domingo, 24 de agosto de 2014

As urnas eletrônicas brasileiras não são confiáveis

Por que Estados Unidos, França, Alemanha e Japão ainda não confiam em voto eletrônico?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza  |   Atualizado em 11.03.2020

Ao alegar que houve fraude nas eleições que o elegeram em 2018, Jair Bolsonaro trás à tona a questão da insegurança do chamado voto eletrônico. O presidente diz ter provas de que se elegeu no primeiro turno. Os especialistas são claros: o sistema de votação eletrônica não é confiável e são passíveis de fraudes. Mas a juíza Rosa Weber, analfabeta no tema, diz que as urnas são absolutamente confiáveis tal e qual afirmou Dias Toffoli, quando no comando do TSE.

A corte da Alemanha, por exemplo, diz que a votação eletrônica não atende o Princípio de Investigação das Eleições, exigido na constituição da Alemanha que prevê que qualquer cidadão possa conferir seu voto, sem necessitar de muitos conhecimentos técnicos para tal. Estados Unidos, Japão e França, idem.

A implantação do sistema biométrico apenas pode evitar que eleitores fantasmas votem mas não impedirá a ocorrência de fraude no sistema de votação. Um país envolvido em corrupção eleitoral, a Venezuela de Maduro, usa urna eletrônica e sistema de biometria.

Insegurança evidente

Em julho de 2017, durante a maior conferência de hackers do mundo, a Defcon, todos os modelos de urnas e sistemas eletrônicos de votação testados, inclusive as urnas fabricadas no Brasil, foram violados em menos de duas horas. Segundo Ronaldo Lemos, representante do MIT Media Lab no Brasil, “as urnas foram hackeadas até por conexão wi-fi insegura”, sem contato físico com a peça. Não apenas as urnas mas todo processo de programação pode ser alterado. A insegurança aumenta quando a justiça se nega a aceitar a impressão do voto eletrônico, isto é, a comprovação em quem o eleitor votou, em papel, além do voto eletrônico.

A alegação é mais suspeita: que o custo seria alto. O valor certamente poderia ser pago pelos vinhos premiados que abastecem e servem a casta especial que habita "nosso supremo tribunal" ou pelo dinheiro que vem sendo recuperado da corrupção praticada pelos que defendem as tais urnas sem impressão do voto. 

Sistemas eletrônicos vulneráveis

O professor universitário Diego Aranha alertou para a fragilidade do sistema de urnas eletrônicas do Brasil durante entrevista no programa de Danilo Gentili, na Band TV. Aranha, que é especialista em segurança da informação, apontou que o sistema tem vários estágios de vulnerabilidade passíveis de fraude e com relativa facilidade. Mesmo diante dessas evidências, Dias Toffoli, presidente do TSE, afirma o contrário, mas negou-se a realizar testes públicos com as urnas.

As urnas eletrônicas, "orgulho nacional" para muitos brasileiros, segundo doutores em segurança digital, são manipuláveis e sujeitas a fraude interna e externamente. Isso significa dizer que o sistema pode ser invadido e alterado por operadores internos do processo ou por hackers. Essa fragilidade já foi tema discutido no congresso nacional, mas por razões desconhecidas, o assunto não prosperou contrariando as exposições feitas por Aranha que em 2012 coordenou os testes públicos das urnas eletrônicas e conseguiu quebrar o único dispositivo que dava segurança ao sigilo do voto.

Estranhamente o TSE recusa a ideia da impressão do voto. O eleitor, depois de votar na urna eletrônica , poderia obter a comprovação do seu voto, em papel impresso pela própria máquina. O voto em papel seria depositado numa urna anexa e seria o confronto para a contagem.

Alemanha, Japão, França e Estados Unidos não usam

A justiça da Alemanha proibiu o uso de urnas eletrônicas pela facilidade de fraude que ela proporciona. E por que o Japão, França e os Estados Unidos também continuam utilizando sistemas de apuração voto a voto, no papel, paralelamente com o voto eletrônico? Porque, ainda, o processo eletrônico não garante sigilo e confiabilidade nas apurações.

O sistema de urnas denominadas DRE, de primeira geração - Direct Recordind Eletronic - entre vários processos é o mais atrasado de todos. Ele grava o voto em memória mas não permite que o eleitor confira se o seu voto foi registrado corretamente. Dezenas de países que avaliaram o sistema brasileiro, recusaram as urnas.

Existem máquinas de segunda e terceiras gerações que usam o sistema biométrico, permite a conferência do voto, imprimem os votos e garantem sigilo do votante.


Dois vídeos mostram o funcionamento de urnas eletrônicas de terceira geração

sábado, 23 de agosto de 2014

Ex–funcionaria cubana recomienda no creer en el régimen de Fidel


Concepción Hernández Barbón é cubana e aconselha que não acreditem no regime comunista de Fidel Castro. Depois de tanto tempo servindo ao regime ela chegou aos 65 anos vivendo de rações dadas pelo governo - tudo em Cuba é racionado - e morando em um casebre.  A revolução cubana levou o povo ao inconformismo, falta de reconhecimento e uma vida sem esperanças. Melhor que criticar é ouvir um testemunho real. 




sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Racionamento de comida na Venezuela

Falta tudo na Venezuela: racionamento do que?

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O socialismo pregado, aplaudido e defendido por Dilma Rousseff e seu mentor, Luis Inácio Rosemary da Silva, não funciona na Venezuela, também. Tal e qual na extinta União Socialista Soviética e em Cuba, a escassez de alimentos e a fome atingem a população e tudo passa a ser controlado em forma de rações. Há filas para a compra de produtos que nunca chegam aos supermercados. 

Nicolás Maduro acaba de lançar na Venezuela um controle de compras que restringe a venda de alimentos nos supermercados para uma unidade por pessoa e apenas dois dias por semana. A população tem que ser fichada e recebe uma senha que funciona na forma de rodízio conforme, o final de cada uma. Isto é, donos de fichas finais 1, 2, 3 e 4 podem comprar na segunda feira. Finais 5, 6, 7 e 8, nas terças e quartas. As senhas 9 e 0 compram nas quintas e sextas. O controle é biométrico.

Diante de um grave quadro de escassez, inflação alta e violência desenfreada - 65 mortes por dia -, a população foi as ruas para protestar. O governo socialista bolivariano repreendeu com violência matando 40 jovens opositores e provocando quase mil feridos.

O racionamento já existe em Cuba desde de que Fidel Castro tomou o poder e implantou uma ditadura de esquerda violenta e criminosa. Seu ministro Ernesto Che Guevara defendeu os fuzilamentos durante discurso na ONU.

Este é o regime que a esquerda propõe para o Brasil.

sábado, 16 de agosto de 2014

El fracaso del comunismo en Cuba / A falência do comunismo cubano

Internet em casa é proibida em Cuba. Só em 2013 surgiram as primeiras lan house sob controle da ditadura.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Imagine um país onde é proibido internet em casa, onde os canais de televisão que você está autorizado a assistir livremente são do governo, onde existe apenas um jornal oficial e qualquer manifestação é controlada e seus líderes são presos?

