sábado, 27 de outubro de 2012

Estudar? Pra que?


Segundo o Dieese, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser R$ 2.400,00, valor suficiente apenas para suprir as necessidades básicas de uma família. A constituição determina que o salário cubra minimamente comida, casa, educação, saúde, roupa, higiene, lazer e previdência, o que é impossível com um valor de R$ 622,00 que o trabalhador recebe hoje.

Porém, desde janeiro de 2010, o governo paga em torno R$ 915,00 para cada filho de presidiário, o que popularizou o termo "bolsa-bandido". Isto significa dizer que, respeitadas as regras, a família de um condenado com 4 filhos pode receber algo como R$ 3.660,00. Soa hilário, mas é a realidade. 

Mais que vergonhoso, é uma afronta. E incentivo a bandidagem. Estudar? Pra que?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Câmara paga fiança e tira Takaoka da cadeia

Yoshio Takaoka está em liberdade
Pouco mais de R$ 30.000,00 - valor da fiança estabelecida pelo juiz José Henrique Ursolino - colocaram Yoshio Takaoka e três assessores, presos com ele, pra fora da cadeia. O valor, consta, foi pago pela própria Câmara Municipal de Marília, da qual Takaoka é presidente. Ele ficou detido na cadeia de Lutécia e  ficou sozinho na cela.

O Ministério Público havia recebido uma denúncia de que o então candidato a reeleição teria comprado votos por R$ 100 dos eleitores que comprovassem, com fotos da urna, seu voto no candidato. Yoshio Takaoka obteve 2.125 votos e conseguiu ser reeleito. Todos responderão o processo em liberdade. Se condenados podem pegar até 8 anos de cadeia. A promotoria deve pedir sua cassação e, neste caso, Herval Rosa Seabra assume em seu lugar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Herval assume se Takaoka for cassado

Yoshio Takaoka, presidente da
Câmara de Marília
Em caso de cassação, Herval Rosa Seabra deve assumir o lugar de Yoshio Takaoka, presidente da Câmara de Marília, preso em flagrante pela Polícia Federal na última quarta feira, acusado de compra de votos. Ele foi eleito com 2.125 votos. Na tentativa de descaracterizar a negociata, assessores, também presos, formalizavam um contrato de prestação de serviços no valor de R$ 100,00. Chegues de campanha assinados, em branco, contratos sem assinatura e outros documentos foram apreendidos pela polícia. Jairo José Genova, promotor da Justiça Eleitoral afirmou que, se comprovadas as acusações, pedirá a cassação do vereador. A sessão de diplomação dos eleitos está marcada para o dia 18 de dezembro. Os presos estão nas cadeias de Lutécia e Garça e uma assessora, em Vera Cruz.

A cadeia do Zé Dirceu

Companheiros na cela: sentenças podem ser iguais
Depois a condenação e definição da pena de Marcos Valério, os que acompanham o julgamento do mensalão apostam que José Dirceu deve pegar entre 10 e 12 anos por formação de quadrilha.- dois anos e onze meses - e corrupção ativa - sete anos e oito meses de cadeia. Idem Genoíno.
Ayres Brito deve pedir a cassação dos passaportes pra evitar fugas. Valério deve levar mais de 40 anos de prisão, muito mais que os chefes da quadrilha, o que levou o advogado do publicitário a desabafar: isso é injusto.

Empreendedorismo na escola


Este documentário foi produzido há 15 anos, pela  TV Marília Produções, para o Sebrae São Paulo e resume o projeto de empreendedorismo na escola. Vale a pena assistir.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pena de Valério vai ultrapassar 40 anos

Marcos Valério
Restando ainda o voto do ministro Marco Aurélio Mello, Marcos Valério já soma 40 anos e 2 meses de prisão além de mais 24 dias de reclusão. Junte-se uma multa de até R$ 2,800 milhões.

O publicitário foi condenado por formação de quadrilha - chefiada pelo petista José Dirceu - peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa (compra de votos de parlamentares no governo Lula) com possibilidade de aumentar se os ministros decidirem sobre a existência de continuidade delitiva.

A defesa do publcitário afirmou ser injusto que ele receba a pena mais severa em relação aos "verdadeiros chefes políticos". Em diversas ocasiões, Valério fez ameaças de contar a verdade - de que Lula era o maior beneficiário do esquema e seu autor - mas cedeu com medo de retaliação.
Acredita-se que Roberto Jeferson, também condenado, receba pena menor considerando que foi o denunciante do que se transformou no maior escândalo de corrupção do país.

O Coronel Ramiro Bastos chama-se Lula

Na moda, artes, música, política, pra mim, tudo é cíclico.
Basta observar. Os Beatles estão voltando, 40 anos depois do estrondoso sucesso do quarteto inglês. E lá vem regravações e remasterizações. E eles estão voltando em disco de vinil. Aliás, os Beatles e Rolling Stones, que nunca morrem.

E quem diria que a saia plissada faria, de novo, tanto sucesso na moda? Moda que conheceu a mini saia em 60/70 como criação de Mary Quant e voltou. Aliás, a mini saia já existia em 1920, do "foxtrot". Quem vê a novela Gabriela se assusta com os vestidos curtos, tanto quanto os cabelos das meninas da época.

