domingo, 7 de julho de 2013

O espírito político prostituto da presidente na hora das alianças


Queda de popularidade de Dilma dificulta alianças

Depois que as pesquisas mostraram a vertiginosa queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff - redução de 27 pontos, segundo a Datafolha - as alianças políticas para 2014 começaram a andar em "slow motion". 

O PDT já definiu que os acordos serão finalizados no ano que vem, somente, mesmo já  tendo o Ministério do Trabalho nas mãos. Idem o PRB que ocupa o Ministério da Pesca. O PSD, partido do Kassab que encaixou Afif Domingues no Ministério da Micro e Pequena Empresa, botou o pé no freio quanto ao apoio a Dilma no ano que vem.

Se falta qualidade de gestão em Dilma sobra o espírito político prostituto da presidente que não se sentiu envergonhada em montar 39 ministérios para abrigar tantos fisiologistas. Ela demonstra que não está preocupada com o país, mas em manter o poder a custa de bilhões jogados no lixo para abrigar tantos ministros aliados, verdadeiros "políticos de programa" comprados com cargos e outras vantagens obtidas em condições espúrias.

Ideologia? Ética? Decência? 
Como ter Maluf, Collor, Sarney, Renan, Feliciano como seus maiores aliados, todos no mesmo saco? Basta o dono do saco não ter nenhuma vergonha na cara.

Dilma não merece respeito.
Por isso é que o povo protesta.

sábado, 6 de julho de 2013

Ministro Guido Mantega cai este mês

Guido Mantega virou piada no mercado internacional
Vai começar a degola

Diante de tantos imbróglios e resultados negativos da economia, Guido Mantega, há quase 8 anos ministrando a pasta, vai cair. Mantega herdou uma política econômica estável e tentou incluir o pensamento da esquerda na condução do processo. Deu no que deu: inflação alta e sem controle, governo desacreditado, previsões que nunca se cumprem e piadas. O país virou uma piada no cenário internacional. E ninguém leva a sério o alvo da piada.

O crescimento medíocre do produto interno bruto, alta do dólar, queda nas exportações levou o país a bancarrota. O maior patrimônio brasileiro, a Petrobras, está quebrado com dívidas impagáveis de 7 bilhões de dólares. Corrupção sem controle, protestos e péssima gestão conduzem Dilma ao isolamento político.

Sua cartada final é trocar o Ministro da Economia e tentar reverter o que parece irreversível.
O fraco Guido Mantega cai este mês.

Paulo Henrique Amorim condenado a prisão

Heraldo Pereira, jornalista da TV Globo


A frase endereçada a Heraldo Pereira, jornalista da TV Globo, é do também apresentador da TV Record, Paulo Henrique Amorim e lhe valeu a pena de um ano e oito meses de reclusão. A pena por "injúria preconceituosa" foi substituída por outra, restritiva, ainda não definida. Por ter completado 70 anos, Amorim teve a pena diminuída em três meses considerando a "atenuante de senilidade".

Pereira foi criticado por Paulo Henrique em 2009, num blog que mantém na internet. Disse que o jornalista da Globo é um "negro de alma branca" e que "não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde".

Amorim, condenado por injúria preconceituosa.

A desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio considerou a manifestação veiculada no blog de Amorim como desrespeitosa e acintosa e que foi "nítida a intenção de ofender a honra" de Pereira.

Em outra ação, por danos morais, Amorim entrou em acordo com Heraldo retratando-se publicamente, inclusive com anúncios em jornais e doando R$ 30 mil reais a uma instituição de caridade.

Barbosa não usou avião da FAB para assistir jogo da seleção

Ministro Joaquim Barbosa
Tão logo a imprensa noticiou os abusos cometidos pelos presidentes do Congresso e da Câmara dos Deputado, Renan Calheiros e Henrique Alves, que usaram aviões da FAB para ir em festa de casamento e assistir jogo da seleção de futebol, a mídia pró-comunista rapidamente publicou que o Ministro Joaquim Barbosa também teria praticado o mesmo desatino.

Realmente Barbosa viajou de Brasília ao Rio de Janeiro, onde mora e também se confirmou sua presença no Maracanã, ao lado do filho no amarote de Luciano Huck e Angélica. Porém, segundo nota do STF, Barbosa viajou só, em avião de carreira pago com a cota destinada aos ministros, como faz há dez anos, desde que empossou no STF.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Dilma Rousseff está isolada

Presidente tenta recompor base no congresso

Isolada politicamente a presidente Dilma tenta recompor a base no congresso após atritos com o PT e aliados do governo por conta da proposta de plebiscito. Diante da crise gerada pelas imensas manifestações populares, a presidente percebeu estar ficando só, largada pelo PT e deixada de lado pelo padrinho que viajou para a África. 

Ela se reuniu com os líderes do PT pedindo ajuda para reorganizar a base de apoio esfacelada com a tentativa frustada de convocar uma constituinte e depois o plebiscito. Os deputados do PMDB ensaiam uma rebelião contra Michel Temer que disse de manhã sobre a impossibilidade da realização da consulta e a tarde se desdisse afirmando o aposto. A reforma política pretendida pela presidente soa para a oposição e para os aliados como uma tentativa de fugir do foco dos protestos.

Após a reunião desta sexta feira, o líder do governo na casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), confirmou o pedido de ajuda e comentou no final: 

“A viola está desafinada”.

O PMDB já afirmou, em nota, que só aceita o plebiscito se for realizado em 2014, junto com a eleição presidencial. Isso já desautoriza Michel Temer que tenta dizer o contrário e demonstra a total falta de competência da presidente eleita com fama de gerentona mas que está mandando mal.

Dilma está isolada pelo próprio PT.

PMDB tem a chance de tornar-se um partido sério

Para a plateia

Luiz Garcia, O Globo

A recente agitação nas ruas, apesar do mau comportamento de uma minoria — o que parece ser infelizmente inevitável —, despertou nos políticos brasileiros, cujo instinto de sobrevivência é reconhecidamente notável, o desejo de convencerem a opinião pública de que, como ela, também se preocupam em melhorar o desempenho da administração pública.

Isso explica a recente crítica do PMDB ao governo federal. Na última terça-feira, a Executiva Nacional do partido, depois de três horas de discussão, divulgou uma nota com críticas tão pesadas quanto surpreendentes à administração da presidente Dilma Rousseff.

O PMDB chegou a sugerir que ela reduza o número de ministérios, para enxugar a máquina do governo e reduzir os seus gastos. O vice-presidente Michel Temer participou da reunião e se esforçou, sem êxito algum, para baixar o tom das críticas à administração de Dilma.