Isso é Cuba. Lá não existe eleição, as liberdades pessoais são restritas - para viajar você precisa de autorização do governo - o salário gira em torno de 20 dólares, há filas para comprar um simples pão que é restrito a um por pessoa e, se você tiver que se internar num dos péssimos hospitais do país, tem que levar roupa de cama, produtos de higiene e os medicamentos você paga quando encontra em alguma farmácia, a preços exorbitantes.

O acesso à internet só pode ser feito em algumas salas públicas - 118 em todo país -com poucos computadores ou em hotéis que cobram preços altíssimos, por hora. No país existem um milhão de computadores e somente metade está ligada às redes. O Brasil tem cerca de 120 milhões, 3 para cada grupo de cinco habitantes.

Faz apenas dois anos que o governo autorizou a venda livre de computadores no país para particulares. Os preços são altos demais para a realidade cubana onde um médico recebe 50 dólares por mês. Quando recebe. Os celulares foram autorizados no país somente em 2008 e somente agora a população está liberada para criar seu próprio negócio como um bar, café ou restaurante. Antes, só com aprovação do governo que também controlava a venda de produtos agrícolas.

O sistema comunista em Cuba não conseguiu sobreviver depois da derrocada da URSS que lhe enviava muito dinheiro. Com dois velhotes comandando a ilha, Cuba vai se esvaziando, sem liberdade, sem opções, sem esperanças.

LEITURAS RELACIONADAS:
O mito da medicina cubana
O fracasso da Revolução Cubana

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Confiança da construção piora segundo FGV


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

Pela quinta vez consecutiva cai o Índice de Confiança da Construção segundo medição da Fundação Getúlio Vargas. A queda no trimestre foi de 10,3% e é o pior resultado desde outubro de 2011. A piora é maior (menos 12,4%) se se considerar a relação inter-anual.

Cerca de 12.400 postos de trabalhos na construção civil foram eliminados no mês de junho deste ano, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego. O recuo foi de 0,38%. Somente no Rio Grande do Sul foram extintos 1.511 vagas de trabalho.

Nos seis primeiros meses de 2014 em todo país a geração de vagas no setor caiu 45,04% comparado com igual período de 2013.

As vendas de produtos da construção civil, no acumulado do ano, caíram 3,5%. Durante a copa do mundo, em junho, as vendas despencaram e chegaram a assustar e só recuperou uma parte em julho com um aumento nas vendas de 22%, em relação ao mês anterior, isto é, apenas compensou. Esses dados são de uma pesquisa da Universidade Anamaco que realiza mensalmente um levantamento no setor.

O varejo de material de construção pode subir 3,5% este ano em comparação com o ano anterior que já havia registrado aumento de 4,4% em relação a 2012. Porém, com os índices de baixo crescimento apontando abaixo de 0,8% e a inflação disparando, esses índices devem cair.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Caso Pasadena: só um idiota faria um negócio tão mal feito

Um dos mais lesivos negócios realizados pela Petrobras pelas mãos de Dilma Rousseff: um bilhão e 200 milhões de prejuízos aos cofres públicos

Adriana Valdoni é comentarista no programa Preto no Branco, da TV Pantanal e, na sessão Prosa e Política, comentou sobre o escandaloso caso da compra da refinaria de Pesadena que deu um prejuízo que sobe a US$ 1 bilhão, claro, de dólares. Ela conta uma historinha bem simples de um negócio muito mal feito. Uma história absurda, mas que aconteceu de verdade. Um fato real. Por isso o PT está processando Adriana.


Pra entender a patifaria do caso Pasadena

Dilma Rousseff era presidente do Conselho da Petrobras quando a refinaria brasileira resolveu comprar metade da refinaria Belga de Pasadena, no Texas, por US$ 360 milhões, um valor quase nove vezes maior que os belgas pagaram por ela, US$ 42 milhões. 

Tempos depois, quando a Petrobras percebeu que aquela sociedade era péssima, tentou sair fora. Mas tinha uma cláusula no contrato que obrigava a Petrobras comprar a outra metade, em caso de desavenças. A justiça deu ganho a Astra Oil e a Petrobras teve que bancar mais US$ 820,5 milhões, totalizando um prejuízo de US$ 1,2 bilhão por uma sucata que não valia 42 milhões de dólares.

O que disse Dilma Rousseff, então presidente do conselho da Petrobras? Que ela desconhecia a cláusula. E está, por enquanto, ilesa. E candidata.

sábado, 9 de agosto de 2014

Planalto invade site para intimidar jornalistas

Palácio do Planalto frauda perfís de Míriam Leitão e Alberto Sardenberg no Wikipédia


Os perfis dos jornalistas Miriam Leitão e Alberto Sardenberg, no Wikipedia, foram alterados através de computadores do governo federal interligados a rede do Serviço Federal de Processamentos de Dados. Nos dois casos as alterações visavam intimidar os jornalistas e ridicularizar suas atividades profissionais incluindo frases que classificam suas análises como desastrosas.

Esta é a segunda fraude cometida contra eles. A identificação dos IPs apontou para a Casa Civil, Instituto de Tecnologia, Ministério da Justiça e Secretaria Geral da Presidência. Miriam se confessou indignada em ver que o crime está sendo cometido dentro do Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff disse que é inadmissível e vai pedir " investigações internas". Numa demonstração de que é mentalmente perturbada, a presidente chegou a dizer que "quem quiser fazer individualmente que faça, mas não coloque o governo no meio”.

Em maio deste ano o site do Wikipédia foi invadido "por desconhecidos" - agora identificados como funcionários do próprio governo - que escreverem críticas e afirmações desqualificadoras de Miriam e Sardenberg.

No meio jornalístico ninguém se surpreende com os fatos por considerar que, de onde vem ataques, intimidações e ameaças são esperadas em nível baixo.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Método usado no Brasil não alfabetiza

A afirmação é do professor emérito da Universidade Livre de Bruxelas, José Morais que estuda a psicologia cognitiva associada à educação.


Por Leonardo Vieira, O Globo
21/07/2014 6:00 / ATUALIZADO 21/07/2014 11:22

Doutor em desenvolvimento da cognição e psicolinguística, o português José Morais defende o envolvimento da neurociência na alfabetização para reformar os pensamentos pedagógicos. Em agosto ele virá ao Brasil para VII Seminário Internacional, promovido pelo Instituto Alfa e Beto (IAB), em Belo Horizonte. Na mesma cidade, ele também participará do II Forum Mundial de Dislexia.

Que contribuição a psicologia cognitiva pode dar à pedagogia?

A psicologia cognitiva examina os processos mentais em uma grande variedade de situações, incluindo as de aprendizagem. A pedagogia será, portanto, mais bem fundamentada se levar em conta o que a psicologia cognitiva nos mostra sobre a percepção, a atenção, a memória, a imaginação, o pensamento, e sobre o desenvolvimento de todas estas capacidades. E até sobre as relações entre a cognição e a motivação, por um lado; e as emoções e os afetos, por outro lado.

E no caso da alfabetização?

