quinta-feira, 11 de julho de 2013

Energisa propõe 1,95 bilhão para credores do Grupo Rede

Energisa firma acordo para compra do controle do Grupo Rede

11 Jul (Reuters) - A Energisa firmou acordo para compra do controle do Grupo Rede Energia, informou a companhia em fato relevante nesta quinta-feira. "O compromisso assinado é equivalente em seus termos ao compromisso anteriormente celebrado com a Equatorial Energia e com a CPFL Energia", acrescentou o Grupo Rede. O proposta de venda do controle para CPFL e Equatorial foi rescindido por não ter sido levado à votação em assembleia de credores do Grupo Rede na sexta-feira da semana passada. A decisão final sobre a proposta ainda depende de aprovação do juiz.

A Energisa propõe 1,95 bilhão de reais para o pagamento aos credores e 1,1 bilhão para investimento nas empresas. A empresa ainda propõe, entre as possibilidades de adesão, descontos no pagamento aos credores de até cerca de 75 por cento, ante descontos de até cerca de 85 por cento no pagamento aos credores na proposta comparável de CPFL e Equatorial.

A proposta da Energisa também depende de "aprovações por parte dos órgãos públicos competentes e de determinados credores e investidores", da aprovação do plano de recuperação das distribuidoras de energia elétrica, apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para levantamento da intervenção e da homologação do plano de recuperação na assembleia de credores.

O prazo da recuperação judicial do Grupo Rede termina em 15 de julho. Já o prazo da intervenção da Aneel em suas oito distribuidoras de energia acaba em 30 de agosto.

Por Juliana Schincariol, no Rio de Janeiro

O que o povo quer do governo?

Por que é tão difícil entender?
Luciano Trigo

A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus tem três componentes articulados:

1 — A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio dos impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador.

2 — A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados.

Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso.

3 — A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle.

A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal.

Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não a demandas que ninguém fez). Não é isso que vem acontecendo: todas as ações da classe política parecem movidas pela tentativa de tirar proveito da situação e desenhadas para que tudo continue como está.

É bom que se diga que não são somente os políticos que espantam pela surdez diante dos gritos coletivos de irritação e impaciência, dos protestos que não têm dono nem liderança.

A julgar pelo que se viu em algumas mesas da Flip, muitos intelectuais também se entregam com facilidade à tentação leviana e arrogante de transformar a crise não em oportunidade para um debate consequente, mas em pretexto para oportunistas e demagógicas tentativas de embutir suas próprias agendas secretas e pautas obscuras nas bandeiras das manifestações populares: a tal “crise de representação”, por exemplo, se transformou em escudo para as propostas mais escalafobéticas, envolvendo extinção dos partidos e uma suposta “democracia direta”.

Essa crise não será resolvida por palavras mágicas como “plebiscito” ou “reforma”, nem por manobras da velha política que fazem pouco caso da inteligência das pessoas, nem pela demonização da mídia, nem por espertezas toscas de bastidores, nem por tentativas de cooptação e de controle do movimento social, nem por frases de efeito.

As verdadeiras bandeiras da população que foi às ruas não têm nada a ver com guinadas à esquerda ou à direita, nem com palavras de ordem radicais ou fascistas, nem com a paranoia do golpismo.

As verdadeiras bandeiras do grosso da população que foi às ruas têm a ver, isto sim, com um anseio urgente e definitivo por eficiência e ética na atuação de todos os políticos, de todos os partidos, de todos os poderes, de todas as esferas do poder. Aliás, todos são pagos para isso, com o nosso dinheiro.

Por que isso é tão difícil de entender?

Luciano Trigo é jornalista e escritor.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A espionagem americana: Dilma soube pelos jornais

Como assim? Eles nos espionam?
A estupefação da presidente Dilma Rousseff diante das notícias de que os americanos espionam o Brasil é digno de risos.

Primeiro porque ela ficou sabendo pelos jornais, aliás, pelo o Globo que publicou, em detalhes, o que o mundo já sabia. Isto é, nossa inteligência de contra espionagem descobre as safadezas do inimigo pelos jornais. Segundo, a reação pífia da diplomacia comandada pelo Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, demonstra pura inocência diante da prática comum entre países que detém alta tecnologia: todo mundo esta de olho em todo mundo.

Aliás, os russos, em matéria de espionagem, são melhores que os americanos. E fazem isso no Brasil, como a China, esta sim, campeã em vasculhar conversas, e-mails e projetos e estudos científicos - como na nanomedicina - e industriais, em todo mundo. Ninguém entende como os chineses produzem um produto tão rápido quanto o lançamento original. Fácil: todo projeto é bifado do computador, prontinho.

Franceses, japoneses, ingleses, coreanos invadem nossos computadores a todo instante. Aliás, todos os dias o seu computador é invadido e você nem sabe. Quer uma informação assustadora?

Nos seis primeiros meses deste ano o filtro AppRiver analisou 15 bilhões de mensagens. Cerca de 13 bilhões eram spam e 171 milhões, vírus, inclusive exploits - um dispositivo que usa um sistema remoto que pode tomar conta do seu computador, enxergar tudo, até o que você está vendo pela câmera, roubar dados, inclusive senhas.

Recentemente o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, acusou a China de estar envolvida em práticas de ciberespionagem. "O governo e militares chineses são responsáveis por várias invasões detectadas nos sistemas de informações norte-americanos", denunciou Hagel. E os americanos fazem o mesmo, o tempo todo, muito antes do U-2 ser derrubado pelos soviéticos.

