Simplesmente patético!
Esta é a melhor definição para os fatos que se desenrolam na Venezuela, país dominado por uma tal revolução bolivariana sob o comando de Hugo Chavez, um golpista tão patético quanto a história que protagoniza. Alguns amigos que professam a ideologia se confessam envergonhados pela representação latino americana da esquerda, um desfile de bufões populistas que causariam constrangimento a Lenin. E provocam arrepios nos cientistas políticos de qualquer matiz. O besteirol é a marca de todos eles, Dilma, Evo, Cristina e o invencível Chavez, o herói e modelo de Lula. Enquanto os partidários de Chavez preparam uma "manifestação de apoio" ao governante doente que nunca é visto, fotografado ou filmado, os ministros sustentam a farsa anunciando a melhora de saúde do comandante e anunciam sua breve recuperação.
Chavez está morto mas mesmo assim foi empossado na presidência do país sob aplausos de governantes pequenos como Dilma e outros latinos que discursam a mesma ladainha.
Como Cristina Kirchner, chamada de Cretina na própria terra. Familiares acabaram de passar por lá e contam que na Argentina nada funciona: economia, telefone, internet, saúde, segurança. Há pobreza, desabastecimento e o dinheiro desvalorizado não compra nada. Oras, Cristina era tão popular como Chavez, seu guru e hoje odiada como ninguém na história recente argentina.
O poder político foi conquistado, a classe operária assumiu o comando das instituições, institui-se a ditadura que busca "eliminar" a elite e colocar os meios de produção nas mãos do Estado e harmonizar a distribuição de renda. Nada funcionou na extinta URSS e em todos os países que comungaram com esse sonho. E agora, José? Neste caso, quando a crise chega ao limite do insuportável grita-se "o petróleo é nosso" e um amontoado de nacionalistas imbecis saem as ruas aplaudindo a estatização de mais uma refinaria estrangeira na Bolívia de Evo Morales, o índio odiado pela própria tribo. Quando Cristina levantar a bandeira "As Malvinas são Argentinas" é porque o país estará à beira do caos. Uma turba de idiotas correrá "em defesa" da pátria amada sem perceber que a atenção foi propositalmente desviada.
A filosofia de para-choque de caminhão encerra uma grande verdade:"Os sábios apontam as estrelas com o dedo, Os idiotas olham pro dedo." Tal e qual no Brasil. Enquanto você aplaude a Dilma que abaixou as contas de luz, gasolina, serviços, tarifas e alimentos sobem e a inflação explode.
sábado, 26 de janeiro de 2013
Preço de banana, ministro?
Em entrevista à TV Brasil no dia 12 de janeiro, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que "as estatais de telecomunicações foram vendidas a preço de banana". Desculpe-me, ministro, mas, por maior respeito que tenha pelo senhor, tenho que ficar com a verdade.
Um ministro das Comunicações, com seu nível de cultura, deveria informar-se com maior profundidade sobre um tema diretamente ligado à sua pasta.
ETHEVALDO SIQUEIRA - O Estado de S.Paulo
ETHEVALDO SIQUEIRA - O Estado de S.Paulo
E não se trata de ser a favor ou contra a privatização, mas de respeitar a verdade dos fatos e dos números, pois eles desmentem todos os que insistem no chavão do "preço de banana".
Recordemos o que ocorreu na privatização. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que o governo federal só detinha 19% das ações da Telebrás, já que a grande maioria das ações da empresa havia sido pulverizada nas mãos de milhões de acionistas privados.
Foi essa a parcela vendida no leilão de 29 de julho de 1998 e pela qual o governo recebeu R$ 22,2 bilhões (ou US$ 19 bilhões ao câmbio daquela data). É claro que se o governo federal fosse dono de 100% das ações ordinárias e preferenciais, poderia tê-las vendido por R$ 100 bilhões da época. Ou mais. Mas só tinha 19% das ações.
O "preço de banana" mencionado pelo ministro foi, segundo publicações especializadas, o maior preço pago por uma empresa de telecomunicações no mundo, nos anos 1990.
Mais números. Além dos R$ 22,2 bilhões recebidos pela privatização da Telebrás, o governo brasileiro recebeu mais R$ 45 bilhões com a simples venda de licenças às diversas operadoras, de 1996 até hoje. Ou seja, "o País vendeu ar" por R$ 45 bilhões, como dizia o ex-ministro Sérgio Motta. O "preço de banana" já subiu para R$ 67,2 bilhões.
Uma árvore deve ser julgada por seus frutos, diz a Bíblia. O primeiro benefício da privatização para o Brasil foi a universalização do telefone, fruto de investimentos diretos na infraestrutura setorial, da ordem de R$ 190 bilhões, de 1998 até hoje.
O Brasil praticamente não tinha telefone em 1998. Nesses 12 anos e meio, o País saltou da média franciscana de 14 acessos telefônicos por 100 habitantes para 130, em 12 anos.
Em números absolutos: o País saltou de 24,5 milhões de acessos para 230 milhões. Dá para discutir?
Até 1997, tínhamos que pagar de US$ 1.000 a US$ 3.000 para obter uma linha telefônica pelo velho plano de expansão. E o telefone só era instalado cerca de 24 meses depois (ou até 48 ou 60 meses).Assalto duplo. E como se comporta o governo federal diante das telecomunicações? Os presidentes Lula e FHC fecharam os olhos para a questão tributária. Com uma das alíquotas mais altas do mundo (43%) incidindo sobre o valor dos serviços, os tributos que pagamos em nossas contas telefônicas canalizam hoje mais de R$ 40 bilhões anuais para os cofres públicos.
São alíquotas mais elevadas do que as cobradas sobre artigos de luxo importados. Ao longo dos últimos 10 anos, esses tributos já carrearam mais de R$ 330 bilhões aos governos estaduais e à União. Some mais essa fortuna ao "o preço de banana" da privatização, ministro, e serão R$ 397,2 bilhões.
Além desse verdadeiro assalto, temos o confisco de R$ 32 bilhões dos três fundos setoriais nos últimos 10 anos: Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) e o Fundo de Tecnologia das Telecomunicações (Funttel). Total do "preço de banana": R$ 429,2 bilhões.
Imagine, leitor, se o Brasil tivesse investido apenas esses R$ 32 bilhões confiscados dos fundos num projeto de banda larga, em benefício do usuário final?
Visão de político. Por que a maioria dos políticos deturpa e distorce a realidade para favorecer a ideologia e os interesses político-partidários?
Se avaliasse com objetividade e isenção os resultados da privatização, o governo federal deveria, sim, aplaudir o novo modelo e lutar por seu aprimoramento constante - com a formulação de políticas públicas ambiciosas e, em especial, com cumprimento de sua obrigação de fiscalizar com rigor a qualidade do atendimento e da prestação dos serviços.
Omissão. Nunca afirmamos que tudo vai bem na área de telecomunicações nem que estejamos satisfeitos com a qualidade dos serviços e os padrões de atendimento, ministro. Aliás, é bom dizer que os serviços não são melhores exatamente por omissão do governo federal. Nem FHC nem Lula cumpriram essa obrigação fundamental.
Nesse quadro, se uma operadora privada presta bons serviços, tudo bem. Se não o faz, o governo vem a público criticar a privatização, como se ele nada tivesse a ver com o problema. É muito cinismo. O governo federal nunca fiscalizou nada com seriedade - até porque, ele mesmo, é mau prestador de serviços.
Mais um argumento. Em 2004, seis anos depois da privatização, tivemos um indicador precioso do verdadeiro valor das empresas do Sistema Telebrás, quando a americana MCI vendeu a Embratel à mexicana Telmex pela metade do preço que havia pago no leilão de privatização.
Ora, se a Embratel tivesse sido privatizada "a preço de banana" - seria de se esperar que, numa segunda venda, em negociação transparente, puramente de mercado, entre empresas privadas, alcançasse preço muito maior.
Recordemos o que ocorreu na privatização. Em primeiro lugar, é preciso lembrar que o governo federal só detinha 19% das ações da Telebrás, já que a grande maioria das ações da empresa havia sido pulverizada nas mãos de milhões de acionistas privados.
Foi essa a parcela vendida no leilão de 29 de julho de 1998 e pela qual o governo recebeu R$ 22,2 bilhões (ou US$ 19 bilhões ao câmbio daquela data). É claro que se o governo federal fosse dono de 100% das ações ordinárias e preferenciais, poderia tê-las vendido por R$ 100 bilhões da época. Ou mais. Mas só tinha 19% das ações.
O "preço de banana" mencionado pelo ministro foi, segundo publicações especializadas, o maior preço pago por uma empresa de telecomunicações no mundo, nos anos 1990.
Mais números. Além dos R$ 22,2 bilhões recebidos pela privatização da Telebrás, o governo brasileiro recebeu mais R$ 45 bilhões com a simples venda de licenças às diversas operadoras, de 1996 até hoje. Ou seja, "o País vendeu ar" por R$ 45 bilhões, como dizia o ex-ministro Sérgio Motta. O "preço de banana" já subiu para R$ 67,2 bilhões.
Uma árvore deve ser julgada por seus frutos, diz a Bíblia. O primeiro benefício da privatização para o Brasil foi a universalização do telefone, fruto de investimentos diretos na infraestrutura setorial, da ordem de R$ 190 bilhões, de 1998 até hoje.
O Brasil praticamente não tinha telefone em 1998. Nesses 12 anos e meio, o País saltou da média franciscana de 14 acessos telefônicos por 100 habitantes para 130, em 12 anos.
Em números absolutos: o País saltou de 24,5 milhões de acessos para 230 milhões. Dá para discutir?