A psicologia cognitiva nos mostra, entre muitas outras descobertas, que a leitura de textos não é uma elaboração contínua de hipóteses sobre as palavras do texto, mas sim, um processo automático, não intencional e muito complexo de processamento das letras e das unidades da estrutura fono-ortográfica de cada palavra, que conduz ao seu reconhecimento ou à sua identificação.

Como é a relação entre a atividade cerebral e a leitura?

A leitura visual não se faz nos olhos, mas no cérebro — a retina, embriologicamente, faz parte do cérebro. Não há leitura sem uma atividade cerebral que mobiliza vastas regiões do cérebro e, em primeiro lugar, a chamada Área da Forma Visual das Palavras. Ela se situa no hemisfério esquerdo do cérebro e não é ativada por palavras escritas nos indivíduos analfabetos. Nos alfabetizados ela é ativada fortemente, e o seu grau de ativação aumenta à medida que a criança aprende a ler. No leitor competente, a leitura de um texto baseia-se no reconhecimento ou na identificação das palavras escritas sucessivamente. À medida que elas são processadas, essa informação é enviada para outras áreas cerebrais que se ocupam do processamento da língua, independentemente da modalidade perceptiva (em particular, o processamento semântico e sintáxico), assim como da codificação da informação na memória de trabalho verbal e do acesso à memória a longo prazo. Tudo isso permite a compreensão do texto e a sua interpretação e avaliação.

Considerando essas atividades cerebrais, existe uma idade ideal para alfabetização? Qual seria?

Hoje sabemos que a plasticidade cerebral é muito maior e mais longeva do que imaginávamos há 30 anos, variando segundo o tipo de aquisição. Cognitivamente, as crianças podem aprender a ler aos 5, 6, 7 anos, sem que a diferença de idade se reflita mais tarde em diferenças de habilidade de leitura. Há crianças que aprendem a ler antes dos 5 anos, mas generalizar isso não parece desejável, porque para o desenvolvimento global da criança, é indispensável que ela passe muito tempo brincando e se relacionando com os outros.

Mas é correto fixar uma idade padrão para alfabetizar?

É uma obrigação social e moral que o Estado fixe a idade de início da alfabetização. Se as crianças da elite aprendem aos 5 ou 6 anos na família ou em colégios particulares, não está certo que as do povo só sejam alfabetizadas (capazes de ler com compreensão e de escrever) aos 8 anos. Está se desviando a atenção daquilo que realmente é importante: a política certa, política de reprodução de privilégios ou política pública realmente democrática.

Suas pesquisas ressaltam a importância dos sons atrelados à palavra escrita e clamam para que a alfabetização tenha mais exercícios fonéticos. Como eles devem ser?

De modo geral, devem ser atividades que conduzam a criança a compreender o princípio alfabético, isto é, o que as letras (mais exatamente os grafemas, o que inclui dígrafos como “ch”) representam. Não sons da fala, mas sim as unidades elementares que os linguistas chamam de fonemas e das quais a criança não toma consciência espontaneamente pelo simples fato de ser exposta a material escrito.

Qual a importância do ditado e da leitura em voz alta nesse contexto?

O ditado e a leitura em voz alta só intervém, obviamente, quando o aluno já entendeu o principio alfabético e já adquiriu o conhecimento de um número suficiente de relações fonema-grafema e grafema-fonema. Ambos são muito importantes para assegurar o sucesso da alfabetização. Através do ditado, aluno e professor podem ir avaliando o conhecimento da ortografia, e, através da leitura em voz alta, eles não só vão avaliando a precisão da leitura como o aluno vai ganhando fluência, rapidez na leitura, que é essencial para a automatização do reconhecimento das palavras escritas e para deixar os seus recursos cognitivos (de atenção, de associação, de memória) para a compreensão do texto.

Os exercícios fonéticos podem ser aplicados ainda na pré-escola?

Na pré-escola é importante verificar a qualidade fonética da fala da criança e também solicitar dela a tomada de consciência de relações como a da rima (mão – pão) ou de partilha de sílaba (va- em vaca e vala) e de fonema (fazer com que a criança se aperceba de que há algo comum no início de porta, pato, pilha, pele, punho). Tudo isso são passos sucessivos que preparam a criança para a sua alfabetização.

É possível aprender a ler de forma natural como aprender a falar, como prega a teoria construtivista?

Se fosse possível aprender a ler de forma natural, como se aprende a falar, não haveria falantes analfabetos, não haveria necessidade de escolas para alfabetizar, não haveria toda esta bagunça a propósito da alfabetização. Claro que se baseia em algo de natural: a linguagem, uma capacidade que resulta da nossa evolução biológica enquanto espécie. Os sistemas de escrita, inventados por civilizações antigas para representar a linguagem (e também, inicialmente, objetos e ideias), são realizações culturais que vão muito além da nossa evolução biológica e que, para serem reproduzidas de geração em geração, exigem intencionalidade, instituições, dispositivos, ensino.

O método de alfabetização proposto pelo Ministério da Educação do Brasil hoje se enquadra em qual teoria? Como o senhor avalia a alfabetização brasileira?

Infelizmente, baseia-se na crença construtivista — chamo de crença porque contraria o conhecimento científico atual. No Pisa (programa internacional de avaliação de estudantes, na sigla em inglês), não houve variação significativa entre a primeira versão, de 2000, e a última, de 2012. O Brasil está muito abaixo da média dos países e quase 80 pontos abaixo de Portugal, que tem a mesma língua, o mesmo código ortográfico, e as diferenças de dialeto deveriam até ser mais favoráveis à alfabetização no Brasil. Só 1 em mil adolescentes brasileiros lê no nível mais alto de desempenho estabelecido pelo Pisa. A taxa de analfabetismo continua demasiado alta e, sobretudo, quase metade da população não lê de maneira competente. O Ministério da Educação não pode continuar a manter uma proposta de alfabetização que não alfabetiza.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A história de uma caloteira


Cristina é uma péssima dona de casa, adora bajular as pessoas com presentes, frequenta bons restaurantes e  se veste bem. Não lhe faltam jóias e sapatos e seus filhos tem carros do ano. O problema é que Cristina não tem um salário que cubra tantos gastos e, frequentemente, socorre-se a empréstimos bancários. Sua conta vive no vermelho e, na hora de acertar o pagamento dos empréstimos, reclama dos juros bancários.

Ao longo dos anos ela acumulou muitas dívidas. Cobrada com insistência, sem resultado, parte dos seus credores concordaram em receber apenas 30% do valor real da pendência. Orientada a não gastar mais que ganha, Cristina prometeu se corrigir.

Mas a festa da gastança não parou.

Pela quinta vez, novamente as dívidas se acumularam. Cristina, de novo, prometeu pagar parte dos credores com 30% do valor apenas alegando que a vida estava difícil. Alguns concordaram em receber pelo menos isso pra não perder tudo, mas muitos dos credores, dessa vez, disseram não. Queriam receber tudo. O caso foi levado à justiça.