A revolução dos estudantes na França em 68 e a revolta na praça da Paz Celestial em 89; a impetuosidade do jovem Jânio Quadros naquela década e de Collor nos anos 90; e, assustadoramente, a volta do coronelismo político, prática comum no país desde os idos tempos. A sociedade era sustentada pela produção agrícola de latifúndio, dai surgindo a figura do coronel que controlava tudo na comunidade, impondo inclusive a obrigatoriedade de se votar nos candidatos que indicasse. Chamava-se isso de currais eleitorais. Deputados sempre se alinhavam com seus "padrinhos" que sustentavam suas campanhas. Mesmo com o surgimento de novos grupos sociais, o coronelismo fixou-se na cultura política brasileira na forma de "troca de favores" entre apoiadores e opositores. A venda de sentenças já existe há tempos.

Essa paisagem você vê claramente nos usos e costumes da novela Gabriela, vivida em Ilhéus, então controlada pelo Coronel Ramiro Bastos, intendente do pedaço. Em defesa de um amigo - que matou a mulher e o amante - Ramiro procurou o novo juiz da cidade pedindo, sob ameaça, o arquivamento do processo alegando que foi crime de honra.

Tal e qual Lula fez com deputados, senadores e ministros do STF, julgadores do mensalão. O coronelismo - que nunca se foi - voltou!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Como funciona o Brasil

De um salário de R$ 6.000, você fica apenas cm R$ 1.400,00. O resto fica com o governo. Assista e entenda. E repasse...



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ibope mostra pesquisa eleitoral em Marília

Vinícius Camarinha aparece na liderança na disputa pela Prefeitura de Marília. Deputado estadual tem vantagem significativa

Pesquisa do IBOPE Inteligência, realizada entre os dias 31 de maio e 2 de junho, mostra Vinícius Camarinha com vantagem significativa na disputa pela prefeitura de Marília (SP). Neste momento, em que não há nenhuma definição oficial dos candidatos que concorrerão às próximas eleições, foi testado um cenário de intenção de voto considerando possíveis nomes para esta disputa.

No cenário de intenção de voto estimulada, em que foram apresentados os nomes de pré-candidatos, o deputado estadual Vinícius Camarinha (PSB) obtém 48% das intenções de voto. Em um patamar inferior aparece o empresário Daniel Alonso (PSDB) com 12% das menções, seguido pelo petista e atual prefeito Ticiano Tóffoli, citado por 9% dos entrevistados. Tato, pré-candidato do PMDB, tem 1% das intenções de voto, enquanto os que declaram intenção de votar em branco ou anula o voto somam 16% e os indecisos 14%.

Espontânea 

O IBOPE Inteligência também perguntou em quem os entrevistados votariam para prefeito espontaneamente, ou seja, sem a apresentação de nomes de candidatos. Nesta situação, 55% dos entrevistados declaram não saber em quem votariam ou não opinam sobre sua preferência. Vinícius Camarinha aparece com 22% das citações. Daniel Alonso atinge 5% das menções e Ticiano Tóffoli, atual prefeito, é citado por 4% dos entrevistados. Outros candidatos, embora citados, não atingem 1% das intenções de voto. Os que declaram a intenção de votar em branco ou de anular o seu voto somam 13%.

Conhecimento 

Na pesquisa, foi investigado também o grau de conhecimento dos entrevistado  sobre os pré-candidatos, solicitando que respondessem para cada um se o conhece bem, conhece um pouco, conhece só de ouvir o nome ou nunca tinha ouvido falar dele antes. Dos pré-candidatos avaliados, o deputado estadual Vinícius Camarinha é o mais conhecido entre os eleitores de Marília (86% declaram que o conhecem bem ou um pouco). Em um segundo patamar de conhecimento estão o prefeito Ticiano Tóffoli (49%) e Daniel Alonso (37%).

O peemedebista Tato apresenta o menor índice de conhecimento: 69% dos entrevistados declaram nunca ter ouvido falar dele antes da pesquisa.

Rejeição de voto

Quando perguntado aos eleitores em quais pré-candidatos não votariam de jeito nenhum para o cargo de prefeito nesta eleição, o maior índice é obtido por Tato: 35% das citações.

Ticiano Tóffoli e Vinícius são citados por 24% e 23% dos entrevistados, respectivamente, enquanto o pré-candidato Daniel Alonso tem 17% de índice de rejeição. São 13% os que afirmam a possibilidade de votar em qualquer um  dos candidatos para a prefeitura de Marília e 24% não respondem a questão.

Avaliação da administração municipal

A administração do prefeito Ticiano Tóffoli é avaliada como regular por quase metade dos eleitores de Marília (45%), enquanto 23% consideram-na ótima ou boa e 20% ruim ou péssima. Ticiano Tóffoli assumiu a prefeitura em março deste ano após renúncia do então prefeito Mário Bulgareli. Ao serem estimulados a dizer quais são as áreas em que as pessoas da cidade vêm enfrentando mais problemas, quase dois terços dos eleitores citam a saúde, enquanto metade (51%) dos marilienses menciona o calçamento de ruas e avenidas. Em outro patamar aparecem: abastecimento de água (29%), educação e segurança pública (19% cada). Outras áreas foram citadas com percentuais variando entre 16% e 2%.

