domingo, 14 de julho de 2013

Prefeituras brasileiras são cabides de emprego

Prefeituras do País criam 64 mil cargos para nomeação política em quatro anos

Daniel Bramatti e José Roberto de Toledo O Estado de S. Paulo

Nos quatro anos de mandato entre 2008 e 2012, os 5.566 prefeitos do País criaram, em conjunto, 64 mil cargos comissionados – aqueles para os quais não é necessário fazer concurso público, e que costumam ser loteados por indicação política. Com a massiva abertura de vagas, o total de funcionários públicos municipais em postos de livre nomeação subiu de 444 mil para 508 mil. Juntos, eles lotariam os oito maiores estádios da Copa de 2014. Na semana que passou, milhares de prefeitos, que comandam essas máquinas municipais muitas vezes infladas por loteamentos políticos, se deslocaram a Brasília a fim de pressionar a presidente Dilma Rousseff a liberar mais recursos.

Dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais, divulgada no início do mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o porcentual de servidores não concursados é maior nas prefeituras pequenas – as mais dependentes de verbas federais e as que lideram o lobby pela ampliação dos repasses. Na média, as cidades com até 5 mil habitantes têm 12% de seu quadro ocupado por servidores comissionados. No restante do universo dos municípios, essa taxa cai para 8%.

Em Brasília, os prefeitos foram agraciados com o anúncio de R$ 3 bilhões em recursos extraordinários. Parte da plateia, porém, vaiou Dilma, pois queria a ampliação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal canal de repasses federais para as prefeituras.

O FPM é especialmente importante para os micromunicípios. A receita tributária própria, de impostos como IPTU, ISS e ITBI, chega no máximo a 3,5% do orçamento das cidades de até 5 mil habitantes, segundo estudo do pesquisador François Bremaeker, da Associação Transparência Municipal.

Uso político. Cargos de livre nomeação, em tese, servem para que administradores públicos possam se cercar de pessoas com quem têm afinidades políticas e projetos em comum. Na prática, no entanto, é corrente o uso dessas vagas como moeda de troca. Além de abrigar seus próprios eleitores ou correligionários, os chefes do Executivo distribuem as vagas sem concurso para partidos aliados em troca de apoio no Legislativo ou em campanhas eleitorais.

Os prefeitos não podem alegar que o crescimento da máquina administrativa responde a pressões demográficas. De 2008 a 2012, o número de vagas para servidores sem concurso cresceu 14%. No mesmo período, a população brasileira teve aumento de apenas 2%.

Enquanto as prefeituras abriam as 64 mil vagas, o governo federal, no mesmo período, passava a abrigar mais 493 servidores não concursados em seus quadros (aumento de 9%). A diferença de escala fica mais evidente quando se analisa o total de não concursados: o número é 85 vezes maior na esfera municipal que na federal (508 mil contra 5.930).

Fenômeno goiano. A onda de “carguismo” não se manifesta com a mesma força em todas as regiões. Os números do IBGE mostram que Goiás concentra sete das dez prefeituras com maior porcentual de não concursados na máquina administrativa. A primeira colocada é a pequena Vila Propício, no norte do Estado.

Na esfera estadual, Goiás também lidera. Reportagem do Estado publicada em março mostrou que, em 2012, o governador Marconi Perillo (PSDB) abrigava em sua burocracia 10.175 funcionários sem concurso, cerca de 10% dos servidores estaduais de todo o País nessa situação.

Bahia, governada pelo petista Jaques Wagner, estava em segundo no ranking em números absolutos, com 9.240 não concursados.

O articulador do caos, por Elio Gaspari


Mercadante, o articulador do caos

Elio Gaspari, O Globo

Na condição de articulador de iniciativas da doutora Dilma, o comissário Aloizio Mercadante patrocinou três lances de gênio. A saber:

1) A convocação de uma Constituinte exclusiva para fazer uma reforma política. Durou 24 horas.

2) A convocação de um plebiscito para que o eleitorado definisse os marcos da reforma. Durou duas semanas.

3) Com o copatrocínio do ministro Alexandre Padilha, da Saúde, propôs a reorganização do ensino médico, aumentando-o de seis para oito anos.
Na semana passada, informou-se aqui que as burocracias do MEC e das universidades federais faziam uma exigência maluca para médicos formados no exterior que quisessem revalidar seus diplomas.

Caso queira trabalhar no Brasil, um doutor que se formou em Harvard e trabalha na clínica de Cleveland é obrigado a atestar que mora em Pindorama, mesmo tendo nascido aqui. Sem isso, não pode pedir a revalidação, que demora até um ano. Até lá, vive de quê?

A exigência será eliminada, tudo bem, mas havia coisa pior. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Inep, não sabe dizer quem pôs o jabuti na forquilha do programa Revalida, muito menos por quê. Essa mesma condição é exigida na rotina das revalidações de universidades federais. Puro obstáculo para blindar o mercado. Produto da onipotência dos educatecas.

Agora Mercadante e Padilha querem que os estudantes de Medicina trabalhem no SUS por dois anos. Novamente, trata-se de um exercício de onipotência.

Ele se esconde atrás do argumento do aperfeiçoamento dos médicos. Trata-se de uma lorota, pois o Brasil tem Medicina há séculos e suas deficiências não derivam da formação dos doutores, mas do desperdício de dinheiro público e da ganância dos interesses privados, inclusive de médicos.

Imaginem-se dois estudantes. Aloizio é filho de um banqueiro, estudou em bons colégios e entrou para uma das melhores faculdades de Medicina. Como são todas públicas, fará o curso sem desembolsar um tostão.

Alexandre é filho de um bancário que trabalha para o pai de Aloizio. Não teve boas escolas, mas foi aprovado numa instituição privada. A família cacifou algo como R$ 300 mil, só em anuidades. 
Seria razoável que Aloizio devolvesse em serviços para o SUS os seis anos de faculdade gratuita. Essa é uma antiga proposta de médicos do setor público. Alexandre, contudo, precisa trabalhar para aliviar o orçamento do pai bancário. Tem 26 anos, estudá há 18 e agora querem obrigá-lo a ir para um regime de liberdade condicional trabalhando no SUS por mais dois, ganhando entre R$ 3 mil e R 8 mil (só os mandarins de Brasília acham que essas duas quantias são similares).