Para convencer o juiz da sua boa intenção, Cristina quis pagar os credores que aceitaram menos. Mas o juiz, conhecedor da sua longa história de caloteira, sentenciou: os que aceitaram receber menos serão solidários com os que querem receber a dívida integral. Se Cristina não pagar o que deve a todos, ninguém recebe.

Cristina não tem mais crédito e não pode comprar em nenhuma loja porque seu nome foi negativado. E ainda leva o nome de caloteira. E quem quer negociar com caloteiros?

Cristina reclama dizendo que os banqueiros são abutres, que cobram juros altíssimos. Alguns acreditam na lorota. Como Dilma, sua amiga de infância, que está cometendo a mesma asneira.

Dilma: pontapé na concordância verbal e uma rasteira na coerência.

“O que é (sic) R$ 10 mil?”, desdenha Dilma.

Por Augusto Nunes

Há quase dois anos, ao festejar na TV o fim da pobreza extrema em território brasileiro, Dilma Rousseff explicou que só pode ser enquadrada nessa categoria gente cuja renda mensal é inferior a 70 reais. Qualquer quantia acima disso, portanto, é suficiente para que se atravesse 30 dias sem maiores aflições. Na sabatina da Folha, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, uma curtíssima resposta-pergunta da presidente bastou para reduzir a farrapos a fantasia de Princesa Isabel dos Miseráveis.

“O que é (sic) R$ 10 mil?”
(Dilma chutando a concordância)

Quase no fim da sabatina, um dos entrevistadores perguntou-lhe por que guarda em casa 152 mil reais em espécie. Dilma enrolou-se em explicações tão consistente quanto os prognósticos econômicos de Guido Mantega. Outro jornalista ponderou que, se depositasse a bolada numa caderneta de poupança, lucraria perto de 10 mil reais em um ano. “O que é 10 mil?”, deixou escapar a presidente, desferindo simultaneamente um pontapé na concordância verbal e uma rasteira na coerência. (Vídeo O que é (sic) dez mil reais?)

Com a quantia que desdenhou, Dilma poderia, por exemplo, comprar 3.333 bilhetes do metrô paulista. Ou manter 12 brasileiros acima da linha da miséria durante um ano. Ou, ainda, bancar pelo mesmo período 11 beneficiários do Bolsa Família. Com R$ 10 mil, a presidente também poderia pagar 37 jantares no restaurante Eleven, onde costuma baixar durante “escalas técnicas” em Lisboa. Ou 10 noites na suíte menos cara do hotel Four Seasons Ritz, também em Lisboa. Se preferisse a suíte presidencial, como em janeiro, teria de reduzir em alguns maços a pilha de cédulas escondida no Palácio da Alvorada para completar a diária de R$ 26,2 mil.

Os R$ 152 mil que mantém ao alcance da mão (e que lhe permitiriam comprar à vista um Mercedes CLA 200 zero quilômetro) incorporam a dona da bolada a um reduzidíssimo grupo de brasileiros. Só guardam em casa tanto dinheiro vivo os agiotas ultraconservadores, os sonegadores do Fisco, os bicheiros da velha guarda, os sovinas patológicos e, sabe-se agora, uma presidente da República. É a única em toda a comunidade formada em economia, o que faz de Dilma Rousseff também a única economista do mundo que acha um bom negócio investir debaixo do colchão.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Catástrofe na economia brasileira

O fim do Brasil?

Algo próximo a uma catástrofe está por acontecer, em menos de um ano, no Brasil. Esta previsão é da Empiricus Research, uma empresa de pesquisas e previsões financeiras. A candidata Dilma já está tentando calar a publicidade dessa empresa, veiculada pela internet e os motivos alegados são os mesmos utilizados contra o Santander - que covardemente demitiu o analista de mercado - por publicar uma nota em que afirma que a bolsa sobe quando Dilma cai nas pesquisas, um fato. O principal banco alemão acabou de repetir o mesmo conselho.

E, de um modo geral, a população ignora os fatos relevantes que vem ocorrendo com a economia do país e toca a vida como se nada anormal estivesse ocorrendo. Embora os sinais sejam mais perceptíveis nos supermercados por conta da inflação alta, a economia, em todas as áreas, está entrando em colapso. Com sua estagnação o desemprego aumentará de forma dramática e os salários retrairão consideravelmente. O crédito ficará restrito e as vendas despencarão. Haverá grande endividamento das famílias.

Os fatos analisados correspondem com as previsões: o crescimento da economia é um dos menores desde 1990 e deverá fechar 2014 menor que 0,9%; registrou-se a maior queda na oferta de postos de trabalho desde maio de 92; péssimo resultado nas contas públicas na história do país; o pior deficit na conta corrente em maio e uma taxa de juros que explodirá em 2015 - em torno de 12% -, quando os Estados Unidos aumentarão a sua para atrair investimentos. Soma-se a inflação alta, muito acima da previsão de 4,5% e além do teto de 6,5%.

Pior que tudo isso é que a inflação anunciada não é verdadeira considerando que muitos preços são manipulados pelo governo, como da gasolina, energia e tarifas de transporte. Hoje ela gira em torno de 10% se se desconsiderar seu atual congelamento.

De 1990 a 1994, a inflação anual média foi de 1.210% enquanto o crescimento do PIB não passava de 1,3%. Estamos voltando a essa época. Respirava-se desconfiança e não havia investimento privada em meio ao caos de tabelamentos de preços e planos econômicos para tentar conter uma alta mensal de 80%.

Os investidores estão sendo orientados a não investir no Brasil por conta de suas ações econômicas restritivas, prática de erros constantes e excesso de interferência do Estado no mercado. Felipe Miranda, sócio da Empiricus Research, prevê que o caos econômico provoque instabilidade social com o aumento de assaltos, roubos, sequestros, latrocínios e sugere que "governos desesperados podem tomar atitudes desesperadas" como bem conhecemos da vizinha Venezuela e Argentina. Pra não sair do nosso território, relembre que Collor bifou seu dinheiro no banco.

Uma das possibilidades é o aumento de impostos sobre movimentação financeira. Comprar dólar e euro é a sugestão que mais se ouve de especialistas da área. A Empiricus Research lançou uma campanha chamada O Fim do Brasil? onde ensina como proteger seu dinheiro.

Entre otimistas e pessimistas deposite sua confiança em quem não acredita em papai noel, coelhinho da páscoa e político ético. O resto é ditadura.

Dilma na sabatina da CNI: uma presidente pra lá de “Fugujima”


Por Reinaldo Azevedo

Na sabatina de que participou na Confederação Nacional da Indústria, a presidente Dilma Rousseff voltou a atacar o que chamou de “surtos de pessimismo”, afirmando, para certo espanto geral, que uma das marcas de sua gestão foi ter “resgatado a política industrial, superando preconceito dos que, durante muito tempo, disseram que o Brasil não precisava de política industrial”. Huuummm… Quais são exatamente as medidas do governo Dilma que podem ser consideradas uma “política industrial”? A rigor, com uma administração um pouquinho mais competente das políticas monetária e cambial e com outras prioridades, nem seria necessário ter uma “política industrial”.

