sábado, 15 de junho de 2013

Vaias no estádio e nas redes sociais

Dilma sai vaiada e constrangida na abertura da copa

Joseph Blatter, presidente da Fifa, teve que pedir 'fair play' para que a presidente conseguisse falar

15 de junho de 2013 | 16h 08

ROBSON MORELLI E EDUARDO BRESCIANI - Agência Estado BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff foi vaiada na abertura da Copa das Confederações, neste sábado, antes do jogo entre Brasil e Japão, no Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha). O público estava aplaudindo tudo antes, até quando houve saudação aos voluntários e quando foi tocado o hino do Japão. Mas, quando a presidente fez um breve pronunciamento na tribuna, declarando aberta oficialmente a competição, recebeu vaias de parte do público que lotou a arena na capital federal.

Diante das vaias, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que estava ao lado de Dilma na tribuna do estádio e também fez um pronunciamento oficial, chegou a pedir educação aos torcedores. "Amigos do futebol brasileiro, onde está o respeito e o fair play, por favor?", disse o dirigente suíço, aumentando o constrangimento do momento.

Antes disso, Blatter fez um breve discurso. "Prezados amigos do futebol, estamos todos reunidos hoje para uma verdadeira festa do futebol no país pentacampeão. É um grande prazer, em nome da Fifa, dar as boas-vindas e agradecer as autoridades brasileiras, lideradas pela presidente Dilma Rousseff", declarou o presidente da Fifa, em português. Dilma foi vaiada duas vezes pelo público, quando foi anunciada oficialmente e quando foi citada por Blatter. Ela ficou com o semblante fechado ao lado do cartola da Fifa e apenas declarou aberta a competição. "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações Fifa 2013", discursou a presidente, visivelmente constrangida com a situação.

Por que Brasília vaiou Dilma

Dilma vaiada na abertura da Copa das Confederações

Por Ricardo Noblat

Vocês acham estranho que Brasília, cidade-sede do poder, vaie a presidente da República?
Brasília já foi petista. Não é mais. Lula ganhou a eleição de 2002 em Brasília, derrotando José Serra.


Em 2006, quando se reelegeu, perdeu o primeiro turno em Brasília para a senadora Heloísa Helena. Quatro anos depois, foi a senadora Marina Silva quem derrotou Dilma no primeiro turno.

Os pesquisadores dizem que Brasília costuma antecipar resultados ou tendências captados em outras cidades só mais tarde.

Pesquisa aplicada por um instituto local registrou na semana passada uma queda da popularidade de Dilma maior do que aquela conferida pelo Datafolha.

No Datafolha, Dilma caiu oito pontos.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Petrobras quase falida


Petrobras: R$ 7,3 bilhões de dívidas
Petrobras, com dívidas, não pode importar e nem exportar

Faz uma semana que a Petrobras não pode vender nem comprar petróleo no mercado internacional por uma razão simples e grave: deve R$ 7,3 bilhões, uma dívida estratosférica que pode levar pânico ao mercado de ações e "quebrar" a empresa, segundo o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.

Segundo nota da Folha de São Paulo, "a estatal tentou, sem sucesso, levar o caso ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) para recuperar a certidão negativa de débitos que lhe permite importar, exportar e até participar de rodadas do pré-sal." A certidão negativa foi cancelada faz tempo.

Uma das dívidas é simplesmente absurda: falta de recolhimento de Imposto de Renda. A estatal é uma das maiores caloteiras em matéria de tributos. Os advogados da Petrobras alegam que "a empresa enfrenta falta de disponibilidade de caixa" o que provocou também a redução de investimentos no pré-sal.

"A Petrobras, em relação a notícias veiculadas na imprensa, esclarece que está tomando todas as medidas para, num breve espaço de tempo, restabelecer a Certidão Negativa de Débito - CND e assegura que não há risco de interrupção operacional e desabastecimento de petróleo e derivados no país",anunciou a Petrobras em comunicado aos seus investidores.

Enquanto isso, na televisão, o governo federal veicula campanhas apresentando a quase falida estatal como uma poderosa e vigorosa empresa nacional. Para inglês ver.

Ps: A PDVSA, a "petrobras" da Venezuela, está afundada em dívidas e não pode operar por falta de dinheiro. O arrombo é gigantesco. O dinheiro é desviado para "programas sociais". Mas a festa acabou. O país vive uma crise na economia sem precedentes.

Erros velhos na economia

Alvaro Gribel e Valéria Maniero

Os últimos 30 meses foram marcados por erros antigos sendo novamente cometidos na economia brasileira. Juros caíram com inflação acima da meta; empresas escolhidas receberam crédito subsidiado; reajustes de preços foram adiados a pedido da Fazenda.

Estatísticas de gastos públicos receberam maquiagem; o real foi desvalorizado para proteger a indústria e os efeitos sobre a inflação foram minimizados.

A lista é longa e não termina aqui. O incentivo ao consumo foi colocado em primeiro plano, como se fosse suficiente para estimular investimentos. Bancos públicos sofreram pressão para conceder crédito, se expondo a riscos com aportes bilionários do Tesouro.

A crise internacional foi subestimada, marcos regulatórios foram alterados a toque de caixa, medidas econômicas passaram a ser anunciadas em cadeia nacional de televisão, como uma benesse do governo à população.

