Mostrando postagens com marcador mensalão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mensalão. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 7 de março de 2013

STF nega pedido de Dirceu para ir a Venezuela

O corrupto e quadrilheiro José Dirceu: nem uma
saidinha até a Venezuela
O ministro Joaquim Barbosa, do ST, negou o pedido formulado por José Dirceu para deixar o país e acompanhar o enterro de Hugo Chavez.

Dirceu é réu condenado do mensalão e pegou mais de 10 anos de prisão e, neste caso, não pode sair do Brasil. Alegou o ministro em seu despacho que Chavez não é parente de Dirceu e uma possibilidade seria por questão humanitárias incontestável, como visitar um parente no exterior em tratamento de saúde. A autorização foi negada também para não abrir precedentes.

Dirceu quer sair do Brasil para assistir enterro de Hugo Chavez

José Dirceu, corrupto condenado pela justiça brasileira
Joaquim Barbosa deve negar pedido

O pedido feito por José Dirceu, em caráter de urgência, para viajar para a Venezuela, sob a alegação de acompanhar o enterro de Hugo Chavez, deve ser negado pelo STF. Dirceu está condenado a mais de 10 anos de prisão e não pode deixar o país sem autorização judicial.

No pedido os advogados alegam que Dirceu e Hugo Chavez eram muito amigos e que o condenado retornaria 24 horas depois do sepultamento. Joaquim Barbosa poderia aceitar o pedido caso houvesse motivação humanitária incontestável como visita a parente muito próximo dele em tratamento no exterior.

José Dirceu poderia fugir do país, aproveitando-se disso e asilar-se em Cuba.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A imagem dos políticos brasileiros no exterior é péssima

Condenados por corrupção e formação de quadrilha no processo do mensalão,
José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares e João Paulo Cunha:

The Economist chama políticos brasileiros de 'zumbis'

No artigo, revista britânica cita como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros


O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - A revista britânica The Economist classificou os políticos brasileiros, citando como exemplo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), de "zumbis". O artigo publicado no último sábado, 16, analisou a manutenção do poder político de figuras públicas envolvidas em casos de corrupção, em alguns casos já até condenadas.

"Apesar de sérias alegações de corrupção, a velha guarda continua voltando", escreveu o semanário no subtítulo do artigo.
 
A análise relembra a última eleição de Renan à presidência do Senado em 2007, quando foi obrigado a renunciar por ter sido acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de construtora. O texto enfatiza também o fato de a presidente Dilma Rousseff ter aceitado a candidatura de Renan depois de ter sido rígida na punição de ministros enredados em episódios de corrupção.
 
No artigo, Renan é também tido como um "novo exemplo bem estabelecido de fenômeno brasileiro": do político que não é atingido por denúncias. "O Senhor Calheiros é o mais novo exemplo de um bem estabelecido fenômeno brasileiro: o político que consegue sobreviver a qualquer número de pancadas aparentemente fatais", resume o semanário.
 
Outros casos são relembrados pela The Economist. Cita o julgamento do mensalão e também outros políticos condenados por corrupção como os deputado Paulo Maluf (PP) e José Genoino (PT), com críticas de que eles ainda assim continuam exercendo seus mandatos no Congresso.
 
"Um terço dos legisladores do Brasil ou foram condenados ou estão sendo investigados por crimes que vão de compra de votos a roubo e exploração da escravidão", diz o texto.
Apesar disso, a revista mostra que a população se mobilizou em protesto contra mais um exemplo de manutenção de políticos acusados de corrupção no poder público. Uma petição foi aberta na internet pedindo o impeachment de Renan Calheiros, atingindo 1,36 milhão de assinaturas, o suficiente para levar a demanda ao Congresso.
 
"Brasileiros ainda têm esperança de que os zumbis políticos sejam postos para dormir", termina o texto.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Olívio Dutra pede a renúncia de Genoíno

Ex-governador Olívio Dutra, do PT
Segundo O Globo, o ex-governador gaúcho Olívio Dutra, que tem história no PT, pediu a renúncia de José Genoíno durante uma entrevista, ao vivo, pela Rádio Guaíba. Para ele, Genoíno não deveria ter tomado posse do cargo de deputado depois de ter sido condenado no processo do mensalão. O jornal cita que o ex-governador ainda criticou as "más companhias" do PT, referindo, possivelmente, aos principais aliados do governo como Collor, Renan Calheiros, José Sarney e todos os criticados por Lula como "picaretas do congresso."