A fala da presidente Dilma indica que o governo perdeu a capacidade de enxergar o que vem adiante. Administram-se dificuldades contingentes, com incentivos aqui, desonerações ali… Não é, obviamente, política industrial. Na verdade, não chega a ser nem política econômica.

A presidente falou coisas que afrontam escandalosamente a verdade. Referindo-se à crise de 2008, afirmou a nossa soberana: “Preparamos a base para a retomada do crescimento. Não desorganizamos a economia, como se fazia no passado. Não recorremos sistematicamente ao FMI”. Ah, presidente! Esse tipo de conversa pode funcionar para outro público; pode servir para a retórica palanqueira… Mas na CNI? O partido que votou contra o Plano Real e recorreu ao STF contra a Lei de Responsabilidade Fiscal vem dizer que “não desorganizamos a economia como no passado”? E não custa lembrar: o país só recorreu ao FMI em 2002 por causa do risco PT. O mercado levava o partido a sério e acreditava que ele iria fazer o que prometia. Ou por outra: apostou que o PT fosse intelectualmente honesto e praticasse o que pregava. Felizmente, os petistas não acreditavam no seu próprio credo.

Num dado momento de sua exposição, Dilma se atrapalhou toda: subtraiu 4 de 13 e encontrou 7. Corrigiu-se em seguida e chegou a 9. Tentou falar do furacão Katrina, mas se atrapalhou e se referiu “àquilo” — cujo nome não se lembrava (era o tsunami) — que aconteceu, segundo ela, em Fugujima, seja lá onde fique essa cidade. Ninguém entendeu nada. Mas, creiam, não foi o momento mais confuso de sua exposição. Foi apenas o mais engraçado.

Dilma participava da sabatina no dia em que veio a público a informação de que a economia americana cresceu acima da expectativa. No horizonte de curto prazo, estão a elevação dos juros americanos e a possível fuga do Brasil de investimentos de curto e de médio prazo. Nesta terça, o FMI anteviu que essa é uma das precondições que podem jogar a economia brasileira numa nova crise. Guido Mantega tentou desancar o FMI. Os fatos pendem para o lado do Fundo. O que Dilma tem a dizer a respeito?

Na década de 70, Caetano lançou a música “Qualquer Coisa”, em que se ouve: “Você tá pra lá de Teerã”… Dilma está pra lá de “Fugujima”!!!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Banco alemão alerta seus investidores sobre o "risco" Dilma.

E aí, Dilma: vai ameaçar o banco alemão, também?

O Deutsche Bank passou a alertar seus clientes sobre a possibilidade de Dilma Rousseff reeleger-se e causar danos em seus investimentos. Na análise do banco alemão espera-se uma eleição que só se decida no segundo turno. 

Segundo o jornal Estadão, "em nota enviada a clientes ontem, o estrategista para mercados emergentes do Deutsche Bank, Hongtao Jiang, rebaixou o peso dos títulos soberanos do Brasil em dólar de “neutro” para “underweight” (abaixo da média dos títulos que compõem a carteira sugerida para mercados emergentes), o que levaria os investidores a reduzir as suas aplicações nos papéis brasileiros em favor de outros países emergentes."

A nota do banco alerta que Dilma usa apelo populista para conseguir votos e que o mercado possa estar muito otimista com uma possível melhora do Brasil num segundo mandato da candidata. Segundo comunicado do banco, "o nível atual de preços dos títulos brasileiros não compensa o risco" considerando o atual quadro da economia brasileira com inflação alta, baixo crescimento, piora  na balança de pagamentos e falta de melhor perspectivas da economia agora e depois das eleições.

O comunicado diz que “a popularidade dela continuará caindo nas pesquisas de opinião decorrente do péssimo momento da economia e também em razão de uma crise de energia, uma investigação no congresso e dificuldades ao sediar a Copa do Mundo”.  A nota do banco alemão também vê chances de Lula substituir Dilma.

Jiang lastreou sua análise no comportamento populista de Dilma que já anunciou um reajuste de 10% nos valores do Bolsa Família e a correção do IR em 4,5% para o próximo ano além de considerar que a inflação continua alta. Ele avalia que, havendo havendo racionamento de energia, o ritmo industrial cairá piorando a economia.

E agora, Dilma, vai ameaçar o banco alemão também como fez com o Santander no Brasil?

PMDB: o aliado do caos

Michel Temer: presidente do PMDB

O PMDB, que um dia foi um partido de luta pela democracia, já colecionou em suas fileiras nomes de políticos éticos e de respeito. Ulysses Guimarães foi um deles. Hoje transformou-se no mais fisiologista, entre todos, e principal responsável pela sustentação de um governo autoritário e corrupto, comandado por uma prostituta política que criou 39 ministérios para abrigar a sanha desavergonhada dos partidos apoiadores.

O nome maior do partido hoje é Michel Temer, o rei da corda bamba. Especializado em colar-se no poder, Temer habituou-se no humilhante processo de engolir sapos. Por exemplo, quando Dilma pregava o plebiscito, Temer dizia que era inviável. Publicamente Dilma jogou um caminhão de melancias sobre o "corajoso constitucionalista" e Temer recuou, covardemente e, rapidamente, soltou uma nota afirmando que era a favor do plebiscito desde criancinha. 

Como MDB, Movimento Democrático Brasileiro, fundado em 1966 para se opor ao regime militar instaurado em 1964, o partido acolheu comunistas do PCB e PCdoB, dissidentes do PSD e PTB. O MDB tinha ideologia, tinha um norte.

Mas, em 1980, com a sigla alterada para PMDB, o partido transformou-se num ônibus sem destino lotado com passageiros sem ideais. Um saco de gatos. Um partido que faz qualquer negócio, desde que permaneça no poder.

Principal aliado do PT num desastrado governo que aplaude ditaduras e assiste posse de defunto na presidência de um país, o PMDB ainda carrega a oportunidade de se transformar no salvador de uma nação se elegesse como prioridade a defesa da democracia no lugar do seu fisiologismo vergonhoso.

terça-feira, 29 de julho de 2014

O Estado e o capitalismo

Dilma Rousseff: terrorismo explícito contra o mercado financeiro

Merval Pereira, O Globo / Da coluna do Noblat

Concordo com a presidente Dilma, que classificou ontem o que está acontecendo no mercado financeiro de “inadmissível” e “lamentável”, mas tenho a visão oposta à dela: o que é inaceitável é um governo, qualquer governo, interferir em uma empresa privada impedindo que ela expresse sua opinião sobre a situação econômica do país. Sobretudo uma instituição financeira, que tem a obrigação de orientar clientes para que invistam seu dinheiro da maneira mais rentável ou segura possível.

Numa democracia capitalista como a nossa, que ainda não é um “capitalismo de Estado” como o chinês — embora muitos dos que estão no governo sonhem com esse dia —, acusar um banco ou uma financeira de “terrorismo eleitoral”, por fazerem uma ligação óbvia entre a reeleição da presidente Dilma e dificuldades na economia, é, isso sim, exercer uma pressão indevida sobre instituições privadas.