O Brasil é alvo dessas ações por razões simples. Hoje o país concentra o maior número de terroristas por m2 no mundo, de todas as crenças, ideologias e tipos possíveis e imagináveis. E os alvos do terror, claro, estão de olho. 

Aliás, sobra uma pergunta: ter um diplomata no comando das Forças Armadas de um país e com a capacidade de Celso Amorim, quem precisa de inimigo? Mas, fiquem tranquilos porque temos a Abin, Agência Brasileira de Inteligência, também conhecida como Os Trapalhões. Estamos seguros! Eles assinam todos os jornais brasileiros.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Plebiscito cai na câmara dos deputados

Dilma derrotada: Câmara derruba plebiscito
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e os líderes partidários reunidos durante duas horas decidiram que o plebiscito sugerido por Dilma Rousseff para valer em 2014 é inviável. A ideia morreu.

O PT, partido derrotado, no entanto, não desistiu da ideia da sua realização, mas as manifestações dos petistas, percebe-se, é mais para "não deixar a Dilma sozinha" como se estivesse abandonada.

O próprio partido já sabia da inviabilidade da convocação de uma constituinte - um absurdo inenarrável saído da cabeça de alguém mentalmente avariada -  e do plebiscito, uma tentativa de desviar o foco das imensas manifestações de protestos em todo país contra a falta de gestão da presidente.

Pesquisa aponta que povo não acredita no congresso nacional

Partidos políticos são corruptos para 81% dos brasileiros

A Ong Transparência Internacional divulgou pesquisa que mostra que 81% dos brasileiros acham que os partidos políticos são “corruptos ou muito corruptos” e o congresso nacional é desacreditado por 72% dos pesquisados. Estas pesquisas são parte do programa Barômetro Global da Corrupção 2013.

Cerca de 70% dos entrevistados acreditam que a corrupção atinge a polícia e 55% apontam o sistema de saúde. No nível de desconfiança o poder judiciário aparece na lista com 50% de descrença sequido do funcionalismo público com 46%, imprensa 38% ONGs e setor provado 35%, igreja 31% e militares, 30%. A pesquisa mostra que o setor público brasileiro atingiu nota de 4,6 no grau de corrupção, numa escala de 1 a 5. Constata-se que 68% dos entrevistados estão dispostos a denunciar atos de corrupção. No mundo este índice é 80%.

O levantamento atingiu 114 mil pessoas em 107 países. Em 51 deles a população diz que a corrupção é comum em todos os partidos.

Porque São Paulo comemora 9 de julho

Ilustração para convocação dos paulistas contra a ditadura de Vargas

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Em 1929, com quebra da Bolsa de Nova Iorque e a queda do preço do café no Brasil - o seu principal produto de exportação - o país evoluiu para uma das suas piores crises econômicas.

O presidente era o paulista Washington Luiz que indicou o conterrâneo Júlio Prestes como candidato as eleições de 1930. Minas Gerais e Paraíba formaram uma chapa de oposição aos paulistas apoiando o candidato Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul.

Júlio Prestes ganhou as eleições presidenciais. Getúlio denunciou fraude eleitoral e, por um golpe de estado, tomou o poder em novembro de 1930 permanecendo como ditador até 1945. Em regime de exceção, suspensas as eleições, os governadores e prefeitos eram indicados por Vargas e eram chamados de interventores. O estado paulista foi severamente prejudicado (Vargas nomeou um pernambucano como interventor de São Paulo) e o povo saiu as ruas em protesto contra o regime pedindo uma nova constituição e eleições livres com intensa participação dos trabalhadores e estudantes universitários.

Getúlio Vargas, além de populista era autoritário e mantinha uma polícia política temida e perigosa chamada "captura". Numa das manifestações, em 23 de maio de 1932, os soldados de Vargas mataram os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo dai surgindo a sigla MMDC, símbolo da resistência paulista.

Em 9 de julho daquele ano eclodiu a guerra chamada Revolução Constitucionalista: São Paulo se armou para combater o governo federal, esperando, em vão, o apoio prometido das tropas de Minas, Rio e Mato Grosso. Centenas de soldados paulistas morreram em combate. Três mil brasileiros morreram e cerca de cinco mil feriram-se em combate cessado em 28 de setembro com a rendição dos paulistas.

O ideal paulista prevaleceu e a constituição foi promulgada em 1934 e trouxe alguns avanços democráticos. Em 1950 Vargas volta ao poder como presidente eleito. Covardemente suicida-se em 24 de agosto de 1954 acusado do atentado contra o jornalista e ferrenho opositor, Carlos Lacerda, ocorrido 19 dias antes. Lacerda sobreviveu. O ditador se foi.

Getúlio Vargas suicidou-se dia 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete de onde se negava a sair, exceto morto. O tiro foi no coração, dado por ele mesmo, deixando uma carta explicando seu gesto. Foi acusado como autor do atentado contra o jornalista Carlos Lacerda,
O ditador Getúlio Vargas.
Comoção no enterro de Vargas.
Jornalista Carlos Lacerda, vítima do atentado na rua Toneleros, em Copacabana, no Rio, a mando de Getúlio Vargas. Os 4 acusados do atentado foram condenados a prisão.

Os envolvidos eram todos do governo de Getúlio
Soldados paulistas preparados para combater as tropas federais.

Manifestações contra a ditadura de Getúlio Vargas


Fifa levou todo lucro

Copa sem hospitais, sem escolas, sem segurança...
Copa não melhorou turismo

Em defesa do investimento de quase 30 bilhões na construção de estádios para abrigar a copa e obras que ficaram inacabadas ou cairam, falava-se no retorno com o fortalecimento do turismo.