Outros aliados do governo, como Amauri Teixeira, vice-líder do PT na Câmara dos Deputados, acusaram o PMDB do feio pecado de adotar o discurso da oposição. O senador petista Jorge Viana, por exemplo, reconheceu que existe um gigantismo no governo — mas acrescentou que “muitos jogam para a plateia”.

Na verdade, muitos observadores diriam, com razão, que a plateia realmente preferiria menos ministérios e mais ações concretas de verdadeiro interesse público.

O PMDB pode estar agindo de forma oportunista, mas certamente procura, pelo menos, ter o aplauso da opinião pública — inclusive dos eleitores que não costumam votar nele. O novo — alguns diriam novíssimo — discurso do partido vai ao encontro do que pensa a fatia do eleitorado que não costuma votar em candidatos aliados do PT.

Pode dar certo com essa guinada, principalmente — talvez exclusivamente — junto aos cidadãos que enxergam no gigantismo da máquina do governo um dos seus defeitos, talvez o mais grave deles.

Mas a nova atitude do partido pode também ser vista como puro oportunismo. A resposta da opinião pública talvez tenha essa opinião, concordando com os petistas que acusam o PMDB de “jogar para a plateia”.

Em geral, como provam diversos episódios da história política do país, o eleitor brasileiro costuma saber a diferença entre posições políticas sinceras e guinadas que têm cheiro de manobras, supostamente sinceras, quando, na verdade, não passam de tentativas de ir ao encontro do que pensa a maioria do eleitorado.

Desprezo pelo dinheiro do povo começa pelos líderes do congresso

Renan devolverá
R$ 32 mil por uso indevido de avião da FAB

Depois de negar que usou indevidamente um avião da FAB para ir a um casamento, o presidente do Congresso Nacional recuou e anunciou que pagará R$ 32 mil aos cofres públicos. No dia 15 de junho ele e convidados viajaram num avião da Força Aérea Brasileira entre Maceió, Porto Seguro e Brasília.

Ele foi a Porto Seguro e participou da festa de casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), amigo de Renan e líder do governo no Senado. Ao questionado pelos jornalistas sobre o uso indevido do avião e se pagaria pela viagem, o presidente do senado disse que não e explicou que isso está previsto em lei: "Deixa eu explicar. O avião da FAB usado por mim é um avião de representação. E eu o utilizei como tenho utilizado sempre, na representação como presidente do Senado", disse quarta feira. Hoje Renan Calheiros decidiu pagar pela viagem.

O povo mal deixou as ruas protestando contra os abusos praticados pela nobreza política e o presidente do senado mostra que ninguém apreendeu nada. Henrique Alves, presidente da Câmara dos Deputados e do PMDB, como Renan usou um jato da FAB para levar a família dele e da namorada para assistir o jogo do Brasil, no Maracanã.

O ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB-RN), também usou um jato da FAB para assistir um jogo da copa das Confederações.
 
O desrespeito pelo dinheiro público já vem de longe.
Será preciso mais que protestos para acabar com a farra.

Inflação de junho acima da meta


Inflação chega a 6,7% ao ano

Índice está acima do teto da meta e assusta governo e empresários

A inflação oficial chegou em junho na casa dos 6,7%, acima do teto da meta estabelecida pelo governo, apesar da leve desaceleração do IPCA (0,26% em junho para ),37% em maio). Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os alimentos tiveram alta de 0,05% em junho e a pressão maior ocorreu com o setor dos transportes.

As medidas adotadas pelo governo para conter a inflação pouco ou quase nada tem afetado nos resultados. Dilma quer reunir empresários para pedir mais investimentos. O país tem importado mais que exportado e a desconfiança na condução da economia brasileira é muito grande entre investidores internacionais.

Mantega anunciou que o governo deve realizar um corte de despesas de custeio em torno de R$ 15 bilhões para compensar as isenções de tributos dados para combater a inflação.

O medo e subserviência de Michel Temer

Vice-Presidente Michel Temer com Dilma: a tarde desdisse o que afirmara pela manhã sobre o plebiscito
Michel Temer amarelou diante de Dilma

Michel Temer, líder do PMDB e, por acidente, vice-presidente do Brasil, perdeu a voz, a vergonha e, quem sabe, o respeito dos seus liderados ao demonstrar medo e subserviência claramente captados nas suas pré elaboradas falas e comunicados.

De manhã Temer, a respeito da intenção de Dilma Rousseff impor um plebiscito, disse que era impossível sua realização e aplicação dos resultados nas eleições de 2014.

A tarde, envergonhado, desdisse o que afirmara horas antes e anunciou que o governo ainda quer a reforma política.

A marcha-a-ré envergonhou seus companheiros de partido e da base governista que torcem contra a realização da consulta popular vista mais como maneira de Dilma tirar o foco dos protestos que mobilizaram todo país contra a corrupção e falta de gestão.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Não precisamos importar médicos, mas de investimentos na saúde brasileira


São "comissários políticos" e não médicos cubanos

Dilma Rousseff quer trazer seis mil médicos cubanos para o Brasil, segundo ela, para resolver o problema da saúde pública no país, como se médico com caneta e bloco de receita pudesse representar alguma solução no caos que o setor se transformou.

Na verdade faltam hospitais e os existentes estão em situação precária. Prova disso se tem todos os dias: anos de espera para uma cirurgia e meses para uma consulta com especialista. Faltam agulhas de sutura, seringas e medicamentos. Faltam equipamentos mais simples para exames. Imagine os de avançada tecnologia. Superlotação e caos se vê todos os dias nos hospitais brasileiros.

A excelente qualidade da medicina cubana é lenda, dizem especialistas na área. Idem a qualidade profissional dos médicos cubanos que é contestada em todo mundo. Hoje o curso de medicina em Havana tem duração de 5 anos, 3 dos quais destinados a doutrinação política (marxismo-leninismo, movimento operário cubano e a “revolução de Fidel”). Somente os filiados do Partido Comunista de Cuba podem cursar a faculdade. Curioso é que o currículo técnico e a bibliografia é da Escola Norte-Americana de Medicina que substituiu a russa.

Um médico cubano que trabalhou em Pernambuco contou que o governo brasileiro - na época, Fernando Henrique Cardoso - pagava ao governo de Cuba R$ 3.000 por mês, mas que ele só recebia R$ 700. Parte desse valor financiava os espiões que controlavam os médicos no país de trabalho.

Na verdade a Escola Latino-Americana de Medicina de Cuba forma "comissários políticos" travestidos de "médicos da família". Estudantes brasileiros doutrinados lá depois são trazidos de volta ao Brasil para "plantar a semente revolucionária que aprenderam lá".