Se os comissários fossem menos onipotentes, os dois anos de serviço ao SUS seriam opcionais para quem estudou Medicina em faculdade privada.
Quem entende do assunto jura que essa iniciativa, que começaria a valer em 2015, terá o mesmo destino que a Constituinte e o plebiscito, pois é mais fácil mudar um cemitério de lugar do que alterar os currículos das faculdades de Medicina.

sábado, 13 de julho de 2013

Autoaprendizagem "ensina" melhor que escola, diz Dale Stephens

"Decidi abandonar a escola porque queria começar a aprender"

O americano Dale J. Stephens, aos 12 anos de idade, resolveu abandonar a escola porque, segundo ele, "queria começar a aprender". Stephens tornou-se um autodidata e nunca mais sentou num banco escolar - exceto por um semestre, numa universidade. Hoje, com 21 anos de idade, lançou um livro "Hacking Your Education" (Hackeando sua educação) e uma ideia: ensinar a autoaprendizagem por um site chamado UnCollege. Ele vem ao Brasil brevemente e foi entrevistado pela Revista Veja.

Por que você largou a escola tão cedo, aos 12 anos?
Decidi abandonar a escola porque queria começar a aprender. No colégio, na maioria das vezes, ficava à toa e não aprendia nada.

Como sua família reagiu à sua decisão?
Eles ficaram chocados, mas acabaram me apoiando. Eles me deram a oportunidade de decidir por mim mesmo.

Você diz que não acredita no currículo escolar. Na sua opinião, o que poderia ser feito para mudar o sistema educacional nos Estados Unidos? 
A primeira coisa a fazer é mudar a noção de que todo mundo pode aprender as mesmas coisas, no mesmo tempo e de forma linear.

O mesmo vale para outros países? 
A maioria das escolas se baseia no sistema educacional prussiano — frequência obrigatória, formação específica para os professores, currículo unificado e testes nacionais. Isso funciona bem para treinar pessoas para seguir uma direção, mas nós não precisamos de trabalhadores em série.

Em que a proposta do UnCollege difere da oferecida por universidades tradicionais?
Os benefícios em participar do programa Gap Year são inúmeros. Nosso currículo único de autoaprendizado ensina técnicas de como aprender. Reunimos autodidatas em uma mesma comunidade. Conectamos nossos seguidores a mentores que os guiam em um processo de autoaprendizado.

Como são selecionados os mentores?
Os mentores do programa são pessoas muito diferentes entre si. Fazem parte desse grupo desde investidores até executivos da Fundação Gates, passando por empreendedores e empresários listados pela Fortune. Escolhemos essas pessoas porque elas acreditam no valor de aprender por conta e desenvolvem coisas interessantes.

Você acredita que qualquer pessoa pode aprender sem ajuda da escola?
Eu acredito que todo mundo é capaz de aprender de forma independente, mas sei que nem todos conseguem fazer isso. Defender essa premissa seria tão tolo quanto dizer que todas as pessoas devem ir à escola.

Quais são seus planos para o futuro? 
Vamos expandir o UnCollege para outras cidades. Nova York e Chicago são as primeiras da lista.

Por que decidiu escrever um livro?
Escrevi um livro para explicar de forma sucinta o que é autoaprendizado. Trata-se de um assunto difícil. É muito importante para os jovens não se sentirem isolados e saber que não estão sozinhos.

Você voltaria a estudar em uma universidade em alguns anos?
De forma alguma.

Quem são as suas inspirações?
Eu me inspiro em pessoas como John Holt e Alexander Sutherland Neill. Eles foram os primeiros a disseminar essas ideias.

Você tem planos de expandir o UnCollege para outros países?
Sim, com certeza. Por ora, estamos pensando em levar o projeto para Londres, na Grã-Bretanha, e Berlim, na Alemanha.

Festa no ar: FAB diz que não tem lista dos caronas dos voos


No governo Dilma, uso de jato da FAB aumentou 39%

Uma média de 9 "autoridades" por dia voaram com aviões da FAB nos seis primeiros deste ano (a FAB mostrou uma relação de 1664 voos), um aumento impressionante de 39% comparado com o primeiro semestre de 2011, primeiro ano de Dilma no governo. A Força Aérea Brasileira, instituição de defesa do país virou táxi aéreo para se levar congressistas para festas de casamentos ou ver jogo de futebol, caso do presidente do senado, Renan Calheiros e do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves.

O uso, para casos de defesa ou representação, não é legal pelo que se mostra da relação, desconfia-se. A FAB deverá entregar a relação dos voos desde 2010, mas já adiantou que "a lista dos caronas é descartada no final do voo". Neste caso, Rosimary Noronha ou estranhos do ninho não devem aparecer em em nenhum dos voos, certamente. E estranhamente.

Como fiscalizar eventuais abusos no uso dos aviões sem os nomes dos acompanhantes não autorizados? Mais estranho é que, por norma de segurança, todos os nomes de passageiros de uma aeronave, antes do voo, tem que ser registrados. A Aeronáutica afirmou em nota que "as listas dos acompanhantes é descartada no final da viagem".

Previsão para crescimento econômico é ruim

Prévia do PIB despenca 1,4% em maio

A atividade econômica brasileira despencou 1,4% em maio, anunciou o próprio Banco Central, a pior queda desde dezembro de 2008 quando a retração chegou a -4,31%. Este índice é um indicador que antecipa os resultados do Produto Interno Bruto, a soma das riquezas do país. Este resultado é obtido após a intervenção do governo em majorar a taxa de juros como mecanismo para combater a inflação que disparou. As taxas subiram de 7,25% a 8,5% de abril a julho.
Nas mãos de Dilma Rousseff a economia vai de mal a pior. A inflação chegou a 6,7%, acima do teto máximo previsto de 6,5% e com tendência de subir. Guido Mantega voltou a afirmar que "o governo tem o controle da economia nas mãos" mas os resultados mostram ao contrário. Prova disso? Vá ao supermercado mais próximo e confira.

Dilma, demonstrando teimosia e imbecilidade, afirma que enquanto pressionarem para demitir Mantega ele continuará ministro. Nenhuma previsão dele se confirma, ironiza o Financial Times, prestigiado jornal londrino.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Planalto identifica grupo petista que tenta isolar Dilma

por Gerson Camarotti

Integrantes do núcleo palaciano já identificaram que um setor do PT trabalha para isolar a presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional. Esse grupo de petistas tem atuado em sintonia com a liderança do PMDB na Câmara e outros partidos aliados.

Recentemente, chamou atenção no Palácio do Planalto a declaração do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) de que o plebiscito para a reforma política proposto por Dilma era inviável para este ano.Vaccarezza tem influência num grupo de cerca de 20 deputados da bancada, que inclui o atual líder, deputado José Guimarães (PT-CE).