Muitos economistas emitiram alertas sobre esses equívocos. O PIB baixo, a inflação novamente elevada, a ameaça de rebaixamento da nota do país e, principalmente, a queda da popularidade da presidente aumentaram a sensibilidade do governo às críticas.

O Banco Central deu meia-volta na política monetária e voltou a subir os juros, de forma unânime, endurecendo o discurso. Começou a reverter a situação, mas o custo foi alto: as expectativas para o IPCA fugiram do centro da meta de 4,5% para um período de 24 meses à frente.

Na política fiscal, tudo é ainda ambíguo. No mesmo dia em que volta a falar de austeridade, o governo anuncia uma nova emissão de dívida para injetar dinheiro na Caixa e estimular o consumo.

A despesa do governo com juros caiu de 5,69% do PIB, em agosto de 2011, para 4,81%, em abril deste ano, por causa da redução da Selic. Mas, ainda assim, o déficit nominal subiu, de 2% para 2,92%, no mesmo período.

As declarações do ministro Guido Mantega são um flanco aberto na credibilidade da política econômica. Disse na quarta-feira que a inflação está caindo de forma consistente, mas, na verdade, está em alta no acumulado de 12 meses e, em junho, deve estourar o teto da meta pela décima vez no governo Dilma. Ainda é possível mudar o rumo, mas é inevitável a constatação de que muito tempo foi perdido.

Inflação alta derruba venda de varejo em abril: pior resultado em 10 anos

Abril de 2013 teve o pior resultado de vendas em 10 anos
Fonte: IBGE

Os dados econômicos no Brasil são preocupantes. A inflação alta e persistente derrubaram as vendas no comércio varejista. Apesar das vendas de abril terem leve melhora em relação ao mês anterior, os prognósticos apontam um crescimento pífio do PIB.

Nos últimos 10 anos as vendas no mês de abril de 2013 foram as piores: 1,59% apenas. No mesmo período de 2012 as vendas atingiram 6,01%. A nota ruim é que as vendas de supermercados caíram 0,5%.

Todos apontam para o mesmo culpado: a inflação alta. As projeções de vendas para este ano eram entre 4,5% a 5% mas, com os novos dados, a previsão é de apenas 3% contra 8,5% no ano passado. As vendas de veículos tiveram expansão de 22,4% em relação a abril de 2012 por conta dos incentivos de redução de IPI. No vácuo dos incentivos o setor de eletrodomésticos melhorou 9,2%.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Tom Zé é xingado por "fans" porque gravou comercial para a Coca-Cola

Tom Zé narrou para um comercial de televisão da Coca-Cola e foi perseguido pela ideologia ultrapassada da esquerda burra.

Antonio José Santana Martins ou simplesmente Tom Zé, continua cantor, compositor e arranjador. Mas se vira como jardineiro porque sua situação financeira é ruim. Aos 76 anos, de vez em quando, faz shows.

Recentemente foi convidado pela Coca-Cola para narrar um comercial de televisão da Copa do Mundo. Faturou R$ 80 mil com sua locução. Esse dinheiro resolveria e muito, mas, adivinhem o que aconteceu?

Xingado na internet de "vendido, bundão, mané, corrompido”, Tom Zé resolveu devolver o dinheiro, ou melhor, doar para uma instituição em sua cidade natal, Irará, na Bahia.

A patrulha de fans vomitou no Zé o discurso mofado de sempre - da esquerda burra da década de 50 - porque o ídolo "trabalhou" para a arqui-inimiga Coca-Cola, símbolo da "opressão imperialista americana". Imaginem se souberem que Tom também bebe o refrigerante, escondido, na calada da noite. He,he,he! Zé seria asfixiado pela pobreza de espírito e pela ideologia ultrapassada e imbecil da esquerda brasileira.

Sinceramente, tem coisa mais idiota que isso?
Sim, a estupidez de Tom Zé em não saber valorizar nem seu próprio trabalho profissional. E de dar ouvidos a pseudo intelectuais .

terça-feira, 11 de junho de 2013

Importar médicos para trabalhar em hospitais falidos?

Uma reportagem da Folha, no Amapá, mostra que o problema não é falta de médico, mas de estrutura hospitalar. O que médicos cubanos, espanhóis e portugueses virão fazer aqui se os hospitais estão desabastecidos. Falta de tudo, até medicamentos mais simples, como diclofenaco. Os altos salários para médicos anunciados geralmente são falsos: os valores são ínfimos e tenta-se incluir plantões para melhorar os valores.

Ao contrário disso, Dilma Rousseff, demagogicamente, diz que vai trazer médicos de fora para amainar as críticas ao sistema de saúde que vive um caos. Morre-se nas filas e corredores de hospitais mas,na TV a propaganda diz que tudo está maravilhoso. O povo percebe e denuncia a mentira.

Um médico, uma caneta e um carimbo não resolvem nada, afirmam profissionais de saúde.
 

Cientista condena o global/construtivismo como método de alfabetização

Stanislas Dehaene: "A neurociência deve ir para a sala de aula". O cientista condena o global/construtivismo como método de alfabetização e diz como os estudos com cérebro podem ajudar disléxicos a ler.

