quarta-feira, 3 de abril de 2013

O câncer e a falta de transparência dos ditadores

Lula deveria falar hoje numa cerimônia mas cancelou seu discurso de última hora para poupar a garganta. De manhã esteve no Hospital Sírio-Libanês para novos exames que "não detectaram nenhum sinal do tumor" na laringe que em 2011 acometeu o ex-presidente. Lula passou por tratamento quimioterápico e radioterápico que durou 5 meses. Após os médicos afirmaram que "o tumor tinha desaparecido".

Cristina Kirchner também teve diagnóstico de câncer na garganta e o assunto tornou-se público. Mas a operação de retirada do nódulo foi cancelada porque "o diagnóstico estava errado e não se tratava de câncer". Isso, provavelmente, depois que Hugo Chavez falou com ela. Uma junta médica examina uma presidente e confirma a existência de um câncer e de repente anuncia-se que houve erro no diagnóstico é, no mínimo estranho, não?

Hugo Chavez era sempre aconselhado por Fidel, ditador de Cuba e, como todo ditador, cheio de segredos. A doença que acometeu Castro nunca foi plenamente discutida e nunca houve transparência dele e do governo confirmar ou não a gravidade dela. Da mesma forma o câncer de Chavez só admitido muito tempo depois de seu aparecimento, mesmo porque seria impossível justificar tantas viagens a Cuba, onde se tratou. Mesmo assim, tudo ficou em segredo, desde as operações até a data da sua morte.

As doenças e as mortes dos ditadores comunistas sempre estiveram envoltas em mistérios e segredos de estado e nunca foram esclarecidas ou divulgadas com transparência.

Porque acreditar que o câncer de Lula não voltou?