“Esse grupo petista é pragmático e avalia que Lula tem mais chance do que Dilma na eleição de 2014”, explicou um interlocutor político de Dilma ao Blog. “Esse grupo petista insiste no ‘Volta, Lula’”, completou.

Dilma já é péssima gestora. Imaginem mal assessorada.

Assessores? Tratar no Planalto.
Por Sandro Vaia

Dilma foi mal assessorada na questão da Constituinte exclusiva para a reforma política e por isso ela voltou atrás e resolveu trocar tudo por um plebiscito.

Mas Dilma foi mal assessorada na questão do plebiscito porque, entre outros problemas, não haveria tempo útil de formular uma série de perguntas tão claras, definitivas e incisivas a ponto de responder as questões controversas que formariam o perfil de uma reforma política que pudesse atender aos interesses da Nação, se é que a Nação está tão interessada mesmo numa reforma política.

Como Dilma foi mal assessorada, o PMDB, que é quem dá as cartas no Congresso, não jogou o plebiscito na lata do lixo por uma certa delicadeza, mas deixou o tema para o ano que vem, o que, em outras palavras, pode significar que deixou o tema para aquilo que antigamente se chamava de “calendas gregas”.

A mal assessorada presidente também não foi muito bem instruída na questão da importação de médicos para preencher as necessidades das comunidades mais carentes, e depois de criar atritos incontornáveis com as associações de classe, resolveu repensar a questão da importação de médicos cubanos.

Acontece o seguinte: a presidente foi mal assessorada e não sabia que o modelo de exportação de médicos cubanos, tal como adotada na Venezuela, por exemplo, era uma espécie de modalidade de exploração de mão de obra escrava, pois o governo exportador - Cuba - se apropriava da maior parte da renda originária do aluguel dos profissionais e destinava a eles uma pequena parcela desses ganhos. Péssima ideia para um país que tenta implantar um modelo de “inclusão social”.

Ia pegar mal. A presidente, mal assessorada, parece ter desistido da desastrada ideia.

A presidente, precisando desesperadamente de uma agenda positiva para apagar a má impressão da vaia do Mané Garrincha, resolveu juntar alguns milhares de prefeitos e vice-prefeitos para anunciar seu pacote de bondades e distribuir 3 bilhões de reais para aliviar as finanças mal paradas dos municípios.

Mal assessorada, a presidente anunciou 3 bilhões (que divididos por mais de 5 mil municípios não chegam a somar a média de 600 mil reais para cada um) para todos, e foi vaiada. Os prefeitos esperavam o anúncio de um aumento substancial e permanente do repasse do Fundo de Participação dos Municípios e não um mero ajutório. Por isso vaiaram.

“Ninguém sabe hoje quem apoiará Dilma em 2014”, disse o presidente do PT, Ruy Falcão, com a sabedoria dos alquimistas. Alguém será capaz de captar o verdadeiro sentido da mensagem cifrada emitida por uma eminência tão parda num momento mais pardo ainda para a popularidade e o prestígio da presidente?

Nunca antes na história deste país uma gerente tão eficiente conseguiu ser tão mal assessorada em tantos assuntos e em tão pouco tempo.

Sandro Vaia é jornalista.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Energisa propõe 1,95 bilhão para credores do Grupo Rede

Energisa firma acordo para compra do controle do Grupo Rede

11 Jul (Reuters) - A Energisa firmou acordo para compra do controle do Grupo Rede Energia, informou a companhia em fato relevante nesta quinta-feira. "O compromisso assinado é equivalente em seus termos ao compromisso anteriormente celebrado com a Equatorial Energia e com a CPFL Energia", acrescentou o Grupo Rede. O proposta de venda do controle para CPFL e Equatorial foi rescindido por não ter sido levado à votação em assembleia de credores do Grupo Rede na sexta-feira da semana passada. A decisão final sobre a proposta ainda depende de aprovação do juiz.

A Energisa propõe 1,95 bilhão de reais para o pagamento aos credores e 1,1 bilhão para investimento nas empresas. A empresa ainda propõe, entre as possibilidades de adesão, descontos no pagamento aos credores de até cerca de 75 por cento, ante descontos de até cerca de 85 por cento no pagamento aos credores na proposta comparável de CPFL e Equatorial.

A proposta da Energisa também depende de "aprovações por parte dos órgãos públicos competentes e de determinados credores e investidores", da aprovação do plano de recuperação das distribuidoras de energia elétrica, apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para levantamento da intervenção e da homologação do plano de recuperação na assembleia de credores.

O prazo da recuperação judicial do Grupo Rede termina em 15 de julho. Já o prazo da intervenção da Aneel em suas oito distribuidoras de energia acaba em 30 de agosto.

Por Juliana Schincariol, no Rio de Janeiro

O que o povo quer do governo?

Por que é tão difícil entender?
Luciano Trigo

A crise que o país atravessa desde a eclosão dos primeiros protestos contra o aumento das passagens de ônibus tem três componentes articulados:

1 — A sociedade quer transporte, saúde e educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio dos impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador.

2 — A sociedade quer o fim da impunidade, pois está cansada de ver corruptos soltos debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados.

Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso.

3 — A sociedade quer estabilidade econômica: para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle.

A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal.

Esses problemas não são de agora, nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas (e não a demandas que ninguém fez). Não é isso que vem acontecendo: todas as ações da classe política parecem movidas pela tentativa de tirar proveito da situação e desenhadas para que tudo continue como está.

É bom que se diga que não são somente os políticos que espantam pela surdez diante dos gritos coletivos de irritação e impaciência, dos protestos que não têm dono nem liderança.

A julgar pelo que se viu em algumas mesas da Flip, muitos intelectuais também se entregam com facilidade à tentação leviana e arrogante de transformar a crise não em oportunidade para um debate consequente, mas em pretexto para oportunistas e demagógicas tentativas de embutir suas próprias agendas secretas e pautas obscuras nas bandeiras das manifestações populares: a tal “crise de representação”, por exemplo, se transformou em escudo para as propostas mais escalafobéticas, envolvendo extinção dos partidos e uma suposta “democracia direta”.

Essa crise não será resolvida por palavras mágicas como “plebiscito” ou “reforma”, nem por manobras da velha política que fazem pouco caso da inteligência das pessoas, nem pela demonização da mídia, nem por espertezas toscas de bastidores, nem por tentativas de cooptação e de controle do movimento social, nem por frases de efeito.

As verdadeiras bandeiras da população que foi às ruas não têm nada a ver com guinadas à esquerda ou à direita, nem com palavras de ordem radicais ou fascistas, nem com a paranoia do golpismo.