Mas, segundo levantamentos recentes, 85% dos torcedores que foram aos estádios durante a Copa das Confederações moravam no estado onde o jogo foi realizado. Nem o turismo interno foi afetado, embora a Embratur afirme que houve movimentação de R$ 311 milhões durante os 15 dias do evento. O que se sabe é que o dinheiro dos mais de 802 mil ingressos vendidos a Fifa levou tudo.

Para quem investiu US$ 30 bilhões, esse valor é merreca e de longe cobra os custos produzidos pelo evento (infra-estrutura temporária de tendas e barracas, equipamentos para a transmissão dos jogos por TV e internet e organização do evento, sorteios). Nessa conta não estão os custos de reformas e construções de estádios.

Somente 3% dos ingressos foram comprados por estrangeiros. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas disse que faltaram turistas. Uma das fontes de dados foi colhido pelo SPC.

Entre os que foram (62% homens, 59% solteiros, 60% entre 18 a 34 anos, 75% das classes A e B) o consumo restringiu-se ao consumo no setor de restaurantes e 70% não compraram suvenires.

Cerca de 62% dos torcedores entrevistados disseram que o Brasil está despreparado para organizar a Copa do Mundo no ano que vem. Levantamentos mostram que a Fifa vai faturar, líquido com a Copa no Brasil mais de R$ 5 bilhões.

E o país continuará sem hospitais, sem escolas, sem segurança...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Muito além da falta de médicos

Importação de médicos e os cursos de Medicina
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Por Roberto Lobo

O problema da saúde pública no Brasil vai muito além da deficiência no número de médicos e sua distribuição regional. No entanto, este tem sido o foco principal das discussões, embora um médico sem salário e carreira dignos, sem infraestrutura em recursos humanos e materiais, sem programas eficientes de saúde pública governamentais, pode até melhorar o atendimento, mas não resolve os problemas de saúde do Brasil.

Enquanto os Conselhos de Medicina, em sua argumentação, reclamam do excesso de cursos, alguns realmente de qualidade duvidosa, sempre dão a entender que já temos médicos em excesso, por isso são contra a criação de novas escolas. Só que este argumento não é verdadeiro. O Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde, tem 1,7 médicos por habitante, abaixo da maioria dos países semelhantes a nós em desenvolvimento e PIB, conforme mostra a Tabela abaixo.

Médicos por mil habitantes – Dados da Organização Mundial da Saúde

Cuba 6,72
Rússia 4,31
Austrália 3,85
Uruguai 3,74
Coréia do Norte 3,29
México 2,89
Reino Unido 2,77
EUA 2,67
Coréia do Sul 2,02
Brasil 1,76
China 1,46
Chile 1,04
África do Sul 0,77
Índia 0,65

Portanto, cabe perfeitamente estabelecer uma política de crescimento ordenado do número de médicos, desde que haja um adequado controle de qualidade destes profissionais. Um exame dos Conselhos poderia ser um avanço.

Por outro lado, nossa carência não é tanta que implique na exigência de um programa de importação de médicos em larga escala e sem critérios claros de seleção. Muito mais importante seria apoiar os médicos formados no Brasil para que se decidam ir para o interior desde que possam contar com uma boa infraestrutura, bom salário e comunicação rápida e eficaz com os centros médicos mais avançados no Brasil.

Nada contra que se estimule a imigração de médicos competentes aprovados em exames de suficiência bem elaborados e justos. O que se estranha é o açodamento para trazer médicos em quantidade sem a necessária verificação de suas competências profissionais. Quais os critérios para importar os médicos? Avaliações de suas faculdades originais ou definição dos países considerados como produtores de médicos de excelência ou via convênios pontuais e específicos?

A tabela sugere, talvez, a origem da pressão governamental pela importação ampla de médicos estrangeiros, uma vez que há países com óbvio excesso de médicos, que gozam da simpatia ideológica do atual governo e que o governo federal tem se desdobrado para agradar.

Existem no Brasil juízes sem medo. Ainda bem.

Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF
Para azar da seita que venera corruptos, Joaquim Barbosa é um homem honesto

Por Augusto Nunes

O ministro Joaquim Barbosa já esclareceu que nunca figurou em listas de passageiros da FABTur. Quando viaja entre Brasília e o Rio de Janeiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal usa passagens aéreas da cota a que têm direito todos os integrantes da corte. Foi o que fez na última sexta-feira de maio, quando embarcou para o fim de semana em seu apartamento no Rio.
 
Na tarde de 2 de junho, convidado por Luciano Huck, Barbosa assistiu no camarote do apresentador da Globo ao jogo entre o Brasil e a Inglaterra. Ele não estava no Maracanã na final da Copa das Confederações. Estes são os fatos. O resto é coisa dos blogueiros de aluguel a serviço dos corruptos que o ministro não tem medo de punir. São eles os responsáveis pela disseminação de invencionices que eventualmente confundem também jornalistas íntegros.
 
Como já não pode esconder que é chefiada por sacerdotes bandidos, a seita lulopetista mantém ativada 24 horas por dia a usina de mentiras destinadas a provar que todos os brasileiros são gatunos ou vigaristas. Os decentes são milhões, avisa a revolta da rua. E estão indignados com a turma contemplada pelo governo com a licença para roubar impunemente.
 
A infâmia do momento tenta convencer a plateia de que não há diferenças entre uma viagem regular do relator do mensalão e a farra aérea protagonizada por gente como Lula, Rose Noronha, Sérgio Cabral, Garibaldi Alves, Renan Calheiros ou Henrique Alves. Infelizmente para o bando que venera quadrilheiros, o ministro nada fez de ilegal ou imoral.
 