Daqui a pouco vão impedir o Banco Central de divulgar a pesquisa Focus, que reúne os grandes bancos na previsão de crescimento da economia, pois a cada dia a média das análises indica sua redução, agora abaixo de 1% este ano.

Outro dia, escrevi uma coluna sobre a influência da economia nos resultados eleitorais, e o incômodo que a alta cúpula petista sentia ao ver análises sobre a correspondência entre os resultados das pesquisas eleitorais e os movimentos da Bolsa de Valores: quando Dilma cai, a Bolsa sobe.

Essa constatação, fácil de fazer e presente em todo o noticiário político do país nos últimos dias, ganhou ares de conspiração contra a candidatura governista e gerou intervenções de maneiras variadas do setor público no privado.

O Banco Santander foi forçado a pedir desculpas pela análise enviada a investidores sugerindo que prestassem atenção às pesquisas eleitorais, pois, se a presidente Dilma estancasse a queda de sua popularidade ou a recuperasse, os efeitos imediatos seriam a queda da Bolsa e a desvalorização cambial. E vice-versa.

O presidente do PT, Rui Falcão, já havia demonstrado que o partido governista não se contenta com um pedido de desculpas formal, como classificou a presidente Dilma: “A informação que deram é que estão demitindo todo o setor que foi responsável pela produção do texto. Inclusive gente de cima. E estão procurando uma maneira de resgatar o que fizeram”.

Ontem, na sabatina do UOL, a presidente Dilma disse, em tom ameaçador, que terá “uma conversa” com o CEO do Banco Santander.

Mas não foi apenas o Banco Santander que sofreu esse assédio moral por parte do governo. Também a consultoria de investimentos Empiricus Research foi acusada pelo PT de campanha eleitoral em favor do candidato oposicionista Aécio Neves, tendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatado o pedido para que fossem retirados do Google Ads anúncios bem-humorados do tipo “Como se proteger de Dilma” e “E se Aécio ganhar”.

Justamente é este o ponto. A cada demonstração de autoritarismo e intervencionismo governamental, mais o mercado financeiro rejeita uma reeleição da presidente Dilma, prepara-se para enfrentá-la ou comemora a possibilidade de que não se realize.

Isso acontece simplesmente porque o mercado é essencialmente um instrumento da democracia, como transmissor de informações e expressão da opinião pública.

Atitudes como as que vêm se sucedendo, na tentativa de controlar o pensamento e a ação de investidores, só reforçam a ideia de que este é um governo que não tem a cultura da iniciativa privada, e não lida bem com pensamentos divergentes, vendo em qualquer crítica ou mesmo análise uma conspiração de inimigos que devem ser derrotados.

Um dos sócios da consultoria Empiricus Research, Felipe Miranda, afirmou em entrevistas que não se intimidará, e fez uma constatação óbvia. “O que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento”.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ineficácia do método global/construtivista é provada em laboratório

Método fônico alfabetiza melhor e mais rápido, diz neurocientista
Stanislas Dehaene: a ineficácia do método construtivista está provada não só em laboratório, mas em centenas de experimentos realizados em inúmeros países.

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza / Atualizado em 12.03.2020

Stanislas Dehaene, matemático e neurocientista francês, afirmou que o método fônico é o mais eficiente e que uma criança pode ser alfabetizada, em português, em menos de um ano. Na maioria das escolas públicas brasileiras, com métodos lastreados em teorias construtivistas, as crianças chegam ao 9º ano com sérias dificuldades para ler, escrever e interpretar o que leu. Todas as avaliações indicam isso, inclusive a última, patrocinada pela Unesco: nossos alunos do Ensino Básico atingiram níveis de proficiência "abaixo do básico e básico" e muito pouco do adequado e quase nada do avançado.

Esta foi uma das mais importantes conclusões de Dehaene durante uma palestra no seminário promovido pela Secretaria da Educação de Santa Catarina e transmitida, ao vivo, para mais de 2000 diretores, supervisores, coordenadores e professores da rede estadual.

O cérebro impõe a sequência

Segundo matéria publicada na página da Secretaria da Educação de Santa Catarina, Dehaene garantiu que “embora desagrade a muitos, não se aprende a ler de cem maneiras diferentes. Cada criança é única, mas, quando se trata de alfabetização, todas têm basicamente o mesmo cérebro que impõe a mesma sequência de aprendizagem. Quanto mais respeitarmos sua lógica, mais rápida e eficaz será a alfabetização”.

Milhares de estudos em laboratório mostram que "os cérebros ativam os circuitos corretos para a leitura quando a criança aprende a relação de sons e símbolos gráficos ganhando velocidade e autonomia para lerem palavras novas, de forma muito mais rápida", disse o cientista. "O atual método utilizado no Brasil, o construtivismo, é ineficaz e isso está provado não apenas em laboratório mas em centenas de experimentos realizados em inúmeros países. E esses conhecimentos científicos estão reorientando as políticas públicas em vários deles" - cita o site da Secretaria da Educação de Santa Catarina. Portugal é um deles.

Método global: construindo cidadãos analfabetos

O novo ministro da educação de Portugal, Nuno Crato, aboliu as teorias de Piaget e colocou a neurociência na sala de aula. Ferrenho crítico do que ele chama de "eduquês", Crato sempre questiona como o método construtivista quer construir cidadãos que chegam ao ensino médio, analfabetos: "o jovem não consegue entender o que lê numa revista ou jornal. Que cidadão e esse?" - pergunta. Em pouco menos de três anos promoveu uma grande revolução no ensino português, até então, como o Brasil, nas últimas colocações do Pisa. Nuno Crato não abre mão de um ensino rigoroso, lastreado em conteúdos curriculares (Português, Matemática, História, Geografia, Ciências e Inglês), metas, avaliações e mérito.

O construtivismo propõe que as crianças não sejam "adestradas" com a repetição de sílabas mas se preocupa em fazer as crianças darem mais atenção ao significado das palavras. 

"O problema é que o cérebro precisa decodificar para ler, só consegue prestar atenção no significado quando a leitura ganha certa velocidade e que conseguimos isso muito mais rápido com o método fônico", explicou Dehaene.

Classes iguais, resultados diferentes

E o cientista contou uma experiência realizada na França que resume bem a situação vivida nos países que utilizam a teoria do método global. Crianças, do mesmo nível socioeconômico, foram divididas em dois grupos: um foi alfabetizado pelo método global e o outro, pelo fônico. No final da escolarização os alunos que haviam sido alfabetizados pelo método global/construtivista não só liam mais lentamente, como tinham mais dificuldades para compreender textos, dos que os que haviam aprendido pelo método grafo-fonológico.

A explicação é simples: as crianças alfabetizadas pelo método fônico são ensinadas, primeiro, a decodificar e, após, conhecer a relação dos sons/letras. Na sequência elas são ensinadas a ganhar fluência com a leitura automatizada - o cérebro não é ocupado para decodificar, mas para compreender o que lê - conquistando total autonomia no processo de leitura/compreensão. O diagnóstico clássico de alunos ensinados pelas teorias construtivistas é o oposto: os alunos, depois de uma leitura difícil, não se lembram do começo da frase.