As verdadeiras bandeiras do grosso da população que foi às ruas têm a ver, isto sim, com um anseio urgente e definitivo por eficiência e ética na atuação de todos os políticos, de todos os partidos, de todos os poderes, de todas as esferas do poder. Aliás, todos são pagos para isso, com o nosso dinheiro.

Por que isso é tão difícil de entender?

Luciano Trigo é jornalista e escritor.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A espionagem americana: Dilma soube pelos jornais

Como assim? Eles nos espionam?
A estupefação da presidente Dilma Rousseff diante das notícias de que os americanos espionam o Brasil é digno de risos.

Primeiro porque ela ficou sabendo pelos jornais, aliás, pelo o Globo que publicou, em detalhes, o que o mundo já sabia. Isto é, nossa inteligência de contra espionagem descobre as safadezas do inimigo pelos jornais. Segundo, a reação pífia da diplomacia comandada pelo Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, demonstra pura inocência diante da prática comum entre países que detém alta tecnologia: todo mundo esta de olho em todo mundo.

Aliás, os russos, em matéria de espionagem, são melhores que os americanos. E fazem isso no Brasil, como a China, esta sim, campeã em vasculhar conversas, e-mails e projetos e estudos científicos - como na nanomedicina - e industriais, em todo mundo. Ninguém entende como os chineses produzem um produto tão rápido quanto o lançamento original. Fácil: todo projeto é bifado do computador, prontinho.

Franceses, japoneses, ingleses, coreanos invadem nossos computadores a todo instante. Aliás, todos os dias o seu computador é invadido e você nem sabe. Quer uma informação assustadora?

Nos seis primeiros meses deste ano o filtro AppRiver analisou 15 bilhões de mensagens. Cerca de 13 bilhões eram spam e 171 milhões, vírus, inclusive exploits - um dispositivo que usa um sistema remoto que pode tomar conta do seu computador, enxergar tudo, até o que você está vendo pela câmera, roubar dados, inclusive senhas.

Recentemente o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, acusou a China de estar envolvida em práticas de ciberespionagem. "O governo e militares chineses são responsáveis por várias invasões detectadas nos sistemas de informações norte-americanos", denunciou Hagel. E os americanos fazem o mesmo, o tempo todo, muito antes do U-2 ser derrubado pelos soviéticos.

O Brasil é alvo dessas ações por razões simples. Hoje o país concentra o maior número de terroristas por m2 no mundo, de todas as crenças, ideologias e tipos possíveis e imagináveis. E os alvos do terror, claro, estão de olho. 

Aliás, sobra uma pergunta: ter um diplomata no comando das Forças Armadas de um país e com a capacidade de Celso Amorim, quem precisa de inimigo? Mas, fiquem tranquilos porque temos a Abin, Agência Brasileira de Inteligência, também conhecida como Os Trapalhões. Estamos seguros! Eles assinam todos os jornais brasileiros.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Plebiscito cai na câmara dos deputados

Dilma derrotada: Câmara derruba plebiscito
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e os líderes partidários reunidos durante duas horas decidiram que o plebiscito sugerido por Dilma Rousseff para valer em 2014 é inviável. A ideia morreu.

O PT, partido derrotado, no entanto, não desistiu da ideia da sua realização, mas as manifestações dos petistas, percebe-se, é mais para "não deixar a Dilma sozinha" como se estivesse abandonada.

O próprio partido já sabia da inviabilidade da convocação de uma constituinte - um absurdo inenarrável saído da cabeça de alguém mentalmente avariada -  e do plebiscito, uma tentativa de desviar o foco das imensas manifestações de protestos em todo país contra a falta de gestão da presidente.

Pesquisa aponta que povo não acredita no congresso nacional

Partidos políticos são corruptos para 81% dos brasileiros

A Ong Transparência Internacional divulgou pesquisa que mostra que 81% dos brasileiros acham que os partidos políticos são “corruptos ou muito corruptos” e o congresso nacional é desacreditado por 72% dos pesquisados. Estas pesquisas são parte do programa Barômetro Global da Corrupção 2013.

Cerca de 70% dos entrevistados acreditam que a corrupção atinge a polícia e 55% apontam o sistema de saúde. No nível de desconfiança o poder judiciário aparece na lista com 50% de descrença sequido do funcionalismo público com 46%, imprensa 38% ONGs e setor provado 35%, igreja 31% e militares, 30%. A pesquisa mostra que o setor público brasileiro atingiu nota de 4,6 no grau de corrupção, numa escala de 1 a 5. Constata-se que 68% dos entrevistados estão dispostos a denunciar atos de corrupção. No mundo este índice é 80%.

O levantamento atingiu 114 mil pessoas em 107 países. Em 51 deles a população diz que a corrupção é comum em todos os partidos.

Porque São Paulo comemora 9 de julho

Ilustração para convocação dos paulistas contra a ditadura de Vargas

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Em 1929, com quebra da Bolsa de Nova Iorque e a queda do preço do café no Brasil - o seu principal produto de exportação - o país evoluiu para uma das suas piores crises econômicas.

O presidente era o paulista Washington Luiz que indicou o conterrâneo Júlio Prestes como candidato as eleições de 1930. Minas Gerais e Paraíba formaram uma chapa de oposição aos paulistas apoiando o candidato Getúlio Vargas, então governador do Rio Grande do Sul.

Júlio Prestes ganhou as eleições presidenciais. Getúlio denunciou fraude eleitoral e, por um golpe de estado, tomou o poder em novembro de 1930 permanecendo como ditador até 1945. Em regime de exceção, suspensas as eleições, os governadores e prefeitos eram indicados por Vargas e eram chamados de interventores. O estado paulista foi severamente prejudicado (Vargas nomeou um pernambucano como interventor de São Paulo) e o povo saiu as ruas em protesto contra o regime pedindo uma nova constituição e eleições livres com intensa participação dos trabalhadores e estudantes universitários.

Getúlio Vargas, além de populista era autoritário e mantinha uma polícia política temida e perigosa chamada "captura". Numa das manifestações, em 23 de maio de 1932, os soldados de Vargas mataram os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo dai surgindo a sigla MMDC, símbolo da resistência paulista.

Em 9 de julho daquele ano eclodiu a guerra chamada Revolução Constitucionalista: São Paulo se armou para combater o governo federal, esperando, em vão, o apoio prometido das tropas de Minas, Rio e Mato Grosso. Centenas de soldados paulistas morreram em combate. Três mil brasileiros morreram e cerca de cinco mil feriram-se em combate cessado em 28 de setembro com a rendição dos paulistas.

