Zé Dirceu e sua próxima estadia |
Não é pedagógico prender condenados, diz Toffoli
O Partido dos Trabalhadores divulgou nota oficializando sua posição diante das condenações sofridas por seus principais líderes e acusou o STF de fazer política com o caso e de "desrespeitar garantias constitucionais para tentar criminalizar o PT."
A alegação para inocentar José Dirceu é a teoria de domínio de fato, isto é, a responsabilização do comandante por um crime mesmo não o tendo executado. O que não é o caso do ex-ministro denunciado como líder da quadrilha e responsabilizado pelos mais graves atos de corrupção do país. Os ministros do STF basearam suas condenações em fartas provas colhidas durante a CPI e dezenas depoimentos, inclusive do próprio executor dos crimes, Marcos Valério, que mantinha estreito relacionamento da cúpula do PT, inclusive José Dirceu.
Valério e vários membros do grupo executor relacionaram-se, inclusive dentro do Palácio de Lula. O dinheiro auferido de "empréstimos criminosos" eram entregues aos congressistas para votarem em projetos do então presidente, único beneficiário do esquema de corrupção. E Dirceu era o todo poderoso coordenador político do ex-presidente. Como sempre acontece em estados totalitários, os petistas acusam a imprensa, por quem nutrem ódio e os ministros do STF. O partido deve dar o caso por encerrado e não deverá se manifestar formalmente sobre o tema.
A piada do dia ficou por conta da manifestação enérgica do Ministro Toffoli que em bom tom afirmou que "as penas aplicadas aos condenados no mensalão são medievais e que não é pedagógico colocar condenados na prisão." Disse que melhor seria a aplicação de multas de maior valor.
A respeito das declarações recentes de Eduardo Cardozo, o ministro Gilmar Mendes perguntou porque só agora o Ministro da Justiça - que declarara que "preferiria se matar do que ser colocado numa prisão brasileira" tal sua degradação - se manifesta desta forma se o problema prisional no país é conhecido de longa data.
Canalhice não escolhe pessoas e nem cargos, digo eu.