Logo serão julgados os derradeiros recursos dos condenados pela roubalheira descoberta em 2005. Os participantes das manifestações de protesto exigem o cumprimento das penas fixadas pelo STF. A última esperança da quadrilha é arrastar o relator para o pântano. Não vão conseguir. Para desgraça dos mensaleiros, e para sorte do país que presta, os defeitos do presidente do STF não incluem a desonestidade.
Joaquim Barbosa não está na mira do clube dos cafajestes pelos surtos de intolerância ou por espasmos populistas. Não virou alvo pelos erros que comete, mas por ter deixado muito claro que existem no Brasil juízes sem medo.

domingo, 7 de julho de 2013

Mercado de trabalho perde o fôlego

A crise na economia brasileira aponta para um indicador perigoso: a taxa média de desemprego parou de cair, estabilizou e dá sinais que vai subir. 

O mercado de trabalho perdeu fôlego. Em 2012  o desemprego foi de 5,5% da população economicamente ativa. Até então o índice vinha se mantendo aquecido pelos incentivos do governo ao consumo contrapondo-se com o baixo crescimento do PIB. Os números agora desnudam a realidade. Analisando-se a relação entre o salário médio do empregado ao ser admitido e no seu desligamento é um indicador.

No começo deste ano essa medição foi de 97%, isto é, a pressão salarial foi de 2,8% no período analisado. Mas, em maio, a medição foi de 93% indicando a dificuldade de recrutamento de mão de obra.

Outro indicador mostra mudanças no mercado: empregados que pedem demissão em busca de salário melhor. Em 2007 esse índice era de 21%. Em 2012 chegou a 29,1% e não avança, devendo cair.

O espírito político prostituto da presidente na hora das alianças


Queda de popularidade de Dilma dificulta alianças

Depois que as pesquisas mostraram a vertiginosa queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff - redução de 27 pontos, segundo a Datafolha - as alianças políticas para 2014 começaram a andar em "slow motion". 

O PDT já definiu que os acordos serão finalizados no ano que vem, somente, mesmo já  tendo o Ministério do Trabalho nas mãos. Idem o PRB que ocupa o Ministério da Pesca. O PSD, partido do Kassab que encaixou Afif Domingues no Ministério da Micro e Pequena Empresa, botou o pé no freio quanto ao apoio a Dilma no ano que vem.

Se falta qualidade de gestão em Dilma sobra o espírito político prostituto da presidente que não se sentiu envergonhada em montar 39 ministérios para abrigar tantos fisiologistas. Ela demonstra que não está preocupada com o país, mas em manter o poder a custa de bilhões jogados no lixo para abrigar tantos ministros aliados, verdadeiros "políticos de programa" comprados com cargos e outras vantagens obtidas em condições espúrias.

Ideologia? Ética? Decência? 
Como ter Maluf, Collor, Sarney, Renan, Feliciano como seus maiores aliados, todos no mesmo saco? Basta o dono do saco não ter nenhuma vergonha na cara.

Dilma não merece respeito.
Por isso é que o povo protesta.

sábado, 6 de julho de 2013

Ministro Guido Mantega cai este mês

Guido Mantega virou piada no mercado internacional
Vai começar a degola

Diante de tantos imbróglios e resultados negativos da economia, Guido Mantega, há quase 8 anos ministrando a pasta, vai cair. Mantega herdou uma política econômica estável e tentou incluir o pensamento da esquerda na condução do processo. Deu no que deu: inflação alta e sem controle, governo desacreditado, previsões que nunca se cumprem e piadas. O país virou uma piada no cenário internacional. E ninguém leva a sério o alvo da piada.

O crescimento medíocre do produto interno bruto, alta do dólar, queda nas exportações levou o país a bancarrota. O maior patrimônio brasileiro, a Petrobras, está quebrado com dívidas impagáveis de 7 bilhões de dólares. Corrupção sem controle, protestos e péssima gestão conduzem Dilma ao isolamento político.

Sua cartada final é trocar o Ministro da Economia e tentar reverter o que parece irreversível.
O fraco Guido Mantega cai este mês.

Paulo Henrique Amorim condenado a prisão

Heraldo Pereira, jornalista da TV Globo


A frase endereçada a Heraldo Pereira, jornalista da TV Globo, é do também apresentador da TV Record, Paulo Henrique Amorim e lhe valeu a pena de um ano e oito meses de reclusão. A pena por "injúria preconceituosa" foi substituída por outra, restritiva, ainda não definida. Por ter completado 70 anos, Amorim teve a pena diminuída em três meses considerando a "atenuante de senilidade".

Pereira foi criticado por Paulo Henrique em 2009, num blog que mantém na internet. Disse que o jornalista da Globo é um "negro de alma branca" e que "não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde".

Amorim, condenado por injúria preconceituosa.

A desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio considerou a manifestação veiculada no blog de Amorim como desrespeitosa e acintosa e que foi "nítida a intenção de ofender a honra" de Pereira.

Em outra ação, por danos morais, Amorim entrou em acordo com Heraldo retratando-se publicamente, inclusive com anúncios em jornais e doando R$ 30 mil reais a uma instituição de caridade.

Barbosa não usou avião da FAB para assistir jogo da seleção

Ministro Joaquim Barbosa
Tão logo a imprensa noticiou os abusos cometidos pelos presidentes do Congresso e da Câmara dos Deputado, Renan Calheiros e Henrique Alves, que usaram aviões da FAB para ir em festa de casamento e assistir jogo da seleção de futebol, a mídia pró-comunista rapidamente publicou que o Ministro Joaquim Barbosa também teria praticado o mesmo desatino.