NEURÔNIOS EM ATIVIDADE:
O neurocientista Stanislas Dehaene em
congresso na França. Há 30 anos, ele estuda
o impacto dos números e das letras no cérebro.
Não são teorias, mas pesquisas da ciência.
Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Stanislas Dehaene é absolutamente claro ao afirmar que o método fônico é eficaz na alfabetização e que o método global (construtivista) ensina o lado errado do cérebro. Em entrevista para Flávia Yuri, o neurocientista explica que "se você escanear o cérebro de pessoas que não leem e comparar com as alfabetizadas, a identificação de rostos para as iletradas mobiliza uma parte maior do cérebro que a mesma função nas alfabetizadas.

Existe certa competição de competências na mesma região do cérebro. É como se ele tivesse de abrir espaço para a leitura." Ele explicou que "em pesquisa com pessoas de diferentes idiomas sabe-se que o aprendizado da linguagem se dá a partir da identificação da letra e do som correspondente". Por isso é mais fácil ensinar uma criança brasileira ler que uma criança em inglês ou francês, cuja correspondência de sons varia mais", explica.  

Flávia Yuri - Época 14/08/2012 09h00

Uma das tarefas comuns da ciência é desvendar a complexidade por trás de atividades aparentemente simples. O matemático e neurocientista francês Stanislas Dehaene dedica-se a decifrar as mudanças cerebrais causadas pelo ato de ler. Para ele, a leitura moldou o cérebro humano e preparou-o para assimilar habilidades impossíveis de ser aprendidas por iletrados. Em seu livro Os neurônios da leitura (Editora Penso, R$ 71), ele afirma que o conhecimento do impacto da leitura no cérebro pode melhorar métodos de alfabetização para crianças e dá exemplos de como esse conhecimento tem auxiliado pessoas com dislexia. E mais: Dehaene diz que a pedagogia do construtivismo, altamente disseminada no Brasil, pode ser ineficaz para o ensino da leitura.

ÉPOCA – O que suas pesquisas sobre o impacto da leitura no cérebro revelaram?

Stanislas Dehaene – Constatamos que nosso cérebro aprendeu a ler a partir de uma reciclagem dos neurônios. Isso quer dizer que neurônios usados na leitura antes eram empregados em outro tipo de tarefa. Nosso cérebro de primata não teve tempo de amadurecer para aprender a ler. A leitura só foi possível porque conseguimos adaptar os símbolos a formas já conhecidas há milhares de anos. Diferentemente do que disse John Locke, nossa cabeça não é uma página em branco pronta para aprender qualquer tipo de coisa. Esse é um exemplo de como a cultura se adaptou às possibilidades de nossa mente. Concluímos que a leitura despertou em nosso cérebro a capacidade de perceber diferenças sutis e aumentou nossa capacidade de memorizar informações. É interessante observar que o cérebro mobiliza a mesma área para a leitura de qualquer idioma. O processamento da leitura do chinês ou do hebraico, da direita para a esquerda, acontece na mesma região que decodifica o inglês, o francês e o português.

ÉPOCA – O senhor disse que a leitura usou uma parte do cérebro antes destinada a outras funções. Que funções eram essas e o que aconteceu com elas?

Dehaene – Antes de aprendermos a ler, usávamos essa parte do cérebro para reconhecer formas de objetos e de rostos. Se você escanear o cérebro de pessoas que não leem e comparar com as alfabetizadas, a identificação de rostos para as iletradas mobiliza uma parte maior do cérebro que a mesma função nas alfabetizadas. Existe certa competição de competências na mesma região do cérebro. É como se ele tivesse de abrir espaço para a leitura.

ÉPOCA – Isso quer dizer, nesse exemplo, que o cérebro letrado passou a usar um número menor de neurônios para a mesma função? Isso tem impacto na qualidade da função?

Dehaene – Não temos provas científicas de que ocorra perda de competência. Um mesmo neurônio pode ter um número desconhecido de sinapses, de acordo com o estímulo do ambiente. Mas essa é uma suposição lógica. Afinal, temos de dividir um mesmo número de neurônios em várias atividades. Nosso grupo de pesquisas na Amazônia mostrou que o cérebro de pessoas que não leem tem habilidades relacionadas à noção espacial e de matemática muito avançadas. Não temos dados científicos que provem que eles sejam melhores nessas tarefas porque não leem. Mas essa é uma possibilidade.

ÉPOCA – De que forma suas descobertas podem auxiliar no processo de educação?

Dehaene – Verificamos, por meio de várias experiências, que o método mais eficaz de alfabetização é o que chamamos fônico. Ele parte do ensino das letras e da correspondência fonética de cada uma delas. Nossos estudos mostraram que a criança alfabetizada por esse método aprende a ler de forma mais rápida e eficiente. Os métodos de ensino que seguem o conceito de educação global, por outro lado, mostraram-se ineficazes. (No método global, a criança deve, primeiro, aprender o significado da palavra e, numa próxima etapa, os símbolos que a compõem.)

ÉPOCA – No Brasil, o construtivismo, que segue as premissas do método global para a alfabetização, é amplamente disseminado. Por que os sistemas que seguem o método global são ineficazes?