Em português uma criança de 5 anos levaria bem menos de um ano para aprender a ler, compreender e escrever. Porém, mesmo diante de evidências científicas, o Ministério da Educação do Brasil - que vinha sendo conduzido por por políticos e não por especialistas na área, como em 2019 - insistiam no mesmo projeto pedagógico, todos os anos, ao longo dos últimos 30, com péssimos resultados. Todas as avaliações internas e externas mostram isso.

Como funciona o ensino estruturado

Dehaene aponta algumas sugestões: - A escola precisa ser organizada para a aprendizagem. Um ambiente atrativo facilita o processo da leitura. O docente tem que observar em que nível de progressão a criança se encontra e uma avaliação permanente, por parte do professor e a autoavaliação do aluno, são essenciais para esse processo.

Além do método fônico, ele destacou a importância do ensino estruturado, que é feito uma sequencia que respeita a lógica de como o cérebro aprende, começando do simples para o complexo, ensinando uma letra de cada vez, começando pelas mais regulares na sua relação com os sons, as mais fáceis de serem pronunciados separadamente e pelas mais frequentes. Ele também destaca a importância dos erros e da recompensa, o reconhecimento pelos avanços. “Os erros são mais úteis para a aprendizagem do que os acertos, mas só se a criança receber logo o feedback da correção. Ela não deve ser castigada, mas deve ser corrigida e reconhecida, elogiada por seus avanços”.

- Exercícios abundantes e diversificados adequados ao nível de progressos da criança são outros elementos da receita de sucesso de Dehaene. “Se não diversificarmos, as crianças memorizam os exercícios sem aprender a decodificação que lhes permitirá ler qualquer palavra”. Os programas Alfa e Beto foram mencionados pelo pesquisador como bons exemplos de ensino estruturado de alfabetização a partir do método fônico.

O projeto piloto de Jafa


Com a concordância da secretaria da educação municipal, a diretora da Escola Emeief Norma Mônico Truzzi, de Jafa (distrito de Garça, SP) elaborou um projeto piloto com método fônico para ser aplicado nos últimos 70 dias letivos de 2019. Recém empossada, Miriam Nitcipurenco de Souza não aceitava o mesmo projeto pedagógico que vinha sendo repetido por décadas, com péssimos resultados. Utilizando apenas os livros de português, do método Alfa e Beto, os alunos terminaram o ano com total autonomia em leitura e escrita. Em 2020 a secretaria adotou o método para a sua escola.

"Antes do fônico a gente falava uma língua estranha que os alunos não compreendiam. Hoje até a disciplina melhorou, eles conseguem ler, compreender, elaborar textos estruturados, respeitando pontuação, paragrafação.


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terça-feira, 22 de julho de 2014

Ciência diz que exercício moderado é melhor

Correr muito reduz tempo de vida?
Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

O Dr. James O´Keefe, cientista norte americano que participou de uma pesquisa englobando 3.800 corredores, homens e mulheres com idade média de 46 anos, afirmou que pessoas que praticam corrida vivem menos. Os estudos foram conduzidos por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Cardiovascular da Rede de Saúde Lehigh Valley, na Pensilvânia, Estados Unidos. Todos os pesquisados corriam pelo menos 32 km por semana.

"Os que correm muito - disse ele - tem a mesma expectativa de vida dos sedentários ou até menor considerando que esse tipo de exercício provoca desgastes físicos consideráveis. " Segundo os dados, o exercício moderado, como correr 15 minutos por dia, pode ser mais eficiente e saudável do que exercícios que exigem demais do corpo.

Já se sabe que após exercícios intensos o organismo aumenta  produção de moléculas de radicais livres que se acumulam na face favorecendo o surgimento de manchas e o envelhecimento cutâneo precoce. A circulação sanguínea fica menor no rosto e se concentra em outras áreas mais exigidas pelo exercício. Associada à exposição ao sol, sem a correta proteção, a pele do rosto sofre mais.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Prefeito do PT é reprovado pelos paulistanos

São Paulo se transformou em campo livre para venda e consumo de drogas no governo do petista Fernando Haddad. Desrespeita-se as leis e aceita-se o tráfico, livremente.Drogados recebem ajuda
com a chamada "bolsa crack", paga pelos contribuintes.
36% dos paulistanos acham Haddad ruim ou péssimo.

O Datafolha publicou que apenas 17% dos paulistas aprovam a administração do prefeito petista Fernando Haddad enquanto 36% dizem ser ruim ou péssima e 44% apenas regular. Dos pesquisados somente 4% acham que Haddad superou as expectativas enquanto mais de 77% dizem que ele fez muito menos que o esperado. Segundo o Datafolha a pesquisa foi realizada nos dias 25 e 26 de junho. Das promessas de construção de corredores de ônibus, saúde, creches e educação o petista cumpriu menos de 8%.

Haddad ficou conhecido como o ministro do Kit Gay quando ocupava a pasta da educação e, como prefeito paulista, apoia políticas públicas que mantém os drogados nas ruas, e a criação da "bolsa crack", pago aos consumidores de drogas.  Haddad é cabo eleitoral do candidato de Alexandre Padilha ao governo do Estado.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Falida, Argentina não paga contas.

Argentina à beira de novo calote

Em pouco mais de 12 anos a Argentina pode dar novo calote em sua dívida internacional. A justiça dos Estados Unidos manteve a decisão para que o país pague seus credores num total de US$ 1,3 bilhão devidos desde 2001. Caso não pague ocorrerão bloqueios judiciais nos ativos da Argentina no exterior. A notícia fez o dólar explodir.

A economia do país vai de mal a pior. Pelo menos 54% da população acham que a situação é de ruim para péssima no país e 62% afirmaram que não conseguem viver com o que ganham. A inflação anual acumulada, anunciada pelo governo, é de 7,2%, porém, nos supermercados, os reajustes chegam a 35%. Tal lá, como no Brasil, Cristina Kirchner tem o hábito de maquiar as contas públicas. O mercado econômico mundial não leva em consideração os números anunciados pelo governo da Argentina por não corresponderem a realidade.

O bisonho socialismo que leva os portenhos à falência é o mesmo instalado na quebrada Venezuela cuja inflação atinge mais de 60% e não existem produtos nos supermercados e nem crédito para importação.

Quem investiria num país tocado por ideologia mofada e conduzida por dinossáuricos "socialistas", figuras ridículas e desprezadas em qualquer canto minimamente civilizado, exceto pela turma da Dilma Rousseff, a prostituta política que criou 39 ministérios para satisfazer a gana de partidos políticos corruptos em troca de alguns segundos na televisão para a campanha eleitoral.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Nem vítimas nem algozes


Merval Pereira, O Globo

A começar pela manutenção da negativa de prisão domiciliar para o ex-presidente do PT José Genoino, o plenário do STF analisou as decisões de Barbosa referentes à execução das penas do processo do mensalão dando-lhe razão em alguns casos e discordando em outros, sempre ressaltando, por praticamente todos os membros, que a lei de execuções penais compreende diversas interpretações, não sendo nenhuma das decisões de Joaquim Barbosa questionável por ilegal ou despropositada.