Quando deixam Cuba para trabalhar em outro país deixam também alguém da família como "refém". Isso evitaria deserções, como ocorre na Venezuela, onde os passaportes são retidos na embaixada.

A negativa do governo de autorizar que os "médicos cubanos" sejam submetidos a avaliações no Brasil é o medo de que eles realmente não sejam aprovados.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Avião da FAB é usado para mordomia do congresso

Enquanto o povo gritava nas ruas contra a corrupção e desmandos políticos,
 Henrique Alves fazia festa com a família usando avião da FAB

Presidente da Câmara levou família para ver seleção com avião da FAB

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), usou um avião da Força Aérea Brasileira para levar a noiva Laurita Arruda e outros parentes de Natal ao Rio de Janeiro para assistir o jogo final da Copa das Confederações, no Maracanã. A FAB usou um avião C-99 que decolou de Natal na sexta feira a noite e retornou domingo, após o jogo no Rio. Tentando justificar, Alves afirmou que tinha um "almoço" marcado com o prefeito do Rio, Eduardo Paes e aproveitou para levar a turma. Ao reconhecer o erro admitiu pagar pouco mais de 9 mil reais por conta das "passagens" dos familiares.

C-99, Erj 145 da FAB usado para a festa no Rio
Sinceramente,  alguém acredita mesmo que Henrique Alves tinha reunião marcada com o prefeito carioca, num domingo, na hora do jogo da seleção?

Do Maracanã o próprio Alves usou o twitter para comemorar a vitória brasileira e sua namorada postou fotos do grupo, no meio da torcida.

Milhões de pessoas foram para as ruas protestar contra a falta de vergonha na cara dos governantes e, na mesma semana, o presidente da câmara ignora tudo isso e faz festa com dinheiro público.



terça-feira, 2 de julho de 2013

Mensaleiros na cadeia, pede o povo


74% dos brasileiros querem Dirceu na cadeia

Roberto Gurgel, procurador-geral da República disse que a sociedade anseia ver os condenados do mensalão na cadeia. Ele citou a pesquisa Datafolha que mostra que 74% da população brasileira quer José Dirceu e seus companheiros de crimes de corrupção e formação de quadrilha, presos imediatamente. Nas manifestações que explodiram em todo país cantava-se "Dirceu não perde por esperar, a cadeia é o seu lugar". 

A pesquisa Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios e 74% disseram que querem a prisão imediata dos réus, 14% disseram que os réus merecem novo julgamento e 12% não opinaram.

O julgamento condenou 25 indiciados e 12 foram absolvidos. O STF compreendeu que houve o esquema de desvio de dinheiro público para a compra de votos de parlamentares para aprovar projetos de Lula no congresso. O Supremo ainda analisa os recursos apresentados pela defesa dos réus após a condenação.

Recorda-se que o STF, no caso do deputado Donadon, considerou os recursos meramente protelatórios e determinou a sua prisão. O mesmo pode ocorrer com Dirceu, João Paulo, Genoíno, Delúbio e demais membros da quadrilha do PT.

Aprovação de governadores e prefeitos despenca com Dilma

Não foi só a Dilma: Alckmin, Cabral, Haddad e Paes, caem também

Após as gigantescas manifestações populares, Geraldo Alckmin e Sérgio Cabral, governadores do PSDB e PMDB de São Paulo e Rio de Janeiro despencaram no índice de aprovação popular segundo pesquisa Datafolha divulgada hoje. Os prefeitos de São Paulo e Rio, Fernando Haddad do PT e Eduardo Paes do PMDB, também perderam muito prestígio entre a população.

Em apenas três semanas Alckmin caiu 14 pontos (DIlma perdeu 27 no mesmo período). Ele tinha 57% de aprovação e hoje, 38%. Fernando Haddad caiu 16 pontos, saindo de 34% para 18%. Seu índice de ruim e péssimo subiu de 21% para 40%.

No Rio o Sérgio Cabral enfrentou a fúria da população e despencou 30 pontos e sua soma de ruim e péssimo é de 36%. O prefeito Eduardo Paes, do Rio, caiu de 50% de aprovação para 30%.

A presidente Dilma Rousseff caiu de 57% para 30 no índice de aprovação popular. A voz das ruas vai gritar mais alto, especulam analistas políticos. As centrais sindicais anunciam uma greve geral para 11 de junho acusando Dilma de não ter cumprido a agenda do trabalhador.

domingo, 30 de junho de 2013

Dona Dilma, não me culpe pela sua incompetência

Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio
O dia em que Dilma cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros

Juliana Mynssen da Fonseca Cardoso

Há alguns meses eu fiz um plantão em que chorei. Não contei à ninguém (é nada fácil compartilhar isso numa mídia social). Eu, cirurgiã-geral, "do trauma", médica "chatinha", preceptora "bruxa", que carrego no carro o manual da equipe militar cirúrgica americana que atendia no Afeganistão, chorei.

Na frente da sala da sutura tinha um paciente idoso internado. Numa cadeira. Com o soro pendurado na parede num prego similiar aos que prendemos plantas (diga-se: samambaias). Ao seu lado, seu filho. Bem vestido. Com fala pausada, calmo e educado. Como eu. Como você. Como nós.

Perguntava pela possibilidade de internação do seu pai numa maca, que estava há mais de um dia na cadeira. Ia desmaiar. Esperou, esperou, e toda vez que abria a portinha da sutura ele estava lá. Esperando. Como eu. Como você. Como nós.

Teve um momento que ele desmoronou. Se ajoelhou no chão, começou a chorar, olhou para mim e disse "não é para mim, é para o meu pai, uma maca". Como eu faria. Como você. Como nós.

Pensei "meudeusdocéu, com todos que passam aqui, justo eu... Nãoooo..... Porque se chorar eu choro, se falar do seu pai eu choro, se me der um desafio vou brigar com 5 até tirá-lo daqui".

E saí, chorei, voltei, briguei e o coloquei numa maca retirada da ala feminina.

Já levei meu pai para fazer exame no meu HU. O endoscopista quando soube que era meu pai, disse "por que não me falou, levava no privado, Juliana!" Não precisamos, acredito nas pessoas que trabalham comigo. Que me ensinaram e ainda ensinam. Confio. Meu irmão precisou e o levei lá.

Todos os nossos médicos são de hospitais públicos que conhecemos, e, se não os usamos mais, é porque as instituições públicas carecem. Carecem e padecem de leitos, aparelhos, materiais e medicamentos.

Uma vez fiz um risco cirúrgico e colhi sangue no meu hospital universitário. No consultório de um professor ele me pergunta: "e você confia?".
"Se confio para os meus pacientes tenho que confiar para mim."
Eu pratico a medicina. Ela pisa em mim alguns dias, me machuca, tira o sono, dá rugas, lágrimas, mas eu ainda acredito na medicina. Me faz melhor. Aprendo, cresço, me torna humana. Se tenho dívidas, pago-as assim. Faço porque acredito.