Dehaene – Verificamos em pesquisa com pessoas de diferentes idiomas que o aprendizado da linguagem se dá a partir da identificação da letra e do som correspondente. No português, a criança aprende primeiro a combinação de consoantes e vogais. A próxima etapa é entender a combinação entre duas consoantes e uma vogal, como o “vra” de palavra. Essa composição de formas, do menor para o maior, é feita no lado esquerdo do cérebro. Quando se usam metodologias para a alfabetização que seguem o método global, no qual a criança primeiro aprende o sentido da palavra, sem necessariamente conhecer os símbolos, o lado direito é ativado. Mas a decodificação dos símbolos terá de chegar ao lado esquerdo para que a leitura seja concluída. É um processo mais demorado, que segue na via contrária ao funcionamento do cérebro. Num certo sentido, podemos dizer que esse método ensina o lado errado primeiro. As crianças que aprendem a ler processando primeiro o lado esquerdo do cérebro estabelecem relações imediatas entre letras e seus sons, leem com mais facilidade e entendem mais rapidamente o significado do que estão lendo. Crianças com dislexia que começam a treinar o lado esquerdo do cérebro têm muito mais chances de superar a dificuldade no aprendizado da leitura.

ÉPOCA – É possível quantificar esse atraso de leitura que o senhor menciona?

Dehaene – Quanto mais próxima for a correspondência da letra com o som, mais fácil para um indivíduo automatizar a ação de ler. Português e italiano são idiomas muito transparentes, pois cada letra corresponde a um som. Inglês e francês são línguas em que a correspondência de sons pode variar bastante. Pesquisas mostram que, ao ter aulas regulares, todos os dias, na escola, a criança leva dois anos a mais para dominar o inglês que para dominar o italiano.

ÉPOCA – É possível identificar diferenças no cérebro de quem consegue ler palavras e frases, mas tem dificuldade na interpretação de textos (no Brasil, eles são conhecidos como analfabetos funcionais) em relação a alguém que lê e interpreta o conteúdo com fluência?

Dehaene – Não identificamos isso em pesquisa de imagens. Mas a dificuldade que algumas pessoas têm de interpretar o que leem ocorre basicamente porque elas ainda não automatizaram a decodificação das palavras. Decodificar pede esforço para quem não tem essa função bem desenvolvida. Isso mobiliza completamente a atenção e os esforços de quem está lendo, a ponto de não conseguir se concentrar na mensagem. A solução para melhorar a interpretação de texto é automatizar a leitura. Por isso, é importante que crianças pequenas leiam de forma regular até que isso se torne uma rotina. As crianças começam a interpretar textos com eficiência depois que a leitura se torna um processo automatizado.

ÉPOCA – Aprender a ler partituras tem o mesmo efeito para o cérebro que ler palavras?

Dehaene – As áreas do cérebro usadas para ler letras não são exatamente as mesmas usadas para decodificar música. Não há muitos estudos sobre a parte cerebral usada no aprendizado de música. Mas há diversas pesquisas sobre o efeito da música na vida das crianças. Crianças que aprendem música desenvolvem habilidades escolares avançadas, especialmente no domínio da leitura. Elas têm mais facilidade para se concentrar. Aprender música aumenta os níveis de inteligência (Q.I.). Aprender música é uma forma excelente de desenvolver o cérebro, especialmente o de crianças.

ÉPOCA – Pessoas com dislexia leem de forma diferente ou apenas mais devagar?

Dehaene – Pessoas com dislexia tendem a ter problemas com a conexão entre letra e som. É muito difícil para elas entender essa ligação. Em parte, porque não podem distinguir muito bem as diferenças dos sons da língua. Elas têm problemas com fonologia. Não com o som de letras como a, b, c e d. Mas com o som da linguagem, como dã, bã e pã. Há diferentes tipos de dislexia. Há pessoas que têm dificuldade em enxergar as letras em determinados lugares da palavra ou em visualizar símbolos específicos. O que os disléxicos têm em comum é a dificuldade em criar o mapa dos símbolos e dos sons.

ÉPOCA – Sua pesquisa pode ajudá-los de alguma forma?

Dehaene – Antes não era óbvio que a maioria dos disléxicos tinha problemas com os sons da linguagem. Agora que sabemos disso, começamos a trabalhar com jogos de reabilitação com ótimos resultados. É possível ajudar as crianças com dislexia com jogos de leitura, de rimas ou brincadeiras de mudar sílabas. Pode-se brincar de trocar o som de “bra” de Brasil por “dra” ou “pra”. Vimos que brincadeiras orais fáceis têm facilitado o aprendizado.

ÉPOCA – Que resultados esse tipo de exercício já produziu?

Dehaene – Constatamos com exames de imagem que partes do cérebro não usadas em pessoas com dislexia passam a ser exercitadas com esse tipo de atividade. Isso as ajuda a perceber os sons da linguagem, o que é muito importante para o aprendizado da leitura. Para surtir resultados, é importante aplicar esses jogos todos os dias, de forma intensiva.

ÉPOCA – Se o cérebro dos disléxicos é organizado de forma diferente, isso sugere que eles possam ter outras habilidades que alguém sem a dislexia não tem?