Até 1997, tínhamos que pagar de US$ 1.000 a US$ 3.000 para obter uma linha telefônica pelo velho plano de expansão. E o telefone só era instalado cerca de 24 meses depois (ou até 48 ou 60 meses).Assalto duplo. E como se comporta o governo federal diante das telecomunicações? Os presidentes Lula e FHC fecharam os olhos para a questão tributária. Com uma das alíquotas mais altas do mundo (43%) incidindo sobre o valor dos serviços, os tributos que pagamos em nossas contas telefônicas canalizam hoje mais de R$ 40 bilhões anuais para os cofres públicos.
São alíquotas mais elevadas do que as cobradas sobre artigos de luxo importados. Ao longo dos últimos 10 anos, esses tributos já carrearam mais de R$ 330 bilhões aos governos estaduais e à União. Some mais essa fortuna ao "o preço de banana" da privatização, ministro, e serão R$ 397,2 bilhões.
Além desse verdadeiro assalto, temos o confisco de R$ 32 bilhões dos três fundos setoriais nos últimos 10 anos: Fundo de Universalização das Telecomunicações (Fust), o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel) e o Fundo de Tecnologia das Telecomunicações (Funttel). Total do "preço de banana": R$ 429,2 bilhões.
Imagine, leitor, se o Brasil tivesse investido apenas esses R$ 32 bilhões confiscados dos fundos num projeto de banda larga, em benefício do usuário final?
Visão de político. Por que a maioria dos políticos deturpa e distorce a realidade para favorecer a ideologia e os interesses político-partidários?
Se avaliasse com objetividade e isenção os resultados da privatização, o governo federal deveria, sim, aplaudir o novo modelo e lutar por seu aprimoramento constante - com a formulação de políticas públicas ambiciosas e, em especial, com cumprimento de sua obrigação de fiscalizar com rigor a qualidade do atendimento e da prestação dos serviços.
Omissão. Nunca afirmamos que tudo vai bem na área de telecomunicações nem que estejamos satisfeitos com a qualidade dos serviços e os padrões de atendimento, ministro. Aliás, é bom dizer que os serviços não são melhores exatamente por omissão do governo federal. Nem FHC nem Lula cumpriram essa obrigação fundamental.
Nesse quadro, se uma operadora privada presta bons serviços, tudo bem. Se não o faz, o governo vem a público criticar a privatização, como se ele nada tivesse a ver com o problema. É muito cinismo. O governo federal nunca fiscalizou nada com seriedade - até porque, ele mesmo, é mau prestador de serviços.
Mais um argumento. Em 2004, seis anos depois da privatização, tivemos um indicador precioso do verdadeiro valor das empresas do Sistema Telebrás, quando a americana MCI vendeu a Embratel à mexicana Telmex pela metade do preço que havia pago no leilão de privatização.
Ora, se a Embratel tivesse sido privatizada "a preço de banana" - seria de se esperar que, numa segunda venda, em negociação transparente, puramente de mercado, entre empresas privadas, alcançasse preço muito maior.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Coréia do Norte: Nuclear reaction
Nuclear reaction
Jan 24th 2013, 8:28 by H.T. | TOKYO
The Economist
SOUTH KOREAN officials believe that when North Korea next conducts a nuclear test, it will be a small one. That is nothing to be reassured about. The test, they reckon, will be aimed at creating a nuclear device small enough to fit on the tip of the 100kg satellite-bearing rocket that it launched into orbit in December. That, when North Korea masters re-entry technology, could eventually be aimed at the United States.
On January 24th, the threat of a test became all the more ominous when North Korea reacted vehemently to a UN Security Council resolution two days earlier stiffening sanctions against the regime over its rocket launch. In an unusually explicit declaration of its hostile intent carried by the state Korean Central News Agency, it said it would carry out another nuclear test as part of an “all-out action” targeted at America.
Jan 24th 2013, 8:28 by H.T. | TOKYO
The Economist
On January 24th, the threat of a test became all the more ominous when North Korea reacted vehemently to a UN Security Council resolution two days earlier stiffening sanctions against the regime over its rocket launch. In an unusually explicit declaration of its hostile intent carried by the state Korean Central News Agency, it said it would carry out another nuclear test as part of an “all-out action” targeted at America.
Governo indiano é cúmplice dos crimes de estupros pela ausência de ações
CONTRA ESTUPROS, POLÍTICOS DISTRIBUEM FACAS E PIMENTA AS MULHERES
O partido Shiv Sena, da Índia, alinhado com os grupos de oposição, distribuiu grande quantidade de pimenta e milhares de facas com lâminas pequenas, em Mumbai e arredores, como proteção as mulheres contra estupros, ato muito comum e pouco punido na Índia. Logo após a violenta morte da jovem estuprada dentro do ônibus, deputados do país sugeriram a proibição de cortinas nos coletivos. Por ai se percebe a ausência de cérebro também nos "representantes do povo" naquele país.
O partido Shiv Sena, da Índia, alinhado com os grupos de oposição, distribuiu grande quantidade de pimenta e milhares de facas com lâminas pequenas, em Mumbai e arredores, como proteção as mulheres contra estupros, ato muito comum e pouco punido na Índia. Logo após a violenta morte da jovem estuprada dentro do ônibus, deputados do país sugeriram a proibição de cortinas nos coletivos. Por ai se percebe a ausência de cérebro também nos "representantes do povo" naquele país.
Tal lá, como cá, ao invés de uma política de segurança e punição rigorosa contra os crimes desta natureza, trabalha-se com paliativos. Os dirigentes indianos que, ao longo dos séculos, vem assistindo passivamente a violência contra as mulheres, podem ser chamados de cúmplices.
A História de Marília em vídeo
Foto do índio caingangue Irineu Cotui que participou do elenco do vídeo.
Por Edson Joel Hirano Kamakurea de Souza
Na verdade o nome Marília surgiu no final de 1925, durante o recesso parlamentar, quando o deputado Bento de Abreu Sampaio Vidal viajou à bordo do navio a vapor Giulio Cesare, para a França, e leu, próximo do estreito de Gibraltar, o poema de Thomaz Antônio Gonzaga, "Marília de Dirceu".
Tanto que, em 1926, no começo do ano, Sampaio apresentou o Projeto de Lei criando o Distrito de Paz de Marília, aprovado no final deste mesmo ano. Em 1927 foi implantado o Distrito de Paz de Marília.
Tanto que, em 1926, no começo do ano, Sampaio apresentou o Projeto de Lei criando o Distrito de Paz de Marília, aprovado no final deste mesmo ano. Em 1927 foi implantado o Distrito de Paz de Marília.
E foi no dia 1º de maio de 27 que Sampaio começou a construção do Patrimônio de Marília, na área onde foi a Fazenda Cincinatina, ao lado do Patrimônio Alto Cafezal. este fundado por Antônio Pereira e seu filho José Pereira. José ou Pereirinha, desgostoso, deixou a já cidade de Marília e foi fundar a Herculândia.
O Alto Cafezal tem 1919 como data de fundação. Quando Sampaio passou pela região e comprou a Fazenda Cincinatina, este patrimônio já era bem conhecido como patrimônio de café, no pais inteiro Observamos que Marília comemora a data da sua emancipação - 04 de abril de 1929 - e não sua fundação em 1919. Uma foto desta época registra José Pereira ao lado do engenheiro Shimith que iniciou o levantamento topográfico do local nas terras dos Pereira.
Se considerarmos a fundação em 1919, Marília festejará 104 no próximo 04 de abril de 2023. Nesta data Marília festejara 94 anos de sua emancipação.
Vídeo completo com duração de 25' 45"
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Onde está o preconceito?
Maria Sharapova: brincadeira virou acusação de racismo
Os jornais publicaram possível ato de racismo praticado pela Polícia Militar de Campinas a partir de uma ordem dada por um comandante para que os policiais abordassem jovens pardos ou negros. Imediatamente após a publicação desta nota, no Diário de São Paulo, levantaram-se imediatamente grupos para vociferar suas indignações contra preconceito racial. Pela rede social o assunto ganhou espaço.
Porque, raios, um comandante emitiria uma ordem dessas?
Porque se tratava de alguma busca específica em que estivessem envolvidos pessoas com aquelas descrições ou então o policial emissor da solicitação estaria mentalmente afetado?
Dito e feito: descobriu-se que, em dezembro, após um assalto em um bairro de Campinas, a polícia militar iniciou uma busca aos supostos criminosos, um pardo e outro negro, conforme testemunhas. O governador Geraldo Alckmin explicou que não houve racismo e que a ordem poderia descrever "loiro ou asiático" se tivessem sido identificados assim.
Mas, pasmem, os representantes de entidades de "direitos humanos", como uma tal Eduafro, acham que houve descriminação e entregaram a Secretaria da Segurança Pública uma carta "cobrando explicações" sobre a ordem do Capitão Ubiratan Beneducci, comandante da 2ª Companhia do 8º Batalhão da PM em Campinas.
Essas entidades, aos poucos, diante de atitudes tais, passam a ser alvos de chacotas e piadas.
É pra rir diante de tanto zelo. Pergunta-se, então, como o policial deveria transmitir a ordem de busca, neste caso?
- Atenção! Assalto a mão armada praticada por dois seres humanos. Cada um tem dois olhos, dois braços, duas pernas, uma boca e duas orelhas. Eles andam e correm. E atiram. Não me perguntem a cor ou tipo de cabelo. Se virem!
Recentemente a tenista Maria Sharapova foi taxada de racista por um grupo de negras americanas simplesmente porque a russa brincou de imitar sua amiga Serena Willians durante um amistoso de tênis, no Brasil. Sharapova colocou toalhas no traseiro e nos peitos e, num dos pontos, falou e gritou como Serena faz. Todos se divertiram. Mas as negras americanas viram preconceito. Sharapova, pra quem não sabe, uma vez, saiu de seu país e foi visitar sua amiga nos Estados Unidos quando Serena estava doente.