O ideal paulista prevaleceu e a constituição foi promulgada em 1934 e trouxe alguns avanços democráticos. Em 1950 Vargas volta ao poder como presidente eleito. Covardemente suicida-se em 24 de agosto de 1954 acusado do atentado contra o jornalista e ferrenho opositor, Carlos Lacerda, ocorrido 19 dias antes. Lacerda sobreviveu. O ditador se foi.

Getúlio Vargas suicidou-se dia 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete de onde se negava a sair, exceto morto. O tiro foi no coração, dado por ele mesmo, deixando uma carta explicando seu gesto. Foi acusado como autor do atentado contra o jornalista Carlos Lacerda,
O ditador Getúlio Vargas.
Comoção no enterro de Vargas.
Jornalista Carlos Lacerda, vítima do atentado na rua Toneleros, em Copacabana, no Rio, a mando de Getúlio Vargas. Os 4 acusados do atentado foram condenados a prisão.

Os envolvidos eram todos do governo de Getúlio
Soldados paulistas preparados para combater as tropas federais.

Manifestações contra a ditadura de Getúlio Vargas


Fifa levou todo lucro

Copa sem hospitais, sem escolas, sem segurança...
Copa não melhorou turismo

Em defesa do investimento de quase 30 bilhões na construção de estádios para abrigar a copa e obras que ficaram inacabadas ou cairam, falava-se no retorno com o fortalecimento do turismo.

Mas, segundo levantamentos recentes, 85% dos torcedores que foram aos estádios durante a Copa das Confederações moravam no estado onde o jogo foi realizado. Nem o turismo interno foi afetado, embora a Embratur afirme que houve movimentação de R$ 311 milhões durante os 15 dias do evento. O que se sabe é que o dinheiro dos mais de 802 mil ingressos vendidos a Fifa levou tudo.

Para quem investiu US$ 30 bilhões, esse valor é merreca e de longe cobra os custos produzidos pelo evento (infra-estrutura temporária de tendas e barracas, equipamentos para a transmissão dos jogos por TV e internet e organização do evento, sorteios). Nessa conta não estão os custos de reformas e construções de estádios.

Somente 3% dos ingressos foram comprados por estrangeiros. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas disse que faltaram turistas. Uma das fontes de dados foi colhido pelo SPC.

Entre os que foram (62% homens, 59% solteiros, 60% entre 18 a 34 anos, 75% das classes A e B) o consumo restringiu-se ao consumo no setor de restaurantes e 70% não compraram suvenires.

Cerca de 62% dos torcedores entrevistados disseram que o Brasil está despreparado para organizar a Copa do Mundo no ano que vem. Levantamentos mostram que a Fifa vai faturar, líquido com a Copa no Brasil mais de R$ 5 bilhões.

E o país continuará sem hospitais, sem escolas, sem segurança...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Muito além da falta de médicos

Importação de médicos e os cursos de Medicina
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Por Roberto Lobo

O problema da saúde pública no Brasil vai muito além da deficiência no número de médicos e sua distribuição regional. No entanto, este tem sido o foco principal das discussões, embora um médico sem salário e carreira dignos, sem infraestrutura em recursos humanos e materiais, sem programas eficientes de saúde pública governamentais, pode até melhorar o atendimento, mas não resolve os problemas de saúde do Brasil.

Enquanto os Conselhos de Medicina, em sua argumentação, reclamam do excesso de cursos, alguns realmente de qualidade duvidosa, sempre dão a entender que já temos médicos em excesso, por isso são contra a criação de novas escolas. Só que este argumento não é verdadeiro. O Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde, tem 1,7 médicos por habitante, abaixo da maioria dos países semelhantes a nós em desenvolvimento e PIB, conforme mostra a Tabela abaixo.

Médicos por mil habitantes – Dados da Organização Mundial da Saúde

Cuba 6,72
Rússia 4,31
Austrália 3,85
Uruguai 3,74
Coréia do Norte 3,29
México 2,89
Reino Unido 2,77
EUA 2,67
Coréia do Sul 2,02
Brasil 1,76
China 1,46
Chile 1,04
África do Sul 0,77
Índia 0,65

Portanto, cabe perfeitamente estabelecer uma política de crescimento ordenado do número de médicos, desde que haja um adequado controle de qualidade destes profissionais. Um exame dos Conselhos poderia ser um avanço.

Por outro lado, nossa carência não é tanta que implique na exigência de um programa de importação de médicos em larga escala e sem critérios claros de seleção. Muito mais importante seria apoiar os médicos formados no Brasil para que se decidam ir para o interior desde que possam contar com uma boa infraestrutura, bom salário e comunicação rápida e eficaz com os centros médicos mais avançados no Brasil.

Nada contra que se estimule a imigração de médicos competentes aprovados em exames de suficiência bem elaborados e justos. O que se estranha é o açodamento para trazer médicos em quantidade sem a necessária verificação de suas competências profissionais. Quais os critérios para importar os médicos? Avaliações de suas faculdades originais ou definição dos países considerados como produtores de médicos de excelência ou via convênios pontuais e específicos?

A tabela sugere, talvez, a origem da pressão governamental pela importação ampla de médicos estrangeiros, uma vez que há países com óbvio excesso de médicos, que gozam da simpatia ideológica do atual governo e que o governo federal tem se desdobrado para agradar.

Existem no Brasil juízes sem medo. Ainda bem.

Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF
Para azar da seita que venera corruptos, Joaquim Barbosa é um homem honesto

Por Augusto Nunes

O ministro Joaquim Barbosa já esclareceu que nunca figurou em listas de passageiros da FABTur. Quando viaja entre Brasília e o Rio de Janeiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal usa passagens aéreas da cota a que têm direito todos os integrantes da corte. Foi o que fez na última sexta-feira de maio, quando embarcou para o fim de semana em seu apartamento no Rio.
 
Na tarde de 2 de junho, convidado por Luciano Huck, Barbosa assistiu no camarote do apresentador da Globo ao jogo entre o Brasil e a Inglaterra. Ele não estava no Maracanã na final da Copa das Confederações. Estes são os fatos. O resto é coisa dos blogueiros de aluguel a serviço dos corruptos que o ministro não tem medo de punir. São eles os responsáveis pela disseminação de invencionices que eventualmente confundem também jornalistas íntegros.
 
Como já não pode esconder que é chefiada por sacerdotes bandidos, a seita lulopetista mantém ativada 24 horas por dia a usina de mentiras destinadas a provar que todos os brasileiros são gatunos ou vigaristas. Os decentes são milhões, avisa a revolta da rua. E estão indignados com a turma contemplada pelo governo com a licença para roubar impunemente.
 