Dehaene – Essa é uma questão interessante. Assim como há a possibilidade de perdermos algumas habilidades quando aprendemos a ler, existe a possibilidade de o cérebro disléxico ter facilidade com algumas áreas. Ainda faltam pesquisas para podermos constatar isso. Mas estudos sugerem que o senso de simetria do disléxico pode ser mais desenvolvido, e isso ajuda em matemática. Sabemos que há muitos disléxicos que podem ser bons em matemática. Estudos sugerem que eles podem enxergar padrões sofisticados com mais facilidade.

ÉPOCA – Pode haver gênios em matemática que não sabem ler?

Dehaene – Isso é algo muito, muito raro. Pode haver pessoas iletradas muito boas em cálculos. Mas elas não serão gênios em matemática sem ler. Para avançar em matemática, a pessoa precisa entender diferenças sutis num nível muito sofisticado. É justamente a percepção dessas diferenças sutis que a leitura ativa no cérebro. Ler é uma habilidade extraordinária que pode transformar o cérebro e prepará-lo para outros níveis de aprendizado. Não dá para ir muito longe sem leitura.

Quebra quebra no Rio: povo protesta contra aumento de passagens de ônibus


Batalhão de Choque usou bombas de efeito moral e spray de pimenta para dispersar manifestantes na Rua Uruguaiana, no centro do Rio de Janeiro. O protesto se concentrou nas escadarias da Câmara Municipal, na Cinelândia, no Centro, onde fizeram um ato para reclamar do aumento da passagem de ônibus e se estendeu pelas Avenidas Rio Branco, Antonio Carlos e Presidente Vargas, que ficaram fechadas entre às 18h e 19h, em meio a um grande tumulto. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

Campanha anti-homofóbica?

Campanha anti-homofóbica: MEC recuou

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Imagine seu filho de 8 anos numa escola pública, aprendendo que "boquete" é uma pequena boca ou “felação” (s.f.): gozo sexual provocado pela sucção; coito bucal, sexo oral ou uma forma latina: fellatio (sucção) e que consiste em sexo oral e sua prática se dá quando se utiliza a boca para chupar o pênis.

Recentemente pais de alunos entre 8 e 10 anos de idade, se revoltaram com as "aulas de educação sexual" desenvolvidas numa escola pública de Contagem, Minas Gerais. Matéria curricular do MEC, os trabalhos ensinavam, com ilustrações, a prática de sexo oral (vulgarmente chamado de boquete), sexo anal, sexo entre homens e com mulheres e como é feito, homossexualidade feminina e sexo grupal. Na escola de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, alunos de 10 anos leem poemas que falam de bunda, cu, pau e xota.

Também em Belo Horizonte os alunos de oito e dez anos foram apresentados a poesia erótica e palavras de violência. O próprio MEC, depois das queixas, reconheceu que o tema foi abordado de forma grosseira, vulgar e inadequada. O tema, em si, é delicado. Imagine tratado de forma chula.

Não se discute a necessidade da educação sexual e o que deveria ser uma responsabilidade dos pais - a família seria o contexto ideal para essa formação - acabou sendo deixado para o Estado. E o tema é polêmico.

O assunto trouxe outros para a discussão. Por exemplo, a Prefeitura de São Paulo, na época de Marta Suplicy, contratou, ao custo de 2 milhões de reais, um grupo de pesquisas e estudos para ensinar os professores de creches sobre ereção e a prática de masturbação em bebês a partir dos 7 meses de idade. Masturbados, os bebês sentem-se mais confortáveis, afirmam os especialistas.

Os materiais contém aulas de como as meninas devem se masturbar e "como se fica, as melhores ficadas, com quem e como". Há um espaço para as menores anotarem "suas melhores ficadas e como foram". Numa das cartilhas conta-se a história do "Fazendeiro Solitário" com um pênis enorme e as galinhas com as cloacas gigantes, sugerindo zoofilia.

Livros contendo orientação homossexual tem sido a preferência entre "educadores" do MEC. Alguns títulos, como o Rei & o Rei, um conto que narra a busca de um príncipe por outro príncipe e se casam e são felizes para sempre. Essa leitura é destinada a crianças de 2 e 3 anos de idade. "Menino ama menino" é outra título para crianças do fundamental como "Menino brinca de boneca?". Para Lilia Rossi, da alta cúpula do Ministério da Saúde, "uma educação diferenciada pode fazer desabrochar em todo menino seu lado feminino e em toda menina seu lado masculino".

O foco também está perdido na área da saúde. Ao invés da prevenção as drogas, o SUS, Sistema Único de Saúde, elaborou uma cartilha destinada as crianças em idade escolar do fundamental onde orienta que "após fumar o crack deve-se passar um protetor labial para evitar o ressecamento". 

As cartilhas contém informações e advertências as crianças: "Se você consumir cocaína, não use canudo de papel pois eles contém bactérias, use canudinhos de plástico" - diz o manual do Ministério da Saúde e distribuído pelo Ministério da Educação. Para muitos educadores, o Estado capitulou diante do avanço das drogas e prefere advertir para os perigos de ressecamento dos lábios do que para o vício.

Sobre o consumo de ecstasy, o Ministério da Saúde adverte as crianças prestarem atenção se não estão comprando "gato por lebre", isto é, verificar se o "fornecedor" - o traficante - é sério e vende produto de boa qualidade

As igrejas, de todas as crenças, enxergam a destruição da família considerando que o material produzido não combate a homofobia mas, sim, faz apologia ao homossexualismo.