E, pasmem ainda mais, se alguém lhe falar "nós foi pescar os peixe" e você corrigir quem lhe disser isto, você estará cometendo "preconceito linguístico" segundo os infames pedagogos brasileiros, discípulos de Emília Ferrero.
Isso já cansou!
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Governador do Ceará paga R$ 650 mil por um show para comemorar a inauguração de um hospital
Ivete Sangalo: show de R$ 650.000 para inaugurar um hospital em Sobral |
Os jornais publicaram que o governo do Ceará pagou R$ 650.000,00 por um show de Ivete Sangalo para a inauguração de um hospital em Sobra, terra política do governador Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro. A Promotoria Pública questiona o valor uma vez que o mesmo espetáculo custou entre R$ 400 e R$ 500 mil, inclusive um realizado no Rio de Janeiro.
O valor pago por este show para inaugurar um hospital, enquanto a maioria dos hospitais está falida é mais que irreal, é uma afronta a lógica e ao bom senso. Pacientes são jogados em corredores de hospitais em todo Brasil, faltam médicos e equipamentos, morre-se nas filas a espera de socorro, espera-se anos por uma operação, mas paga-se R$ 650.000,00 por um show.
Isso ocorre num país cujos políticos fazem de seus gabinetes motéis ou postos de trocas de cargos, favores e corrupção, que tornam amantes mandando tal e qual ministros, que acreditam na eterna impunidade, que assaltam os cofres públicos para comprar políticos e desdenham da justiça. E, se confrontados e investigados, sempre acreditam que tudo não vai passar de uma piada de salão. Se o povo permanecer passivo, tão somente reclamando, logo isso vai virar uma nova Venezuela onde morto vivo é empossado sob aplausos de gentalhas do tipo Dilma, Lula, Morales e Cristina, lídimos representantes do popularismo barato. Mas caro pra sociedade que paga pelas suas irresponsabilidades.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Tribunal de Justiça do Rio aprovou e novas súmulas
O Órgão Especial do TJ/RJ aprovou, por unanimidade, três novas súmulas da jurisprudência predominante do tribunal. Os verbetes foram apresentados pelo desembargador Nildson Araújo da Cruz, que afirmou que pesquisa mostrou que as câmaras Cíveis já vinham seguindo os enunciados.
O texto da primeira súmula define que "A operadora de plano de saúde responde solidariamente em razão de dano causado por profissional por ela credenciado". A segunda súmula aprovada garante que "é indevida e enseja dano moral a inscrição, em cadastro restritivo de crédito, de dívida decorrente do não pagamento de tarifa bancária incidente sobre conta inativa".
A terceira súmula explicita que "na hipótese de super endividamento decorrente de empréstimos obtidos de instituições financeiras diversas, a totalidade dos descontos incidentes em conta-corrente não poderá ser superior a 30% do salário do devedor".
A terceira súmula explicita que "na hipótese de super endividamento decorrente de empréstimos obtidos de instituições financeiras diversas, a totalidade dos descontos incidentes em conta-corrente não poderá ser superior a 30% do salário do devedor".
"Um cidadão acima de qualquer suspeita".
"Um cidadão acima de qualquer suspeita".
Por Marco Antonio Villa
Luís Inácio Lula da Silva se considera um cidadão acima de qualquer suspeita. Mais ainda: acha que paira sobre as leis e a Constituição. Presume que pode fazer qualquer ato, sem ter que responder por suas consequências. Simula ignorar as graves acusações que pesam sobre sua longa passagem pela Presidência da República. Não gosta de perguntas que considera incômodas. Conhecedor da política brasileira, sabe que os limites do poder são muito elásticos. E espera que logo tudo caia no esquecimento.
Como um moderno Pedro Malasartes vai se desviando dos escândalos. Finge ser vítima dos seus opositores e, como um sujeito safo, nas sábias palavras do ministro Marco Aurélio, ignora as gravíssimas acusações de corrupção que pesam sobre o seu governo e que teriam contado, algumas delas, com seu envolvimento direto. Exigindo impunidade para seus atos, o ex-presidente ainda ameaça aqueles que apontam seus desvios éticos e as improbidades administrativas. Não faltam acólitos para secundá-lo. Afinal, a burra governamental parece infinita e sem qualquer controle.
Contudo, um espectro passou a rondar os dias e noites de Luís Inácio Lula da Silva, o espectro da justiça. Quem confundiu impunidade com licença eterna para cometer atos ilícitos, está, agora, numa sinuca de bico. O vazamento do depoimento de Marcos Valério – sentenciado no processo do mensalão a 40 anos de prisão - e as denúncias que pesam sobre a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, deixam Lula contra a parede. O figurino de presidente que nada sabe, o Forrest Gump tupiniquim, está desgastado.
No processo do mensalão Lula representou o papel do traído, que desconhecia tratativas realizadas inclusive no Palácio do Planalto – o relator Joaquim Barbosa chamou de "reuniões clandestinas" -; do mesmo modo, nada viu de estranho quando, em 2002, o então Partido Liberal foi comprado por 10 milhões, em uma reunião que contou com sua presença. Não percebeu a relação entre o favorecimento na concessão para efetuar operações de crédito consignado ao BMG, a posterior venda da carteira para a Caixa Econômica Federal e o lucro milionário obtido pelo banco. Também pressionou de todas as formas, para que, em abril de 2006, não constasse do relatório final da CPMI dos Correios, as nebulosas relações do seu filho, Fábio Luís da Silva, conhecido como Lulinha, e uma empresa de telefonia.
No ano passado, ameaçou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Fez chantagem. Foi repelido. Temia o resultado do julgamento do mensalão, pois sabia de tudo. Tinha sido, não custa lembrar, o grande favorecido pelo esquema de assalto ao poder, verdadeira tentativa de golpe de Estado. A resposta dos ministros do STF foi efetuar um julgamento limpo, transparente, e a condenação do núcleo político do esquema do mensalão, inclusive do chefe da quadrilha – denominação dada pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel – sentenciado também por corrupção ativa, o ex-ministro (e todo poderoso) José Dirceu, a 10 anos e 10 meses de prisão. Para meio entendedor, meia palavra basta.
As últimas denúncias reforçam seu desprezo pelo respeito as leis. Uma delas demonstra como sempre agiu. Nomeou Rosemary Noronha para um cargo de responsabilidade. Como é sabido, não havia nenhum interesse público na designação. Segundo revelações divulgadas na imprensa, desde 1993 tinham um "relacionamento íntimo" (para os simples mortais a denominação é bem distinta). Levou-a a mais de duas dúzias de viagens internacionais – algumas vezes de forma clandestina - , sem que ela tenha tido qualquer atribuição administrativa. Nem vale a pena revelar os detalhes sórdidos descritos por aqueles que acompanharam estas viagens. Tudo foi pago pelo contribuinte. E a decoração stalinista do escritório da presidência em São Paulo? Também foi efetuada com recursos públicos. E, principalmente, as ações criminosas dos nomeados por Lula - para agradar Rosemary – que produziram prejuízos ao Erário, além de outros danos? Ele não é o principal responsável? Afinal, ao menos, não perguntou as razões para tais nomeações?
Se isto é motivo de júbilo, ele pode se orgulhar de ter sido o primeiro presidente que, sem nenhum pudor, misturou assuntos pessoais com os negócios de Estado em escala nunca vista no Brasil. E o mais grave é que ele está ofendido com as revelações (parte delas, registre-se: e os 120 telefonemas trocados entre ele e Rosemary?). Lula sequer veio a público para apresentar alguma justificativa. Como se nós, os cidadãos que pagamos com os impostos todas as mazelas realizadas pelo ex-presidente, fossemos uns intrusos e ingratos, por estarmos "invadindo a sua vida pessoal."
Hoje, são abundantes os indícios que ligam Lula a um conjunto de escândalos. O que está faltando é o passo inicial que tem de ser dado pelo Ministério Público Federal: a investigação das denúncias, cumprindo sua atribuição constitucional. Ex-presidente, é bom que se registre, não tem prerrogativa de estar acima da lei. Em um Estado Democrático de Direito ninguém tem este privilégio, obviamente. Portanto, a palavra agora está com o Ministério Público Federal.
Por Marco Antonio Villa
Luís Inácio Lula da Silva se considera um cidadão acima de qualquer suspeita. Mais ainda: acha que paira sobre as leis e a Constituição. Presume que pode fazer qualquer ato, sem ter que responder por suas consequências. Simula ignorar as graves acusações que pesam sobre sua longa passagem pela Presidência da República. Não gosta de perguntas que considera incômodas. Conhecedor da política brasileira, sabe que os limites do poder são muito elásticos. E espera que logo tudo caia no esquecimento.
Como um moderno Pedro Malasartes vai se desviando dos escândalos. Finge ser vítima dos seus opositores e, como um sujeito safo, nas sábias palavras do ministro Marco Aurélio, ignora as gravíssimas acusações de corrupção que pesam sobre o seu governo e que teriam contado, algumas delas, com seu envolvimento direto. Exigindo impunidade para seus atos, o ex-presidente ainda ameaça aqueles que apontam seus desvios éticos e as improbidades administrativas. Não faltam acólitos para secundá-lo. Afinal, a burra governamental parece infinita e sem qualquer controle.
Indiferente às turbulências, como numa comédia pastelão, Lula continua representando o papel de guia genial dos povos. Recentemente, teve a desfaçatez de ditar publicamente ordens ao prefeito paulistano Fernando Haddad, que considerou a humilhação, por incrível que pareça, uma homenagem.