"Eu acho que tu deverias pensar na sua biografia, na trajetória que tem dentro do partido. Eu acho que tu deverias renunciar. Mas é a minha opinião pessoal, a decisão é tua. Não tenho porque furungar nisso - disse Olívio Dutra que até então não sabia que Genoíno participaria do programa, também. Genoíno limitou-se a dizer que não tinha cometido crime quando foi presidente do PT. E sobre o julgamento pelo STF disse que a sentença não é definitiva (há recursos técnicos) e que vai cumprir a decisão final. Neste caso, diga-se, prisão semi aberta, isto é, a noite tem que dormir na cadeia.

Dutra citou abertamente que Genoíno e Dirceu possibilitaram negociatas com dinheiro público e acredita que o PT deva explicar os erros cometidos, práticas que eram comuns entre seus adversários.

- Eu avisei em uma ocasião que íamos sofrer com as más companhias. Más companhias que não são somente aquelas de fora para dentro, mas também de dentro do partido à medida que vão chegando pessoas. Na medida que tu tens cargos para oferecer, há pessoas no partido que não conhecem nada da história nem da razão de ser. O PT falha nisso e deixa de ser uma escola política e passa a agregar pessoas por conta dos cargos " lembrou Dutra sobre o aviso que tinha feito aos dirigentes do PT.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Um corrupto na Câmara dos Deputados

Por Sandro Vaia

"Tenho a consciência serena dos inocentes”.
José Genoíno é um homem de palavras e sentenças cortantes.
Durante vários anos foi a voz oficial do PT na imprensa conservadora.Teve uma coluna fixa na página 2 do Estadão e mais do que isso, o insuspeito voto de um dos ícones do reacionarismo burguês que forma a opinião do jornal.  Durante muito tempo, José Genoíno foi o petista limpinho, civilizado e ordeiro que tornou respeitável a opinião do partido revolucionário que queria queimar as instituições para implantar seu modelo socialista. A face palatável do partido para os burgueses que tinham horror aos barbudos revolucionários. Até o cavanhaque dele, a la d'Artagnan, era mais fotogênico, arrumadinho, geometricamente bem cortado.

José Genoino sempre foi um homem honrado e o seu passado de luta revolucionária uma medalha de honra ao mérito como aquelas que os meninos bem comportados ganham nos colégios internos.

Enfim, um fenômeno: um revolucionário respeitado e querido pelos reacionários.

Na época do mensalão, José Genoino carregava o andor de presidente do Partido dos Trabalhadores, como uma espécie de avalista das boas intenções do partido. Como desconfiar de um partido entregue à presidência de um sacristão de bons modos como ele?

Depois aconteceu o que todo mundo sabe. Aos poucos, enquanto as investigações iam avançando e as evidências da existência do mensalão foram se acumulando, Genoino foi perdendo a altivez, o peito empombado murchou um pouco e a voz metálica foi perdendo o tom afirmativo, altaneiro e superior. Não bastasse o mensalão, veio o patético episódio dos dólares na cueca.

Genoino se escondeu na humildade, passou por um início de depressão, escondeu-se no quarto dos fundos de sua casa, perdeu o brilho, seu orgulho empanou-se. Ele tornou-se opaco.

Condenado a seis anos de prisão por corrupção e formação de quadrilha, será beneficiado com regime semi-aberto e poderá trabalhar normalmente de dia e dormir na prisão. Se comparado a José Dirceu, dito o chefe da quadrilha, um mal menor.

Suplente de deputado assumiu a vaga do titular numa cerimônia realizada quinta-feira na Câmara. Filigranas jurídicas sobre a viabilidade ou não de um recurso à Suprema Corte, última instância do julgamento, permitiram que fosse diplomado.

Zangado, mal humorado e tratando a pontapés a imprensa que sempre lhe estendeu tapete vermelho, parece de mal com a vida assumindo um dos maiores paradoxos vivos criados pela adolescente democracia brasileira: temos, sabe lá por quanto tempo, uma pessoa condenada por desobedecer a lei considerada apta a escrever leis.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O ano não terminaria sem o besteirol de Thomaz Bastos

Márcio Thomaz Bastos
e Carlinhos Cachoeira, felizes?
Márcio Thomaz Bastos perdeu a chance de ficar para história como um grande Ministro da Justiça e acabou como advogado de Lula e consultor especial para as peraltices praticados pelos aloprados do partido dos Trabalhadores. Mesmo como ministro.

Em um artigo escrito para um blog ele fala em "degeneração autoritária de nossas práticas penais" e em "tendência repressiva passou dos limites em 2012". Apesar de não referir-se ao mensalão, o maior escândalo de corrupção e desmandos que o país já viveu, Bastos cita que existe "um sentimento de desprezo pelos direitos e garantias fundamentais".