Nesses últimos dias de protestos nas ruas e nas mídias brigamos por um país melhor. Menos corrupto. Transparente. Menos populista. Com mais qualidade. Com mais macas. Com hospitais melhores, mais equipamentos e que não faltem medicamentos. Um SUS melhor.

Briguei pelo filho do paciente ajoelhado. Por todos os meus pacientes. Por mim. Por você. Por nós. O SUS é nosso. Não tenho palavras para descrever o que penso da "Presidenta" Dilma. (Uma figura que se proclama "a presidenta" já não merece minha atenção).

Mas hoje, por mim, por você, pelo meu paciente na cadeira, eu a ouvi.
A ouvi dizendo que escutou "o povo democrático brasileiro". Que escutou que queremos educação, saúde e segurança de qualidades. "Qualidade"... Ela disse.
E disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil....
Para melhorar a qualidade....?

Sra "presidenta", eu sou uma médica de qualidade. Meus pais são médicos de qualidade. Meus professores são médicos de qualidade. Meus amigos de faculdade. Meus colegas de plantão. O médico brasileiro é de qualidade.

Os seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo é que não tem qualidade. 
O dia em que a Sra "presidenta" abrir uma ficha numa UPA, for internada num Hospital Estadual, pegar um remédio na fila do SUS e falar que isso é de qualidade, aí conversaremos.

Não cuspa na minha cara, não pise no meu diploma. Não me culpe da sua incompetência.
Somos quase 400 mil, não nos ofenda. Estou amanhã de plantão, abra uma ficha, eu te atendo. Não demora, não. Não faltam médicos, mas não garanto que tenha onde sentar. Afinal, a cadeira é prioridade dos internados.

Hoje, eu chorei de novo.

Juliana Mynssen da Fonseca Cardoso é cirurgiã geral no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Rio de Janeiro.

sábado, 29 de junho de 2013

Louvor a Jesus e críticas a Lula

Evangélicos querem fazer política e criticam Lula.

Na tradicional Marcha para Jesus que se realiza em São Paulo, Lula foi alvo de críticas. Faixas criticando o político insinuavam por onde anda o ex-presidente envolvido recentemente no escândalo com a amante Rosemary Noronha e desta com crimes de corrupção denunciados pela Polícia Federal. "Não somos alienados e devemos fazer política" - disseram os líderes do movimento religioso. A manifestação também criticou o ativismo gay.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Centrais Sindicais revoltadas com Dilma: ela esqueceu os trabalhadores

Contra Dilma, o Brasil vai parar dia 11 de julho, diz Força Sindical

"Fomos atendidos a contragosto por Dilma" disseram os líderes da Força Sindical ao se referirem a reunião com a presidente na última quarta feira quando apresentaram uma pauta de reivindicações. A queixa foi dada em tom de confrontação durante uma plenária e convocação para uma greve geral, dia 11 de julho. Dilma esqueceu os trabalhadores, disse Paulinho da Força Sindical.

A reunião com a presidente ocorreu em clima de pouca cordialidade. "Dilma falou durante 40 minutos e, com raiva, deixou que a gente falasse. Quando terminamos de falar ela se levantou e foi embora sem nenhuma decisão concreta" - disse o líder da Força Sindical.

A paralisação ocorrerá em todo país e será um protesto contra a presidente que três anos depois de eleita não cumpriu nada da pauta trabalhista. No meio sindical a paralisação é geral. A greve terá a participação da CUT, CSP-Conlutas, Força Sindical, UGT, CGTB, CTB, CSB e NCST.

As centrais querem a categoria nas ruas, em greve ou protestando, por quanto tempo for possível. O Porto de Santos parará no dia 11, asseguraram os membros da Força.

Monsenhor preso no Vaticano por corrupção

O Monsenhor Nunzio Scarano foi preso esta manhã pela polícia italiana acusado de lavagem de dinheiro, fraude e corrupção.

Ele é suspeito de desviar mais de 20 milhões de euros do Instituto Obras de Religião, ligado ao Banco do Vaticano. Outras duas pessoas, ligadas a ele, também foram detidas sob a mesma acusação. Scarano, de 61 anos, foi preso quando se encontrava numa paróquia próxima de Roma.

O papa Francisco tinha instalado uma comissão de cinco membros com o objetivo de investigar os escândalos financeiros do Banco do Vaticano. Francisco também enfrenta um poderoso grupo de homossexuais, dentro do clero, que conseguiu calar toda e qualquer denúncia que ameaçava um esquema interno de prostituição dentro do Vaticano. 

Donadon está preso

Pela 1ª vez, desde 1988,  deputado condenado é preso em Brasília

Deputado Natan Donadon
Aiuri Rebello Do UOL, em Brasília

A Polícia Federal confirmou que o deputado Natan Donadon (ex-PMDB de Rondônia) se entregou à polícia e foi preso na manhã desta sexta-feira (28) após dois dias da sua ordem de prisão. Ele é o primeiro parlamentar preso durante o exercício do mandato desde a Constituição de 1988 e foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão por formação de quadrilha e peculato.

A PF confirmou também que o deputado já passou pelo IML (Instituto Médico Legal) para para fazer o exame de corpo de delito, que todo detento faz antes de ser preso. De acordo com a PF, ele deve vir para a Superintendência da polícia no DF antes de ser preso. Donadon deve ficar detido na ala federal do presídio da Papuda, no Distrito Federal. De acordo com a assessora do deputado, Tatiana Soares, Donadon se entregou em um ponto de ônibus na avenida L2 Sul, em Brasília, e se apresentou ao superintendente da PF no Distrito Federal, Marcelo Mozeli. A Agência Câmara informou que o deputado "saiu de seu carro usando terno e gravata e broche de deputado". 

Segundo Soares, Donadon se entregou fora da sede para não se expor à mídia -- vários jornalistas estão de plantão na Superintendência da PF desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a prisão dele, na quarta-feira. Ainda segundo a assessora, Donadon assinou o termo de apresentação.

O acordo também envolve que o deputado terá um encontro com a família e depois disso será encaminhado ao presídio.

Nobres deputados, senadores, governadores e presidente: vocês são responsáveis por esse caos

Criança de 5 anos é morta em assalto porque família só tinha R$ 4.500

Brayan Yanarico Capcha, de apenas 5 anos, foi morto com um tiro durante assalto praticado por seis elementos numa casa localizada no Jardim Conquista, São Mateus, em São Paulo. A família de bolivianos foi rendida e depois de entregar R$ 4.500,00 um dos bandidos atirou na criança que que chorava pedindo "não me mate, não quero morrer". O bandido disse que   era pouco dinheiro.