Contudo, um espectro passou a rondar os dias e noites de Luís Inácio Lula da Silva, o espectro da justiça. Quem confundiu impunidade com licença eterna para cometer atos ilícitos, está, agora, numa sinuca de bico. O vazamento do depoimento de Marcos Valério – sentenciado no processo do mensalão a 40 anos de prisão - e as denúncias que pesam sobre a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, deixam Lula contra a parede. O figurino de presidente que nada sabe, o Forrest Gump tupiniquim, está desgastado.
No processo do mensalão Lula representou o papel do traído, que desconhecia tratativas realizadas inclusive no Palácio do Planalto – o relator Joaquim Barbosa chamou de "reuniões clandestinas" -; do mesmo modo, nada viu de estranho quando, em 2002, o então Partido Liberal foi comprado por 10 milhões, em uma reunião que contou com sua presença. Não percebeu a relação entre o favorecimento na concessão para efetuar operações de crédito consignado ao BMG, a posterior venda da carteira para a Caixa Econômica Federal e o lucro milionário obtido pelo banco. Também pressionou de todas as formas, para que, em abril de 2006, não constasse do relatório final da CPMI dos Correios, as nebulosas relações do seu filho, Fábio Luís da Silva, conhecido como Lulinha, e uma empresa de telefonia.
No ano passado, ameaçou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Fez chantagem. Foi repelido. Temia o resultado do julgamento do mensalão, pois sabia de tudo. Tinha sido, não custa lembrar, o grande favorecido pelo esquema de assalto ao poder, verdadeira tentativa de golpe de Estado. A resposta dos ministros do STF foi efetuar um julgamento limpo, transparente, e a condenação do núcleo político do esquema do mensalão, inclusive do chefe da quadrilha – denominação dada pelo procurador-geral da República Roberto Gurgel – sentenciado também por corrupção ativa, o ex-ministro (e todo poderoso) José Dirceu, a 10 anos e 10 meses de prisão. Para meio entendedor, meia palavra basta.
As últimas denúncias reforçam seu desprezo pelo respeito as leis. Uma delas demonstra como sempre agiu. Nomeou Rosemary Noronha para um cargo de responsabilidade. Como é sabido, não havia nenhum interesse público na designação. Segundo revelações divulgadas na imprensa, desde 1993 tinham um "relacionamento íntimo" (para os simples mortais a denominação é bem distinta). Levou-a a mais de duas dúzias de viagens internacionais – algumas vezes de forma clandestina - , sem que ela tenha tido qualquer atribuição administrativa. Nem vale a pena revelar os detalhes sórdidos descritos por aqueles que acompanharam estas viagens. Tudo foi pago pelo contribuinte. E a decoração stalinista do escritório da presidência em São Paulo? Também foi efetuada com recursos públicos. E, principalmente, as ações criminosas dos nomeados por Lula - para agradar Rosemary – que produziram prejuízos ao Erário, além de outros danos? Ele não é o principal responsável? Afinal, ao menos, não perguntou as razões para tais nomeações?
Se isto é motivo de júbilo, ele pode se orgulhar de ter sido o primeiro presidente que, sem nenhum pudor, misturou assuntos pessoais com os negócios de Estado em escala nunca vista no Brasil. E o mais grave é que ele está ofendido com as revelações (parte delas, registre-se: e os 120 telefonemas trocados entre ele e Rosemary?). Lula sequer veio a público para apresentar alguma justificativa. Como se nós, os cidadãos que pagamos com os impostos todas as mazelas realizadas pelo ex-presidente, fossemos uns intrusos e ingratos, por estarmos "invadindo a sua vida pessoal."
Hoje, são abundantes os indícios que ligam Lula a um conjunto de escândalos. O que está faltando é o passo inicial que tem de ser dado pelo Ministério Público Federal: a investigação das denúncias, cumprindo sua atribuição constitucional. Ex-presidente, é bom que se registre, não tem prerrogativa de estar acima da lei. Em um Estado Democrático de Direito ninguém tem este privilégio, obviamente. Portanto, a palavra agora está com o Ministério Público Federal.
Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Desemprego aumenta no Brasil, diz organização internacional
Brasil terá aumento de 500 mil desempregados até 2014
Segundo noticiou o Estadão, o crescimento de desempregados no Brasil aumentará em 500 mil nos próximos dois anos, invertendo a tendência de queda, de até então. O alerta vem da OIT, Organização Internacional do Trabalho cujos estudos apontam para aumento do desemprego no mundo nos próximos 5 anos. A organização lembrou que a crise de desemprego, que já atingiu , desde 2007, 67 milhões de trabalhadores nos países ricos, agora vai pegar os emergentes. Atualmente 28 milhões de pessoas em todo mundo buscam emprego e cerca de 39 milhões abandonaram a procura por trabalho e abandonaram o mercado.
Em 2012, segundo a OIT, a taxa de desemprego no Brasil foi de 6,3% (6,5 milhões de desempregados) e subirá para 6,6% em 2014, cerca de 7 milhões de brasileiros sem trabalho, o maior índice desde 2009 e acima da média mundial.
domingo, 20 de janeiro de 2013
Quem ganhou o Troféu Algemas de Ouro
Lula é eleito o político mais corrupto de 2012
O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu neste domingo, 20, o Troféu Algemas de Ouro, prêmio criado para eleger o político mais corrupto de 2012. A enquete promovida pelo Movimento 31 de Julho, grupo anticorrupção que atua na internet, foi realizada no Facebook e conseguiu mobilizar mais de 14 mil pessoas. Lula foi acusado pelo publicitário Marcos Valério de ter usado o dinheiro do mensalão para quitar despesas pessoais. Ele venceu o prêmio com 65,69%, o equivalente a 14.547 votos.Trofeu
O ex-senador Demóstenes Torres ficou com o segundo lugar, com 21,82% dos votos. Ele foi cassado devido a estreita relação com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo. O terceiro ficou o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), com 4,55% dos votos, que no ano passado apareceu em fotos, em Paris, ao lado do dono da empresa Delta, construtora investigada na CPI do Cachoeira.
'Fraude'. Coordenadores tiveram de impugnar mais de 9 mil votos por causa de suspeitas de fraude na votação. Segundo o movimento, internautas denunciaram que um suposto robô estaria adulterando o resultado da enquete, votando para um determinado candidato. A organização do prêmio chegou a acionar o Facebook.
A primeira edição do Troféu Algemas de Ouro, realizada em 2011, foi vencida pelo senador José Sarney (PMDB), que obteve 60% dos 7 mil votos. Nesse ano, as Algemas de Prata ficaram com o ex-ministro José Dirceu (PT) e as de Bronze, com a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN).
Veja a lista completa dos candidatos que concorreram para o Algemas de Ouro 2012:
'Fraude'. Coordenadores tiveram de impugnar mais de 9 mil votos por causa de suspeitas de fraude na votação. Segundo o movimento, internautas denunciaram que um suposto robô estaria adulterando o resultado da enquete, votando para um determinado candidato. A organização do prêmio chegou a acionar o Facebook.
A primeira edição do Troféu Algemas de Ouro, realizada em 2011, foi vencida pelo senador José Sarney (PMDB), que obteve 60% dos 7 mil votos. Nesse ano, as Algemas de Prata ficaram com o ex-ministro José Dirceu (PT) e as de Bronze, com a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN).
Veja a lista completa dos candidatos que concorreram para o Algemas de Ouro 2012:
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
Erenice Guerra (PT)
Fernando Pimentel (PT)
Fernando Cavendish (Delta)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
José Roberto Arruda (ex-DEM-DF)
Lula (PT)
Paulo Maluf (PP-SP)
Sérgio Cabral (PMDB-RJ)
Quem é Mônica Veloso, ex-Renan Calheiros?
O furação Mônica Veloso |
Ex-amante de Renan Calheiros, jornalista conta em livro intimidade com senador, investe em carreira na TV e vira celebridade.
BRASÍLIA - Já ficaram para trás os tempos difíceis em que o romance extra conjugal entre o então todo poderoso presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a jornalista Mônica Veloso movimentou as varas de família em Brasília e quase provocou a perda de seu mandato. Aos 44 anos, em plena forma e com o cofre cheio pela gorda pensão paga pelo senador, o cachê da revista “Playboy” e o saldo de emprego nos Diários Associados até pouco tempo atrás, a agora celebridade da sociedade belo-horizontina ainda provoca estragos por onde passa. E Renan, que viveu um inferno familiar, mas sobreviveu a sete ações para perda de mandato durante o “Renangate”, já prepara o terno para nova posse na presidência do Senado.
Em um relacionamento com o empresário mineiro Paulo Henrique Vieira, Mônica foi o pivô do escândalo político-sexual em 2007, e ainda colhe os louros da fama conseguida com o caso. Ao contrário de Renan, ela não tem do que reclamar. Depois de posar para a “Playboy” — segundo ela, o maior desafio de sua vida —, frequentar o castelo de Caras em Nova York, e ser estrela de um programa semanal na TV dos Diários Associados em BH, Mônica teria pedido demissão há seis meses, segundo seu empregador, porque não ficou satisfeita com a redução do salário.
Mônica também faturou com o lançamento de sua biografia: “O poder que seduz”. No livro, relata que viveu com Renan uma “paixão louca”, tiveram uma filha, mas foram atropelados pela política.
— Quando contei sobre a gravidez, ele entrou em pânico. Dizia ser impossível. Afinal, argumentou, não éramos mais crianças. Fiquei muito triste com a sua reação. Pela primeira vez, percebi que o amor era lindo, mas a política, para ele, era tudo — conta Mônica.