Em tempo, o esperto advogado não conseguiu, desta vez, evitar que seu cliente, José Roberto Salgado, fosse condenado pelos crimes de evasão de divisas, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Salgado pegou 16 anos e 8 meses de prisão, além de multa de um milhão. Restou ao grande , fantástico, inteligente, endeusado e imbatível Márcio Thomaz Bastos, espernear-se. E, claro, criticar o STF. Salgado, ex-presidente do Banco Rural esteve envolvido nos empréstimos fraudulentos ao PT, para financiar a compra de votos no congresso.

A teoria do domínio do fato (segundo a qual o autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir sua realização e planejamento) foi citada nos votos condenatórios dos ministros do STF, no processo do mensalão. José Roberto Salgado alegou que desconhecia as tramoias praticadas pelos funcionários do banco do qual era o principal dirigente? Tal e qual os comandantes nazistas tentaram escapar do julgamento alegando que não havia provas que eles tinham determinado as atrocidades praticadas durante a segunda guerra mundial. Os soldados rasos se livraram e os chefes foram enforcados.

Thomaz Bastos foi advogado de Carlinhos Cachoeira, condenado a 39 anos e 8 meses de prisão, em diversas acusações. O bla, bla, bla de Thomaz não anda funcionando bem ou a justiça é que não aceita mais conversa mole? Jus sperniandi, ele tem todo direito de espernear-se e, na tentativa de justificar maus resultados, desfiar seu besteirol.

Seu futuro próximo cliente, Lula da Rosemary, deveria procurar outro defensor. Não tão cúmplice.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Dirceu não tem nada a comemorar. A prisão foi apenas adiada.


A charge resumo, brincando,
o Zé Dirceu levou a sério
José Dirceu e os mensaleiros que comandou no maior escândalo de corrupção do Brasil, não tem nada para comemorar. Joaquim Barbosa, presidente do STF e relator do processo decidiu que a prisão ocorrerá depois de esgotados todos os recursos dos condenados.

Ele se alinhou com os demais ministros que teriam a mesma decisão se o tema fosse colocado em plenário. Isso garante o Natal e ano novo em liberdade. A prisão foi apenas adiada.Aliviado é a expressão correta para resumir o estado de espírito de José Dirceu após a decisão de Barbosa. Dirceu vai passar o Natal ao lado da mãe, Olga que também se emocionou. Ela tem 92 anos. Evidentemente os advogados dos réus aplaudiram a decisão de Barbosa. Dirceu não tem paz de espírito. Sabe que errou e que a prisão, por algum tempo foi apenas adiada. Zé e a cúpula política do PT vai, literalmente, viver às custas do Estado.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Barbosa deu provas, de sobra, que tem estatura para comandar a mais importante casa de justiça do Brasil.

Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF

Embora pudesse decidir só e mandar os condenados do mensalão para a cadeia, Joaquim Barbosa, em decisão muito ponderada e sóbria, rejeitou o pedido de prisão imediata solicitada pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. A decisão se alinha com o pensamento da maioria dos ministros do STF que preferem esperar o esgotamento dos recursos possíveis. Uma questão de tempo para engaiolar pelo menos 11 dos 25 condenados do mensalão.

Em seu primeiro" teste", o novo presidente do STF, conhecido pelo seu temperamento duro, passou confortavelmente. Foi suficientemente sereno e não se deixou emocionar na sentença proferida. Ao rejeitar a prisão imediata deu, além das já concedidas, amplas possibilidades de defesa a todos os condenados.

Contrapondo-se com o destemperamento e ignorância jurídica de Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados, Barbosa deu provas, de sobra, que tem estatura para comandar a mais importante casa de justiça do Brasil.

Joaquim, o ministro que o PT tentou humilhar afirmando que "ele esta lá porque era projeto nosso, porque o Lula queria" - discurso minúsculo do pequeno João Paulo Cunha - com a mesma força que julgou e decidiu contra os réus não se permitiu emocionar no momento em que foi provocado. O que faltou de bom senso, conhecimento e nobreza de um lado, fartou na postura de Barbosa.
 
O partido da ética não resistiu as seduções do poder e descambou-se em práticas criminosas repetindo os governantes que tanto criticou no passado e agora imita. Os bons resultados que o país alcançou com Lula na presidência não o autoriza desprezar a justiça, assaltar os cofres e transformar o Estado em quintal do partido. Lula não está imune e a justiça vai cobrar caro pelos seus desmandos.
 
José Dirceu, João Paulo Cunha, José Genoíno, Delúbio Soares e demais asseclas não tem o que comemorar. Passarão os festejos de fim de ano amargurados no seu íntimo porque sabem que a prisão foi apenas adiada.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Natal dos mensaleiros pode ser na cadeia. Gurgel vai pedir prisão imediata.

Delúbio, Genoíno e José Dirceu
Não existem mais possibilidades do plenário do Supremo Tribunal Federal decidir sobre a prisão imediata dos condenados do mensalão. O presidente Joaquim Barbosa poderia colocar o assunto para a apreciação dos ministros, na última sessão, mas não o fez. 