O IBOPE Inteligência também questionou os entrevistados sobre a administração do ex-prefeito Mário Bulgareli.

Para parcela significativa dos marilienses (75%), a administração de Bulgareli foi ruim ou péssima, enquanto 18% consideram-na regular. Aqueles que classificam a antiga administração como ótima ou boa somam 5% dos entrevistados.

O descontentamento com a administração de Mário Bulgareli é demonstrado também em outras medidas obtidas na pesquisa: 88% desaprovam a sua forma de administrar a cidade, enquanto nove em cada 10 marilienses afirmam não confiar no ex-prefeito. Avaliação das administrações estadual e federal.

A administração do governador Geraldo Alckmin é bem avaliada por 58% do eleitorado de Marília e considerada regular por 30%. Aqueles que declaram que a administração estadual é ruim ou péssima somam 7%. A administração da presidente Dilma Rousseff atinge 61% de avaliação positiva (ótima ou boa) entre o eleitorado do município; consideram-na regular 25% dos entrevistados e 11% a avaliam como ruim ou péssima.

FICHA TÉCNICA DA PESQUISA (JOB Nº 1134 | 2012) Período de campo: a pesquisa foi realizada entre os dias 31 de maio e 2 de junho de 2012. Tamanho da amostra: foram entrevistados 406 eleitores. Margem de erro: é de cinco pontos percentuais, considerando um grau de confiança de 95%. Solicitante: Partido Socialista Brasileiro. Registro eleitoral: registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, sob protocolo nº SP-00069/2012

quinta-feira, 21 de junho de 2012

terça-feira, 6 de março de 2012

A despedida de Mário Bulgareli

Carta à população deixada por Mário Bulgareli pouco antes de renunciar a Prefeitura de Marília
“Nestes 7 anos e três meses frente à chefia do Executivo municipal, sempre procurei desempenhar o melhor trabalho possível em prol da população mariliense, com apoio de meus secretários, assessores e demais servidores públicos municipais.
Com esse trabalho em equipe, elevamos Marília ao grau de uma das melhores cidades para se viver do país: primeira em segurança (cidades acima de 100 mil habitantes); primeira em educação; sétima em qualidade de vida (Índice Firjan); e mais recentemente a sétima do país na área da saúde, conforme levantamento realizado pelo Ministério da Saúde.
Todavia, após todos esses anos em que procurei me dedicar ao máximo e, em virtude de recomendação médica e após consultar minha família, é chegado o momento de me afastar do Executivo mariliense, para tratar de minha saúde. Sei que não é uma decisão fácil de ser tomada, principalmente pelo bom momento em que Marília atravessa.
Tenho certeza que o vice-prefeito, José Ticiano Tóffoli, ao assumir o restante do mandato, dará continuidade a esse trabalho, realizando as obras e serviços em prol de nossa comunidade. Um exemplo é o seu prestígio junto ao governo federal ao obter recursos, a fundo perdido, para a conclusão das obras de afastamento e tratamento do esgoto.
Gostaria de agradecer a confiança depositada pela população mariliense que me reelegeu em 2005 e ao mesmo tempo reafirmar meu profundo amor por Marília, cidade que me adotou quando aqui cheguei, em 1978 e onde nasceram meus filhos e desempenhei minha vida familiar e profissional.
Deixo a Administração Municipal com a certeza de dever cumprido. Tenho muito orgulho de fazer parte da história de Marília e ter o reconhecimento de nossa população.
Não posso deixar também de agradecer a todos os funcionários do município, população, imprensa, amigos e autoridades pelo respeito que sempre me trataram.
Marília, 05 de março de 2012
Prof. Mário Bulgareli”

sexta-feira, 2 de março de 2012

O hino que todos amam

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Quase véspera de Natal a empresa em que eu era diretor de marketing, a Cia Fotográfica Hirano, promoveu sua tradicional festa de fim de ano. O evento foi realizado num grande anfiteatro e todos os seiscentos funcionários estavam lá. Coube-me a função de apresentador e, logo na abertura, interpretei uma mensagem que emocionou e fez chorar a platéia. Muito distante dos tradicionais e festivos textos natalinos, o que li era uma lição que levava qualquer um a refletir sobre a data e questionar seu papel na face da terra.

O título era "Eu odeio o Natal" e o autor narrava a festa da ceia, risos, champagne, comida farta e muitos presentes quando alguém bateu à porta. Era apenas um menino maltrapilho pedindo um pedaço de pão. Naquele momento ele confronta a cena daquele pedinte faminto com o "natal" que se comemorava em sua casa. Imagina a família daquele garoto em torno de uma mesa simples, coberta por um plástico vagabundo e e se fartando de migalhas caídas de alguma mesa abundante . E chora ao se lembrar dos molambos, prostitutas, drogados e outras minorias perambulando pelas ruas como um cordão de desgraçados, sem futuro, sem esperanças. Por minha conta acrescento que é nesta época que as diferenças ficam muito mais evidentes.