Não há no caso nem vítimas nem algozes, como ressaltou o decano do Supremo, o ministro Celso de Mello, que fez questão de ressaltar a justeza das condenações e o caráter antidemocrático dos atos praticados pelos réus do mensalão.

O caso de Genoino se transformou em emblemática questão política, já que petistas utilizaram todos os meios para espalhar a ideia de que o ex-presidente do PT, contra o que dizem diversos laudos médicos, corre risco de vida se não for liberada sua prisão domiciliar.

O ministro Luís Roberto Barroso, que assumiu a relatoria das execuções penais com a demissão de Barbosa, desde o primeiro momento que participou do julgamento do mensalão parece constrangido em condenar Genoino, e ontem voltou a elogiá-lo. No primeiro momento, lamentou “condenar um homem que participou da resistência à ditadura no Brasil, em um tempo em que isso exigia abnegação e envolvia muitos riscos”.

Esse discurso elogioso provocou a reação de diversos ministros na ocasião. A ministra Cármen Lúcia disse que “o juiz, infelizmente, não julga histórias, porque as histórias às vezes são feitas de desvios que seriam impensáveis de serem praticados em outra circunstância”.

Ontem, Barroso classificou Genoino de “símbolo do republicanismo e do igualitarismo” antes de negar o pedido para que a prisão fosse transformada em domiciliar. Mas, sem que a questão estivesse em pauta, lembrou que Genoino cumpre 1/6 da pena em dois meses, dando a entender que a partir daí poderá ir para casa.

A questão do cumprimento de 1/6 das penas para a autorização de trabalho externo suscitou uma boa discussão sobre o sistema penitenciário e demonstrou que Barbosa não estava exagerando ao interpretar ao pé da letra a exigência do Código Penal.

Celso de Mello foi o único voto a apoiar Barbosa, mas não é o único a considerar que a jurisprudência do STF deve prevalecer sobre a do STJ, que desde 1999 vem admitindo o trabalho externo sem o cumprimento mínimo da pena. Mesmo os que votaram contra a posição de Barbosa, a começar pelo relator Barroso, admitiram que a situação do sistema penitenciário é um descalabro, e que a flexibilização da lei é necessária para conviver com nossa triste realidade.

A tese vencedora foi que a razoabilidade exige interpretação mais generosa da legislação, sendo lembrado que o Rio Grande do Sul já definiu que os presos em semiaberto devem ir para prisão domiciliar por falta de vagas compatíveis com o tipo de condenação. Esse assunto será levado ao plenário do STF pelo ministro Gilmar Mendes para que haja deliberação sobre essa decisão da justiça gaúcha.

Ficou claro que o estilo centralizador e autoritário do presidente demissionário Joaquim Barbosa não é o da preferência do plenário, tanto que a execução das penas será transferida para Vara de Execuções Penais de Brasília, e não centralizada pelo novo relator.

Mas ficou evidenciado que Barbosa não abusou de seu poder nem tomou decisões sem o apoio da lei. E certamente há um pensamento majoritário na sociedade, já detectado por pesquisas: o mensalão petista só levou poderosos para a cadeia e os manteve lá pelo estilo centralizador e autoritário de Barbosa, amplamente aprovado pela população, a ponto de uma parcela representativa querê-lo como candidato à Presidência.

Previsão do Banco Central é péssima para o Brasil em 2014

Inflação acima do teto em 2014

O próprio Banco Central admite que a inflação vai passar do teto previsto (6,5%) em 2014 e que o PIB, de novo, será pequeno. Considerando que o governo vem maquiando números, faz tempo, supõe-se que a inflação seja maior do que o anunciado, de 6,4%. 

Somente o aumento da energia elétrica - cujos preços são manipulados - deve ser de 11,5%, segundo previsão do próprio BC. Significa dizer que Dilma Rousseff terminará 2014 com uma inflação muito maior que a do ano passado, de 5,91%. Lembre-se que a meta da inflação era de 4,5%.

A previsão do PIB para este ano traz pessimismo em todos os setores da economia. Haverá retração no campo e previsão de crescimento ínfimo em outras áreas, como de serviços. Na indústria o crescimento de 1,5% já não é mais esperado e a previsão é que a área chegue a 0,4%. O PIB da agricultura cairá de 7% para menos de 2,8%.

A taxa de juros Selic é uma das mais altas nos últimos anos.
As previsões são péssimas e foram anunciadas pelo próprio Banco Central, useiro e vezeiro na maquiagem dos números. Imagine como deve ser os números verdadeiros. Para saber, vá ao supermercado mais próximo e confira os preços.

Enquanto o povo vê copa, STF liberta Dirceu

Ex-Ministro José Dirceu, condenado por corrupção vai trabalhar fora da Papuda

Era esperado que o ex-ministro José Dirceu, condenado no maior e mais escandaloso processo de corrupção da história do país, seria colocado fora da penitenciária da Papuda tão logo o ministro Luis Barroso assumisse a relatoria do processo do mensalão em substituição a Joaquim Barbosa.

Ontem o STF autorizou Dirceu deixar a prisão para "trabalhar" na biblioteca de um advogado e ganhar R$ 2,1 mil por mês. Joaquim Barbosa havia negado tal pedido por duas razões: o preso deveria cumprir 1/6 da pena antes de pedir o benefício e que o emprego era "arranjo entre amigos". Dirceu tentara emprego num hotel que, descobriu-se depois, ter sede no Panamá, no mesmo endereço usado pelo condenado para uma empresa sua. O único voto contrário foi de Celso de Mello que alegou que “a exigência do cumprimento de um sexto da pena não pode ser desconsiderada, mesmo se tratando de regime prisional semiaberto”.

A maioria dos ministros aceitou a concessão do benefício considerando que, apesar de não te cumprido o período mínimo de 1/6 da pena, as prisões não oferecem vagas suficientes para trabalho interno. 

O ministro Luís Roberto Barroso, agora relator do mensalão, deverá autorizar todos os pedidos dos mensaleiros condenados. Barroso foi um dos ministros indicados por Dilma Rousseff. Ele foi diagnosticado com câncer e com pouco tempo de vida antes de assumir o cargo, segundo recente confissão dele mesmo.

Enquanto o povo se anestesia com a copa de futebol os corruptos são libertados da prisão.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Seleção de Dilma faz gol contra: Brasil tem déficit de U$ 6,635 bilhões na conta corrente em maio




Enquanto a copa do futebol  desperta a atenção do brasileiro o país registra, em maio, o pior resultado na sua conta corrente desde 1947: US$ 6,6 bilhões negativos. No acumulado de 12 meses, déficit de 3,61% do PIB. A informação é do próprio Banco Central.

A conta de rendas foi negativa em quase 3 bilhões de dólares - US$ 2,91 bilhões - e a de serviços ficou negativa em US$ 4,507 bilhões.

Enquanto a seleção de futebol disputa no gramado uma copa de desperdícios, super faturamento e corrupção, a seleção da Dilma faz gol contra no campo da economia.