A infâmia do momento tenta convencer a plateia de que não há diferenças entre uma viagem regular do relator do mensalão e a farra aérea protagonizada por gente como Lula, Rose Noronha, Sérgio Cabral, Garibaldi Alves, Renan Calheiros ou Henrique Alves. Infelizmente para o bando que venera quadrilheiros, o ministro nada fez de ilegal ou imoral.
 
Logo serão julgados os derradeiros recursos dos condenados pela roubalheira descoberta em 2005. Os participantes das manifestações de protesto exigem o cumprimento das penas fixadas pelo STF. A última esperança da quadrilha é arrastar o relator para o pântano. Não vão conseguir. Para desgraça dos mensaleiros, e para sorte do país que presta, os defeitos do presidente do STF não incluem a desonestidade.
Joaquim Barbosa não está na mira do clube dos cafajestes pelos surtos de intolerância ou por espasmos populistas. Não virou alvo pelos erros que comete, mas por ter deixado muito claro que existem no Brasil juízes sem medo.

domingo, 7 de julho de 2013

Mercado de trabalho perde o fôlego

A crise na economia brasileira aponta para um indicador perigoso: a taxa média de desemprego parou de cair, estabilizou e dá sinais que vai subir. 

O mercado de trabalho perdeu fôlego. Em 2012  o desemprego foi de 5,5% da população economicamente ativa. Até então o índice vinha se mantendo aquecido pelos incentivos do governo ao consumo contrapondo-se com o baixo crescimento do PIB. Os números agora desnudam a realidade. Analisando-se a relação entre o salário médio do empregado ao ser admitido e no seu desligamento é um indicador.

No começo deste ano essa medição foi de 97%, isto é, a pressão salarial foi de 2,8% no período analisado. Mas, em maio, a medição foi de 93% indicando a dificuldade de recrutamento de mão de obra.

Outro indicador mostra mudanças no mercado: empregados que pedem demissão em busca de salário melhor. Em 2007 esse índice era de 21%. Em 2012 chegou a 29,1% e não avança, devendo cair.

O espírito político prostituto da presidente na hora das alianças


Queda de popularidade de Dilma dificulta alianças

Depois que as pesquisas mostraram a vertiginosa queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff - redução de 27 pontos, segundo a Datafolha - as alianças políticas para 2014 começaram a andar em "slow motion". 

O PDT já definiu que os acordos serão finalizados no ano que vem, somente, mesmo já  tendo o Ministério do Trabalho nas mãos. Idem o PRB que ocupa o Ministério da Pesca. O PSD, partido do Kassab que encaixou Afif Domingues no Ministério da Micro e Pequena Empresa, botou o pé no freio quanto ao apoio a Dilma no ano que vem.

Se falta qualidade de gestão em Dilma sobra o espírito político prostituto da presidente que não se sentiu envergonhada em montar 39 ministérios para abrigar tantos fisiologistas. Ela demonstra que não está preocupada com o país, mas em manter o poder a custa de bilhões jogados no lixo para abrigar tantos ministros aliados, verdadeiros "políticos de programa" comprados com cargos e outras vantagens obtidas em condições espúrias.

Ideologia? Ética? Decência? 
Como ter Maluf, Collor, Sarney, Renan, Feliciano como seus maiores aliados, todos no mesmo saco? Basta o dono do saco não ter nenhuma vergonha na cara.

Dilma não merece respeito.
Por isso é que o povo protesta.

sábado, 6 de julho de 2013

Ministro Guido Mantega cai este mês

Guido Mantega virou piada no mercado internacional
Vai começar a degola

Diante de tantos imbróglios e resultados negativos da economia, Guido Mantega, há quase 8 anos ministrando a pasta, vai cair. Mantega herdou uma política econômica estável e tentou incluir o pensamento da esquerda na condução do processo. Deu no que deu: inflação alta e sem controle, governo desacreditado, previsões que nunca se cumprem e piadas. O país virou uma piada no cenário internacional. E ninguém leva a sério o alvo da piada.

O crescimento medíocre do produto interno bruto, alta do dólar, queda nas exportações levou o país a bancarrota. O maior patrimônio brasileiro, a Petrobras, está quebrado com dívidas impagáveis de 7 bilhões de dólares. Corrupção sem controle, protestos e péssima gestão conduzem Dilma ao isolamento político.

Sua cartada final é trocar o Ministro da Economia e tentar reverter o que parece irreversível.
O fraco Guido Mantega cai este mês.

Paulo Henrique Amorim condenado a prisão

Heraldo Pereira, jornalista da TV Globo


A frase endereçada a Heraldo Pereira, jornalista da TV Globo, é do também apresentador da TV Record, Paulo Henrique Amorim e lhe valeu a pena de um ano e oito meses de reclusão. A pena por "injúria preconceituosa" foi substituída por outra, restritiva, ainda não definida. Por ter completado 70 anos, Amorim teve a pena diminuída em três meses considerando a "atenuante de senilidade".

Pereira foi criticado por Paulo Henrique em 2009, num blog que mantém na internet. Disse que o jornalista da Globo é um "negro de alma branca" e que "não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde".

Amorim, condenado por injúria preconceituosa.

A desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio considerou a manifestação veiculada no blog de Amorim como desrespeitosa e acintosa e que foi "nítida a intenção de ofender a honra" de Pereira.

Em outra ação, por danos morais, Amorim entrou em acordo com Heraldo retratando-se publicamente, inclusive com anúncios em jornais e doando R$ 30 mil reais a uma instituição de caridade.

Barbosa não usou avião da FAB para assistir jogo da seleção

Ministro Joaquim Barbosa
Tão logo a imprensa noticiou os abusos cometidos pelos presidentes do Congresso e da Câmara dos Deputado, Renan Calheiros e Henrique Alves, que usaram aviões da FAB para ir em festa de casamento e assistir jogo da seleção de futebol, a mídia pró-comunista rapidamente publicou que o Ministro Joaquim Barbosa também teria praticado o mesmo desatino.

Realmente Barbosa viajou de Brasília ao Rio de Janeiro, onde mora e também se confirmou sua presença no Maracanã, ao lado do filho no amarote de Luciano Huck e Angélica. Porém, segundo nota do STF, Barbosa viajou só, em avião de carreira pago com a cota destinada aos ministros, como faz há dez anos, desde que empossou no STF.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Dilma Rousseff está isolada

Presidente tenta recompor base no congresso

Isolada politicamente a presidente Dilma tenta recompor a base no congresso após atritos com o PT e aliados do governo por conta da proposta de plebiscito. Diante da crise gerada pelas imensas manifestações populares, a presidente percebeu estar ficando só, largada pelo PT e deixada de lado pelo padrinho que viajou para a África. 