Isso significa que a decisão ficou para o próprio presidente da casa que espera, apenas, o pedido formal de Roberto Gurgel, Procurador Geral da República. Para terror dos condenados, Gurgel já adiantou que vai fazer isso rapidinho. Joaquim disse que, se o pedido for curtinho, ele pode dar a sentença ainda esta semana.

Quer dizer, Dirceu, o homem que mais desprezou a justiça pode passar o natal na cadeia ao lado de João Paulo Cunha, José Genoíno, Delúbio Soares e outros tantos corruptos condenados.

Feliz Natal!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Valério vai bater forte

STF pode conceder proteção para Valério
Marcos Valério pretende apresentar mais acusações envolvendo Lula e particularmente, Zé Dirceu. A confidência foi feita aos amigos próximos. O objetivo é tornar-se colaborador do MP, como fez Roberto Jefferson. O STF já deixou claro que as novas denúncias que podem gerar novos processos, não reduzirão a pena já fixada. A publicação da condenação dos mensaleiros deve sair 60 dias após o final do julgamento. Celso de Mello já saiu do hospital onde esteve internado mas não se sabe se participará da sessão na próxima segunda feira.

STF pode conceder proteção a Marcos Valério. Em setembro ele foi ao MP e contou fatos que comprometem Lula e o PT. Disse que o partido pagou R$ 4 milhões pela sua defesa no processo do mensalão. O advogado dele confirmou que o valor referiu-se a despesas do processo e não honorários.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, criticou as tentativas de desqualificar as novas denúncias de Marcos Valério. "De fato, temos nesse processo alguém que fez declarações que foram largamente comprovadas, que foi o Roberto Jefferson, e ninguém ficou perguntando os motivos, se foram nobres ou ignóbeis. Então, a questão é de verificação para um juízo mais seguro", disse ele. Mendes também disse que, se comprovadas as novas denúncias contra Lula, nada vai alterar nesse atual processo, mas podem influenciar o julgamento de outros processos relacionados ao mensalão.

"Sabemos que o que está aqui no STF é um percentual muito pouco significativo do que se fez", comentou Mendes. O Supremo pode conceder proteção ao empresário. Valério teria sido ameaçado de morte por Paulo Okamoto, amigo de Lula, que o procurou dizendo que ”tem gente no PT que acha que a gente devia matar você. Ou você se comporta, ou você morre."

O publicitário separou-se da mulher e vive solitário num apartamento de quarto e cozinha.

O discurso do PT é negar

Enquanto a Polícia Federal indicia Rosemary Noronha, a "secretária do Lula" e mais 24 funcionários do alto escalão do governo federal por corrupção, falsificação de documentos, formação de quadrilha e falsidade ideológica, os deputados do partido negam e tentam convencer que isso não aconteceu ou, se aconteceu, foi exceção.

No caso da Rose do Lula, a secretária com quem o ex-presidente mantinha relação mais íntima faz duas décadas - afinal foi sua secretária - nem tem como negar diante de montanhas de provas, documentos, gravações de telefonemas e e-mails. A quadrilha, plantada dentro da Secretaria Presidencial, fez mais do que vender pareceres falsos: a questão do mensalão está nas conversas gravadas pela PF.

Enquanto o STF analisa novas gravações - 150 telefonemas e 1300 mensagens eletrônicas - o PT exige de Dilma uma postura pró Lula. O discurso é o mesmo: não acreditem em Marcos Valério que ele não merece crédito. E repetem que não receiam a delação premiada do chefe da gang Paulo Vieira que disse que não aceitará a pecha de mafioso sem envolver gente graúda do governo. Afinal, Paulo já viu o que aconteceu com Valério que acreditou nas promessas do PT de que nada aconteceria e blindou Lula. Depois de levar mais de 40 anos de cadeia, Valério se arrependeu. E o Joaquim Barbosa já disse que o MP deve investigar Lula. Paulo Vieira, filiado ao PT desde 2003, foi denunciado pelos crimes de corrupção ativa, falsidade ideológica, falsificação de documento, tráfico de influência e formação de quadrilha.

"Não dá pra fazer de conta que não está acontecendo nada" - disse um jornalista petista. É tanta safadeza, corrupção, escândalos que pau de macarrão na cabeça não resolve. A Marisa Letícia que o diga.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Grampo da PF pegou Rose ao telefone

Ela sabe tudo. Ele não sabe de nada.

Polícia Federal gravou conversas telefônicas de Rose, diz Revista Época.

E o trecho que a revista publica em sua edição semanal mostra que a quadrilha de Rose discutiam sobre o processo do mensalão. Paulo e Rose falam do interesse do Lula se envolver no caso e Rose diz que PR está desinteressado.