No livro ela relata que faziam planos para construir uma família, e seu sonho era ter uma filha.
— Como qualquer casal apaixonado, tínhamos nossos códigos, nossos momentos e nossas músicas. (…) Nossa música marcante foi a do filme “Lisbela e o Prisioneiro”. Misturávamos as nossas vozes com a do Caetano e cantávamos, baixinho, olhando no fundo dos olhos do outro: “Agora, que faço eu da vida sem você? Você não me ensinou a te esquecer. Você só me ensinou a te querer, e te querendo eu vou tentando me encontrar...” — diz.
Mônica e Renan, como um casal, frequentavam os salões do poder sem a preocupação que o caso um dia transformasse a vida dos dois no turbilhão de denúncias de corrupção.
— Música, perfume e um certo torpor. Champanhe na mão, conversávamos e sorríamos após o jantar (na casa do senador Ney Suassuna). Havíamos brindado por mais um ano, o intenso ano de 2002. (…) Cercado por jornalistas, o senador Eduardo Suplicy falava, empolgado, sobre o programa Renda Mínima e a indicação de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central. Mais um pouco, o próprio Meirelles chegou. (…) O vento agitando as cortinas, o barulho de cristais e porcelanas como rumores longínquos vindos da sala. Era como se fôssemos as únicas pessoas no mundo — relembra Mônica no livro.
Mas o inferno começou quando a revista “Veja” divulgou que um lobista da Mendes Júnior, Cláudio Gontijo, pagava o aluguel de R$ 4.400 mensais de um apartamento onde morava a jornalista com as duas filhas. O lobista, segundo a denúncia, também pagava R$ 12 mil mensais de pensão para a filha de Renan. Com o estouro do caso, para não ser cassado, Renan renunciou à presidência do Senado.
Mônica vive hoje uma relação estável com o empresário Paulo Henrique Vieira e produz um programa de TV, em Belo Horizonte, onde mora.
— Renan paga pensão mas não tem relação com a filha ou com a Mônica. Ficou um mal-estar familiar grande depois do escândalo. Mônica agora produz um programa de TV e ganha uma fortuna — diz um interlocutor de Renan.
Mônica apresentou até o ano passado o programa de TV “Vrum”, da TV dos Diários Associados, também veiculado por outras emissoras. O “Vrum” é sobre automóveis, e Mônica falava sobre carros antigos e novos, ensinava a trocar pneus e dava dicas de manutenção.
— A Mônica produzia um programa semanal de 40 minutos e tinha um salário de estrela de TV. Ganhava umas 60 pratas. Mas começou a gerar uma situação delicada no jornal com os outros profissionais. Tivemos que renegociar e reduzir para R$ 30 mil, eu acho. Há uns seis meses ela pediu demissão — conta um dos diretores dos Diários Associados.
Ao ser convidada para o Castelo de Caras, em Nova York, disse sobre o caso Renan: “O furacão me fortificou. Hoje não tenho medo de mais nada”.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
PT organiza "vaquinha" para ajudar corruptos condenados
O PT esqueceu de Rosemary Noronha: a petequeira merece solidariedade também. |
Se alguma coisa não se questiona no Partido dos Trabalhadores é o "espírito se solidariedade" dos seus militantes com as constantes ilicitudes e crimes praticados pelas suas lideranças e a marginalização dos que se prestaram aos serviços sujos . É o caso dos jovens do PT de Brasilia que promovem jantares para arrecadar fundos para pagamento das multas aplicadas pelo STF aos corruptos do partido, o guerrilheiro de araque Zé Dirceu e dos seus amigos "injustiçados" José Genoíno, Delúbio Soares e João Paulo Cunha, todos sentenciados pela mais alta corte do país diante de uma montanha de provas. Marcos Valério e seu grupo foram abandonados por aqueles a quem serviu.
Os valores para a adesão vão de R$ 100 a R$ 1000. As multas passam de R$ 1,8 milhão. Esses eventos servirão para justificar o surgimento desse valor que, certamente, virá de maneira mais fácil de outra fontes que não os jantares.
Resta perguntar se, no caso da amante Rosemary Noronha, a juventude petista vai se solidarizar-se com a petequeira e contribuir para sua defesa? Afinal, solidariedade por solidariedade, ninguém foi mais solidária do que ela. He, he, he!
Os valores para a adesão vão de R$ 100 a R$ 1000. As multas passam de R$ 1,8 milhão. Esses eventos servirão para justificar o surgimento desse valor que, certamente, virá de maneira mais fácil de outra fontes que não os jantares.
Resta perguntar se, no caso da amante Rosemary Noronha, a juventude petista vai se solidarizar-se com a petequeira e contribuir para sua defesa? Afinal, solidariedade por solidariedade, ninguém foi mais solidária do que ela. He, he, he!
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Brazil’s monetary jeitinho
Financial Times ironiza Guido Mantega e Banco Central do Brasil
"Profissionais no uso de jeitinhos pra acertar as contas do governo" ironiza o Financial Times, um dos mais influentes jornais de economia do mundo, ao se referir ao Ministro da Fazenda Guido Mantega e ao Banco Central do Brasil. Isto é, os resultados são "manipulados com maquiagem" para parecerem legais e bons. O jornal usa como manchete Brazil's monetary jeitinho e diz que o Brasil se utiliza de artimanhas para se desviar das regras ou convenções por táticas criativas que beiram a ilegalidade.
O jeitinho é usado na manutenção da taxa de juros e no combate a inflação cujas medidas oficiais não vem obtendo resultados permitindo o aumento da inflação e a queda do PIB.
Antes de entrar no assunto, o jornal inglês explica o que é jeitinho:
"If there’s one Portuguese word you need to learn before coming to Brazil it’s jeitinho. Literally “little way”, it refers to the nationwide habit of circumventing rules or conventions through highly creative, cunning and sometimes downright illegal tactics.
Can’t get tickets to a show or pass your driving test? Don’t worry; you just need to find a jeitinho. It also works for managing the economy, it seems.
With growth still sluggish and prices rising faster than expected, Brazil’s central bank and finance ministry are also becoming pros at the jeitinho – albeit the legal kind."
A tradução seria algo do tipo "Se há uma palavra em Português que você precisa saber antes de vir para o Brasil é jeitinho . Literalmente "pequena via", refere-se ao hábito nacional de contornar as regras ou convenções através de táticas altamente criativas, astuto e às vezes francamente ilegal. Se não é possível obter ingressos para um show ou passar no exame de habilitação? Não se preocupe, você só precisa encontrar um jeitinho . Ele também funciona para a gestão da economia, ao que parece. Com o crescimento ainda lento e os preços subindo mais rápido do que o esperado, o Brasil central do banco e do Ministério das Finanças também estão se tornando profissionais no jeitinho - embora o tipo legal."
Esses "arranjos", não enganam ninguém. A imagem do Brasil cai em descrédito. E quem investe num país assim?
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
A economia brasileira segundo visão do Raul Velloso
Por Raul Velloso, economista
Credibilidade é tudo em economia. A nossa foi gradualmente dilapidada ao longo de várias “décadas perdidas”, e agora estamos diante de uma nova ameaça. Enfrentamos a crise da dívida de 1982 praticamente sem dólares no caixa, deixamos a situação social se deteriorar, e finalmente chegamos à hiperinflação. Até bem pouco, assim, a percepção externa era de que o Brasil estava preso num labirinto, sem chances de encontrar uma saída racional.
De 1995 a 2008, o quadro mudou radicalmente, pois domamos a inflação instituindo o tripé metas de inflação/superávits fiscais altos/câmbio flutuante e passando a controlar a dívida pública; reduzimos consideravelmente os índices de pobreza; e, sem recursos públicos, colocamos em prática um modelo de expansão dos serviços públicos baseado fortemente no capital privado. Graças a isso, o crescimento sustentável do PIB passou de 2,7% para algo ao redor de 5% ao ano.
Há várias áreas problemáticas da atuação pública que ainda precisam ser azeitadas, algo que demandará bastante tempo. Temos sido incapazes de realizar uma reforma administrativa com letras maiúsculas, e, assim, uma área crítica é a de administração e gestão. O problema previdenciário tende a se agravar consideravelmente nos próximos anos. Ou seja, há muito o que reestruturar.
Enquanto a produção industrial do mundo inteiro desabava com a crise de 2008/2009 e até hoje muitos continuam abaixo do pico prévio, a do Brasil caía igualmente, mas fomos campeões em recuperá-la ao nível prévio em apenas um ano. Já em 2010, o PIB passava a crescer a 7,5%, deixando o mundo perplexo. Dobraram, assim, as apostas no Brasil como um dos principais destinos para investimento estrangeiro. Parecia que a crise, em que pese sua gravidade, não fora capaz de abalar a credibilidade construída ao longo da década precedente.
Só que, de lá para cá, tudo parece mudar no sentido oposto, criando-se rapidamente uma nova percepção desfavorável sobre o Brasil no exterior. As análises sintetizam a deterioração do quadro econômico com a constatação de que, apesar das promessas de algo melhor, o PIB só cresceu 2,7% em 2011 e deve crescer apenas 1% em 2012, longe dos 5% que parecia ser a taxa sustentável. E, em adição, há cinco trimestres a razão investimento global/PIB só cai, depois de longo período em que subia seguidamente. Em parte, esse desempenho se explica pela desabada da produção (e talvez do investimento) industrial que, desde a rápida recuperação inicial pós-crise, só cai, em que pese medidas de apoio e a desvalorização do real. Além disso, os resultados fiscais, computados sem manobras contábeis, vêm caindo sistematicamente, embora sem por em risco, ainda, a trajetória declinante da razão entre a dívida pública e o PIB.
