sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Barbosa deu provas, de sobra, que tem estatura para comandar a mais importante casa de justiça do Brasil.

Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF

Embora pudesse decidir só e mandar os condenados do mensalão para a cadeia, Joaquim Barbosa, em decisão muito ponderada e sóbria, rejeitou o pedido de prisão imediata solicitada pelo Procurador Geral da República, Roberto Gurgel. A decisão se alinha com o pensamento da maioria dos ministros do STF que preferem esperar o esgotamento dos recursos possíveis. Uma questão de tempo para engaiolar pelo menos 11 dos 25 condenados do mensalão.

Em seu primeiro" teste", o novo presidente do STF, conhecido pelo seu temperamento duro, passou confortavelmente. Foi suficientemente sereno e não se deixou emocionar na sentença proferida. Ao rejeitar a prisão imediata deu, além das já concedidas, amplas possibilidades de defesa a todos os condenados.

Contrapondo-se com o destemperamento e ignorância jurídica de Marco Maia, presidente da Câmara dos Deputados, Barbosa deu provas, de sobra, que tem estatura para comandar a mais importante casa de justiça do Brasil.

Joaquim, o ministro que o PT tentou humilhar afirmando que "ele esta lá porque era projeto nosso, porque o Lula queria" - discurso minúsculo do pequeno João Paulo Cunha - com a mesma força que julgou e decidiu contra os réus não se permitiu emocionar no momento em que foi provocado. O que faltou de bom senso, conhecimento e nobreza de um lado, fartou na postura de Barbosa.
 
O partido da ética não resistiu as seduções do poder e descambou-se em práticas criminosas repetindo os governantes que tanto criticou no passado e agora imita. Os bons resultados que o país alcançou com Lula na presidência não o autoriza desprezar a justiça, assaltar os cofres e transformar o Estado em quintal do partido. Lula não está imune e a justiça vai cobrar caro pelos seus desmandos.
 
José Dirceu, João Paulo Cunha, José Genoíno, Delúbio Soares e demais asseclas não tem o que comemorar. Passarão os festejos de fim de ano amargurados no seu íntimo porque sabem que a prisão foi apenas adiada.