Trecho da reportagem de capa de ÉPOCA deste fim de semana

Às 9h47 do dia 12 de novembro deste ano, a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, ou Rose, ligou para Paulo Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas, espécie de operador jurídico da quadrilha descoberta pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro.

No telefonema de 11 minutos, interceptado pela PF e a que ÉPOCA teve acesso, os dois não discutem como vender facilidades a empresários interessados em canetadas do governo – nem a distribuição do butim da quadrilha, conforme já se revelou. Ambos discutem o julgamento do mensalão.

Naquele dia, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como já se esperava, viriam a definir as penas dos principais integrantes do núcleo político do mensalão: os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Na conversa, Paulo Vieira pede a Rose que consiga o apoio de Dirceu para as articulações secretas que ele, Paulo, fazia em Brasília. Elas tinham um objetivo claro: tumultuar o julgamento. Ou, ao menos, impedir que os mensaleiros cumprissem suas penas.

"Eu vou protocolar amanhã ou quarta aquela outra questão que eu queria que você mostrasse para o JD (José Dirceu). Você lembra qual é, né?”, diz Paulo Vieira no diálogo.

Embora ele não tenha especificado a que “questão” se referia, naquele momento integrantes da quadrilha dos pareceres – Paulo Vieira, o deputado Valdemar Costa Neto, condenado pelo mensalão, e o empresário e ex-senador Gilberto Miranda – movimentavam-se nos bastidores para pressionar os ministros do Supremo a mudar votos, aliviar nas penas ou acatar futuros recursos dos advogados dos réus.

Queriam até nomear um amigo para o STF, na vaga aberta pela aposentadoria do ministro Carlos Ayres Britto. Contavam com a proximidade de Rose com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com Dirceu, como demonstram as provas reunidas pela PF. Os delegados miravam na quadrilha dos pareceres. Acabaram acertando numa operação para melar o julgamento do mensalão.

Na conversa, Rose sabia do que Paulo falava. Mas Paulo estava preocupado com a disposição de Dirceu em articular ao lado da quadrilha: “Não sei se o JD está com cabeça para mexer com essas coisas”. Rose o tranquiliza: “Eu vou viajar com ele (Dirceu) no feriado. Nós vamos para a Bahia. Eu converso bastante com ele. (…) Ele não pode ficar preso dentro de casa, né. A vida corre. Eu falo com ele. Eu tive com ele no feriado, eu falo com ele”. Paulo pergunta, então, como está o ânimo de Dirceu. Rose diz: “Está bastante chateado. Estão preparando umas coisas. (…) É o Gilberto Miranda que está ajudando ele. Estão fazendo várias reuniões na casa dele”.

Paulo conhecia essas articulações – participava delas. “Isso eu tenho mais ou menos ideia do que eles estão falando”, diz ele. Ato contínuo, Rose conta como ficou sabendo das articulações: “Ele (Dirceu) me disse… A mulher dele (de Dirceu, Evanise Santos) disse que eles têm reunião lá na casa dele (Gilberto Miranda)”. Paulo diz: “O Gilberto Miranda é muito bem (sic) para articular, viu. (…) Eu não sabia que eles estavam apostando tantas fichas dessa questão, tá”. “Parece que tão”, diz Rose.

Paulo sonda Rose sobre a eventual participação de Lula nas operações de bastidores para melar o julgamento. De acordo com a PF, quando ambos falam de “Deus”, é a Lula que se referem. Segue-se o diálogo:

– Eu não sabia que o JD (Dirceu) tava dando esse peso todo para o Giba (Gilberto Miranda), não. Mas eu continuo apostando que o melhor peso que tem é o… Deus, viu – diz Paulo.

– É, mas ele não vai fazer absolutamente nada – responde Rose.
– Você está achando que Deus não está a fim de…
– Não! Eu acho que não está a fim, não.
– É! Às vezes ele tem medo de arrumar confusão, né, Rose?

Antes que Rose explicasse a que problemas se referia, Paulo a interrompe. Diz que eles não podem “falar essas coisas por telefone”. Paulo, porém, não seguia o próprio conselho. Muito menos os demais integrantes da turma conhecida como quadrilha dos pareceres – uma turma que, agora se descobre, era bem mais influente do que se imaginava.

ÉPOCA teve acesso, com exclusividade, ao relatório que a PF preparou sobre todas as autoridades que conversavam com integrantes da quadrilha ou eram por eles citadas – aqueles que fazem jus a foro privilegiado na Justiça. No documento de 98 páginas, há um capítulo para cada uma das 18 autoridades.

Cada capítulo descreve em detalhes as circunstâncias em que elas aparecem nas investigações. Estar no relatório, é bom deixar claro, não significa integrar a quadrilha; nem é prova de algum crime – embora, em alguns casos, como de Valdemar Costa Neto, as evidências sejam fortes.