Realmente Barbosa viajou de Brasília ao Rio de Janeiro, onde mora e também se confirmou sua presença no Maracanã, ao lado do filho no amarote de Luciano Huck e Angélica. Porém, segundo nota do STF, Barbosa viajou só, em avião de carreira pago com a cota destinada aos ministros, como faz há dez anos, desde que empossou no STF.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Dilma Rousseff está isolada

Presidente tenta recompor base no congresso

Isolada politicamente a presidente Dilma tenta recompor a base no congresso após atritos com o PT e aliados do governo por conta da proposta de plebiscito. Diante da crise gerada pelas imensas manifestações populares, a presidente percebeu estar ficando só, largada pelo PT e deixada de lado pelo padrinho que viajou para a África. 

Ela se reuniu com os líderes do PT pedindo ajuda para reorganizar a base de apoio esfacelada com a tentativa frustada de convocar uma constituinte e depois o plebiscito. Os deputados do PMDB ensaiam uma rebelião contra Michel Temer que disse de manhã sobre a impossibilidade da realização da consulta e a tarde se desdisse afirmando o aposto. A reforma política pretendida pela presidente soa para a oposição e para os aliados como uma tentativa de fugir do foco dos protestos.

Após a reunião desta sexta feira, o líder do governo na casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), confirmou o pedido de ajuda e comentou no final: 

“A viola está desafinada”.

O PMDB já afirmou, em nota, que só aceita o plebiscito se for realizado em 2014, junto com a eleição presidencial. Isso já desautoriza Michel Temer que tenta dizer o contrário e demonstra a total falta de competência da presidente eleita com fama de gerentona mas que está mandando mal.

Dilma está isolada pelo próprio PT.

PMDB tem a chance de tornar-se um partido sério

Para a plateia

Luiz Garcia, O Globo

A recente agitação nas ruas, apesar do mau comportamento de uma minoria — o que parece ser infelizmente inevitável —, despertou nos políticos brasileiros, cujo instinto de sobrevivência é reconhecidamente notável, o desejo de convencerem a opinião pública de que, como ela, também se preocupam em melhorar o desempenho da administração pública.

Isso explica a recente crítica do PMDB ao governo federal. Na última terça-feira, a Executiva Nacional do partido, depois de três horas de discussão, divulgou uma nota com críticas tão pesadas quanto surpreendentes à administração da presidente Dilma Rousseff.

O PMDB chegou a sugerir que ela reduza o número de ministérios, para enxugar a máquina do governo e reduzir os seus gastos. O vice-presidente Michel Temer participou da reunião e se esforçou, sem êxito algum, para baixar o tom das críticas à administração de Dilma.

Outros aliados do governo, como Amauri Teixeira, vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, acusaram o PMDB do feio pecado de adotar o discurso da oposição. O senador petista Jorge Viana, por exemplo, reconheceu que existe um gigantismo no governo — mas acrescentou que “muitos jogam para a plateia”.

Na verdade, muitos observadores diriam, com razão, que a plateia realmente preferiria menos ministérios e mais ações concretas de verdadeiro interesse público.

O PMDB pode estar agindo de forma oportunista, mas certamente procura, pelo menos, ter o aplauso da opinião pública — inclusive dos eleitores que não costumam votar nele. O novo — alguns diriam novíssimo — discurso do partido vai ao encontro do que pensa a fatia do eleitorado que não costuma votar em candidatos aliados do PT.

Pode dar certo com essa guinada, principalmente — talvez exclusivamente — junto aos cidadãos que enxergam no gigantismo da máquina do governo um dos seus defeitos, talvez o mais grave deles.

Mas a nova atitude do partido pode também ser vista como puro oportunismo. A resposta da opinião pública talvez tenha essa opinião, concordando com os petistas que acusam o PMDB de “jogar para a plateia”.

Em geral, como provam diversos episódios da história política do país, o eleitor brasileiro costuma saber a diferença entre posições políticas sinceras e guinadas que têm cheiro de manobras, supostamente sinceras, quando, na verdade, não passam de tentativas de ir ao encontro do que pensa a maioria do eleitorado.

Desprezo pelo dinheiro do povo começa pelos líderes do congresso

Renan devolverá
R$ 32 mil por uso indevido de avião da FAB

Depois de negar que usou indevidamente um avião da FAB para ir a um casamento, o presidente do Congresso Nacional recuou e anunciou que pagará R$ 32 mil aos cofres públicos. No dia 15 de junho ele e convidados viajaram num avião da Força Aérea Brasileira entre Maceió, Porto Seguro e Brasília.

Ele foi a Porto Seguro e participou da festa de casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), amigo de Renan e líder do governo no Senado. Ao questionado pelos jornalistas sobre o uso indevido do avião e se pagaria pela viagem, o presidente do senado disse que não e explicou que isso está previsto em lei: "Deixa eu explicar. O avião da FAB usado por mim é um avião de representação. E eu o utilizei como tenho utilizado sempre, na representação como presidente do Senado", disse quarta feira. Hoje Renan Calheiros decidiu pagar pela viagem.

O povo mal deixou as ruas protestando contra os abusos praticados pela nobreza política e o presidente do senado mostra que ninguém apreendeu nada. Henrique Alves, presidente da Câmara dos Deputados e do PMDB, como Renan usou um jato da FAB para levar a família dele e da namorada para assistir o jogo do Brasil, no Maracanã.

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB-RN), também usou um jato da FAB para assistir um jogo da copa das Confederações.
 