E no setor de serviços, por que os investimentos não crescem mais? Ali, maiores rentabilidades seriam garantidas por demanda crescente e impossibilidade de importar. Nesse caso, contudo, sujeito a forte intervenção governamental, o ambiente de negócios para o setor privado em geral vem se tornando crescentemente desfavorável, diante da transição, que vem sendo posta em prática desde 2003, para um modelo de expansão que pode ser caracterizado como de capitalismo de estado, após a escalada liberal da era FHC.
Por essa visão, que guarda um certo paralelismo com o movimento antiliberal que se esboça no mundo desenvolvido em crise (veja, a propósito, o artigo de Dani Rodrik no “Valor” de 10/01/13), o ideal seria o próprio Estado atuar diretamente em vários segmentos da área de serviços, e oferecer os menores preços imagináveis para a sociedade. Sem recursos, busca-se, alternativamente, um certo compadrio com segmentos do setor privado. Nesse esquema, o governo exige que o concessionário do serviço público cobre a menor tarifa imaginável pela prestação de serviços, em troca de empréstimos oficiais subsidiados e outras benesses que atenuem os efeitos deletérios sobre a as respectivas rentabilidades.
A maior limitação que trava essa transição aparece, contudo, no lado operacional. Na prática, as agências reguladoras estão se tornando parte da administração direta, e nesta a gestão pública é caótica. Dessa forma, as coisas não andam, e, por exemplo, o desempenho das concessões da infraestrutura de transportes pós-2007, claramente sob um esquema de compadrio, tem sido abaixo da crítica. É só comparar o montante de investimentos realizados nessa com os da fase anterior, e a situação das rodovias nos dois casos.
Setúbal, do Itaú, estava certo quando destacou recentemente, na “Folha de S.Paulo”, a importância de retornos atrativos para atiçar o espírito animal de empresários. A visão de que o capital privado só se excita quando vê demanda crescendo é míope. Para investir, é preciso ter retorno. Se voltarmos a querer tocar o Brasil a partir de ideias populistas e estatizantes, que já não deram certo no passado, achando que há espaço fiscal para gastar mais (quando na realidade não há), daremos com os burros n’água. Perderíamos credibilidade e o atual governo estaria queimando a herança bendita das últimas décadas.
Publicado no Facebook do Noblat
domingo, 13 de janeiro de 2013
Populismo barato custa caro
Chavismo destrói economia da Venezuela. Dilma copia Hugo Chavez
Quem quer que suceda Hugo Chavez enfrentará um país à beira da falência. O populismo de Chavez acabou com a economia que este ano conviverá com uma inflação em torno de 30% e recessão enorme.
Quem quer que suceda Hugo Chavez enfrentará um país à beira da falência. O populismo de Chavez acabou com a economia que este ano conviverá com uma inflação em torno de 30% e recessão enorme.
O câmbio da moeda é mantido artificialmente entre 4 a 5 bolívares por dólar, mas no mercado negro chega a 18. Tudo é importado. Pesquisas internacionais colocaram a Venezuela como o país mais corrupto do mundo. O petróleo é sua única fonte geradora de riquezas, mas a produção prevista de 6 milhões de barris/dia não chegou a 3 milhões, este ano porque o governo não tem dinheiro para investir. Durante o período Chavez o endividamento subiu de 37 para 51% do PIB. Mas, bem pior, é o receio dos investidores internacionais amedrontados com a política estatizante do país.
A marca registrada de Chavez são os programas sociais - na verdade meras doações sem contrapartida - em volumes não comprovados, mas que mantiveram seus beneficiários fiéis ao "comandante". Entre os benefícios, até casas mobiliadas e dotadas de ar condicionado.
Na economia argentina, Cristina Kirchner segue o mesmo caminho e colhe os mesmos frutos: estatização de empresas, fuga de investimentos, queda de produção, alta da inflação e ódio a imprensa que divulga tudo isso. As políticas populistas de Chavez são sequidas no Brasil de Dilma que jurou que baixará o preço das tarifas elétricas doa a quem doer. Aos trancos e barrancos, desrespeitando a lógica de mercado, Dilma já fez um péssimo favor ao atropelar essas regras: derrubou o valor de mercado das empresas de energia com prejuízos de quase 40 bilhões de reais em 5 meses.
Ao apoiar golpes de estado como na Venezuela, elogiar governos totalitários como de Cuba e interferir fortemente na economia, o Brasil caminha para ganhar o "troféu desconfiança" dos investidores internacionais.
Na economia argentina, Cristina Kirchner segue o mesmo caminho e colhe os mesmos frutos: estatização de empresas, fuga de investimentos, queda de produção, alta da inflação e ódio a imprensa que divulga tudo isso. As políticas populistas de Chavez são sequidas no Brasil de Dilma que jurou que baixará o preço das tarifas elétricas doa a quem doer. Aos trancos e barrancos, desrespeitando a lógica de mercado, Dilma já fez um péssimo favor ao atropelar essas regras: derrubou o valor de mercado das empresas de energia com prejuízos de quase 40 bilhões de reais em 5 meses.
Ao apoiar golpes de estado como na Venezuela, elogiar governos totalitários como de Cuba e interferir fortemente na economia, o Brasil caminha para ganhar o "troféu desconfiança" dos investidores internacionais.
Padre prega contra cães de rua
Onde está o amor pelos animais? |
No extremo sul do Chile, a poucos quilômetros do Estreito de Magalhães, a fria e pacata cidade de Punta Arenas – capital da província de Magallanes, a menos povoada do país – não costumava ser manchete dos jornais, pelo menos até a imprensa chilena conhecer o bispo da região, dom Bernardo Bastres, e suas polêmicas declarações. Nesta quarta-feira (9/1), o religioso publicou um artigo no jornal regional Hoy Por Hoy, no qual condena a falta de atenção do Estado chileno para “a praga de cachorros de rua que infesta diversas cidades do país e especialmente a esquecida Punta Arenas”. O artigo foi motivado também por um incidente ocorrido no último sábado (5/1), na catedral da cidade, quando um idoso de 73 anos foi atacado por seis cachorros de rua após uma missa ministrada pelo próprio bispo.Por Opera Mundi
No artigo, Bastres diz que, na Europa, algumas cidades têm autonomia para eliminar os cachorros de rua quando eles são um incômodo para a sociedade e tal medida está justificada pela Bíblia. “Deus criou todas as coisas e as colocou à disposição do ser humano, esse é um princípio do Gênese, tudo está ao nosso serviço, e, portanto, também podemos nos desfazer problemas criados pela natureza”, afirmou.
Segundo a Secretaria Regional da Província de Magallanes, existem aproximadamente 12 mil cachorros de rua na capital Punta Arenas, número bastante superior à média entre as capitais provinciais chilenas, de 7,5 mil – excluindo Punta Arenas, a média das capitais diminuiria para 5,5 mil, segundo a Secretaria.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Demorou mas as privatizações de Dilma começaram
Economia
'The Economist' provoca: Dilma despertou para privatização
Reportagem diz que o governo brasileiro atrasou plano das novas concessões, especialmente dos aeroportos, por 'relutar' em aderir às privatizações
Revista lembra que muitos planos da infraestrutura não saem do papel
e cita a Copa de 2014 (Ueslei Marcelino/Reuters)
A revista britânica The Economist destaca em reportagem na edição que chega nesta quinta-feira às bancas o fato de o Brasil ter "despertado para a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura do País", em especial nos transportes. A reportagem diz que o governo de Dilma Rousseff era "relutante" em aderir às privatizações e que isso teria atrasado o plano das novas concessões, especialmente dos aeroportos.
"O governo do Brasil despertou para a necessidade urgente de melhorar a infraestrutura do País. Ele está leiloando concessões de rodovias, estradas e aeroportos. No mês passado, acrescentou portos à lista e prometeu gastar R$ 54 bilhões para expandir, dragar e melhorar os portos ao longo dos próximos cinco anos", afirma a reportagem.
A decisão de repassar projetos à iniciativa privada, no entanto, não foi fácil. A revista britânica diz que o governo de Dilma Rousseff tinha "relutância" em privatizar alguns setores da economia. Para a Economist, o atual governo brasileiro foi "tardiamente convertido" às privatizações.
"Depois de vender 51% das ações em três aeroportos em fevereiro do ano passado, o governo ficou temeroso e passou o restante do ano sondando operadores estrangeiros para verificar se algum consideraria entrar em uma licitação para investimento minoritário. Somente depois de perceber que não teria compradores, o governo decidiu continuar a vender o controle acionário", relata o texto.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Deputado do PT quer hotel de luxo para bandidos
Deputado Domingos Dutra, do PT-MA quer hotel de luxo para presos no Brasil |
O projeto estabelece pena de 3 a 6 anos de prisão para os agentes penitenciários que não fornecerem aos presos, por exemplo, hidratante, xampu, condicionador, desodorante e camisinha e pena de prisão de 3 a 6 anos para delegados que mantiverem os presos na delegacia após a lavratura do flagrante.
O preso, segundo o deputado, deve ter cela individual com calefação, banhos quentes, academia de ginástica e sete médicos, 3 enfermeiros, 3 dentistas, 3 psicólogos, 3 nutricionistas, 12 professores, 6 auxiliares de enfermagem, 24 técnicos profissionalizantes, entre outros, para cada grupo de 400 presos.
Acesso a rádio, tv a cabo, jornais e manutenção dos direitos políticos são outros benefícios reivindicados por Domingos Dutra que insere no projeto a obrigatoriedade de oferecer alimentação de qualidade preparada por nutricionistas, saída do preso em caso de doença grave em família, com escolta e sem uniforme prisional, remuneração salarial para todos (além dos R$ 950, do bolsa presídio). A preocupação do deputado com os presos é imensa. Num dos artigos diz que os uniformes não poderão ser degradantes ou humilhantes para não afetar a dignidade do preso.