Ela se reuniu com os líderes do PT pedindo ajuda para reorganizar a base de apoio esfacelada com a tentativa frustada de convocar uma constituinte e depois o plebiscito. Os deputados do PMDB ensaiam uma rebelião contra Michel Temer que disse de manhã sobre a impossibilidade da realização da consulta e a tarde se desdisse afirmando o aposto. A reforma política pretendida pela presidente soa para a oposição e para os aliados como uma tentativa de fugir do foco dos protestos.

Após a reunião desta sexta feira, o líder do governo na casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), confirmou o pedido de ajuda e comentou no final: 

“A viola está desafinada”.

O PMDB já afirmou, em nota, que só aceita o plebiscito se for realizado em 2014, junto com a eleição presidencial. Isso já desautoriza Michel Temer que tenta dizer o contrário e demonstra a total falta de competência da presidente eleita com fama de gerentona mas que está mandando mal.

Dilma está isolada pelo próprio PT.

PMDB tem a chance de tornar-se um partido sério

Para a plateia

Luiz Garcia, O Globo

A recente agitação nas ruas, apesar do mau comportamento de uma minoria — o que parece ser infelizmente inevitável —, despertou nos políticos brasileiros, cujo instinto de sobrevivência é reconhecidamente notável, o desejo de convencerem a opinião pública de que, como ela, também se preocupam em melhorar o desempenho da administração pública.

Isso explica a recente crítica do PMDB ao governo federal. Na última terça-feira, a Executiva Nacional do partido, depois de três horas de discussão, divulgou uma nota com críticas tão pesadas quanto surpreendentes à administração da presidente Dilma Rousseff.

O PMDB chegou a sugerir que ela reduza o número de ministérios, para enxugar a máquina do governo e reduzir os seus gastos. O vice-presidente Michel Temer participou da reunião e se esforçou, sem êxito algum, para baixar o tom das críticas à administração de Dilma.

Outros aliados do governo, como Amauri Teixeira, vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, acusaram o PMDB do feio pecado de adotar o discurso da oposição. O senador petista Jorge Viana, por exemplo, reconheceu que existe um gigantismo no governo — mas acrescentou que “muitos jogam para a plateia”.

Na verdade, muitos observadores diriam, com razão, que a plateia realmente preferiria menos ministérios e mais ações concretas de verdadeiro interesse público.

O PMDB pode estar agindo de forma oportunista, mas certamente procura, pelo menos, ter o aplauso da opinião pública — inclusive dos eleitores que não costumam votar nele. O novo — alguns diriam novíssimo — discurso do partido vai ao encontro do que pensa a fatia do eleitorado que não costuma votar em candidatos aliados do PT.

Pode dar certo com essa guinada, principalmente — talvez exclusivamente — junto aos cidadãos que enxergam no gigantismo da máquina do governo um dos seus defeitos, talvez o mais grave deles.

Mas a nova atitude do partido pode também ser vista como puro oportunismo. A resposta da opinião pública talvez tenha essa opinião, concordando com os petistas que acusam o PMDB de “jogar para a plateia”.

Em geral, como provam diversos episódios da história política do país, o eleitor brasileiro costuma saber a diferença entre posições políticas sinceras e guinadas que têm cheiro de manobras, supostamente sinceras, quando, na verdade, não passam de tentativas de ir ao encontro do que pensa a maioria do eleitorado.

Desprezo pelo dinheiro do povo começa pelos líderes do congresso

Renan devolverá
R$ 32 mil por uso indevido de avião da FAB

Depois de negar que usou indevidamente um avião da FAB para ir a um casamento, o presidente do Congresso Nacional recuou e anunciou que pagará R$ 32 mil aos cofres públicos. No dia 15 de junho ele e convidados viajaram num avião da Força Aérea Brasileira entre Maceió, Porto Seguro e Brasília.

Ele foi a Porto Seguro e participou da festa de casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), amigo de Renan e líder do governo no Senado. Ao questionado pelos jornalistas sobre o uso indevido do avião e se pagaria pela viagem, o presidente do senado disse que não e explicou que isso está previsto em lei: "Deixa eu explicar. O avião da FAB usado por mim é um avião de representação. E eu o utilizei como tenho utilizado sempre, na representação como presidente do Senado", disse quarta feira. Hoje Renan Calheiros decidiu pagar pela viagem.

O povo mal deixou as ruas protestando contra os abusos praticados pela nobreza política e o presidente do senado mostra que ninguém apreendeu nada. Henrique Alves, presidente da Câmara dos Deputados e do PMDB, como Renan usou um jato da FAB para levar a família dele e da namorada para assistir o jogo do Brasil, no Maracanã.

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB-RN), também usou um jato da FAB para assistir um jogo da copa das Confederações.
 
O desrespeito pelo dinheiro público já vem de longe.
Será preciso mais que protestos para acabar com a farra.

Inflação de junho acima da meta


Inflação chega a 6,7% ao ano

Índice está acima do teto da meta e assusta governo e empresários

A inflação oficial chegou em junho na casa dos 6,7%, acima do teto da meta estabelecida pelo governo, apesar da leve desaceleração do IPCA (0,26% em junho para ),37% em maio). Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os alimentos tiveram alta de 0,05% em junho e a pressão maior ocorreu com o setor dos transportes.

As medidas adotadas pelo governo para conter a inflação pouco ou quase nada tem afetado nos resultados. Dilma quer reunir empresários para pedir mais investimentos. O país tem importado mais que exportado e a desconfiança na condução da economia brasileira é muito grande entre investidores internacionais.

Mantega anunciou que o governo deve realizar um corte de despesas de custeio em torno de R$ 15 bilhões para compensar as isenções de tributos dados para combater a inflação.

O medo e subserviência de Michel Temer

Vice-Presidente Michel Temer com Dilma: a tarde desdisse o que afirmara pela manhã sobre o plebiscito
Michel Temer amarelou diante de Dilma

Michel Temer, líder do PMDB e, por acidente, vice-presidente do Brasil, perdeu a voz, a vergonha e, quem sabe, o respeito dos seus liderados ao demonstrar medo e subserviência claramente captados nas suas pré elaboradas falas e comunicados.

De manhã Temer, a respeito da intenção de Dilma Rousseff impor um plebiscito, disse que era impossível sua realização e aplicação dos resultados nas eleições de 2014.