Em abril deste ano, Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 46, foi queimada viva após os assaltantes terem descoberto que ela só tinha R$ 30,00 na conta. Em maio, Alexandre Peçanha Gaddy, 41 anos, igualmente foi queimado por assaltantes, dentro do seu consultório, em São José dos Campos. Ele morreu oito dias depois.

Em menos de cinco meses já foram registrados 67 arrastões em São Paulo onde os crime de latrocínio aumentaram 13% este ano e o roubo a banco cresceu 83% no estado.

A nobreza política está distante destes problemas, desconhecem a realidade do povo e se omitem na produção de leis ou suas mudanças para o combate a violência. Estão preocupados com acertos políticos, cargos e ministérios e acordos espúrios.

Nossos governantes são responsáveis por essa violência, por incompetência ou negligência  Por ausência nas decisões, por decisões erradas de investimentos. Jogaram 28 bilhões de dólares no circo do futebol e condenaram o povo a morrer nas mãos dos assaltantes ou nas filas e corredores dos hospitais falidos.

O povo terá que voltar as ruas para cobrar mais do que já reivindicou: agora pelo sangue das vitimas da violência que grassa por todo país, fruto da incompetência dos governantes.

Plebiscito: "Além dos tumultos de rua, o Brasil agora tem uma solene inutilidade para discutir"

Por Sandro Vaia

Conheço todos: Maria foi à manifestação por causa do preço dos ônibus; Pedro foi porque é petista; João foi porque não gosta do PT; Antonio foi porque é contra a corrupção; Alfredo foi porque é contra a “cura gay”, embora não saiba o que vem a ser isso; Lúcio foi porque é contra a PEC 36, que não sabe distinguir da 37, ou da 99, ou de qualquer outra; Ricardo foi porque quer uma passarela mais próxima para cruzar a estrada; Lúcio foi porque adora futebol mas é contra o dinheiro público enterrado nos estádios da Copa.

Enfim, tem para todos os gostos. E cada um deles canta a sua vitória. A esquerda diz que escorraçou os agentes provocadores da direita golpista e os conservadores dizem que colocaram os agitadores esquerdistas em seu verdadeiro lugar.
A voz rouca no poder
Entre uma “manifestação linda e pacífica” (como diziam os locutores de TV) e outra, houve alguns vândalos e depredadores, mas isso é da vida. Não existe primavera grátis, como já nos ensinaram as praças árabes.

Enquanto as manifestações mais ecumênicas e contraditórias que já povoaram as nossas ruas e praças obrigavam os nossos cientistas políticos e psicólogos sociais a correr para seus livros para bordar explicações recheadas de alguma erudição, os fenômenos políticos se sucediam.

A chamada “voz rouca das ruas” obrigou a presidente a atropelar o país com uma lista de cinco panacéias elaboradas urgentemente em sua farmácia de manipulação, e os políticos a trabalharem com uma energia e um ritmo de uma esteira ergométrica desgovernada.

(Breve parênteses: para quem se interessa pelo estudo de casos patológicos provocados pela leitura labial errada do que diz a “voz rouca das ruas”, recomendo procurar no Youtube trechos do documentário sobre a queda do ditador romeno Nicolau Ceausescu em 1989. Basta digitar “Videogramas de uma revolução”. Ou então procurar em alguma locadora o filme “A Leste de Bucareste”, que além de tudo é pateticamente engraçado).

Das propostas apresentadas solenemente pela presidente (que o jornal “Financial Times” chamou com fleugma britânica de “propostas de baixa efetividade”), a maioria era requentada de outros carnavais, ainda que apresentadas com roupagem nova.

Mas a sensação foi a sugestão de um plebiscito destinado a criar uma Constituinte exclusiva para a reforma política. Tão sensacional que as pessoas que estavam em volta dela foram surpreendidas pela novidade - inclusive seu vice, que é tido por notável constitucionalista e sequer foi avisado antecipadamente das intenções da titular. Não fez cara de espanto porque manteve a postura hierática de um mordomo e mordomos não se espantam.

A confusão conceitual, política e jurídica que a proposta causou foi tamanha que ela teve que voltar atrás e ficar só com o plebiscito, sem a Constituinte exclusiva.

Além dos tumultos de rua, o Brasil agora tem uma solene inutilidade para discutir.Sandro Vaia é jornalista

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Crescimento do PIB será menor que o prevista, diz o próprio governo federal

O governo de Dilma Rousseff acaba de comunicar que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil para 2013 foi reduzido de 3,1% para 2,7% por conta da queda da atividade industrial, do comércio e serviços. Somente o agro-negócio teve previsão alterada para cima, de 6% para 8,4%.

A inflação também teve a previsão aumentada para 6%.

Mantega anunciou que as alíquotas do IPI de móveis e linha branca subirão em julho. Móveis e laminados vão para 3% e lustres/luminárias para 10%. Na linha branca o IPI do fogão vai para 3%, máquina de lavar 10%, tanquinho 4,5% e geladeira, 8,5%.

As manifestações continuam em todo país exigindo combate a corrupção e inflação e melhoria dos serviços públicos. Para desviar o fogo dos protestos, Dilma Rousseff tenta instalar um plebiscito. Os protestantes já anunciaram manifestações contra essa decisão.

As abelinhas do Palhaço Choquito

O Palhaço Choquito tem feito uma plateia especial rir... e muito: seus colegas de vereança. João Paulo Salles, 32 anos e natural de Ubirajara, era um palhaço que virou vereador em Marília depois de 1407 votos obtidos nas últimas eleições, pela legenda do PSD.

Recentemente disse que só concordaria com uma greve se ela ocorresse fora do horário do trabalho. Agora acabou de criar uma nova palavra.

Da tribuna ele lamentou que a "abelhincuntura" está se extinguindo na região. Claro que ele se referia a apicultura, mas o neologismo (fenômeno linguístico que, na tentativa de se expressar ou facilitar a comunicação, cria uma nova palavra ou expressão) funcionou como uma boa piada. Pelo menos a plateia gostou. Para os críticos ele apenas se comportou devidamente na casa como um palhaço no circo. Para os analistas, isso é marketing do palhaço pra ficar em evidência, na mídia. 

De qualquer maneira, segundo o foco "construtivista", as risadas revelaram preconceito linguístico, diria Emília Ferrero, "apóstola" de Jean Piaget, já que todos entenderam a mensagem, apesar do português de pouca nobreza. Veja o vídeo do Hora H.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

STF decreta prisão de deputado: caso pode ter implicações para mensaleiros

Natan Donadon vai para a cadeia

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília

O plenário do Supremo Tribunal Federal(STF) decretou nesta quarta-feira (26), por oito votos a um, a prisão imediata do deputado federal Natan Donadon (PMDB-RO).

