domingo, 25 de novembro de 2012

"Não sou um negro submisso, nunca fui."

Joaquim Barbosa, presidente do STF
De personalidade forte, Joaquim Barbosa tornou-se arrimo de família quando os pais - ele pedreiro e a ela dona de casa - se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília onde trabalhou e estudou, formando-se em Direito e obteve mestrado em Direito do Estado. Trabalhou na embaixada do Brasil na Finlândia. Prestou concurso e foi aprovado para Procurador da República. Tem mestrado e doutorado em Direito Público. Fluente em inglês, francês, alemão e espanhol, toca violino e piano desde adolescente.

Joaquim Barbosa foi conduzido, por indicação de Lula, ao STF em 2003. Em 2008 deu uma entrevista ao Jornal Folha de São Paulo. “Engano pensar que sou uma pessoa que tem dificuldade de relacionamento, uma pessoa difícil. Eu sou uma pessoa altiva, independente e que diz tudo que quer. Se enganaram os que pensavam que, com a minha chegada ao Supremo Tribunal Federal, a Corte iria ter um negro submisso. Isso eu não sou e nunca fui desde a mais tenra idade. E tenho certeza de que é isso que desagrada a tanta gente. No Brasil, o que as pessoas esperam de um negro é exatamente esse comportamento subserviente, submisso. Isso eu combato com todas as armas."

Relator do mensalão e diante de provas incontestáveis, Joaquim condenou todos os envolvidos, inclusive a alta cúpula do PT, tornando-se, por isso, alvo das críticas do partido.


Para Lula certamente Joaquim pode ser um negro ingrato.
Para o povo, um herói.