Como essas autoridades têm o privilégio de ser investigadas e, eventualmente, julgadas nos tribunais de Brasília, os delegados da PF enviaram o relatório, na quarta-feira da semana passada, ao presidente do STF, Joaquim Barbosa, e ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Caberá aos dois avaliar se há elementos suficientes para iniciar uma investigação.

Porto Seguro: Paulo diz que vai denunciar os graúdos

Paulo Vieira: ele percebeu que blindar
graúdos não é bom negócio
O ex-diretor da Agência Nacional de Águas, apontado pela PF como chefe da quadrilha de venda de pareceres quer negociar uma delação premiada com o Ministério Público e ameaça contar novos fatos do esquema de corrupção que já derrubou vários funcionários federais de alto escalão, inclusive Rosemary Noronha, então chefe de gabinete da Presidência da República e íntima amiga de Lula há mais de vinte anos.

Vieira já percebeu, a exemplo do Marcos Valério, que proteger os graúdos não é bom negócio. Valério, que passou todo tempo blindando Lula, acabou levando 40 anos de prisão e viu a cúpula do PT preocupada apenas com Dirceu e Genoíno. Vieira disse que não sairá desta como chefe do bando e que vai denunciar os graúdos. Com isso ele pode se beneficiar caso seja condenado. Ele foi indiciado por crimes de corrupção ativa, falsificação de documento particular, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Como ele, seu irmão Rubens também "foi colocado" como diretor da Anac por indicação de "Rose". Os nomes de ambos tinham sido rejeitados pela análise do congresso mas, por insistência de Lula os nomes foram reavaliados e aprovados, depois. A quadrilha estava infiltrada na Advocacia Geral da União e em outras repartições públicas.

Dilma está preocupada considerando que um dos indiciados, José Weber Holanda, era o braço direito de Luís Inácio Adams da AGU e que estava sendo indicado para o STF.

O maior dos problemas para o governo é que a PF está "fazendo a leitura" dos computadores do escritório Presidencial e podem surgir as provas que o PT diz que Marcos Valério não tem ao acusar Lula. Valério disse que entregou todos os documentos nas mãos da procuradoria.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dirceu entra em desespero

José Dirceu tenta mobilização popular contra o STF
 
Simplesmente Zé Dirceu não aceita o que o STF reservou pra ele nos próximos anos: a cadeia. Antes, o poderoso ladrão não acreditava, sequer, na possibilidade de ser processado, quanto mais condenado.

Denunciado pelo ministério público Dirceu passou a acreditar nas promessas de um indigente mental de que seria inocentado, no mínimo. Afinal, dos onze julgadores, oito foram indicados pelo deus da Marta Suplicy. Não bastasse isso, o "grande estadista" brasileiro resolveu cutucar a onça com vara curta num flagrante menosprezo pelo poder judiciário. Agindo como o Coronel Ramiro Bastos buscou encurtar os caminhos legais e propôs a malandragem, sob ameaça, coação na verdadeira acepção da palavra. A volta do coronelismo. O ex-ministro foi condenado a 10 anos e 10 meses, em regime fechado e vai amargar pelo menos um ano e oito meses, na cela.

Deu no que deu: Lula acreditava que nosso judiciário por tradição até então, passivo e subserviente, prontamente atenderia sua reivindicação. Mas, felizmente, o Supremo Tribunal Federal demarcou fronteira: "O conceito de República aponta para o consenso jurídico do governo das leis e não do governo dos homens, ou seja aponta para o valor do Estado de Direito. O governo das leis obstaculiza o efeito corruptor do abuso de poder, das preferências pessoais dos governantes por meio da função equalizadora das normas gerais, que assegura a previsibilidade das ações pessoais e, por tabela, o exercício da liberdade" - sentenciou Celso de Mello. Mas quem é Lula para, minimamente, compreender isso?

Dirceu subestimou Joaquim. João Paulo, igualmente condenado, tentou humilha-lo discursando que "ele está lá porque era projeto nosso, era vontade do Lula". Barbosa, como Lula, veio de família humilde e venceu. Mas o negro Joaquim não se curvou à falta de ética e ao banditismo. Joaquim chegou lá por méritos próprios, por competência, sem furtar os direitos de outros.

O chefe da quadrilha passa o tempo que resta de liberdade, antes de ser engaiolado na prisão, tentando mobilizar o povo para um levante contra o STF. Não quer demonstrar, mas borra as botas diante da possibilidade real de ficar na cadeia por bom tempo. Na última sexta feira, durante reunião do diretório do partido, propôs-se moção sugerindo que se promovesse atos contra o Supremo e que não se reconhecesse o julgamento. A sugestão desesperada - que nem chegou a ser votada - foi tão irresponsável quanto a do despreparado Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados, que aventou a possibilidade do Congresso não respeitar a provável decisão do Supremo de cassação dos mandatos de condenados no mensalão. Nas reuniões Dirceu tenta emocionar repetindo o discurso mofado de que sua "condenação é golpe da elite e da imprensa". Nem ele acredita nisso.