Os ministros decidiram que o processo transitou em julgado, ou seja, terminou e não cabe mais nenhum recurso. A expectativa é de que o mandado de prisão seja expedido ainda nesta quarta.

Donadon foi condenado em 2010 a 13 anos, 4 meses e 10 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de peculato (crime praticado por funcionário público contra a administração) e formação de quadrilha, mas aguardava o julgamento dos recursos em liberdade.

Pesquisa mostra as bandeiras do povo

Quando o governo admitiu estar perdido em meio as reivindicações gritadas e cantadas pelos manifestantes em todas as ruas do país, ficou claro a distância entre as necessidades do povo e a vontade política da elite governante. Repetidas vezes os ministros da Dilma e seus governadores confessaram ignorar o pleito das ruas.

A imprensa, "cientistas e marqueteiros políticos" lançaram-se em confusas ilações e análises filosóficas de botequim invocando os grandes pensadores da história quando, na verdade e de forma bem simples a demanda das ruas parecia clara e objetiva e saída das redes sociais, contrariando os "especialistas" que sabiamente anunciavam que as redes sociais tinham pouco impacto sobre a opinião pública.

Cada post, na verdade, anunciava a profunda indignação popular e cada curtir ou compartilhar estavam confirmando que a sociedade estava farta da corrupção, da falta de saúde, da péssima educação, da insegurança, da falta de prioridades nos investimentos e nojo da elite política, sem ética e cafajeste. Só os imbecis não entenderam o recado, entre estes, a presidente Dilma Roussef, patrocinadora oficial do fisiologismo político dos partidos de mentirinha.

Dilma engrossou a voz para se opor aos gritos dos manifestantes que recusaram e expulsaram os patéticos petistas e suas bandeirinhas das manifestações de que a democracia não pode sobreviver sem os partidos. Dos partidos corruptos, fisiologistas formados por quadrilheiros, pode sim. O povo precisa de partidos sérios, dona Dilma.

A revista Veja foi ouvir os navegantes das redes e descobriu o que todos na rede já sabiam: 53% contra a corrupção, 49% contra a PEC 37, 45% melhor educação,28% a prisão dos corruptos e 23% contra os gastos para a copa de futebol.

As principais bandeiras entre mais de 9 mil pesquisados pela Revista Veja



Segundo a Veja, quem mais perdeu foram os partidos políticos (59%) e entre eles, o PT com mais de 33% de condenações. Cerca de 70% também condenaram o congresso nacional, 58% o governo, 49% os governos municipais, 47% os governos estaduais, 26% a igreja e 24% a polícia.

terça-feira, 25 de junho de 2013

PEC 37 não passa: vitória do povo

Por 430 a 9 os deputados federais, amedrontados, derrubaram a Proposta de Emenda Constitucional 37/11, que limitaria os poderes de investigação do Ministério Público. O assunto será discutido, no futuro, após debate entre a Polícia Federal e MP.

Não a PEC 37 foi um dos temas das manifestações populares em todo país. Esta foi a segunda reivindicação saída das ruas e atendidas pelos desesperados governantes, ainda abobalhados com o impacto da massa protestante.

A redução dos preços das tarifas de transportes foi a primeira. Combate rigoroso a corrupção, não a PEC37, investimento na saúde pública, segurança e melhor educação são outras bandeiras levantadas pelos manifestantes.

Geraldo Alckmin negociou para que as tarifas de pedágios não sofram aumento e a Presidente Dilma dispara sua metralhadora, defendendo-se e cometendo erros e recuando na convocação de uma constituinte.


Por causa do preço do pão começou a revolução francesa


Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza

A França, em 1790, era um estado absolutista (centralização de todo poder político nas mãos do rei) dominado por três grupos distintos: os nobres, o clero e o povo, este último nunca representado ou ouvido pelos demais. Os nobres e o clero católico ditavam o pensamento enquanto arrombavam os cofres públicos alheios às necessidades da população. Para suprir tamanho gasto e para enfrentar uma grave crise financeira, impunha-se a cobrança de pesados impostos ao povo.

Os opositores ao regime e à religião oficial eram encarcerados na fortaleza chamada Bastilha, um velho palácio construído em 1370. Tentava-se calar os inimigos do poder. Os franceses, em 14 de julho de 1789, cansados do desprezo dos governantes e diante da decadência econômica do país, invadiu e tomou Bastilha, representação máxima do poder na época. Foi o marco do início da revolução francesa.

E, curiosamente, a indignação popular começou com protestos contra o aumento do preço do pão. O povo, na força, tomou o comando do país para si, instaurando os direitos fundamentais de liberdade e igualdade perante a lei, inspirados pelo iluminismo.

Tal lá, como cá, o poder centrado nas mãos de uma presidente incompetente e a farra dos três poderes, levaram o Brasil à crise econômica, excesso de impostos, explosão de preços e a indignação popular. Tudo regado com ameaças de cerceamento de liberdade de imprensa.

Lá foi pelo aumento do preço do pãozinho. Aqui, das tarifas de ônibus. E a Bastilha caiu!

PEC 130: fim do foro privilegiado para autoridades

Por Edson Joel Hirano Kamakura de Souza
 
Em agosto de 2007, o deputado Marcelo Itagiba, do PMDB/RJ, apresentou a Proposta de Emenda à Constituição, a PEC 130/2007, que "revoga dispositivos que garantem a prerrogativa de foro ou "foro privilegiado" para autoridades, alterando a Constituição Federal de 1988.

Essa falta de transparência no processo judicial ainda não foi devidamente compreendida pela população. Deputados federais, senadores e ministros de Estado só podem ser julgados pelo STF, enquanto os governadores pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e prefeitos por Tribunais de Justiça.

Recentemente o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, explicou a razão da impunidade no Brasil: foro privilegiado e excesso de recursos.

- No Brasil, tem algo chamado foro privilegiado. Se um prefeito é acusado de um crime, ele não terá o caso dele julgado por um juiz comum. O caso dele será decidido por um tribunal de apelação. Se o acusado é um membro do Congresso, o caso será decidido pela Suprema Corte, que tem 60 mil casos aguardando julgamento, casos que afetam a sociedade, e não tem tempo algum para decidir processos criminais — afirmou Joaquim Barbosa que também lembrou que um caso envolvendo pessoa de status social elevado demanda de 5 a 10 anos para ser concluído devido a inúmeras possibilidades de recursos.