Terminada a mensagem, afastei-me do microfone e aguardei o final dos aplausos.

Durante longos segundos passei os olhos pela platéia observando a reação de cada um. Homens e mulheres choravam e, se muito, disfarçavam pra não deixar rolar alguma lágrima. Alguns soluçavam. Os diretores, postados à mesa de honra, no palco, não fizeram questão de demonstrar que foram tocados pela emoção da mensagem. Todos tinham os olhos úmidos e avermelhados.

Findo os aplausos, aproximei-me do microfone e solicitei, em tom solene:

- Peço que todos estejam de pé, com a mão no coração e cantem o hino que o povo adora e ama em todo Brasil.

De pé e conforme pedira, vi os seiscentos funcionários e diretores se levantarem. Quando todos se postaram com a mão no peito, olhei para o lado - onde ficava o controle de som - e, com um aceno de cabeça, autorizei rodar o hino. O operador de som apertou a tecla de play e todos puderam ouvir a todo volume.

- Salve o Corinthians, campeão dos campeões, eternamente dentro dos nossos corações.....Salve o Corinthians....

Certamente ouvi uns 595 funcionários cantando, aplaudindo, gargalhando e festejando a improvisada brincadeira que tomou conta do anfiteatro. Tomei o cuidado de arriscar um olhar para meu lado esquerdo, onde estavam os diretores. O Eizi Hirano, são paulino como os demais, desconcertado disse-me provocativo:

- Segunda feira passa no DP que você será despedido, seu irreverente - brincou ele.

- Tudo bem Eizi, mas, por favor, você já pode tirar a mão do peito - respondi gargalhando ao ver que ele continuava, respeitosamente, com a mão no coração.

Durante longos e longos segundos só se ouviu risos descontraídos e muita comemoração. Instantes antes todos estavam chorando.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Vergonha, descaso e incompetência!

Uma escola estadual de Marília está com um enorme problema: não sabe o que fazer com a montanha de livros enviados pelo governo do estado que deveriam ser entregues aos alunos do fundamental e médio.

E os livros não foram entregues por uma razão inacreditável: os alunos, simplesmente, não querem os livros. Se levarem pra casa não trarão pra sala de aula - e isso realmente acontece - porque, alegam, pesa muito na mochila. Os livros do ano passado ficaram estocados numa sala e, agora, a escola não tem onde colocar os novos que chegaram.

Sabem o que pode acontecer? Os livros, perfeitamente utilizáveis, podem ir para a reciclagem. Ou jogados no lixo. Isso se repete na maioria das escolas públicas estaduais ou federais. Dinheiro jogado no lixo. Desrespeito, vergonha, falta de competência! Sinônimos que nos levam a concluir o que já sabemos: o caos da edução no  país. O descaso ocorre faz tempo. A TV Globo de Ribeirão Preto flagrou, em 2010,  centenas de livros do Programa Nacional do Livro Didático, do governo federal, jogados num barracão da Cooperativa de Reciclagem de Colina - 399 km de São Paulo. Muitos ainda estavam embalados.

Antes havia o cuidado dos alunos em conservar o material que serviria de doação para uso de outros. Hoje, joga-se no lixo. Os promotores deveriam estar preocupados com isso, sem esperar alguma denúncia cair em suas mãos.
 
Os professores não podem obrigar os alunos a aceitarem os livros. O diretor, se muito, vai discutir nos HTPCs, o que fazer com eles. Geralmente é o lixo ou reciclagem. Descaso e incompetência com dinheiro do povo!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Guia de utilização de bateria (lítio) de note

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

- Devo retirar a bateria quando ligar o notebook na energia?
- Devo descarregar toda a carga da bateria antes de carrega-la novamente?
- Bateria de lítio dá efeito memória?
- Em que condições a bateria diminui sua vida útil?

Provavelmente você já se perguntou sobre isso ou pelo menos teve dúvidas sobre o uso correto da bateria do seu net ou note. O que é, afinal, falso ou verdadeiro? Como você deve proceder para manter a bateria em bom estado e prolongar sua vida útil?

Não sou especialista na área mas, no meu ramo de atividade, passo a maior parte do tempo em frente à televisão e ilhas de edição –computadores e câmeras sofisticadas com muita tecnologia . Entende-los melhor passou a ser regra. E deparei-me com uma dúvida de uma amiga sobre bateria de note. Relacionei algumas informações úteis. Refiro-me sempre as baterias de lítio - células de lítio metálico que produzem uma tensão duas vezes maior que as baterias comuns - mais largamento utilizadas em equipamentos eletrônicos.

EFEITO MEMÓRIA

As baterias de lítio não viciam, isto é, não sofrem o efeito memória. Portanto, você não precisa “descarregar” a bateria para recarregar depois. Ela pode ser carregada qualquer que seja o nível de carga que tenha. Muitos ainda acreditam ser necessário “zerar a carga” para ligar a tomada. Isso, aliás, é prejudicial.
 
DEVO RETIRAR A BATERIA QUANDO LIGAR O NOTE BOOK NA ENERGIA ?