As reuniões já realizadas em Osasco, São Paulo, Brasilia e Curitiba não inflamam e nem convencem. A ausência de petistas famosos a esses encontros é sintomático: o grupo já aceitou a derrota e enfiou a viola no saco. E virou a página.

“Falta solidariedade no nosso partido" - reclamou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), um dos defende ex-ministro publicamente.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Joaquim Barbosa pede que MP investigue Lula

Joaquim Barbosa, presidente do STF
Joaquim Barbosa, Presidente do STF e relator do processo do mensalão, defendeu hoje que o Ministério Público Federal investigue o envolvimento do ex-presidente Lula com o esquema operado pelo empresário Marcos Valério. Sem dar detalhes do conteúdo, Barbosa disse que teve "conhecimento oficioso" (fora dos autos) do novo depoimento prestado por Valério ao Ministério Público Federal, em setembro, após ter sido condenado a mais de 40 anos de prisão pelos crimes do mensalão. Valério também contou que foi ameaçado de morte por Paulo Okamoto, a mando de Lula e que a Portugal Telecom depositou 7 milhões para o PT, além do caso Celso Daniel morto em 2002. Valério afirmou à Procuradoria-Geral da República que pagou despesas pessoais de Lula em 2003, por meio de depósitos na conta de uma empresa do ex-assessor pessoal de Lula, Freud Godoy, segundo revelou o jornal "O Estado de S. Paulo".

Marcos Valério disse que mensalão pagou contas pessoais de Lula e Portugal Telecom depositou 7 milhões para o PT

Marcos Valério conta tudo
O jornal O Estado de São Paulo publicou que despesas pessoais de Lula foram pagos com dinheiro do esquema fraudulento e que essas informações foram dadas por Marcos Valério à Procuradoria Geral da República em setembro deste ano. Valério contou que fez depósitos para a empresa do ex-assessor da Presidência, Freud Godoy. Tal como Genoíno, Lula teria avalizado empréstimos do PT, também, no mesmo esquema do Banco Rural. Freud era conhecido como "faz tudo" de Lula e fazia parte dos "aloprados".

Valério também contou que foi Lula quem deu o "ok" para o PT tomar empréstimos do BMG e Rural para a compra de votos no congresso. Esse aval ocorreu em reunião no Palácio do Planalto com a presença de José Dirceu e Delúbio Soares, ambos condenados como corruptos e quadrilheiros. Delúbio, contou Dirceu, negociava em seu nome e no nome de Lula. Outra denúncia gravíssima do publicitário: Lula e o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, negociaram com a Portugal Telecom, dentro do Palácio do Planalto, o valor de R$ 7 milhões para o PT. O dinheiro repassado pela Portugal Telecon foi recebido pela sua empresa e tem como provar.

Neste mesmo depoimento à Procuradoria Geral da República, Valério, pela primeira vez, contou sobre detalhes sobre outro caso escabroso envolvendo Lula e o PT: o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. Foi nessa época que Paulo Okamoto,a mando de Lula, o procurou ameaçando de morte se não se comportasse.

Valério abre a boca: PT paga seus advogados

Marcos Valério, operador do mensalão comandado por José Dirceu e José Genoino, do PT (Paulo Filgueiras/D.A.Press)

Segundo Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos pelos crimes de corrupção comandados por José Dirceu e Genoino, o PT pagou 4 milhões de reais pela sua defesa no STF. O depoimento foi prestado a Procuradoria Geral da República logo depois de anunciada a sua sentença. Mas as investigações mostram que, além dos 4 milhões dos advogados, Valério participou do desvio de mais de um milhão de reais na Câmara dos Deputados, 3 milhões em um contrato com o Banco do Brasil, além do rombo de mais de 73 milhões no Fundo Visanet, com a ajuda do então diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, este condenado a mais de 12 anos de prisão em regime fechado. O PT, evidentemente nega e o advogado Marcelo Leonardo se cala.

. Marcos Valéria responde outros processos como seu envolvimento com o mensalão mineiro - inclusive Eduardo Azeredo do PSDB. Usando o linguajar mineiro, por onde passa um boi passa uma boiada. Os tucanos, evidentemente, sabem que Valério vai abrir a boca. Será a hora e a vez da tucanagem entrar na gaiola.