A justiça não é para todos? Não neste país que demonstra que ética e política não combinam, se coloca uma autoridade com foro privilegiado em posição acima do cidadão comum. Diante da lei não existe igualdade e a população sofre as consequências deste tratamento diferenciado.

Claro que a corporativista OAB é a favor do foro privilegiado e dos inúmeros recursos que atravancam a justiça. 


A impunidade e corrupção são geradas pela ausência de uma justiça transparente e não por falta de fiscalização, como infantilmente alguns afirmam. Neste caso bastariam mais fiscais e tudo estaria resolvido?

A revolta do povo ainda não começou. A verdadeira rebelião está por vir.
Ela será monumental e inesquecível.


(Ementa: Revoga o inciso X do art. 29; o inciso III do art. 96; as alíneas "b"e "c" do inciso I do art. 102; a alínea "a" do inciso I do art. 105; e a alínea "a" do inciso I do art. 108, todos da Constituição Federal.)

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Entenda o que é a PEC 37

O QUE É?

PEC 37 quer dizer Proposta de Emenda Constitucional 37/2011.

Se for aprovada pelo congresso, o poder de investigação criminal passará a ser exclusivo das polícias federal e civis, atribuição que seria retirada do Ministério Público e de outros órgãos.

A PEC 37 inclui um novo parágrafo ao Artigo 144 da Constituição Federal, acerca da Segurança Pública: "A apuração das infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo, incumbem privativamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal, respectivamente".

O QUE DIZ O AUTOR

O autor da PEC 37 é Lourival Mendes, um comunista do PT do B, do Maranhão, aliado do PT no congresso. Ele alega que não haverá prejuízo para a investigação criminal em comissões parlamentares de inquérito, as CPIs. Porém, alega que "a investigação de crimes não está incluída no círculo das competências legais do Ministério Público".

O QUE DIZEM O MP E OS MANIFESTANTES
 
Diversas grupos e os manifestantes em todo país lançaram uma campanha afirmando que essa emenda tira o poder investigatório do Ministério Público e beneficia os criminosos. Que esse projeto de emenda gerará impunidade e dificultará o esclarecimento desses crimes.

Lembre-se que as investigações e denúncias sobre o mensalão, que finalizou com a condenação de corruptos, foi trabalho do MP. Pesquisas indicam que só 11% das ocorrências sobre crimes comuns transformam em investigações policiais e, no caso dos homicídios, só 8% acabam sendo apurados. A aprovação dessa PEC beneficiará os corruptos, acusam.

Porque mudar? E a mudança beneficiará quem, diante desse quadro?
Deixa como está.

PEC 37: A melhor alternativa

                                                   

EDITORIAL O GLOBO

Entre as incontáveis mensagens em cartazes e faixas nas históricas manifestações de rua dos últimos dias, algumas trataram da Proposta de Emenda Constitucional nº 37, a PEC 37, redigida para cassar o poder do Ministério Público de fazer investigações criminais. “Abaixo a impunidade, contra a PEC 37”, protestava uma faixa, por exemplo, em Brasília, terça-feira da semana passada, à frente do Congresso.

A relação entre a impunidade e a aprovação da emenda à Constituição fruto do corporativismo policial é indiscutível. Afinal, foi a partir da independência recebida pela Carta de 1988 que o MP pôde ter um papel atuante no combate à corrupção na vida pública. A atuação da Procuradoria-Geral da República no encaminhamento da denúncia e condenação dos mensaleiros é um grande exemplo da importância do MP no Brasil. E há outros.

É compreensível, portanto, que o assunto frequente as manifestações, deflagradas formalmente devido ao aumento de tarifas de ônibus, mas movidas por uma série de insatisfações, algumas difusas, mas outras bastante objetivas, como o baixo nível ético no exercício da política, somado à lentidão e à pouca eficácia em geral do Judiciário na punição de criminosos de colarinho branco.

A própria origem da PEC 37 e os apoios que tem recebido no Congresso — entre eles, de alguns petistas interessados em dar o troco ao MP em nome de mensaleiros condenados — reforçam a resistência à emenda.

Ela é de autoria do deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), não por coincidência um delegado de polícia. Além de petistas, atrai a simpatia de todo político com interesses contrariados pelo Ministério Público.

O melhor desfecho seria a comissão criada pelo presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), para conciliar interesses de policiais e membros do Ministério Público e chegar a algum consenso antes da votação da PEC. Não chegou e, em nome do impasse, Henrique Alves anuncia o adiamento da votação para julho, com o apoio do PT.

A oposição identifica no adiamento efeitos da citação da PEC 37 nas manifestações de rua. Votar depois, com as ruas vazias, facilitaria a aprovação. A ver. A única alternativa correta é a rejeição da proposta.

Há debates jurídicos sobre o espaço legal de atuação do MP. No Supremo, um processo de reclamação contra o Ministério Público instaurado a pedido de um político condenado numa investigação de procuradores recebeu voto favorável do relator do caso, ministro Cezar Peluso, já aposentado.

Porém, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Joaquim Barbosa e Ayres Britto, este também aposentado, tiveram opinião contrária, embora os dois primeiros limitassem a ação independente do MP a certos tipos de crime.

Ministros do STF, portanto, concordam com o poder de investigação do MP, em alguma medida. Outro aspecto é que, se procuradores e promotores não puderem investigar crimes, esta função essencial se tornará monopólio de um braço do Poder Executivo. Ora, esta tem de ser função de Estado, não exclusiva de governos.

O desabafo de Boechat

Não aguento mais!
Em seu programa matinal na Rádio Band FM, Boechat resume tudo: não aguento mais! 


domingo, 23 de junho de 2013

Governo faz de conta que não sabe


O Ministro das Comunicações, o subserviente Paulo Bernardes (porém menos imbecilizado e menos prostituto que os demais ministros e membros do PT), concluiu o óbvio sobre as manifestações:

"Os manifestantes estão protestando contra tudo. A mensagem que isso passa é que as pessoas querem participar mais e ser mais ouvias".

É surpreendente que ele e seus companheiros de poleiro ainda estejam com suficiente capacidade mental para, finalmente, compreenderem o que a minha neta, de 8 anos, já sabe, faz tempo.

- Eu fico feliz e irritada ao mesmo tempo - disse Isabela, sobre as manifestações. Feliz por ver que o Brasil acordou e irritada por ver o governo fazer de conta que não estava sabendo.

Enoja ver uma presidente e seus ministros, com caras de imbecis, alegarem que desconhecem as reivindicações do povo. Prostitutos do poder!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Chamem Montesquieu para explicar melhor. Se preciso for, peça para ele desenhar.

Prestaram atenção?