Na verdade o deputado sem noção quer um hotel de luxo para que os condenados paguem pelas violações que praticaram. Ao mesmo tempo trabalhadores esperam anos na fila por uma operação ou são jogados em corredores de hospitais sem médicos, medicamentos e equipamentos, escolas sem as mínimas condições de alfabetizar, estradas em péssimas condições, aeroportos desestruturados, segurança pública em caos e todo sistema falindo. O que você acha disso? Que conselhos você daria para este "representante" do povo?
Ou ele já previa que seus companheiros de partido como os corruptos Zé Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha, Delúbio Soares e outros corruptos e quadrilheiros iam cair nas mãos do Joaquim e parar no xilindró?
O preso, segundo o deputado, deve ter cela individual com calefação, banhos quentes, academia de ginástica e sete médicos, 3 enfermeiros, 3 dentistas, 3 psicólogos, 3 nutricionistas, 12 professores, 6 auxiliares de enfermagem, 24 técnicos profissionalizantes, entre outros, para cada grupo de 400 presos.
Acesso a rádio, tv a cabo, jornais e manutenção dos direitos políticos são outros benefícios reivindicados por Domingos Dutra que insere no projeto a obrigatoriedade de oferecer alimentação de qualidade preparada por nutricionistas, saída do preso em caso de doença grave em família, com escolta e sem uniforme prisional, remuneração salarial para todos (além dos R$ 950, do bolsa presídio). A preocupação do deputado com os presos é imensa. Num dos artigos diz que os uniformes não poderão ser degradantes ou humilhantes para não afetar a dignidade do preso.
Na verdade o deputado sem noção quer um hotel de luxo para que os condenados paguem pelas violações que praticaram. Ao mesmo tempo trabalhadores esperam anos na fila por uma operação ou são jogados em corredores de hospitais sem médicos, medicamentos e equipamentos, escolas sem as mínimas condições de alfabetizar, estradas em péssimas condições, aeroportos desestruturados, segurança pública em caos e todo sistema falindo. O que você acha disso? Que conselhos você daria para este "representante" do povo?
Ou ele já previa que seus companheiros de partido como os corruptos Zé Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha, Delúbio Soares e outros corruptos e quadrilheiros iam cair nas mãos do Joaquim e parar no xilindró?
Relatório de Liberdade Econômica coloca Brasil entre os últimos de 185 nações.
Honduras, Brasil e Nicarágua são as chamadas economias apenas livres: 96 °, 100 ° e 110 ° |
Liberdade econômica é o direito fundamental que todos tem de controlar a posse de seu trabalho, isto é, todos são livres para trabalhar, produzir, consumir e investir como desejar sem que haja qualquer tipo de controle ou restrição do Estado.
Elaborado pela Heritage Foundation, o Relatório de Liberdade Econômica mostra que os países das Américas Latina, neste quesito, estão ruins. Entre todos eles, o Chile está em 7º lugar entre 185 nações incluídas neste ranking, à frente dos Estados Unidos, inclusive. A eficiência do seu judiciário e o controle de gastos públicos elevaram o Chile a esta posição.
Na faixa de média liberdade o Uruguai classificou-se em 36 º, Colômbia 37 º, Peru 44º, Costa Rica 49º, México 50 º, Jamaica 52 º, El Salvador 53 º e Panamá 71 º. Mais além estão Paraguai º.80 º e Guatemala 84 º.
Honduras, Brasil e Nicarágua estão entre as chamadas economias apenas livres: 96°, 100° e 110°. E as piores classificações - países sem liberdade econômica - estão Bolívia, Equador, Argentina, Venezuela, Cuba e Coréia do Norte, todos chamados governos "socialistas" com forte impacto da corrupção e interferência política no judiciário.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Olívio Dutra pede a renúncia de Genoíno
Segundo O Globo, o ex-governador gaúcho Olívio Dutra, que tem história no PT, pediu a renúncia de José Genoíno durante uma entrevista, ao vivo, pela Rádio Guaíba. Para ele, Genoíno não deveria ter tomado posse do cargo de deputado depois de ter sido condenado no processo do mensalão. O jornal cita que o ex-governador ainda criticou as "más companhias" do PT, referindo, possivelmente, aos principais aliados do governo como Collor, Renan Calheiros, José Sarney e todos os criticados por Lula como "picaretas do congresso."
"Eu acho que tu deverias pensar na sua biografia, na trajetória que tem dentro do partido. Eu acho que tu deverias renunciar. Mas é a minha opinião pessoal, a decisão é tua. Não tenho porque furungar nisso - disse Olívio Dutra que até então não sabia que Genoíno participaria do programa, também. Genoíno limitou-se a dizer que não tinha cometido crime quando foi presidente do PT. E sobre o julgamento pelo STF disse que a sentença não é definitiva (há recursos técnicos) e que vai cumprir a decisão final. Neste caso, diga-se, prisão semi aberta, isto é, a noite tem que dormir na cadeia.
Dutra citou abertamente que Genoíno e Dirceu possibilitaram negociatas com dinheiro público e acredita que o PT deva explicar os erros cometidos, práticas que eram comuns entre seus adversários.
- Eu avisei em uma ocasião que íamos sofrer com as más companhias. Más companhias que não são somente aquelas de fora para dentro, mas também de dentro do partido à medida que vão chegando pessoas. Na medida que tu tens cargos para oferecer, há pessoas no partido que não conhecem nada da história nem da razão de ser. O PT falha nisso e deixa de ser uma escola política e passa a agregar pessoas por conta dos cargos " lembrou Dutra sobre o aviso que tinha feito aos dirigentes do PT.
Flanelinha acusado de passar nota falsa de R$ 20 está preso há 8 anos: os mensaleiros, em liberdade
Flanelinha alegou que recebeu a nota de boa fé: preso. Corruptos soltos.
O juiz federal Ali Mazloum rejeitou a denúncia contra o flanelinha e foi além na sua sentença: "Estamos diante de um episódio que revela a deficiente estrutura do Judiciário, movimentada exaustivamente por casos semelhantes, enquanto as grandes fraudes financeiras e lavagens bilionárias de dinheiro sujo circulam impunemente pelo País." - sentenciou.
Joel Santos Ramos, o flanelinha, foi preso em julho de 2005 enquanto trabalhava como guardador de carros acusado no artigo 289 do Código Penal, parágrafo 2º que pune com detenção de até dois anos e multa. Faz 8 anos que Joel Santos está preso. Ramos tinha sido condenado anteriormente pelo próprio juiz Mazloum com 6 meses de detenção, mas a confusão saltou para instâncias superiores que solicitaram a anulação da sentença. Anulado o processo, veio a nova denúncia (parágrafo 1º do artigo 289), que prevê pena até 12 anos. Ao longo da ação evidenciou-se a boa fé do acusado e, segundo o juiz Mazloum, há 20 anos na carreira, "abrir novo processo atenta contra a dignidade humana, que proíbe que seja o processo usado como instrumento de punição." Para ele "o judiciário hoje é um sistema falido, superado, que não recupera ninguém." E diz mais: "A falta de critério e bom senso são complicadores da morosidade da Justiça."
E o que resta é distribuir injustiças, como o caso narrado.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Desarmar civis não resolve o problema da violência no Brasil
Porque não desarmam bandidos?
Você sabia que o Brasil é está entre os países que mais se mata com armas de fogo? Nos últimos 30 anos ocorreram, em média, 36,3 mil mortes anuais. Isso é, muito mais que os 20 mil mortos ao ano durante os 27 anos de conflito na Angola e dos 25 mil mortos por ano na Chechênia, entre 94 e 96. Mais ainda que os 13 mil mortos na Guerra do Iraque, segundo dados da BBC Brasil.
Somente em 2010 foram 36 mil mortos catalogados como vítimas de armas de fogo. Esse número chega a ser quase 4 vezes mais que as mortes relatadas, por exemplo, nos Estados Unidos (9.960 no mesmo período).
Um detalhe que ressalta aos olhos é que os americanos, que não fazem restrição a venda de armas, tem próximo de 295 milhões de armas contra 15 milhões no Brasil que faz grandes restrições ao comércio, como registro e análise de antecedentes criminais do interessados em se armar.
Então, como explicar que menos armas no Brasil matam mais que nos Estados Unidos?
No Brasil os bandidos não foram desarmados e continuam impunes, fazendo vítimas. E quando a polícia os confronta e mata, é acusada de excessos. Os que morrem são, na maioria, trabalhadores. Ou bandidos na guerra por domínio de áreas. Basta citar o caos no Rio de Janeiro onde policiais são caçados e assassinados diante da complacência criminosa dos que se dizem autoridades.
Entre os americanos são 3,2 mortos com armas de fogo para cada 100 mil habitantes contra 19,3 do Brasil. Somente a Venezuela tem índices piores que o brasileiro, na América latina: 39. Na Venezuela opera a impunidade, esta sim, a arma violenta que mais causa mortes em todo o mundo.
As campanhas de desarmamento no Brasil - demagogia dos governantes populistas diante de um quadro gravíssimo de insegurança - recolheram, até então, 620 mil armas. Não há motivos para otimismo enquanto os responsáveis pela politica na área continuarem acreditando em desarmar somente os civis enquanto os criminosos permanecem intocáveis, bem armados, assaltando e matando.
Cultura da violência ou leis frouxas que dificilmente levam um homicida para a cadeia? Certamente a segunda opção temperada pela impunidade, punição branda e progressão de penas, além de um estatuto que se tornou a licença para que crianças e adolescentes matem, sem culpa no cartório.