Para maioria heterossexual isso é tentativa de doutrinar crianças de 10 anos, como ocorreu com o "kit gay" que orientava "que se você tiver duas opções sexuais - gostar de homem e de mulher - é uma vantagem pra você porque aumenta sua chance em 100% de ter programa ao fim de semana." 

O que você pensa a respeito?

Leitura relacionada:
Você sabe o que é boquete?
Poesia erótica para crianças

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Acendeu no PT a luz amarela

Presidente Dilma Rousseff
Por Ricardo Noblat

"Par délicatesse J'ai perdu ma vie", escreveu Jean-Nicolas Arthur Rimbaud, poeta francês que viveu e brilhou na segunda metade do século XIX.

Aos 20 anos, encerrou sua produção literária. Morreu de câncer aos 37.

"Por delicadeza eu perdi minha vida" são seus mais famosos versos, repetidos pelos que se valem deles para lamentar algo importante que perderam. Ou para reafirmar a disposição de não perder.

No último fim de semana, depois de examinar com preocupação os resultados da mais recente pesquisa de opinião do Instituto Datafolha, um petista erudito declamou os versos de Rimbaud para garantir que por elegância seu partido não perderá a vida.

Ou melhor: o poder.

Nem daqui a pouco nem a perder de vista. Afinal, que partido entregaria o poder sem oferecer severa resistência? De março para cá, a aprovação do governo Dilma caiu oito pontos. Foi a primeira vez que isso aconteceu desde que ela se elegeu. Dilma perdeu popularidade entre homens e mulheres, em todas as regiões do país, em todas as faixas de renda e em todas as faixas etárias. A causa? A volta da dobradinha inflação em alta e crescimento econômico em baixa.

O brasileiro está pessimista.
Acendeu a luz amarela dentro do PT.

Os partidos existem para alcançar o poder - e uma vez que alcancem, lá se conservarem, empenhados em fazer o melhor por seus governados. Na democracia devem ao povo o que conquistaram. E somente o povo poderá retirá-los de onde estão.

Por delicadeza, há dois meses, Lula antecipou a campanha presidencial do próximo ano. Atendeu a um pedido da própria Dilma. Era véspera de mais um aniversário do PT. Lula pretendia sair em caravana pelo país. E Dilma detectara movimentos favoráveis ao lançamento da candidatura dele à sua vaga. Para eleger Dilma em 2010, Lula inventara que ela era uma excelente gestora. Superior até mesmo a ele. Chegou ao ponto de sugerir que dividira com Dilma o comando do governo no seu segundo mandato. Um exagero compreensível.

Por maior que fosse seu prestígio, não bastaria a Lula pedir votos para Dilma. Era preciso fornecer um pretexto para que a maioria dos brasileiros elegesse presidente quem nunca disputara uma eleição.

Quem já rejeitara disputar uma, argumentando que não tinha "perfil de candidata". E quem por falta de sorte vira falir uma loja onde tudo que ali se vendia custava apenas R$ 1,99.

Dilma jamais foi uma gestora excepcional - a verdade é essa. Foi apenas uma aplicada gerente. E com um grave defeito que compromete o desempenho de qualquer gerente: o gosto pela centralização. Nada se faz em seu governo sem que ela seja ouvida antes. Em certas ocasiões, Dilma pede para ler antes discursos que seus ministros pronunciarão mais tarde.

Ultimamente, deu de interferir até nas rotas do Boeing presidencial. Detesta turbulências. Passou a entender de aviação para poder evita-las.

A certa altura, o câncer que atingiu as cordas vocais de Lula ameaçou o sonho cultivado por ele de substituir Dilma - em 2014 ou em 2018. Curado, Lula acompanha as dificuldades de Dilma para governar o país. Nem gerente sintonizada com as exigências dos tempos modernos, muito menos gestora admirável. Atrapalhada na condução da economia. Um rotundo desastre no exercício cotidiano da política.

Por delicadeza, o PT se arriscará a ser desalojado do poder caso Dilma corra de fato o risco de vir a ser derrotada? Cresce entre os partidos aliados a torcida por enquanto silenciosa pela volta de Lula.

Dilma é temida.
Amada?

Bem, só se for por Aloizio Mercadante, ministro da Educação.

Bulgareli aceita sursis e não pode deixar a cidade durante 2 anos

Ex-Prefeito Mário Bulgareli
Jornal Diário de Marília
Bulgareli aceita sursis e não pode deixar a cidade sem autorização

Ex-prefeito é processado por crime contra as finanças públicas do município no exercício de 2008. Até junho de 2015 Mário Bulgareli não pode frequentar determinados locais.

O ex-prefeito Mário Bulgareli fez acordo com a justiça e aceitou a restrição de liberdade por dois anos em troca da suspensão do processo em que figura como réu por crime contra as finanças da prefeitura de Marília, no exercício de 2008. A sursis (suspensão condicional da pena) foi assinada durante audiência presidida pelo juiz da 2ª Vara Civil, José Henrique Ursulino, no Fórum de Marília, na última quarta-feira (5).

