voto útil ainda lhe der fôlego de sobra para aumentar sua votação no primeiro turno, tirando votos do candidato Aécio Neves, melhor ainda.

O PSDB ainda mantém esperanças de alterar o quadro, que parece cristalizado, com as revelações dos escândalos da Petrobras e a situação da economia, que a cada dia se deteriora mais, a ponto de a agência de classificação Moodys ter sinalizado com a redução da nota brasileira. Não é um tema de apelo popular, mas demonstra que a economia brasileira não vai bem.

(Da coluna do Noblat)

domingo, 24 de agosto de 2014

As urnas eletrônicas brasileiras não são confiáveis

Por que Estados Unidos, França, Alemanha e Japão ainda não confiam em voto eletrônico?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza  |   Atualizado em 11.03.2020

Ao alegar que houve fraude nas eleições que o elegeram em 2018, Jair Bolsonaro trás à tona a questão da insegurança do chamado voto eletrônico. O presidente diz ter provas de que se elegeu no primeiro turno. Os especialistas são claros: o sistema de votação eletrônica não é confiável e são passíveis de fraudes. Mas a juíza Rosa Weber, analfabeta no tema, diz que as urnas são absolutamente confiáveis tal e qual afirmou Dias Toffoli, quando no comando do TSE.

A corte da Alemanha, por exemplo, diz que a votação eletrônica não atende o Princípio de Investigação das Eleições, exigido na constituição da Alemanha que prevê que qualquer cidadão possa conferir seu voto, sem necessitar de muitos conhecimentos técnicos para tal. Estados Unidos, Japão e França, idem.

A implantação do sistema biométrico apenas pode evitar que eleitores fantasmas votem mas não impedirá a ocorrência de fraude no sistema de votação. Um país envolvido em corrupção eleitoral, a Venezuela de Maduro, usa urna eletrônica e sistema de biometria.

Insegurança evidente

Em julho de 2017, durante a maior conferência de hackers do mundo, a Defcon, todos os modelos de urnas e sistemas eletrônicos de votação testados, inclusive as urnas fabricadas no Brasil, foram violados em menos de duas horas. Segundo Ronaldo Lemos, representante do MIT Media Lab no Brasil, “as urnas foram hackeadas até por conexão wi-fi insegura”, sem contato físico com a peça. Não apenas as urnas mas todo processo de programação pode ser alterado. A insegurança aumenta quando a justiça se nega a aceitar a impressão do voto eletrônico, isto é, a comprovação em quem o eleitor votou, em papel, além do voto eletrônico.

A alegação é mais suspeita: que o custo seria alto. O valor certamente poderia ser pago pelos vinhos premiados que abastecem e servem a casta especial que habita "nosso supremo tribunal" ou pelo dinheiro que vem sendo recuperado da corrupção praticada pelos que defendem as tais urnas sem impressão do voto. 

Sistemas eletrônicos vulneráveis

O professor universitário Diego Aranha alertou para a fragilidade do sistema de urnas eletrônicas do Brasil durante entrevista no programa de Danilo Gentili, na Band TV. Aranha, que é especialista em segurança da informação, apontou que o sistema tem vários estágios de vulnerabilidade passíveis de fraude e com relativa facilidade. Mesmo diante dessas evidências, Dias Toffoli, presidente do TSE, afirma o contrário, mas negou-se a realizar testes públicos com as urnas.

As urnas eletrônicas, "orgulho nacional" para muitos brasileiros, segundo doutores em segurança digital, são manipuláveis e sujeitas a fraude interna e externamente. Isso significa dizer que o sistema pode ser invadido e alterado por operadores internos do processo ou por hackers. Essa fragilidade já foi tema discutido no congresso nacional, mas por razões desconhecidas, o assunto não prosperou contrariando as exposições feitas por Aranha que em 2012 coordenou os testes públicos das urnas eletrônicas e conseguiu quebrar o único dispositivo que dava segurança ao sigilo do voto.

Estranhamente o TSE recusa a ideia da impressão do voto. O eleitor, depois de votar na urna eletrônica , poderia obter a comprovação do seu voto, em papel impresso pela própria máquina. O voto em papel seria depositado numa urna anexa e seria o confronto para a contagem.

Alemanha, Japão, França e Estados Unidos não usam

A justiça da Alemanha proibiu o uso de urnas eletrônicas pela facilidade de fraude que ela proporciona. E por que o Japão, França e os Estados Unidos também continuam utilizando sistemas de apuração voto a voto, no papel, paralelamente com o voto eletrônico? Porque, ainda, o processo eletrônico não garante sigilo e confiabilidade nas apurações.

O sistema de urnas denominadas DRE, de primeira geração - Direct Recordind Eletronic - entre vários processos é o mais atrasado de todos. Ele grava o voto em memória mas não permite que o eleitor confira se o seu voto foi registrado corretamente. Dezenas de países que avaliaram o sistema brasileiro, recusaram as urnas.

Existem máquinas de segunda e terceiras gerações que usam o sistema biométrico, permite a conferência do voto, imprimem os votos e garantem sigilo do votante.