Se a sua preocupação é causar danos à bateria se o note ficar constantemente ligado a corrente de energia, a resposta é não. Se a bateria estiver descarregada, ao ligar na energia, ela carregará (um led luminoso indicará essa condição) e quando estiver full o sistema aciona o “by-pass” e ela deixa de receber energia. Portanto, você não precisa tirar a bateria do note por esse motivo.

Porém, existe um bom motivo para você retirar a bateria: se o hardware do seu note aquecer demais – acima de 60 graus – o calor gerado prejudicara a vida útil da bateria, principalmente se ela estiver 100% carregada. Nada é pior para uma bateria do que estar com 100% de carga e exposta ao calor.

FAZ MAL PARA A BATERIA DEIXAR DESCARREGAR ATÉ O FINAL?

Sim, descarregar a bateria (zero% ) até o computador desligar, pode danifica-la. Melhor é descarregar até 20% a 30%. Com o tempo o sensor que mede a capacidade de carga pode descalibrar. Alguns notes tem ferramentas, na BIOS, que permitem recalibrar o sensor (nada mais é que do que uma descarga completa seguida de uma carga completa).

COMO RECALIBRAR O SENSOR DE MEDIÇÃO DE CARGA?

- Carregue 100% a bateria.
- Deixe-a em repouso durante duas horas, pelo menos.
- No Painel de Controle configure para hibernação automática aos 3% de capacidade.
- Deixe o computador descarregar até hibernar e mantenha-o neste estado durante 5 horas.
- Ligue o note na energia e deixe carregar a bateria até 100%.

CONSERVAÇÃO PROLONGADA

Caso necessite conservar a bateria por um longo período, carregue-a com 40% da sua capacidade e a mantenha em local fresco e seco. Você também pode conservar na geladeira (0ºc – 10ºc) desde que a bateria esteja acondicionada numa embalagem hermeticamente fechada que a isole de qualquer umidade.

Simples assim.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cidade abandonada

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Marília é uma cidade abandonada. Vítima da corrupção e da incompetência, sua população padece diante do abandono. Bulgareli, um prefeito fraco, alimentado pela ganância - e pela inocência de um jovem de 36 anos que sonha ser dono da cidade - pode acabar na prisão tal e qual Nelson Granciere, o seu ex Secretário da Fazenda, ex Chefe de Gabinete e, certamente, seu ex candidato.

Nelson só tem um bom e razoável motivo para insistir numa candidatura: se qualquer outro sentar na cadeira de prefeito, antes dele, restará se conformar a almoçar quentinhas durante longos anos. Ou alguém acha o contrário?

Estas são cenas das ruas do Bairro Parati. Mato, buraco e abandono.































quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cachorro velho

Uma velha senhora foi para um safari na África e levou seu velho vira-lata com ela. Um dia, caçando borboletas, o velho cão, de repente, deu-se conta de que estava perdido. Vagando a esmo, procurando o caminho de volta, o velho cão percebe que um jovem leopardo o viu e caminha em sua direção, com intenção de conseguir um bom almoço. O cachorro velho pensa:

-Oh, oh! Estou mesmo enrascado ! Olhou à volta e viu ossos espalhados no chão. Em vez de apavorar-se, o velho cão ajeita-se junto ao osso mais próximo e começa a roê-lo, dando as costas ao predador. Quando o leopardo estava a ponto de dar o bote, o velho cachorro exclama bem alto:

-Cara, este leopardo estava delicioso ! Será que há outros por aí ?

Ouvindo isso, o jovem leopardo, com um arrepio de terror, suspende seu ataque, já quase começado, e se esgueira na direção das árvores.

-Caramba!, - pensa o leopardo. - Essa foi por pouco. O velho vira-lata quase me pega!

Um macaco, numa árvore ali perto, viu toda a cena e logo imaginou como fazer bom uso do que vira. Em troca de proteção para si, informaria ao predador que o vira-lata não havia comido leopardo algum.
E assim foi, rápido, em direção ao leopardo. Mas o velho cachorro o vê correndo na direção do predador em grande velocidade, e pensa : -Aí tem coisa!

O macaco logo alcança o felino, cochicha-lhe o que interessa e faz um acordo com o leopardo. O jovem leopardo fica furioso por ter sido feito de bobo, e diz: -'Aí, macaco! Suba nas minhas costas para você ver o que acontece com aquele cachorro abusado!' Agora, o velho cachorro vê um leopardo furioso, vindo em sua direção, com um macaco nas costas, e pensa: -E agora, o que é que eu posso fazer ?

Mas, em vez de correr (sabe que suas pernas doloridas não o levariam longe...) o cachorro senta, mais uma vez dando costas aos agressores e, fazendo de conta que ainda não os viu o cão diz :

- Cadê o filha da puta daquele macaco? Tô morrendo de fome! Ele disse que ia trazer outro leopardo para mim e não chega nunca! '

Moral da história: não mexa com cachorro velho... idade e habilidade se sobrepõem à juventude e intriga. Sabedoria só vem com idade e experiência.

