Jornal da Manhã
A Justiça Eleitoral cassou o registro de candidatura do prefeito eleito Vinícius Camarinha (PSB) por abuso de poder econômico por uso de mídias sociais. Com a anulação de mais de 50% dos votos, nova eleição deve ser convocada em Marília sem a participação da chapa formada por Vinícius e Sérgio Lopes Sobrinho (PSC). Vinícius Camarinha obteve 61.767 votos (51,78%). Foram 38.456 votos a mais que o segundo colocado Ticiano Toffoli (PT), atual prefeito, que teve 23.311 votos (19,54%), pouco mais que Daniel Alonso (PSDB), com 23.004 votos (19,28%). Antonio Augusto Ambrósio, o Tato (PMDB), veio a seguir e somou 7.705 votos (6,46%). Luís Eduardo Diaz (PV) foi o quinto colocado e ficou com 2.668 votos (2,24%) e Cecílio Espósito, o Raul Seixas (PSOL) teve 835 votos (0,70%). O juiz Silas Silva Santos acatou denúncia protocolada no cartório eleitoral pela assessoria jurídica do candidato a prefeito Daniel Alonso. Como o despacho foi proferido cinco minutos antes do fechamento do cartório eleitoral, anteontem os advogados das partes envolvidas ficaram sabendo apenas que a ação era procedente, sem detalhes sobre o seu inteiro teor. Ontem, a imprensa fez plantão na porta do Fórum Eleitoral, aguardando por um pronunciamento do juiz eleitoral Silas Silva Santos, o que não aconteceu. Os cartórios eleitorais estavam fechados. Vinícius Camarinha foi acusado de utilizar um jornal e rádios do grupo CMN (Central Marília Notícias), ligado a ele, para atacar adversários na eleição deste ano e garantir promoção à candidatura dele. Além desta decisão, Vinícius Camarinha também é investigado pela Polícia Federal por possível patrocínio de churrascos dos quais ele aparece em fotos, já em poder dos policiais. O inquérito deve ser concluído nos próximos dias e encaminhado à Justiça Eleitoral para o parecer do MPE (Ministério Público Eleitoral). A assessoria de imprensa de Vinícius Camarinha reconheceu a decisão e informou que ele vai entrar com recurso no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Entrevista coletiva deve ser agendada para amanhã. Caso não reverta a decisão, além de não poder assumir como prefeito ele ainda perde seus direitos políticos por oito anos, ficando assim inelegível.