Somente em 2010 foram 36 mil mortos catalogados como vítimas de armas de fogo. Esse número chega a ser quase 4 vezes mais que as mortes relatadas, por exemplo, nos Estados Unidos (9.960 no mesmo período).
Um detalhe que ressalta aos olhos é que os americanos, que não fazem restrição a venda de armas, tem próximo de 295 milhões de armas contra 15 milhões no Brasil que faz grandes restrições ao comércio, como registro e análise de antecedentes criminais do interessados em se armar.
Então, como explicar que menos armas no Brasil matam mais que nos Estados Unidos?
No Brasil os bandidos não foram desarmados e continuam impunes, fazendo vítimas. E quando a polícia os confronta e mata, é acusada de excessos. Os que morrem são, na maioria, trabalhadores. Ou bandidos na guerra por domínio de áreas. Basta citar o caos no Rio de Janeiro onde policiais são caçados e assassinados diante da complacência criminosa dos que se dizem autoridades.
Entre os americanos são 3,2 mortos com armas de fogo para cada 100 mil habitantes contra 19,3 do Brasil. Somente a Venezuela tem índices piores que o brasileiro, na América latina: 39. Na Venezuela opera a impunidade, esta sim, a arma violenta que mais causa mortes em todo o mundo.
As campanhas de desarmamento no Brasil - demagogia dos governantes populistas diante de um quadro gravíssimo de insegurança - recolheram, até então, 620 mil armas. Não há motivos para otimismo enquanto os responsáveis pela politica na área continuarem acreditando em desarmar somente os civis enquanto os criminosos permanecem intocáveis, bem armados, assaltando e matando.
Cultura da violência ou leis frouxas que dificilmente levam um homicida para a cadeia? Certamente a segunda opção temperada pela impunidade, punição branda e progressão de penas, além de um estatuto que se tornou a licença para que crianças e adolescentes matem, sem culpa no cartório.
sábado, 5 de janeiro de 2013
A punição que promove
Quando ao subir o homem desce
Aloísio de Toledo Cesar
O Estado de S.Paulo
O Brasil talvez seja o único país do mundo onde uma pessoa condenada pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha, por decisão do mais alto tribunal da República, assume no Congresso Nacional o cargo de deputado federal, podendo atuar na elaboração de leis. Meu Deus, qual será a validade dessas leis que vierem a ter o autógrafo de José Genoino?
É vergonhoso, humilhante, afrontoso verificar que isso acontece logo depois de o Senado ter dado um pé no traseiro de Demóstenes Torres, em face da suspeita de envolvimento criminoso do então senador com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Os crimes praticados por José Genoino, e que levaram à sua condenação, são muito mais graves, de tal forma que sua posse na Câmara dos Deputados equivale a chicotear a República e a negar o Estado de Direito, pelo qual a Nação tanto lutou. É um ato vergonhoso que mancha definitivamente a biografia do agora parlamentar.
Não percebe esse político que sua presença no Congresso será um prato cheio para seus adversários? A qualquer palavra que diga, sempre alguém o lembrará de que é uma pessoa condenada por corrupção e formação de quadrilha. Isso certamente atingirá não somente a sua pessoa, mas também o partido político do qual foi presidente, e até mesmo o País.
Quando ocorria o seu julgamento pelo Supremo Tribunal Federal, por haver atuado, como presidente do Partido dos Trabalhadores, no avanço em dinheiro público para farta distribuição a amigos e aliados políticos, a ministra Cármen Lúcia, que o julgava, procurou deixar claro que não estava "julgando uma biografia", mas, sim, casos concretos de corrupção e formação de quadrilha.
A menção feita à "biografia" resulta da reputação que Genoino incorporou à sua carreira política como combatente armado na luta contra o regime militar implantado no Brasil em março de 1964. Naquela época, certamente com patriotismo, mas sem maior inteligência e com fragilíssima estratégia, jovens sem experiência lançaram-se a uma luta de poucas armas exatamente contra a única instituição que detinha o poderio bélico.
Sob o ardor da juventude, assaltaram bancos, dinamitaram cofres para resgatar dinheiro e chegaram ao exagero de sequestrar o embaixador dos Estados Unidos e a jogar uma poderosa bomba sobre o quartel do II Exército, em São Paulo, fazendo em pedaços o infeliz soldado Mário Kozel Filho, de 18 anos, que ali estava de sentinela.
Essas ações de confronto representaram para os detentores do poder os melhores argumentos de que necessitavam para não devolver o poder aos civis. Na 2.ª Seção do II Exército, onde atuava o serviço secreto militar, seguiam-se reuniões sempre com o mesmo desfecho: "Como devolver o poder a esse bando de loucos?".
Aquela juventude armada, à qual nunca se negou coragem, teve como integrante e participante, além de José Genoino, uma estudante de nome Dilma Rousseff, agora presidente da República. O movimento pendular da História é sempre surpreendente e serve para mostrar que no Chile, no Brasil e no Uruguai os guerrilheiros de anos atrás, que lutaram contra as ditaduras, chegaram ao poder não pela violência, mas pelo voto (e já no poder - isso é incrível - não se mostraram muito diferentes daqueles a quem haviam combatido).
No caso especial do Brasil, a reconquista do poder pelos civis veio a ocorrer não pelo ardor juvenil que levou à violência e à luta armada. O poder foi reconquistado por força de atos de inteligência e boa estratégia demonstrados por homens nada violentos como Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Mário Covas e tantos outros.
Esses políticos, que até hoje fazem muita falta, pareceram adotar o estilo de Gandhi quando resolveu opor-se ao domínio britânico na Índia, fazendo uso, tão somente, da não violência e da não cooperação. Esse movimento, a que Gandhi dava o nome de "Satyagraha", procurava mostrar a força da verdade e da ausência de medo. Exatamente por não encontrarem como combatê-lo, os britânicos acabaram pegando os seus chapéus, os seus tacos de golfe e voltaram para a Inglaterra.
No Brasil, a devolução poder aos civis também veio a ocorrer, mas sempre com muita tensão. Poucas pessoas têm conhecimento das dificuldades, dos esforços e das cobranças que o então governador paulista Paulo Egydio Martins fazia ao presidente Ernesto Geisel para que promovesse uma abertura política que, mesmo lenta, avançasse progressiva e irreversivelmente. Sem o uso de bombas, ou de armas, enfim, o País aos poucos voltou a ter eleições, mas, por lamentáveis falhas dos eleitores, repetidamente são eleitas pessoas destituídas do necessário preparo.
Isso acontece desde os tempos do Brasil colônia, quando o satírico Gregório de Matos, em seus versos, dizia: "Quem sobe a alto lugar, que não merece,/ homem sobe, asno vai, burro parece,/ que o subir é desgraça muitas vezes". E ele completava que melhor é "ser homem em baixo, do que burro em cima".
A biografia de José Genoino, objeto de admiração por seus seguidores de partido, não mereceria ter esse complemento vergonhoso, porque a contamina por inteiro. A sua posse no Congresso Nacional representa praticamente a anulação de eficácia da Lei da Ficha Limpa, conquista nacional.
Realmente, alguns milhares de políticos não puderam sequer disputar cargos eletivos pelo fato de suas biografias estarem ornamentadas por ilícitos administrativos e por delitos. Alguns prefeitos eleitos nem ao menos puderam assumir seus cargos em razão desses vícios não aceitos pela referida lei.
A posse de Genoino desmoraliza a Lei da Ficha Limpa e certamente servirá de paradigma para que outros condenados, sem os seus direitos políticos, assim como ele, também possam tomar posse. É triste ter de assistir a mais esse espetáculo de desprezo à inteligência das pessoas.
Aloísio de Toledo Cesar é desembargador aposentado do TJ de São Paulo
A esquerda continua imbecil
Ferreira Gullar |
Nelson Motta
A outra é responder acusando o adversário de já ter feito o mesmo, ou pior, e ter ficado impune. São formas primitivas e grosseiras de expressão na luta pelo poder, nivelando pela baixaria, e vai perder tempo quem tentar impor alguma racionalidade e educação ao debate digital.
Nem nos mais passionais bate-bocas sobre futebol alguém apela para a desqualificação pessoal, por inutilidade. Ser conservador ou liberal, gay ou hetero, honesto ou ladrão, preto ou branco, petista ou tucano, não vai fazer o gol não ser em impedimento, ser ou não ser pênalti. Numa metáfora de sabor lulístico, a politica é que está virando um Fla x Flu movido pelos instintos mais primitivos.
Na semana passada, Ferreira Gullar (foto), considerado quase unanimemente o maior poeta vivo do Brasil, publicou na “Folha de S.Paulo” uma crônica criticando o mito Lula com dureza e argumentos, mas sem ofensas nem mentiras. Reproduzida em um “site progressista”, com o habitual patrocínio estatal, a crônica foi escoiceada pela militância digital.
Ler os cento e poucos comentários, a maioria das mesmas pessoas, escondidas sob nomes diferentes, exigiria uma máscara contra gases e adicional de insalubridade, mas uma pequena parte basta para revelar o todo. Acusavam Gullar, ex-comunista, de ter se vendido, porque alguém só pode mudar de ideia se levar dinheiro, relinchavam sobre a sua idade, sua saúde, sua virilidade, sua aparência, sua inteligencia, e até a sua poesia. E ninguém respondia a um só de seus argumentos.
Mas quem os lê? Só eles mesmos e seus companheiros de seita. E eu, em missão de pesquisa antropológica. Coitados, esses pobres diabos vão morrer sem ter lido um só verso de Gullar, sem saber o que perderam.
Nelson Motta é jornalista.
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