Valério também afirmou que foi ameaçado por Paulo Okamoto; "você se comporta ou morre".

sábado, 24 de novembro de 2012

Começa o golpe contra a democracia

PT tenta desestabilizar democracia confrontando-se com STF

O mensaleiro José Dirceu, condenado a dez anos e dez meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal, sob o argumento de que aceita a decisão mas tem direito de discordar, passou a convocar o partido e os movimentos sociais para protestar nas ruas contra a decisão da justiça. Dirceu está na iminência de ir para a cadeia cumprir a pena. Ao promover o confronto, o partido da presidente coloca a democracia em risco e avança na tentativa de calar a justiça. O partido dos Trabalhadores pretende censurar, além do STF, também a imprensa, criando meios de controle, processo típico de países totalitários. João Paulo Cunha e José Genoíno, ambos condenados também, participaram do encontro dos membros do partido.

Curiosamente o movimento pede justiça aos líderes do PT e em nenhum momento reivindicaram suspensão de penas de Marcos Valério, sócios e advogado, banqueiros do Rural envolvidos na trama e parceiros políticos de outros partidos, também condenados. Acusar o STF com afrontas é o começo de um golpe político com anuência da Presidente Dilma. Zé Dirceu, o guerrilheiro de araque, virou corrupto. Agora é golpista.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Clauss Roxin afirma que é mentira

"Jurista alemão afirma que jornal fabricou notícia favorável a mensaleiros condenados"

Jurista Clauss Roxin diz que não declarou nada

Republicado pela coluna do Noblat "Jurista alemão afirma que jornal fabricou notícia favorável a mensaleiros condenados" foi escrito por Augusto Nunes e refere-se a publicação da Folha sobre declarações que atribuiram ao jurista alemão Clauss Roxin, sobre a teoria do domínio de fato em defesa dos mensaleiros.

Por Augusto Nunes

Na edição de 11 de novembro, a Folha de S. Paulo amparou-se em declarações atribuídas ao jurista alemão Claus Roxin, um especialista na teoria do domínio do fato, para socorrer na página 5 os condenados no julgamento do mensalão. Participação no comando do esquema tem de ser provada, diz o título da reportagem que promoveu um desfile de frases muito animadoras para os companheiros punidos pelo Supremo Tribunal Federal. Por exemplo: “Roxin diz que essa decisão precisa ser provada, não basta que haja indícios de que ela possa ter ocorrido”,

Neste domingo, um esclarecimento público divulgado por Roxin em Munique e reproduzido pelo site Consultor Jurídico atestou que a reportagem, assinada por Cristina Grillo e Denise Menchen, é tão verdadeira quanto um palavrório de Paulo Maluf sobre contas em paraísos fiscais. Durante a conversa ocorrida no Rio no fim de outubro, em nenhum momento o jurista imaginou que as perguntas estavam associadas ao julgamento em curso no STF, que não tem acompanhado e cujo conteúdo desconhece.

“O professor se limitou a repetições das opiniões gerais que ele já defende desde 1963, data em que publicou a monografia sobre “Autoria e domínio do fato” (Täterschaft und Tatherrschaft)”, esclarece o documento redigido pela assessoria de Roxin, que se declarou especialmente perplexo com outro espasmo de criatividade dos autores da reportagem: “O jurista alemão disse à Folha que os magistrados que julgam o mensalão não tem (sic) que ficar ao lado da opinião pública, mesmo que haja o clamor da opinião pública por condenações severas’”.

O esclarecimento público resgata a verdade: “A Folha já havia terminado suas perguntas quando um dos participantes (da mesa-redonda na Universidade Gama Filho), em razão de uma palestra em uma escola para juízes (a EMERJ) que Roxin proferiria, indagou se havia alguma mensagem para futuros juízes, que, muitas vezes, sofrem sob a pressão da opinião pública. O professor respondeu a obviedade de que o dever do juiz é com a lei e o direito, não com a opinião pública”.

Além de demolir a reportagem, o texto desmonta uma invencionice: Roxin se espantou “ao ler, no dia 18 de novembro de 2012, notícia do mesmo jornal em que consta que ele teria manifestado “interesse em assessorar defesa de Dirceu”. O professor afirma tratar-se de uma inverdade. O professor declara tampouco ter interesse em participar na defesa de qualquer dos réus. Segundo ele, não só não houve, até o presente momento, nenhum contato de nenhum dos réus ou de qualquer pessoa a eles próxima; ainda que houvesse, o professor comunica que se recusaria a emitir parecer sobre o caso, que desconhece quase por completo”.

Em resumo: Claus Roxin não acompanha o julgamento do mensalão, não está interessado no assunto, não fez comentários sobre o caso, não analisou o desempenho dos ministros do STF, não foi convidado para assessorar advogados de defesa de qualquer condenado e, se for convidado, recusará. Os leitores do jornal aguardam explicações. Se é que existem.