(Li no Facebook do meu amigo Nery Porchia, reitor de uma universidade em Marília)

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Manobra pode levar Bulgareli para a cadeia

Jornal Diário de Marília

A manobra articulada pelo prefeito Mário Bulgareli, com auxílio do setor jurídico da prefeitura, para recolocar Nelson Granciéri nos cargos de chefe de gabinete e secretário da Fazenda tem por objetivo principal ludibriar a Justiça e criar um álibi para abrir caminho ao retorno em definitivo do braço direito da administração municipal.
 
O mérito da liminar que obriga Nelsinho a seguir afastado de suas antigas atribuições – por cobrança de propina e coação de testemunhas – será julgado pela 11ª Câmara do Tribunal de Justiça no próximo dia 6 de fevereiro e uma das coisas que já pesou para a negativa anterior do TJ em anular os efeitos do dispositivo legal foi justamente o fato de Granciéri ter pedido sua exoneração.
 
Pesa ainda contra ele a descoberta posterior de um esquema que movimentava cerca de R$ 500 mil por mês em pagamentos a aliados para a manutenção do quadro político na cidade. O fato veio à tona após devassa da Polícia Federal e do Gaeco na casa de Nelsinho e na prefeitura. Ao ser preso, no início de dezembro, ele confessou à PF a existência de um mensalão com o aval de Bulgareli.
 
Desta forma, fica evidente que a procuradoria do município, o próprio prefeito e os advogados de defesa estão atuando de forma conjunta e têm interesses comuns. Essa manobra pode colocar Bulgareli em situação bastante delicada se a Justiça entender que há elementos concretos que comprovem a desobediência a uma determinação judicial em vigência.
 
O CASO
 
De maneira disfarçada a prefeitura publicou no último dia 30 de dezembro, no Diário Oficial, portaria revogando a exoneração de Nelsinho dos antigos cargos e outra revigorando os dispositivos que em 2009 o empossaram como chefe de gabinete e secretário da Fazenda. Na mesma edição o prefeito designa seu motorista, Luiz Walter Simões, para responder interinamente pelo gabinete. O secretário da Economia e Planejamento, Adelson Lelis, segue também acumulando o cargo de secretário da Fazenda. Ou seja, atualmente a administração conta com duas pessoas para desempenhar cada uma dessas funções.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Amuleto da sorte?


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Mesmo não sendo supersticioso, você já deve ter ouvido falar em amuletos da sorte como pé de coelho, trevo de quatro folhas, ferradura ou figa. Essa crença, entre brasileiros, é muito comum.

A origem da figa, dizem, é grega, mas foi muito difundida entre os romanos. Alguns defendem que esse amuleto é de origem italiana - Mano Figa, mano é mão e figa a genitália feminina. E o que significa? Olhe bem para o amuleto: a mão fechada e o polegar entre o indicador e médio. Analise a imagem e responda o que te parece?

Resposta: o polegar é um pênis penetrando uma vagina. A figa, então, é a representação do ato sexual. Exatamente isso. Surpresos? Fácil explicar.

Os povos usavam a figa como amuleto da sorte e ela representava a fertilidade, muito cultuada então. Arqueólogos, ao escavarem Pompéia, localizaram, além de figas, esculturas e desenhos de pênis de vários tamanhos. De início acreditaram que se tratava de um povo promíscuo e que a região escavada seria a zona de prostituição. Ao descobrirem que os falos estavam em quase todas as casas romanas, inclusive esculturas de jardins, acabaram concluindo e confirmando depois, que a exposição do falo masculino era comum e não causava nenhum constrangimento.

Muitos são crentes em seu poder, outros só observam como objetos folclóricos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Biografia manchada

Aos 35 anos de idade, Nelson Granciere, o ex escriturário municipal, galgou os degraus da fama de forma meteórica e era considerado um jovem de sucesso. Em pouco tempo assumiu a chefia de gabinete de Mário Bulgareli, com quem trabalhou na Emdurb e, pouco depois, a secretaria da Fazenda.

O comando político passou pelas suas mãos e Mário demonstrou-lhe gratidão quando se reelegeu numa campanha disputadíssima contra o filho do seu ex amigo e ex companheiro político Abelardo Camarinha de quem foi vice durante anos e hoje tornou-se seu principal oponente. O comando financeiro também escorreu para as mãos do jovem Nelsinho. Uniu o poder político e a tentação do dinheiro farto, a receita da perdição. Breve começou a construção de uma moderna casa cujo valor estava estratosfericamente incompatível com seu salário, uns seis mil e quinhentos reais.

Não resistiu e sonhou em ser prefeito. As delícias auferidas pelo poder permaneceriam pelo menos oito anos se fizesse o primeiro mandato bem convincente. Lançou-se na aventura política acreditando que sua experiência já era vasta e suficiente para confrontar-se com as raposas. Não era. Nelsinho, acusado de corrupção, foi afastado pela justiça dos seus cargos, permaneceu despachando na prefeitura e fez da sua casa um grande arquivo de documentos impróprios.

Nelsinho não é um jovem de sucesso porquê escolheu o lado errado. Ele está preso, acusado de corrupção. Sua biografia está manchada. Definitivamente.