O desrespeito pelo dinheiro público já vem de longe.
Será preciso mais que protestos para acabar com a farra.

Inflação de junho acima da meta


Inflação chega a 6,7% ao ano

Índice está acima do teto da meta e assusta governo e empresários

A inflação oficial chegou em junho na casa dos 6,7%, acima do teto da meta estabelecida pelo governo, apesar da leve desaceleração do IPCA (0,26% em junho para ),37% em maio). Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os alimentos tiveram alta de 0,05% em junho e a pressão maior ocorreu com o setor dos transportes.

As medidas adotadas pelo governo para conter a inflação pouco ou quase nada tem afetado nos resultados. Dilma quer reunir empresários para pedir mais investimentos. O país tem importado mais que exportado e a desconfiança na condução da economia brasileira é muito grande entre investidores internacionais.

Mantega anunciou que o governo deve realizar um corte de despesas de custeio em torno de R$ 15 bilhões para compensar as isenções de tributos dados para combater a inflação.

O medo e subserviência de Michel Temer

Vice-Presidente Michel Temer com Dilma: a tarde desdisse o que afirmara pela manhã sobre o plebiscito
Michel Temer amarelou diante de Dilma

Michel Temer, líder do PMDB e, por acidente, vice-presidente do Brasil, perdeu a voz, a vergonha e, quem sabe, o respeito dos seus liderados ao demonstrar medo e subserviência claramente captados nas suas pré elaboradas falas e comunicados.

De manhã Temer, a respeito da intenção de Dilma Rousseff impor um plebiscito, disse que era impossível sua realização e aplicação dos resultados nas eleições de 2014.

A tarde, envergonhado, desdisse o que afirmara horas antes e anunciou que o governo ainda quer a reforma política.

A marcha-a-ré envergonhou seus companheiros de partido e da base governista que torcem contra a realização da consulta popular vista mais como maneira de Dilma tirar o foco dos protestos que mobilizaram todo país contra a corrupção e falta de gestão.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Não precisamos importar médicos, mas de investimentos na saúde brasileira


São "comissários políticos" e não médicos cubanos

Dilma Rousseff quer trazer seis mil médicos cubanos para o Brasil, segundo ela, para resolver o problema da saúde pública no país, como se médico com caneta e bloco de receita pudesse representar alguma solução no caos que o setor se transformou.

Na verdade faltam hospitais e os existentes estão em situação precária. Prova disso se tem todos os dias: anos de espera para uma cirurgia e meses para uma consulta com especialista. Faltam agulhas de sutura, seringas e medicamentos. Faltam equipamentos mais simples para exames. Imagine os de avançada tecnologia. Superlotação e caos se vê todos os dias nos hospitais brasileiros.

A excelente qualidade da medicina cubana é lenda, dizem especialistas na área. Idem a qualidade profissional dos médicos cubanos que é contestada em todo mundo. Hoje o curso de medicina em Havana tem duração de 5 anos, 3 dos quais destinados a doutrinação política (marxismo-leninismo, movimento operário cubano e a “revolução de Fidel”). Somente os filiados do Partido Comunista de Cuba podem cursar a faculdade. Curioso é que o currículo técnico e a bibliografia é da Escola Norte-Americana de Medicina que substituiu a russa.

Um médico cubano que trabalhou em Pernambuco contou que o governo brasileiro - na época, Fernando Henrique Cardoso - pagava ao governo de Cuba R$ 3.000 por mês, mas que ele só recebia R$ 700. Parte desse valor financiava os espiões que controlavam os médicos no país de trabalho.

Na verdade a Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba forma "comissários políticos" travestidos de "médicos da família". Estudantes brasileiros doutrinados lá depois são trazidos de volta ao Brasil para "plantar a semente revolucionária que aprenderam lá".

Quando deixam Cuba para trabalhar em outro país deixam também alguém da família como "refém". Isso evitaria deserções, como ocorre na Venezuela, onde os passaportes são retidos na embaixada.

A negativa do governo de autorizar que os "médicos cubanos" sejam submetidos a avaliações no Brasil é o medo de que eles realmente não sejam aprovados.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Avião da FAB é usado para mordomia do congresso

Enquanto o povo gritava nas ruas contra a corrupção e desmandos políticos,
 Henrique Alves fazia festa com a família usando avião da FAB

Presidente da Câmara levou família para ver seleção com avião da FAB

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), usou um avião da Força Aérea Brasileira para levar a noiva Laurita Arruda e outros parentes de Natal ao Rio de Janeiro para assistir o jogo final da Copa das Confederações, no Maracanã. A FAB usou um avião C-99 que decolou de Natal na sexta feira a noite e retornou domingo, após o jogo no Rio. Tentando justificar, Alves afirmou que tinha um "almoço" marcado com o prefeito do Rio, Eduardo Paes e aproveitou para levar a turma. Ao reconhecer o erro admitiu pagar pouco mais de 9 mil reais por conta das "passagens" dos familiares.

C-99, Erj 145 da FAB usado para a festa no Rio
Sinceramente,  alguém acredita mesmo que Henrique Alves tinha reunião marcada com o prefeito carioca, num domingo, na hora do jogo da seleção?

Do Maracanã o próprio Alves usou o twitter para comemorar a vitória brasileira e sua namorada postou fotos do grupo, no meio da torcida.