A tarde, envergonhado, desdisse o que afirmara horas antes e anunciou que o governo ainda quer a reforma política.

A marcha-a-ré envergonhou seus companheiros de partido e da base governista que torcem contra a realização da consulta popular vista mais como maneira de Dilma tirar o foco dos protestos que mobilizaram todo país contra a corrupção e falta de gestão.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Não precisamos importar médicos, mas de investimentos na saúde brasileira


São "comissários políticos" e não médicos cubanos

Dilma Rousseff quer trazer seis mil médicos cubanos para o Brasil, segundo ela, para resolver o problema da saúde pública no país, como se médico com caneta e bloco de receita pudesse representar alguma solução no caos que o setor se transformou.

Na verdade faltam hospitais e os existentes estão em situação precária. Prova disso se tem todos os dias: anos de espera para uma cirurgia e meses para uma consulta com especialista. Faltam agulhas de sutura, seringas e medicamentos. Faltam equipamentos mais simples para exames. Imagine os de avançada tecnologia. Superlotação e caos se vê todos os dias nos hospitais brasileiros.

A excelente qualidade da medicina cubana é lenda, dizem especialistas na área. Idem a qualidade profissional dos médicos cubanos que é contestada em todo mundo. Hoje o curso de medicina em Havana tem duração de 5 anos, 3 dos quais destinados a doutrinação política (marxismo-leninismo, movimento operário cubano e a “revolução de Fidel”). Somente os filiados do Partido Comunista de Cuba podem cursar a faculdade. Curioso é que o currículo técnico e a bibliografia é da Escola Norte-Americana de Medicina que substituiu a russa.

Um médico cubano que trabalhou em Pernambuco contou que o governo brasileiro - na época, Fernando Henrique Cardoso - pagava ao governo de Cuba R$ 3.000 por mês, mas que ele só recebia R$ 700. Parte desse valor financiava os espiões que controlavam os médicos no país de trabalho.

Na verdade a Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba forma "comissários políticos" travestidos de "médicos da família". Estudantes brasileiros doutrinados lá depois são trazidos de volta ao Brasil para "plantar a semente revolucionária que aprenderam lá".

Quando deixam Cuba para trabalhar em outro país deixam também alguém da família como "refém". Isso evitaria deserções, como ocorre na Venezuela, onde os passaportes são retidos na embaixada.

A negativa do governo de autorizar que os "médicos cubanos" sejam submetidos a avaliações no Brasil é o medo de que eles realmente não sejam aprovados.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Avião da FAB é usado para mordomia do congresso

Enquanto o povo gritava nas ruas contra a corrupção e desmandos políticos,
 Henrique Alves fazia festa com a família usando avião da FAB

Presidente da Câmara levou família para ver seleção com avião da FAB

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), usou um avião da Força Aérea Brasileira para levar a noiva Laurita Arruda e outros parentes de Natal ao Rio de Janeiro para assistir o jogo final da Copa das Confederações, no Maracanã. A FAB usou um avião C-99 que decolou de Natal na sexta feira a noite e retornou domingo, após o jogo no Rio. Tentando justificar, Alves afirmou que tinha um "almoço" marcado com o prefeito do Rio, Eduardo Paes e aproveitou para levar a turma. Ao reconhecer o erro admitiu pagar pouco mais de 9 mil reais por conta das "passagens" dos familiares.

C-99, Erj 145 da FAB usado para a festa no Rio
Sinceramente,  alguém acredita mesmo que Henrique Alves tinha reunião marcada com o prefeito carioca, num domingo, na hora do jogo da seleção?

Do Maracanã o próprio Alves usou o twitter para comemorar a vitória brasileira e sua namorada postou fotos do grupo, no meio da torcida.

Milhões de pessoas foram para as ruas protestar contra a falta de vergonha na cara dos governantes e, na mesma semana, o presidente da câmara ignora tudo isso e faz festa com dinheiro público.



terça-feira, 2 de julho de 2013

Mensaleiros na cadeia, pede o povo


74% dos brasileiros querem Dirceu na cadeia

Roberto Gurgel, procurador-geral da República disse que a sociedade anseia ver os condenados do mensalão na cadeia. Ele citou a pesquisa Datafolha que mostra que 74% da população brasileira quer José Dirceu e seus companheiros de crimes de corrupção e formação de quadrilha, presos imediatamente. Nas manifestações que explodiram em todo país cantava-se "Dirceu não perde por esperar, a cadeia é o seu lugar". 

A pesquisa Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios e 74% disseram que querem a prisão imediata dos réus, 14% disseram que os réus merecem novo julgamento e 12% não opinaram.

O julgamento condenou 25 indiciados e 12 foram absolvidos. O STF compreendeu que houve o esquema de desvio de dinheiro público para a compra de votos de parlamentares para aprovar projetos de Lula no congresso. O Supremo ainda analisa os recursos apresentados pela defesa dos réus após a condenação.

Recorda-se que o STF, no caso do deputado Donadon, considerou os recursos meramente protelatórios e determinou a sua prisão. O mesmo pode ocorrer com Dirceu, João Paulo, Genoíno, Delúbio e demais membros da quadrilha do PT.

Aprovação de governadores e prefeitos despenca com Dilma

Não foi só a Dilma: Alckmin, Cabral, Haddad e Paes, caem também

Após as gigantescas manifestações populares, Geraldo Alckmin e Sérgio Cabral, governadores do PSDB e PMDB de São Paulo e Rio de Janeiro despencaram no índice de aprovação popular segundo pesquisa Datafolha divulgada hoje. Os prefeitos de São Paulo e Rio, Fernando Haddad do PT e Eduardo Paes do PMDB, também perderam muito prestígio entre a população.

Em apenas três semanas Alckmin caiu 14 pontos (DIlma perdeu 27 no mesmo período). Ele tinha 57% de aprovação e hoje, 38%. Fernando Haddad caiu 16 pontos, saindo de 34% para 18%. Seu índice de ruim e péssimo subiu de 21% para 40%.

No Rio o Sérgio Cabral enfrentou a fúria da população e despencou 30 pontos e sua soma de ruim e péssimo é de 36%. O prefeito Eduardo Paes, do Rio, caiu de 50% de aprovação para 30%.

A presidente Dilma Rousseff caiu de 57% para 30 no índice de aprovação popular. A voz das ruas vai gritar mais alto, especulam analistas políticos. As centrais sindicais anunciam uma greve geral para 11 de junho acusando Dilma de não ter cumprido a agenda do trabalhador.