Dois vídeos mostram o funcionamento de urnas eletrônicas de terceira geração

sábado, 23 de agosto de 2014

Ex–funcionaria cubana recomienda no creer en el régimen de Fidel


Concepción Hernández Barbón é cubana e aconselha que não acreditem no regime comunista de Fidel Castro. Depois de tanto tempo servindo ao regime ela chegou aos 65 anos vivendo de rações dadas pelo governo - tudo em Cuba é racionado - e morando em um casebre.  A revolução cubana levou o povo ao inconformismo, falta de reconhecimento e uma vida sem esperanças. Melhor que criticar é ouvir um testemunho real. 




sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Racionamento de comida na Venezuela

Falta tudo na Venezuela: racionamento do que?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O socialismo pregado, aplaudido e defendido por Dilma Rousseff e seu mentor, Luis Inácio Rosemary da Silva, não funciona na Venezuela, também. Tal e qual na extinta União Socialista Soviética e em Cuba, a escassez de alimentos e a fome atingem a população e tudo passa a ser controlado em forma de rações. Há filas para a compra de produtos que nunca chegam aos supermercados. 

Nicolás Maduro acaba de lançar na Venezuela um controle de compras que restringe a venda de alimentos nos supermercados para uma unidade por pessoa e apenas dois dias por semana. A população tem que ser fichada e recebe uma senha que funciona na forma de rodízio conforme, o final de cada uma. Isto é, donos de fichas finais 1, 2, 3 e 4 podem comprar na segunda feira. Finais 5, 6, 7 e 8, nas terças e quartas. As senhas 9 e 0 compram nas quintas e sextas. O controle é biométrico.

Diante de um grave quadro de escassez, inflação alta e violência desenfreada - 65 mortes por dia -, a população foi as ruas para protestar. O governo socialista bolivariano repreendeu com violência matando 40 jovens opositores e provocando quase mil feridos.

O racionamento já existe em Cuba desde de que Fidel Castro tomou o poder e implantou uma ditadura de esquerda violenta e criminosa. Seu ministro Ernesto Che Guevara defendeu os fuzilamentos durante discurso na ONU.

Este é o regime que a esquerda propõe para o Brasil.

sábado, 16 de agosto de 2014

El fracaso del comunismo en Cuba / A falência do comunismo cubano

Internet em casa é proibida em Cuba. Só em 2013 surgiram as primeiras lan house sob controle da ditadura.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Imagine um país onde é proibido internet em casa, onde os canais de televisão que você está autorizado a assistir livremente são do governo, onde existe apenas um jornal oficial e qualquer manifestação é controlada e seus líderes são presos?

Isso é Cuba. Lá não existe eleição, as liberdades pessoais são restritas - para viajar você precisa de autorização do governo - o salário gira em torno de 20 dólares, há filas para comprar um simples pão que é restrito a um por pessoa e, se você tiver que se internar num dos péssimos hospitais do país, tem que levar roupa de cama, produtos de higiene e os medicamentos você paga quando encontra em alguma farmácia, a preços exorbitantes.

O acesso à internet só pode ser feito em algumas salas públicas - 118 em todo país -com poucos computadores ou em hotéis que cobram preços altíssimos, por hora. No país existem um milhão de computadores e somente metade está ligada às redes. O Brasil tem cerca de 120 milhões, 3 para cada grupo de cinco habitantes.

Faz apenas dois anos que o governo autorizou a venda livre de computadores no país para particulares. Os preços são altos demais para a realidade cubana onde um médico recebe 50 dólares por mês. Quando recebe. Os celulares foram autorizados no país somente em 2008 e somente agora a população está liberada para criar seu próprio negócio como um bar, café ou restaurante. Antes, só com aprovação do governo que também controlava a venda de produtos agrícolas.

O sistema comunista em Cuba não conseguiu sobreviver depois da derrocada da URSS que lhe enviava muito dinheiro. Com dois velhotes comandando a ilha, Cuba vai se esvaziando, sem liberdade, sem opções, sem esperanças.

LEITURAS RELACIONADAS:
O mito da medicina cubana
O fracasso da Revolução Cubana

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Confiança da construção piora segundo FGV


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Pela quinta vez consecutiva cai o Índice de Confiança da Construção segundo medição da Fundação Getúlio Vargas. A queda no trimestre foi de 10,3% e é o pior resultado desde outubro de 2011. A piora é maior (menos 12,4%) se se considerar a relação inter-anual.

Cerca de 12.400 postos de trabalhos na construção civil foram eliminados no mês de junho deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. O recuo foi de 0,38%. Somente no Rio Grande do Sul foram extintos 1.511 vagas de trabalho.

Nos seis primeiros meses de 2014 em todo país a geração de vagas no setor caiu 45,04% comparado com igual período de 2013.

As vendas de produtos da construção civil, no acumulado do ano, caíram 3,5%. Durante a copa do mundo, em junho, as vendas despencaram e chegaram a assustar e só recuperou uma parte em julho com um aumento nas vendas de 22%, em relação ao mês anterior, isto é, apenas compensou. Esses dados são de uma pesquisa da Universidade Anamaco que realiza mensalmente um levantamento no setor.

O varejo de material de construção pode subir 3,5% este ano em comparação com o ano anterior que já havia registrado aumento de 4,4% em relação a 2012. Porém, com os índices de baixo crescimento apontando abaixo de 0,8% e a inflação disparando, esses índices devem cair.