Milhões de pessoas foram para as ruas protestar contra a falta de vergonha na cara dos governantes e, na mesma semana, o presidente da câmara ignora tudo isso e faz festa com dinheiro público.



terça-feira, 2 de julho de 2013

Mensaleiros na cadeia, pede o povo


74% dos brasileiros querem Dirceu na cadeia

Roberto Gurgel, procurador-geral da República disse que a sociedade anseia ver os condenados do mensalão na cadeia. Ele citou a pesquisa Datafolha que mostra que 74% da população brasileira quer José Dirceu e seus companheiros de crimes de corrupção e formação de quadrilha, presos imediatamente. Nas manifestações que explodiram em todo país cantava-se "Dirceu não perde por esperar, a cadeia é o seu lugar". 

A pesquisa Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios e 74% disseram que querem a prisão imediata dos réus, 14% disseram que os réus merecem novo julgamento e 12% não opinaram.

O julgamento condenou 25 indiciados e 12 foram absolvidos. O STF compreendeu que houve o esquema de desvio de dinheiro público para a compra de votos de parlamentares para aprovar projetos de Lula no congresso. O Supremo ainda analisa os recursos apresentados pela defesa dos réus após a condenação.

Recorda-se que o STF, no caso do deputado Donadon, considerou os recursos meramente protelatórios e determinou a sua prisão. O mesmo pode ocorrer com Dirceu, João Paulo, Genoíno, Delúbio e demais membros da quadrilha do PT.

Aprovação de governadores e prefeitos despenca com Dilma

Não foi só a Dilma: Alckmin, Cabral, Haddad e Paes, caem também

Após as gigantescas manifestações populares, Geraldo Alckmin e Sérgio Cabral, governadores do PSDB e PMDB de São Paulo e Rio de Janeiro despencaram no índice de aprovação popular segundo pesquisa Datafolha divulgada hoje. Os prefeitos de São Paulo e Rio, Fernando Haddad do PT e Eduardo Paes do PMDB, também perderam muito prestígio entre a população.

Em apenas três semanas Alckmin caiu 14 pontos (DIlma perdeu 27 no mesmo período). Ele tinha 57% de aprovação e hoje, 38%. Fernando Haddad caiu 16 pontos, saindo de 34% para 18%. Seu índice de ruim e péssimo subiu de 21% para 40%.

No Rio o Sérgio Cabral enfrentou a fúria da população e despencou 30 pontos e sua soma de ruim e péssimo é de 36%. O prefeito Eduardo Paes, do Rio, caiu de 50% de aprovação para 30%.

A presidente Dilma Rousseff caiu de 57% para 30 no índice de aprovação popular. A voz das ruas vai gritar mais alto, especulam analistas políticos. As centrais sindicais anunciam uma greve geral para 11 de junho acusando Dilma de não ter cumprido a agenda do trabalhador.

domingo, 30 de junho de 2013

Dona Dilma, não me culpe pela sua incompetência

Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
O dia em que Dilma cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros

Juliana Mynssen da Fonseca Cardoso

Há alguns meses eu fiz um plantão em que chorei. Não contei à ninguém (é nada fácil compartilhar isso numa mídia social). Eu, cirurgiã-geral, "do trauma", médica "chatinha", preceptora "bruxa", que carrego no carro o manual da equipe militar cirúrgica americana que atendia no Afeganistão, chorei.

Na frente da sala da sutura tinha um paciente idoso internado. Numa cadeira. Com o soro pendurado na parede num prego similiar aos que prendemos plantas (diga-se: samambaias). Ao seu lado, seu filho. Bem vestido. Com fala pausada, calmo e educado. Como eu. Como você. Como nós.

Perguntava pela possibilidade de internação do seu pai numa maca, que estava há mais de um dia na cadeira. Ia desmaiar. Esperou, esperou, e toda vez que abria a portinha da sutura ele estava lá. Esperando. Como eu. Como você. Como nós.

Teve um momento que ele desmoronou. Se ajoelhou no chão, começou a chorar, olhou para mim e disse "não é para mim, é para o meu pai, uma maca". Como eu faria. Como você. Como nós.

Pensei "meudeusdocéu, com todos que passam aqui, justo eu... Nãoooo..... Porque se chorar eu choro, se falar do seu pai eu choro, se me der um desafio vou brigar com 5 até tirá-lo daqui".

E saí, chorei, voltei, briguei e o coloquei numa maca retirada da ala feminina.

Já levei meu pai para fazer exame no meu HU. O endoscopista quando soube que era meu pai, disse "por que não me falou, levava no privado, Juliana!" Não precisamos, acredito nas pessoas que trabalham comigo. Que me ensinaram e ainda ensinam. Confio. Meu irmão precisou e o levei lá.

Todos os nossos médicos são de hospitais públicos que conhecemos, e, se não os usamos mais, é porque as instituições públicas carecem. Carecem e padecem de leitos, aparelhos, materiais e medicamentos.

Uma vez fiz um risco cirúrgico e colhi sangue no meu hospital universitário. No consultório de um professor ele me pergunta: "e você confia?".
"Se confio para os meus pacientes tenho que confiar para mim."
Eu pratico a medicina. Ela pisa em mim alguns dias, me machuca, tira o sono, dá rugas, lágrimas, mas eu ainda acredito na medicina. Me faz melhor. Aprendo, cresço, me torna humana. Se tenho dívidas, pago-as assim. Faço porque acredito.

Nesses últimos dias de protestos nas ruas e nas mídias brigamos por um país melhor. Menos corrupto. Transparente. Menos populista. Com mais qualidade. Com mais macas. Com hospitais melhores, mais equipamentos e que não faltem medicamentos. Um SUS melhor.

Briguei pelo filho do paciente ajoelhado. Por todos os meus pacientes. Por mim. Por você. Por nós. O SUS é nosso. Não tenho palavras para descrever o que penso da "Presidenta" Dilma. (Uma figura que se proclama "a presidenta" já não merece minha atenção).