Nota oficial da Gaeco sobre a prisão de Granciere

Operação do MP e da PF prende ex-chefe de Gabinete da Prefeitura de Marília

 O Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) – Núcleo Bauru e pela Promotoria de Justiça de Marília, em conjunto com a Polícia Federal de Marília, deflagrou operação, nesta sexta-feira (9), que resultou na prisão do chefe de Gabinete da Prefeitura e secretário de Finanças de Marília, Nelson Virgílio Grancieri.
Afastado dos dois cargos que acumulava na Prefeitura, por força de decisão em ação civil pública movida pelo MP, Grancieri foi preso por volta do meio-dia, em sua residência. Ele teve prisão preventiva decretada na quarta-feira pela 1º Vara Criminal da Comarca de Marília a pedido da Promotoria local e do GAECO, cujos promotores denunciaram o secretário por crimes de concussão e coação a testemunhas.
Perícia realizada nos materiais apreendidos na residência de Grancieri revelou evidências de que ele, durante sua gestão como chefe de Gabinete e mesmo depois de afastado do cargo, gerenciava um esquema de pagamento de valores incompatível com suas rendas a diversos aliados, partidos políticos e pessoas de Marília, em quantias que ultrapassavam R$ 500 mil por mês.
A ação desta sexta-feira complementou a operação realizada dia 24 de novembro pelo MP, em conjunto com a Polícia Federal de Marília e a Polícia Militar, para o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão nas cidades de Marília e Bauru.
A operação foi resultado de investigações realizadas pela Promotoria de Justiça de Marília, pelo GAECO e pela Polícia Federal sobre atos de corrupção, concussão, lavagem de dinheiro e corrupção de testemunhas envolvendo um grupo encabeçado por Nelson Virgílio Grancieri.

Os crimes de Granciere na Prefeitura de Marília

Lilian Graziela do JCNET

O Ministério Público do Estado de São Paulo obteve a prisão, no início da tarde desta sexta-feira (9), do ex-chefe de gabinete e ex-secretário de Finanças de Marília (100 quilômetros de Bauru) Nelson Virgílio Grancieri. A prisão preventiva do investigado foi pedida pela promotoria de Justiça de Marília, que atua em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Dízimo, deflagrada ontem.

O pedido de detenção teve como fundamento a denúncia já oferecida à Justiça imputando ao investigado crimes de concussão e coação a testemunhas. O esquema de corrupção teria movimentado cerca de R$ 2 milhões, segundo apuração da Promotoria de Justiça.

Afastado dos dois cargos que acumulava na administração do prefeito Mário Bulgarelli (PDT) desde outubro, por força de liminar em ação civil pública movida pelo MP, Grancieri foi preso por volta do meio-dia, em sua residência. Ele teve a prisão preventiva decretada na última quarta-feira pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Marília, a pedido da Promotoria de Justiça local. Na ação civil, que também tem como réu o ex-assessor de gabinete André Felizario Jacinto, a promotora Rita de Cássia Bérgamo acusa o secretário de exigir 10% do valor a ser recebido por empresa de construção que venceu licitação para realização de obras em três escolas municipais. A propina foi exigida para que fossem liberados pagamentos da prefeitura para a empresa.

Como parte do pagamento da propina exigida por Grancieri, a empresa depositou R$ 14.250,00 na conta bancária dele, além de quitar seus débitos pessoais. A empresa pagou, por exemplo, dois boletos de cartão de crédito da esposa de Grancieri, nos valores de R$ 4 mil e de R$ 1.244,98, além de um boleto no valor de R$ 685,00, emitido por uma loja de material de construção. O cálculo é de que o secretário recebeu indevidamente o total de R$ 75.890,22.

Perícia realizada nos materiais apreendidos na residência de Grancieri revelou evidências de que, durante a sua gestão como chefe de Gabinete e, mesmo depois de afastado do cargo, ele gerenciava um esquema de pagamento de valores incompatível com suas rendas a diversos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um hino na véspera de Natal


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Quase véspera de Natal a empresa em que eu era diretor de marketing, a Cia Fotográfica Hirano, promoveu sua tradicional festa de fim de ano. O evento foi realizado num grande anfiteatro e todos os seiscentos funcionários estavam lá. Coube-me a função de apresentador e, logo na abertura, interpretei uma mensagem que emocionou e fez chorar a platéia. Muito distante dos tradicionais e festivos textos natalinos, o que li era uma lição que levava qualquer um a refletir sobre a data e o questionar seu papel na face da terra.

O título era "Eu odeio o Natal" e o autor narrava a festa da ceia, risos, champagne, comida farta e muitos presentes quando alguém bate à porta. Era apenas um menino maltrapilho pedindo um pedaço de pão.

Naquele momento ele confronta a cena daquele pedinte faminto com o "natal" que se comemorava em sua casa. Imagina a família daquele garoto em torno de uma mesa simples, coberta por um plástico vagabundo e e se fartando de migalhas caídas de alguma mesa abundante . E chora ao se lembrar dos molambos, prostitutas, drogados e outras minorias perambulando pelas ruas como um cordão de desgraçados, sem futuro, sem esperanças. Por minha conta acrescento que é nesta época que as diferenças ficam muito mais evidentes. Terminada a mensagem, afastei-me do microfone e aguardei o final dos aplausos.

