quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O ano não terminaria sem o besteirol de Thomaz Bastos

Márcio Thomaz Bastos
e Carlinhos Cachoeira, felizes?
Márcio Thomaz Bastos perdeu a chance de ficar para história como um grande Ministro da Justiça e acabou como advogado de Lula e consultor especial para as peraltices praticados pelos aloprados do partido dos Trabalhadores. Mesmo como ministro.

Em um artigo escrito para um blog ele fala em "degeneração autoritária de nossas práticas penais" e em "tendência repressiva passou dos limites em 2012". Apesar de não referir-se ao mensalão, o maior escândalo de corrupção e desmandos que o país já viveu, Bastos cita que existe "um sentimento de desprezo pelos direitos e garantias fundamentais".

Em tempo, o esperto advogado não conseguiu, desta vez, evitar que seu cliente, José Roberto Salgado, fosse condenado pelos crimes de evasão de divisas, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Salgado pegou 16 anos e 8 meses de prisão, além de multa de um milhão. Restou ao grande , fantástico, inteligente, endeusado e imbatível Márcio Thomaz Bastos, espernear-se. E, claro, criticar o STF. Salgado, ex-presidente do Banco Rural esteve envolvido nos empréstimos fraudulentos ao PT, para financiar a compra de votos no congresso.

A teoria do domínio do fato (segundo a qual o autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir sua realização e planejamento) foi citada nos votos condenatórios dos ministros do STF, no processo do mensalão. José Roberto Salgado alegou que desconhecia as tramoias praticadas pelos funcionários do banco do qual era o principal dirigente? Tal e qual os comandantes nazistas tentaram escapar do julgamento alegando que não havia provas que eles tinham determinado as atrocidades praticadas durante a segunda guerra mundial. Os soldados rasos se livraram e os chefes foram enforcados.

Thomaz Bastos foi advogado de Carlinhos Cachoeira, condenado a 39 anos e 8 meses de prisão, em diversas acusações. O bla, bla, bla de Thomaz não anda funcionando bem ou a justiça é que não aceita mais conversa mole? Jus sperniandi, ele tem todo direito de espernear-se e, na tentativa de justificar maus resultados, desfiar seu besteirol.

Seu futuro próximo cliente, Lula da Rosemary, deveria procurar outro defensor. Não tão cúmplice.