Algumas vezes o povo tem que agir com virulência para que os governantes compreendam a demanda da rua. Prova disso é a reação estupefata dos políticos alegando que não entenderam muito bem o que exatamente o povo quer.

Políticos, imprensa, marqueteiros e cientistas políticos não conseguiram captar, faz anos, o que gestava no meio do povo. Agora, abobalhados se reúnem, às pressas, procurando culpas e culpados.

As redes sociais vociferam, a cada post, um desejo, uma vontade, uma indignação. Todas ignoradas, com desdém, pelos prostitutos do poder. Indignação pela falta de ética, pela corrupção desenfreada, pela soberbia de um deus de barro, pela incompetência de governantes imbecilizados por teorias mofadas. O movimento saiu do Facebook e foi para as ruas, para o pavor da classe política.

A esquerda brasileira priorizou pão e circo. Bolsas para comprar votos e bilhões em estádios para desviar a atenção da falta de saúde, educação e segurança.

Desrespeitam a limitação do poder, avançam contra o judiciário e, se forem condenados, criam suas próprias leis para fugir da punição.

A construção do Estado de Direito não se faz assim, desrespeitando os poderes.

Chamem Montesquieu para explicar melhor. Se preciso for, peça para ele desenhar.
Ficará mais fácil para indigentes mentais, como Lula e Dilma, entenderem.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ricardo Boechat indignado: Sou a favor de quebra-quebra, revolta, jogar o ovo em autoridade

Ricardo Boechat: tem que ir pra cima, sim
Aos 60 anos o jornalista Ricardo Boechat, da Band, rasga o verbo. Indignado com tanta corrupção, ele diz que "tem que ir pra cima, jogar ovo, revolta, quebra-quebra, tem que ser assim" - diz ele, numa entrevista em que se irrita e deixa claro que "vandalismo é ver o filho morrer no hospital, sem remédios, equipamentos e médico".

Revolta não é vandalismo. Ele diz que pra resolver tem que ir pra rua, protestar, exigir, tirar a bunda do sofá. Click na imagem abaixo e assista a indignação do jornalista brasileiro.


O Brasil não é o país cor-de-rosa que o governo pinta, diz Financial Times

(Ilustração da capa do Financial Times)

Um editorial do jornal Britânico Financial Times foi dedicado ao Brasil depois que as manifestações se espalharam por todo país. Para o FT o aumento dos preços das tarifas foi apenas o estopim para a explosão de queixas contra a inflação, corrupção, gasto do dinheiro público em obras de copa e olimpíadas enquanto as pessoas morrem nas filas dos hospitais.

O jornal sempre foi crítico as previsões econômicas do governo brasileiro, nunca realizadas e aposta que "o modelo brasileiro chegou ao limite."

O jornal cita que os brasileiros pagam impostos de países desenvolvidos para sustentar serviços deficientes. "Ônibus superlotados e um alto tráfego fazem da rotina diária um fardo caro e demorado. A corrupção do governo é frequente. O descompasso é especialmente amplo quando se trata de instituições que não passaram por reformas, como a polícia. Sua truculência contra os manifestantes indignaram a população", escreve o FT.

Enquanto a presidente diz que "está tudo bem e sob controle" a inflação avança e o crescimento do PIB cai, diz o jornal. O Brasil não é esse país cor-de-rosa que o governo pinta, conclui o Financial Times. Os desmandos políticos e o dinheiro fácil da última década, quando a maré subiu para o mundo inteiro, dão sinais que estão se esgotando, conclui o Financial Times.

Aqui, analistas brasileiros mostram que o "boom" dos preços das matérias primas permitiu uma década de crescimento ao Brasil mas os avanços sociais ficaram restritas a doações de dinheiro na forma de Bolsa Família.

Participantes dos protestos deixam claro que a prioridade do governo são investimentos em estádios bilionários para a copa em detrimento da saúde. Os hospitais falidos, sem medicamentos e materiais, fila de espera de meses para consultas e de anos para cirurgias; escolas com estruturas deterioradas, sem qualidade de ensino e métodos de alfabetização colocados em dúvida "formam" alunos do fundamental analfabetos e os do ensino médio lendo, escrevendo e falando parcamente. Bandidos roubam e matam, impunemente. A sociedade, assustada, recolheu-se em "bunkers", subiu os muros e eletrificou como em campos de concentração.

Numa grande farra a corrupção avançou sobre os três poderes e leis são propostas para benefício de políticos já condenados por essas práticas, afrontando ética e moral de um povo indignado.

Para o mundo as manifestações ocorreram contra o crescimento econômico em desaceleração, inflação alta e ausência de ações para conter tais problemas e a corrupção, prática comum nos gabinetes políticos.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O futuro dos déspotas


O mal do mundo são os políticos. Os maus políticos.
E eles se proliferam como ratos imundos, nos esgotos das câmaras, assembleias e congressos. Os maiores, nos gabinetes presidenciais.

Nascem em ninhos chamados partidos políticos. Sem lenço nem documento, sem ideologias. Basta uma sigla para se esconderem. Depois, saltam de um para outro, conforme sua conveniência. Se estiverem em siglas que dão apoio ao governo certamente a comida será melhor e mais farta com tantos ministérios. Em época de copas, melhor ainda. As obras superfaturadas renderão bilhões.

Alguns, para combater essa praga sugerem reduzir o número de siglas. Resolve? Penso que não. Isso se evitaria com partidos com ideologia, com programas e não de "mentirinha" como bem disse o Barbosa. E isso se faz com uma profunda reforma política.

O que temos hoje são partidos de aluguel: quem pagar mais fica com uns segundos na propaganda eleitoral. E partido que tem grana se eterniza no poder. É o caso vigente.

Como se depura isso?
O eleitor escolhendo melhor seus candidatos e se afinando com os programas de cada partido. Quando isso pode ocorrer? Quando o país educar seus filhos com ensino de qualidade. Porque isso não acontece? Porque quanto mais ignorantes, melhor pra controlar. Bastava, antes, leite e cesta básica. Agora, bolsas de todos os tipos e casa mobiliada.

Qual será o resultado de tudo isso?
Olhe em volta e veja você mesmo: inflação, corrupção, miséria, ignorância, insegurança, desmandos, farra nos três poderes e um país falido.

De quem é a culpa?
Dos governantes. De todos que já passaram e ou estão no poder.

O que fazer com eles?
Leia a história, em todo mundo, sobre o que aconteceu com os déspotas, seus caprichos e vontades de governar sob suas próprias leis, com poderes ilimitados, iludindo com sua demonstração falsa de preocupação com o bem estar do povo.

A história é cíclica, tal lá, tal cá, tal antes, tal agora. Nada mudou!