Até junho de 2015 Mário Bulgareli não poderá frequentar determinados locais, nem se ausentar da cidade sem autorização judicial. Além disso, o ex-prefeito é obrigado a comparecer ao Fórum mensalmente para justificar à Justiça suas atividades. Caso Bulgareli não cumpra as determinações, a sursis é revogada e o processo - baseado em denúncia do 3º Promotor de Justiça de Marília, José Bento Campos Guimarães - prosseguirá normalmente.

O ex-prefeito é acusado de autorizar a prefeitura a assumir gastos entre os meses de maio e dezembro de 2008, último ano de seu primeiro mandato, sem que a administração tivesse disponibilidade financeira para pagar tais despesas. No final do seu primeiro mandato, o prefeito deixou R$ 12.677.599,12 sem a respectiva cobertura financeira.

Tal procedimento foi apontado como ilegal em auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo). A análise aponta que Bulgareli contraiu obrigação de despesa sem poder cumpri-la integralmente nos últimos dois quadrimestres de seu mandato, violando, assim, o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal. No final de outubro do ano passado os vereadores aprovaram por unanimidade o parecer do TCE, que rejeitou a prestação de contas da prefeitura do exercício de 2008.

Não é a primeira vez que Bulgareli pode ter as contas rejeitadas. O ex-prefeito ainda deve enfrentar graves problemas judiciais em decorrência das contas que ainda serão apreciadas de 2009, 2010, 2011, e 2012, que podem conter os mesmos vícios e irregularidades.

A pena prevista para esse tipo de crime é a reclusão de um a quatro anos. Bulgareli renunciou ao cargo de prefeito em março de 2012, depois de enfrentar diversas denúncias por envolvimento no caso do mensalinho da prefeitura.

A república do “eu não sabia"

Por Mary Zaidan

Nenhum governante deveria mentir. Muito menos institucionalizar a mentira. Oferecer-se ao público e, de cara lavada, dizer que não sabia o que todo mundo sabe que o dirigente sabia. Ainda que se dê o benefício da dúvida e se admita que por vezes governantes não saibam o que se passa embaixo de seus narizes, é impossível admitir o não saber como padrão.

Oficializada pelo ex-presidente Lula, a república do “eu não sabia” virou moda.

Lula jurou que foi traído, que nada sabia sobre o mensalão. No mesmo tom, disse ter sido “apunhalado pelas costas” pela sua ex-protegida Rosemary Noronha, que utilizava da intimidade com o presidente para traficar mimos.

Lula também não sabia das peripécias de José Dirceu, que fora o craque, o capitão de seu time, que, por sua vez, desconhecia que seu assessor Waldomiro Diniz tinha negociatas com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Assim como José Genoíno assinou sem saber os empréstimos do Banco Rural que lastrearam parte do mensalão.

Quando era ministro da Fazenda de Lula, Antonio Pallocci chegou a alegar que não sabia dirigir em Brasília, e, portanto, não poderia ter chegado pilotando um Peugeot cinza na casa da alegria do Lago Sul, conforme o caseiro Francenildo denunciara. Mais: não sabia e jamais soube da quebra do sigilo bancário do caseiro.

A lista do “eu não sabia” é infinda.

Aloizio Mercadante não sabia da compra do dossiê na qual o seu assessor foi flagrado e muito menos que a ação ocorrera para beneficiar a sua campanha ao governo do Estado e a de seu chefe Lula, que não sabia do envolvimento do seu assessor Freud Godoy na lambança dos aloprados.

O ex-ministro Fernando Haddad, hoje prefeito de São Paulo, não sabia dos kits contra homofobia que chegariam a seis mil escolas, jogados no lixo depois de suspensos pela presidente Dilma Rousseff. Alexandre Padilha também não sabia da campanha “Eu sou feliz sendo prostituta”, veiculada por seu Ministério. Igualmente, Jorge Hereda, presidente da Caixa, não sabia que seus técnicos tinham mexido nas datas do pagamento do Bolsa Família, estopim para o boato de término do programa e para a corrida alucinada de beneficiários a agências, com quebradeiras e feridos.

Vendida por marqueteiros como exímia gestora, centralizadora e mandona, Dilma não foge ao figurino. É enganada toda hora. Nada sabia sobre as trapaças de Erenice Guerra, e, supõe-se, nada sabe das aprontações de auxiliares que ela própria faxinou e que agora renomeia.

Ninguém sabia que a refinaria de Pasadena (EUA) nada valia. Daí o equívoco de se pagar por ela U$ 1,18 bilhão. Uma conta que, ignorantes, não sabíamos.


Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Na Finlândia o professor é a figura central no processo de educação

Uso de tecnologia mas preocupados com a qualidade da aprendizagem

Na Finlândia, ao contrário do Brasil, professor dá aula em uma só escola, seu salário gira em torno de R$ 7.800,00 por mês e a profissão é valorizada. É comum o mesmo professor acompanhar durante 6 anos a mesma turma de alunos. As classes dos anos iniciais tem menos de 20 alunos e menos de 25 nas demais séries. No Brasil entre 35 e 40 por sala.

Quando escrevemos essa matéria a Finlândia mantinha um padrão de ensino mais tradicional e foi com essas ferramentas que seus alunos chegaram no ano 2000 ao 1º lugar no PISA, um programa que a cada três anos avalia alunos do ensino médio (em torno de 15 anos de idade) em todo mundo. A avaliação compreende matemática, ciências e línguas. 