Mas hoje, por mim, por você, pelo meu paciente na cadeira, eu a ouvi.
A ouvi dizendo que escutou "o povo democrático brasileiro". Que escutou que queremos educação, saúde e segurança de qualidades. "Qualidade"... Ela disse.
E disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil....
Para melhorar a qualidade....?

Sra "presidenta", eu sou uma médica de qualidade. Meus pais são médicos de qualidade. Meus professores são médicos de qualidade. Meus amigos de faculdade. Meus colegas de plantão. O médico brasileiro é de qualidade.

Os seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo é que não tem qualidade. 
O dia em que a Sra "presidenta" abrir uma ficha numa UPA, for internada num Hospital Estadual, pegar um remédio na fila do SUS e falar que isso é de qualidade, aí conversaremos.

Não cuspa na minha cara, não pise no meu diploma. Não me culpe da sua incompetência.
Somos quase 400 mil, não nos ofenda. Estou amanhã de plantão, abra uma ficha, eu te atendo. Não demora, não. Não faltam médicos, mas não garanto que tenha onde sentar. Afinal, a cadeira é prioridade dos internados.

Hoje, eu chorei de novo.

Juliana Mynssen da Fonseca Cardoso é cirurgiã geral no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Rio de Janeiro.

sábado, 29 de junho de 2013

Louvor a Jesus e críticas a Lula

Evangélicos querem fazer política e criticam Lula.

Na tradicional Marcha para Jesus que se realiza em São Paulo, Lula foi alvo de críticas. Faixas criticando o político insinuavam por onde anda o ex-presidente envolvido recentemente no escândalo com a amante Rosemary Noronha e desta com crimes de corrupção denunciados pela Polícia Federal. "Não somos alienados e devemos fazer política" - disseram os líderes do movimento religioso. A manifestação também criticou o ativismo gay.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Centrais Sindicais revoltadas com Dilma: ela esqueceu os trabalhadores

Contra Dilma, o Brasil vai parar dia 11 de julho, diz Força Sindical

"Fomos atendidos a contragosto por Dilma" disseram os líderes da Força Sindical ao se referirem a reunião com a presidente na última quarta feira quando apresentaram uma pauta de reivindicações. A queixa foi dada em tom de confrontação durante uma plenária e convocação para uma greve geral, dia 11 de julho. Dilma esqueceu os trabalhadores, disse Paulinho da Força Sindical.

A reunião com a presidente ocorreu em clima de pouca cordialidade. "Dilma falou durante 40 minutos e, com raiva, deixou que a gente falasse. Quando terminamos de falar ela se levantou e foi embora sem nenhuma decisão concreta" - disse o líder da Força Sindical.

A paralisação ocorrerá em todo país e será um protesto contra a presidente que três anos depois de eleita não cumpriu nada da pauta trabalhista. No meio sindical a paralisação é geral. A greve terá a participação da CUT, CSP-Conlutas, Força Sindical, UGT, CGTB, CTB, CSB e NCST.

As centrais querem a categoria nas ruas, em greve ou protestando, por quanto tempo for possível. O Porto de Santos parará no dia 11, asseguraram os membros da Força.

Monsenhor preso no Vaticano por corrupção

O Monsenhor Nunzio Scarano foi preso esta manhã pela polícia italiana acusado de lavagem de dinheiro, fraude e corrupção.

Ele é suspeito de desviar mais de 20 milhões de euros do Instituto Obras de Religião, ligado ao Banco do Vaticano. Outras duas pessoas, ligadas a ele, também foram detidas sob a mesma acusação. Scarano, de 61 anos, foi preso quando se encontrava numa paróquia próxima de Roma.

O papa Francisco tinha instalado uma comissão de cinco membros com o objetivo de investigar os escândalos financeiros do Banco do Vaticano. Francisco também enfrenta um poderoso grupo de homossexuais, dentro do clero, que conseguiu calar toda e qualquer denúncia que ameaçava um esquema interno de prostituição dentro do Vaticano. 

Donadon está preso

Pela 1ª vez, desde 1988,  deputado condenado é preso em Brasília

Deputado Natan Donadon
Aiuri Rebello Do UOL, em Brasília

A Polícia Federal confirmou que o deputado Natan Donadon (ex-PMDB de Rondônia) se entregou à polícia e foi preso na manhã desta sexta-feira (28) após dois dias da sua ordem de prisão. Ele é o primeiro parlamentar preso durante o exercício do mandato desde a Constituição de 1988 e foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha e peculato.

A PF confirmou também que o deputado já passou pelo IML (Instituto Médico Legal) para para fazer o exame de corpo de delito, que todo detento faz antes de ser preso. De acordo com a PF, ele deve vir para a Superintendência da polícia no DF antes de ser preso. Donadon deve ficar detido na ala federal do presídio da Papuda, no Distrito Federal. De acordo com a assessora do deputado, Tatiana Soares, Donadon se entregou em um ponto de ônibus na avenida L2 Sul, em Brasília, e se apresentou ao superintendente da PF no Distrito Federal, Marcelo Mozeli. A Agência Câmara informou que o deputado "saiu de seu carro usando terno e gravata e broche de deputado". 

Segundo Soares, Donadon se entregou fora da sede para não se expor à mídia -- vários jornalistas estão de plantão na Superintendência da PF desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão dele, na quarta-feira. Ainda segundo a assessora, Donadon assinou o termo de apresentação.

O acordo também envolve que o deputado terá um encontro com a família e depois disso será encaminhado ao presídio.