Durante longos segundos passei os olhos pela platéia observando a reação de cada um. Homens e mulheres choravam e, se muito, disfarçavam pra não deixar rolar algumas lágrimas. Outros soluçavam. Os diretores, postados à mesa de honra, no palco, não fizeram questão de demonstrar que foram tocados pela emoção da mensagem. Todos tinham os olhos úmidos e avermelhados. Findo os aplausos, aproximei-me do microfone e solicitei, em tom solene:

- Peço que todos estejam de pé, com a mão no coração e cantem o hino que o povo adora e ama em todo Brasil.

De pé e conforme pedira, vi os seiscentos funcionários e diretores se levantarem. Quando todos se postaram com a mão no peito, olhei para o lado - onde ficava o controle de som - e, com um aceno de cabeça, autorizei rodar o hino. O operador de som apertou a tecla de play e todos puderam ouvir a todo volume.

- Salve o Corinthians, campeão dos campeões, eternamente dentro dos nossos corações... Salve o Corinthians....

Certamente ouvi uns 595 funcionários cantando, aplaudindo, gargalhando e festejando a improvisada brincadeira que tomou conta do anfiteatro. Tomei o cuidado de arriscar um olhar para meu lado esquerdo, onde estavam os demais diretores. O Eizi Hirano, são paulino, desconcertado disse-me sorrindo:

- Segunda feira passa no DP que você será despedido, seu irreverente.
- Tudo bem Eizi, mas, por favor, você já pode tirar a mão do peito - respondi gargalhando ao ver que ele continuava "respeitosamente" com a mão no coração.

Durante longos e longos segundos só se ouviu risos descontraídos e muita comemoração. Instantes antes, todos estavam chorando.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Como se vingar das irritantes vendedoras telemarketing

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Você não se irrita com as inoportunas ligações das vendedoras de telemarketing?
Eu encontrei uma maneira de me vingar. E isso tem me divertido muito.

VENDENDO JORNAL

Ontem, por exemplo, um mala com voz de locutor de FM - operador de telemarketing é locutor frustrado - nem esperou meu alô à sua chamada e disparou:

- Sr. Edson, a Folha está com nova programação visual, tornou um jornal lindo sem contar que tem a melhor qualidade editorial. Preenchendo um cadastro novo (assinei a Folha durante 20 anos e o Estadão uns 30) nós lhe enviaremos 15 dias de jornal grátis e caso o senhor não se manifestar entre o 10 e o 15º dia do início da entrega, nós consideraremos como assinante. O cara pediu meus dados, preencheu o pedido. Eu só respondia ao que ele perguntava. Depois de tudo pronto ele arrematou:

- O senhor gostaria de ver nosso jornal?
- Não, não gostaria de ver seu jornal - disse, pesaroso.
- Como assim, são 15 dias grátis e mesmo assim o senhor não quer ver?
- Não! - resumi.
- Não porque senhor? - insistiu o mala.
- Porque sou cego - falei de mansinho e resignado, mas querendo gargalhar.
- Hããã, bom, quer dizer, éééé, desculpe senhor - se atrapalhou ele, sem saber o que dizer mais.

- A Folha já publica em braile? perguntei, provocando.
- Não senhor - respondeu e agradeceu com o tradicional "a Folha agradece, me desculpe e tenha um bom dia senhor."

Minha mulher, explodiu em gargalhadas.
Ela rio tanto quanto outra vingança que pratiquei numa manhã de sábado. O dia estava maravilhoso até que uma telemarketing me ligou.

A moça desconfiou que algo diferente estava acontecendo porque, entre um alô e uma resposta, eu suspirava ofegante e ritimado e, vez ou outra, pedia um momento. E sussurrava palavras melosas e apaixonadas. Até ela me perguntar, curiosa:

- O senhor está passando bem?
- Sim, estou. O problema é que o ar condicionado desse motel está quebrado - respondi, sugerindo a ela que eu estava muito ocupado.
- Senhor, desculpe, deveria ter me avisado que estava ocupado e não podia me atender - reclamou ela.
- Imagina que eu ia perder essa sua promoção! - exclamei, rindo, gargalhando e me vingando.

Faça isso você também.


A Vingança

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Egoismo

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Como o ensino público é péssimo e você tem dinheiro, seus filhos estudam em escola particular, certo? 

Como a saúde pública é uma vergonha e você tem dinheiro, você optou por um convênio hospitalar particular, certo? 

Como a violência aumentou no país e não existe segurança pública, você também aumentou a altura do muro da sua casa e equipou com alarmes, porque você tem dinheiro, certo?

Como os roubos explodiram nesse país e não existe justiça que coloque bandidos na cadeia, e como você tem dinheiro, o seguro que você paga é uma garantia se for roubado, certo?

Pois é, o Brasil está nesse caos exatamente porque, ao invés de você brigar por um ensino público bom, melhores hospitais, mais segurança e melhor policiamento, você preferiu, porque é egoísta, pagar por serviços que o estado deveria oferecer. E os que não tem recursos, que se danem?

Isso se chama egoismo. Bem que você poderia pagar por esses serviços ao mesmo tempo que lutasse a favor de escola, saúde, educação e segurança com qualidade. Você faz isso?