As diferenças são enormes entre os finlandeses - primeiro no ranking mundial em qualidade de educação - e o nosso país, rabeira nessa mesma pesquisa. No ensino fundamental a carga horário, nos anos iniciais, não passa de 3 a 4 horas por dia. Esses alunos são avaliados por cada professor, de início. E cabe a ele remodelar ou não o currículo escolar, incluindo ou não cursos conforme a necessidade local. As aulas de Artes foram incluídas recentemente no programa nacional para incentivar a criatividade das crianças. Há disciplina e a tecnologia é usada em todas as séries. Aqui apenas 2% usam esses recursos tecnológicos.

Duas coisas são marcantes nos resultados conquistados na educação na Finlândia: (1) ambiente propício para a aprendizagem tendo o professor como a figura central desse processo (2) e a descentralização administrativa. Cada escola pode incluir novos cursos dentro do esqueleto central.

No Brasil a retalhada teoria construtivista de Piaget considera o professor apenas o "mediador da construção do conhecimento" e todo programa é imposto. Seu cumprimento é obrigatório, sem chances de alterações. Apenas 10% dos pretendentes ao cargo conseguem fazer o curso e, sem mestrado, ninguém dá aula no país.

No Brasil, vergonhosamente, faltam professores, carreira desprestigiada diante de baixos salários e péssimas condições de trabalho, incluindo a violência praticada contra eles. Somente no Estado de São Paulo, mais de 40% foram agredidos durante as aulas. Os alunos são disciplinados e a ocorrência de violência contra os professores na Finlândia é desprezível.

Estado omisso, leis frouxas e pedagogia hipócrita

44% dos professores de SP já sofreram violência

Bárbara Ferreira Santos - Agência Estado

 Cerca de 44% dos professores estaduais já sofreram algum tipo de violência nas escolas em que lecionam, segundo uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgada nesta quinta-feira, 9. As agressões verbais são mais frequentes que as agressões físicas: 39% contra 5%.

A pesquisa foi feita pelo Data Popular, de 18 de janeiro a 5 de março de 2013, com 1.400 professores da rede estadual de 167 cidades de São Paulo. Ela mostra que é alto o porcentual de professores que ao menos já ouviram sobre algum caso de violência nas escolas em que dão aula: 84%. Entre as agressões mais comuns, estão agressão verbal (74%), bullying (60%), vandalismo (53%) e agressão física (52%).

Para 95% dos professores, os alunos são os principais autores dessa violência. Segundo eles, o alunos agressores estão constantemente sob o efeito de drogas (42%), portando armas brancas (15%) e até mesmo armas de fogo (3%). Três a cada 10 professores já presenciaram tráfico de drogas ou alunos embriagados.

As ameaças e os bens danificados pelos alunos são tão frequentes que 39% dos docentes acham comum vivenciar essas situações. Para eles, a falta de educação e de respeito dos alunos é a principal causa da violência nas escolas e os pais são quem melhor podem colaborar na redução dessa violência.

A pesquisa chegou à conclusão de que as escolas com campanha contra a violência têm porcentual menor de agressões: 41% contra 51% onde nunca promoveram campanhas. A cada 10 escolas, quatro não possuem projetos contra a violência. O estudo revela ainda que a ronda escolar é mais frequente no entorno das escolas do centro das cidades (61%) que nas periferias (45%).

Uma das medidas anunciadas na quarta-feira, 8, pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), para coibir ações violentas nas escolas não é aceita pela maioria dos professores como uma decisão eficaz. Atualmente, 1.577 unidades de ensino e 20 sedes de diretorias da Região Metropolitana já têm vigilância. O sistema será expandido para mais 597 escolas e 8 regionais até o fim deste ano, segundo o governo. Mas, para apenas 4% dos docentes esse sistema de monitoramento reduz de fato a violência.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Coragem de Barbosa provoca rancor nos petistas

Ministro do STF, Joaquim Barbosa
Nas redes sociais Joaquim Barbosa, presidente do STF, vem sendo alvo de ofensas, ódio e rancor. Palavras de baixo calão e racismo são dirigidas contra ele numa clara demonstração de ameaça no momento que o STF se prepara para julgar os últimos recursos do processo do mensalão, um dos mais vergonhosos casos de corrupção praticado por membros do PT e liderados por José Dirceu.

O desespero é pela possibilidade de cadeia para a alta cúpula do partido que nasceu anunciando a bandeira da ética e se transformou na agremiação envolvida no mais escandaloso caso de roubo do dinheiro público no Brasil. O dinheiro também era usado para comprar votos dos deputados e senadores nos projetos do presidente Lula.

Nas convenções do PT, João Paulo Cunha, corrupto condenado no mensalão discursou afirmando que "ele está lá por vontade do Lula, porque o Lula quis" como se a indicação obrigasse inocentar corruptos na contrapartida do agradecimento. O negro Joaquim Barbosa chegou a presidência do STF por competência.

"Negro covarde, canalha, salafrário, animal da pior espécie, vadio que só está lá por causa do Lula. Os screenshots mostram a virulência contra o ministro.
































Imagens publicadas pela Folha Política